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Gripe ligada à morte de Silvio Santos está em alta em Campo Grande e afeta mais idosos

Capital de MS está em 2º lugar no ranking de cidades que apresentam sinais de crescimento de síndromes respiratórias

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o boletim Infogripe que aponta aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em idosos. Campo Grande ocupa o segundo lugar no ranking de capitais que apresentam sinais de maior crescimento dos casos.

O levantamento mostra que o tipo Influenza A, que acometeu o apresentador Silvio Santos, registrou prevalência de 31.2% nas últimas quatro semanas, ou seja, aumento de 29,49% se comparado ao mesmo período do ano passado (9,2%). 

Conforme o levantamento, a população com idade a partir de 65 anos continua sendo a mais impactada, fundamentalmente por conta dos vírus Influenza A e covid-19. Em relação aos casos de síndromes por SARS-CoV-2, a incidência tem apresentado maior impacto em crianças pequenas, enquanto a mortalidade tem sido mais elevada entre idosos a partir de 65 anos.

Capitais que apresentam sinais de crescimento nos casos de SRAG

  • 1º - Aracaju (SE)
  • 2º - Campo Grande (MS);
  • 3º - Goiânia (GO),
  • 4º - Maceió (AL);
  • 5º - Salvador (BA);
  • 6º - São Paulo (SP);
  • 7º - Florianópolis (SC).

Vale destacar que o também dono do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), morreu no último sábado (17) em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por Influenza (H1N1). Silvio permaneceu internado por 17 dias. Segundo o SBT, ele deu entrada na unidade no dia 1º de agosto para realizar exames que não podiam ser feitos em casa. Em julho, o empresário teve um quadro de H1N1.

Em 2024, já foram registrados 6.726 óbitos por SRAG em todo o Brasil, sendo 3.557 com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 2.601 negativos. Ao menos 147 ainda estão aguardando resultado laboratorial. Mato Grosso do Sul contabiliza 5.516 casos notificados, sendo 596 por Influenza A. Ao todo, 69 pessoas morreram neste ano em decorrência de SRAG. 

Dentre os positivos do ano no Estado, 30.1% são Influenza A, 0.7% Influenza B, 10.4% vírus sincicial respiratório, e 51.8% SARS-CoV-2 (COVID-19). Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 31.2% Influenza A, 2.0% Influenza B, 9.3% vírus sincicial respiratório, e 34.4% SARS-CoV-2 (COVID-19).

O número de mortos no mesmo período do ano passado é de 61 pessoas. Cerca de 15% das vítimas fatais deste ano, foram pessoas com idade a partir de 60 anos. 

Sobre o boletim InfoGripe 

De acordo com o estudo, baseado nos dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até a Semana Epidemiológica (SE) 32, que vai até 10 de agosto, a mortalidade nas semanas recentes entre a população de 5 a 64 anos tem sido predominantemente causada pelo vírus Influenza A.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz), explicou que, na Bahia, o aumento dos casos de SRAG parece estar relacionado ao rinovírus.

"Em São Paulo, embora ainda não seja possível confirmar essa associação, a faixa etária afetada e o contexto epidemiológico sugerem que o rinovírus também esteja contribuindo para o aumento de casos no estado", explica.

Vírus VSR  

A Síndrome do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) permanece como a principal causa de internação e óbitos em crianças até dois anos, embora apresente uma tendência de queda nas últimas semanas. Outro vírus com impacto significativo em crianças e adolescentes até 14 anos é o rinovírus, que continua a contribuir para os casos de SRAG.

A Fiocruz também destacou que, em alguns estados das regiões Sul e Sudeste, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, onde houve aumento dos casos de influenza A entre os idosos nas últimas semanas, já é possível observar uma interrupção nesse crescimento.

Além disso, o número de casos de SRAG por VSR, que afeta principalmente crianças pequenas, tem diminuído na maioria do território nacional. Nas últimas oito semanas epidemiológicas, a incidência e mortalidade de SRAG se mantêm mais impactantes nos extremos das faixas etárias.

Em crianças de até dois anos, o VSR continua a ser o principal responsável pela alta incidência, seguido pelo rinovírus. Entre os idosos a partir de 65 anos, os vírus influenza A e covid-19 continuam sendo os maiores responsáveis pela mortalidade.

Recomendações 

  • Lave as Mãos Regularmente: Use água e sabão por pelo menos 20 segundos, especialmente após tocar superfícies potencialmente contaminadas, antes de comer e após usar o banheiro.

  • Use Álcool Gel: Quando não for possível lavar as mãos, use um desinfetante à base de álcool com pelo menos 60% de álcool.

  • Evite Tocar o Rosto: Mantenha as mãos longe do rosto, especialmente dos olhos, nariz e boca, para evitar a introdução do vírus.

