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Festa do Peão de Barretos terá cem atrações, com foco em sertanejos

Evento comemora 60 anos

FOLHAPRESS

19/08/2015 - 23h00
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Para celebrar os 60 anos do evento que marca o surgimento "oficial" das festas do gênero no país, a associação que organiza a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos (a 423 km de São Paulo) vai investir ainda mais no ritmo sertanejo na edição que começa esta quinta-feira (20).

Embora seja sertaneja de nascimento - em alusão aos peões que tocavam gado nas estradas -, a festa passou por transformações ao longo das décadas e chegou a receber muito axé, rock e até uma escola de samba carioca no estádio de rodeios do Parque do Peão, que foi projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012) e abriga o evento desde a década de 1980.

Estão previstas cerca de cem atrações este ano, distribuídas em cinco palcos. Além do estádio, há um espaço de eventos climatizado para 5.000 pessoas, um trio elétrico, um palco externo e uma área destinada somente à música de raiz. Das 50 principais atrações, só três não são sertanejas, como a Banda Eva e o MC Guimê.

Dados do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) corroboram a escolha e mostram que cinco das dez músicas mais executadas em rádios do país no primeiro trimestre deste ano são sertanejas.

Com o mesmo investimento da edição do ano passado, apesar da crise econômica, a festa aposta ainda na renovação do público sertanejo com novos artistas para reunir 900 mil pessoas nos próximos 11 dias.

O clima é de otimismo devido à venda antecipada de ingressos, ao show internacional de Garth Brooks, no sábado (22), e ao desempenho das festas sertanejas que antecederam o grande evento.

O investimento de Os Independentes, associação que organiza a festa desde 1956, deve chegar a R$ 15 milhões, para uma receita prevista de R$ 22 milhões a R$ 25 milhões.

"A crise existe, mas passou lá fora [do recinto]. Apostamos nisso porque os outros eventos [sertanejos] que antecederam Barretos neste ano foram bem. A venda de ingressos mostrou que os visitantes estão comprando os bilhetes mais caros", disse Jerônimo Muzetti, presidente da associação.

Há bilhetes para shows, com camarote, que chegam a custar R$ 1.690 para o sábado, quando o norte-americano Brooks, ícone country, voltará a Barretos. Em 1998 ele fez um dos principais shows da história da sexagenária festa.

Ingressos para a pista premium, vendidos inicialmente a R$ 300, já custam R$ 500 para o show e estão quase esgotados - são cerca de 3.000. Mas há, também, ingressos que valem R$ 10 nos dias menos concorridos (24 a 26).

DISPUTA

Se a tática e o investimento da organização tiverem resultado, Barretos mostrará, também, um fortalecimento na batalha travada com entidades de proteção animal, que a acusam - como o evento mais importante do setor - de maus-tratos aos animais que participam das montarias.

ONGs já conseguiram barrar rodeio em cidades como Hortolândia e suspender uma noite do evento em Franca, baseadas num decreto de 1995 do ex-governador paulista Mário Covas (1930-2001), que veta eventos do gênero no perímetro urbano das cidades.

A festa de Barretos nega maus-tratos, diz ser um exemplo para o setor e afirma que conta com quatro veterinários para cuidar dos animais.

As principais atrações do dia de abertura serão as duplas Rionegro & Solimões e João Neto & Frederico. De quinta-feira a domingo, será disputada a final do campeonato da PBR (Professional Bull Riders). Além dele, haverá outros dois rodeios: a final da Liga Nacional (de 24 a 26 e dia 29) e a 23ª edição do Barretos International Rodeo, entre os dias 27 e 30.

MATO GROSSO DO SUL

Em pleno período de chuvas, Hidrelétrica Porto Primavera reduz vazão

Com a barragem mais extensa do País (10,2km), redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciadano último dia 12, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira

20/12/2025 14h14

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera Reprodução/Cesp

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Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, a unidade começou nesta sexta-feira (19) através da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) a redução da vazão, para preservar os estoques de água dos reservatórios da bacia do Rio Paraná. 

Com a barragem mais extensa do País (10,2 km), essa redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciada pela Cesp no último dia 12, prevista para começar ainda em 15 de dezembro, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira. 

"O patamar mínimo defluente será reduzido de forma gradual e controlada, passando dos atuais 4.600 metros cúbicos por segundo para 3.900 m³/s, seguindo diretrizes operacionais do ONS", cita a Cesp em nota. 

Além disso, a Companhia frisa que, durante o processo, será mantido o plano de conservação da biodiversidade que havia sido aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e teve início em maio deste ano, para monitoramento do Rio Paraná justamente nos trechos da jusante - parte rio abaixo - da Porto Primavera até a foz do Ivinhema. 

Ou seja, entre outros pontos, equipes embarcadas formadas por biólogos e demais profissionais especializados, devem trabalhar como os responsáveis por acompanhar a qualidade da água, bem como a conservação e comportamento dos peixes locais enquanto durar a flexibilização da vazão. 

Importante frisar a redução adotada também ao final de novembro (24/11) e mantida até 1° de dezembro, a partir de quando houve a retomada gradativa aos patamares originais. 

Problemas com a vazão

Em épocas passadas, como bem acompanha o Correio do Estado, o controle da vazão em Porto Primavera já trouxe prejuízo e revolta de produtores que chegaram a culpar a ONS pelas fazendas alagadas por mais de quatro meses em Batayporã no ano de 2023, por exemplo. 

Nessa ocasião, o problema começou com a abertura das comportas de Porto Primavera no dia 18 de janeiro de 2023, com a usina avisando a Defesa Civil de Batayporã da liberação de até 14,7 mil metros cúbicos de água por segundo. 

Sendo a maior vazão desde o começo do período chuvoso, as águas se somaram ainda à liberação dos cerca de 3 mil metros cúbicos por segundo do Rio Paranapanema, juntando em torno de 18 mil metros cúbicos por segundo. 

Na linha cronológica em 2023, o problema dos alagamentos começou no final de janeiro, indo até o mês de abril diante do fechamento das comportas em 31 de março. 

Quando a água já havia recuado, saindo de boa parte dos nove mil hectares alagados, as comportas foram reabertas na terceira semana de abril, com vazão máxima de dez mil metros cúbicos.

Depois, o aumento da vazão para até 13 mil metros cúbicos chegou a alcançar 14,7 mil m³, sendo que antes disso o volume anterior já havia sido responsável por invadir casas de moradores locais pela terceira vez no ano. 

Estimativas da Defesa Civil de Batayporã à época apontaram que pelo menos sete mil animais tiveram de ser remanejados na região por causa do mesmo problema. E, mesmo depois que a água baixar, são necessários de dois a três meses para que o pasto cresça e esteja em condições para alimentar os rebanhos. 

 

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MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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