  • Limpeza e Desinfecção: Mantenha superfícies frequentemente tocadas (como maçanetas, interruptores e teclados) limpas e desinfetadas, especialmente durante a temporada de vírus.

  • Ventilação Adequada: Mantenha os ambientes bem ventilados. O VSR pode sobreviver em superfícies e no ar por algum tempo, então a ventilação pode ajudar a reduzir o risco de transmissão.

  • Evite Aglomerações: Durante surtos de VSR, evite locais com grande concentração de pessoas, especialmente se você ou alguém próximo estiver em grupo de risco.

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Preocupante

Ar de Campo Grande está entre os mais poluídos do país, diz estudo

Segundo a lista divulgada pela Folha de São Paulo, a capital de Mato Grosso do Sul teve a qualidade do ar classificada como insalubre e superior à cidade de São Paulo nesta sexta-feira (12).

12/09/2024 12h03

Campo Grande ficou encoberta por fumaça do Pantanal por mais de 10 dias.

Campo Grande ficou encoberta por fumaça do Pantanal por mais de 10 dias. Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Nesta sexta-feira (12), Campo Grande amanheceu entre as cinco capitais com a pior qualidade do ar no Brasil. A capital de Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a 5ª posição, superando a cidade de São Paulo, segundo dados de monitoramento da empresa suíça QAir.

De acordo com o indicador, Campo Grande atingiu nesta manhã o valor de 153, que coloca a cidade em alerta vermelho de "ar insalubre" para grupos vulneráveis. Em São Paulo, o valor registrado hoje (12) foi de 99, colocando a capital paulista em alerta amarelo moderado.

Em outro ranking que considera as maiores metrópoles do mundo, a região Sudeste do país estava no topo na tarde de ontem (11), pela terceira vez consecutiva, conforme dados divulgados pela Folha de São Paulo.

Veja as capitais brasileiras com pior qualidade do ar: 

1º - Rio Branco (AC)
2º - Porto Velho (RO)
3º - Cuiabá (MT)
4º - Curitiba (PR)
5º - Campo Grande (MS)
6º - Florianópolis (SC)
7º - Porto Alegre (RS)
8º - São Paulo (SP)
9º - Maceió (AL)
10º - Manaus (AM)

Desde junho, Campo Grande estava dentro de um corredor de fumaça proveniente do norte do país, com as queimadas na região amazônica, passando por Peru, Bolívia e Paraguai e seguindo em direção à Argentina e ao sul do país.

Desde então, os campo-grandenses tiveram que se adaptar à névoa acinzentada que fazia parte do cenário, a qual começou a ser vista com menos intensidade desde o fim de agosto e início de setembro.


Classificação

Os dados da qualidade do ar medida pelo IQAir é utilizada desde 1976 nos Estados Unidos. Ela serve como análise para comparar qualidade de ar ao redor do mundo. 

Os índices utilizados pelos estudos vão de 0 a 500. Quando maior o número, pior a qualidade do ar naquela região: boa (0 a 50); moderada (51 a 100); insalubre para grupos sensíveis (101 a 150); insalubre (151 a 200); muito insalubre (201 a 300); perigosa (301 ou mais).


Mato Grosso do Sul terá chuva preta neste fim de semana


Divulgado esta semana pelo Correio do Estado, a previsão do tempo para o final de semana prevê a chuva preta em diversas cidades do estado. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há possibilidade de pancadas de chuva neste sábado (14) e domingo (15), o que deve aliviar o calorão, sobretudo na região sul do Estado.

Chuva preta é um fenômeno atmosférico que ocorre quando a chuva se mistura com fuligem, cinzas ou outras substâncias escuras misturadas com a água, que se formaram a partir de queimadas e incêndios.

O resultado é gotas de chuva com coloração mais escura que o normal: marrom ou preta.

Em entrevista ao Correio do Estado, o meteorologista Natálio Abrahão afirmou que, em razão da fumaça oriunda dos incêndios e queimadas no Pantanal, a probabilidade de cair chuva preta neste fim de semana é gigantesca.

“Na atual situação, pode ocorrer chuva preta sim. Chuva preta é resultado da atmosfera que apresenta substâncias decorrentes das queimadas de florestas, lixões e incêndios de casas e obras. Portanto, pode ocorrer quando a chuva vem de nuvens acima dessas substâncias e se associam formando esse aglomerado de substâncias”, explicou Abrahão ao Correio do Estado.

A chuva preta pode se formar de duas formas:

  • Quando a carga de poluentes se encontra com uma nuvem de chuva, os materiais se agregam e há precipitação
  • Quando a "pluma de fumaça" se forma abaixo da nuvem, e a água capta essa sujeira ao chover

A chuva preta é prejudicial para ao meio ambiente e saúde humana/animal. O fenômeno pode poluir o solo, vegetação, rios, mananciais e lagos. Ao ser humano, causa problemas respiratórios.

Abrahão aconselha que a população não se exponha a chuva deste fim de semana. “É sempre importante não se expor, tanto pessoas quanto animais à chuvas que ocorrem depois de longos períodos de estiagem. A melhor chuva é a segunda porque aí a atmosfera já estará limpa”, detalhou.

A chuva preta é diferente da chuva ácida, pois, a chuva ácida ocorre a partir da fumaça de fábricas/indústrias, que liberam enxofre e nitrogênio que podem reagir com água, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico.

 

*Claborou Naiara Camargo/ Correio do Estado 

 

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projeto vinhaça

Canaviais de usina invadem áreas de preservação, aponta MPE

Estudo identificou plantio irregular em 11 fazendas de Naviraí, região onde existe a área federal de proteção das Várzeas do Rio Paraná

12/09/2024 11h59

Usina de Naviraí está localizada às margens da BR-163 e do Rio Amambai, próximo à região urbana do município

Usina de Naviraí está localizada às margens da BR-163 e do Rio Amambai, próximo à região urbana do município

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Investigação feito por técnicos do Ministério Público Estadual descobriu indícios de que os canaviais de pelo menos 11 fazendas utilizadas pela usina de açúcar e etanol de Naviraí invadiram áreas de preservação ambiental ou de várzeas próximas a córregos ou rios da região sul do Estado.

Mas, somente uma delas virou alvo de inquérito do MPE, cuja instauração foi publicada no diário oficial desta quinta-feira (12). Trata-se de uma fazenda de 590 hectares e, segundo o relatório do Ministério Público, 14 hectares de canaviais estão em área proibida, o que caracterizaria crime ambiental. 

A maior parte das demais fazendas que teriam invadido áreas proibidas está localizada dentro da chama Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, que é uma área sob responsabilidade do Governo Federal e por conta disso o MPE não tem competência legal para levar a investigação, adiante. 

Os dados, então, foram repassados ao Ministério Público Federal, que agora terá de definir se leva ou não adiante a investigação sobre supostos crimes ambientais. Por conta disso, o estudo não aponta a quantidade de terras de preservação que teriam sido ocupadas irregularmente pela usina.

As fazendas onde estaria ocorrendo o plantio irregular, vistoriadas ainda em setebro do ano passado, pertencem a diferentes proprietários, mas estão arrendadas à Usina Rio Amambaí Agroenergia, que repassa o equivalente a 15% daquilo que colhe aos donos das terras a título de arrendamento. Por conta disso o alvo do MPE é a usina e não os proprietários das terras.

Em sua defesa, a admnistração da usina nega as supostas irregularidades na fazenda sob investigação e alega que o MPE utilizou documentos que já haviam sido corrigidos pelo dono das terras. Além disso, alega que até preserva áreas maiores do que aquelas que a legislação exige. 

Mesmo assim, o estudo inicial foi transformado em inquérito civil para apurar se os dados iniciais que apontam o plantio irregular estão ou não corretos. A descoberta desta suposta invasão dos canaviais em áreas de várzea ocorreu em meio ao chamado “Projeto Vinhaça”. 

Por conta desse projeto, técnicos do MPE fazem vistorias nas usinas para investigar a correta destinação da vinhaça, que em outras regiões do Estado é apontada como responsável pela proliferação da mosca do estábulo, que acaba atacando bovinos nas imediações de usinas. 

A usina de Naviraí tem capacidade para processar até 3,1 milhões de toneladas de cana por ano, mas atualmente industrializa em torno de dois terços disso. Mesmo assim, produz em torno de 1,53 bilhão de litros de vinhaça. 

Esse material é utilizado para adubar os canaviais espalhados eu longo de 10,4 mil hectares explorados pela Usina Rio Amambaí Agroenergia na região. No caso desta usina, conforme o relatório do MPE, não foram encontradas irregularidades significativas na distribuição desta vinhaça. 

Porém, foram descobertos 14 locais com uso excessivo do fertilizante, o que pode, em tese, acabar prejudicando o lençol freático. Mas, os próprios técnicos do MPE observam que o Imasul alterou algumas normas e já admite teor de potássio superior a 5% em áreas com fertiirrigação. 

Com 830 funcionários, a usina está instalada às margens da BR-163 e do Rio Amambai, próximo à área urbana de Naviraí. Além de ter capacidade para produzir até 5,5 mil toneladas de açúcar por ano e 1,4 milhão de litros de etanol por dia, a usina tem capacidade para produzir até 78 MW de energia elétrica, com a queima do bagaço da cana. 

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