Cidades

FISCALIZAÇÃO

Flagrantes feitos no trânsito por drones começam a virar multa a partir de hoje

Tecnologia vai fiscalizar principais infrações, como o desrespeito à sinalização semafórica e o uso do celular durante a condução

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Com objetivo de inibir todos os tipos de infração de trânsito em Campo Grande, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPMTran), começa hoje (8) a aplicar multa com o uso de drones para os motoristas que infringirem as leis.

A nova medida de fiscalização de trânsito já vinha sendo aplicada em blitz educativas durante a semana passada nas principais avenidas da cidade, onde há um grande fluxo de veículos, segundo o BPMTran.

Entre os locais onde a equipe do Batalhão de Trânsito atuou estão a  Avenida Afonso Pena, Avenida Três Barras, Rua 14 de Julho, Rua Rui Barbosa, Rua 13 de Maio, Avenida Costa e Silva, Rua Bahia e Avenida Toros Puxian. 

Porém, só a partir desta semana, as infrações que forem observadas pelo Batalhão com o uso das imagens do drone serão registradas para atuação do motorista.

Ao Correio do Estado, o Comandante do BPMTran, Carlos Augusto Regalo, informou que a maioria das infrações de trânsito poderão ser registradas pelo equipamento, mas o foco do uso do drone, é justamente punir as principais que causam acidentes no trânsito. 

“As principais infrações verificadas pelo drone são aquelas ligadas as regras de circulação as quais são as principais causadoras de acidentes no trânsito de nossa cidade, como por exemplo, o desrespeito a sinalização semafórica, uso de telefone celular, ultrapassagens e conversões em locais proibidos. Mas qualquer infração, exceto as que necessitam da abordagem do agente de fiscalização de trânsito, podem ser constatadas”, disse.

Inicialmente a nova medida de fiscalização será feita apenas em avenidas e ruas que já possuem a indicação por meio de placas da câmara de videomonitoramento, porém a proposta do uso do drone é levar futuramente a tecnologia de fiscalização para as principais vias de acesso aos bairros de Campo Grande. 

“O uso do drone como equipamento de fiscalização de trânsito só pode ocorrer em vias em que exista a placa informando sobre a fiscalização através de videomonitoramento. As principais avenidas da Capital já possuem essa sinalização, mas a ideia é que os principais corredores dos bairros também possam ter esse tipo de sinalização para que possamos expandir o alcance da fiscalização”, informou o comandante do BPMTran.

Segundo o comandante Augusto Regalo, a expectativa da aplicação desta tecnologia na fiscalização de trânsito é que ela consiga diminuir o número de infrações nas ruas da cidade. 

“Espera-se que com o uso do drone os condutores tenham a percepção de que há fiscalização de trânsito na via em que transitam, e que as infrações de trânsito diminuam”, concluiu.

O uso do drone também amplia o campo de visão dos fiscais de trânsito, que podem observar as imprudências a quadras de distância, além de coibir ultrapassagens indevidas no semáforo com a observação do equipamento de fiscalização.

MUDANÇA  

A reportagem do Correio do Estado esteve presente na Avenida Três Barras, um dos locais onde a blitz educativa do BPMTran atuou, para falar com motoristas sobre a implantação da nova fiscalização.

Para a Marinês Alves, auxiliar de cozinha de 48 anos, a fiscalização com o uso do drone pode ser benéfico devido ao aumento de imprudência dos motoristas no trânsito.

“Eu acho bom, porque tá acontecendo muita imprudência no trânsito, muita falta de respeito, muito acidente com morte. Já que a sinalização não está impedindo disto acontecer, acho que com o uso do drone na fiscalização vai ser ótimo para todo mundo”, declarou.

Questionada pela reportagem sobre as imprudências mais observadas no dia-a-dia, Marinês destacou que vê no trânsito bastante motoristas que entram de maneira indevida em rua preferencial, pessoas falando no celular enquanto dirigem, motoristas embriagados no volante.

Já o Valdecir Castro, de 36 anos, que é motorista de aplicativo, reiterou que o trânsito da cidade precisa de mais fiscalização, por ter irregularidades frequentes dos condutores.

“Acho que têm que ter mesmo o uso do drone, porque tem muita irregularidade, o tempo todo, principalmente pelos motociclistas. Tem que doer no bolso, senão eles não respeitam”, disse. 

Para o Valdecir as principais infrações no trânsito de Campo Grande são: ultrapassagem pela direita, motoristas que fazem fila dupla em frente a escolas, passar com o semáforo no vermelho e desatenção com o uso do celular enquanto está parado no sinal. 

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FAMÍLIA TENTOU IMPEDIR

Casal com deficiência consegue autorização judicial para namorar

Pais da jovem de 24 anos, que tem deficiência psicomotora, entraram na justiça para impedi-la de namorar um rapaz deficiente visual

20/09/2024 18h00

Família de jovem entrou com ação para impedir namoro com rapaz deficiente visual

Família de jovem entrou com ação para impedir namoro com rapaz deficiente visual Foto: divulgação

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Um casal de jovens, sendo um rapaz de 22 anos com deficiência visual, e uma mulher de 24 anos com deficiência neuropsicomotora, conseguiram autorização judicial para namorar, após os pais da menina moverem ação para impedir o relacionamento.

De acordo com a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, o conflito começou quando a jovem saiu da aula e foi até a casa do namorado, quando deveria ter ido para a casa dos pais.

Pai e mãe registraram boletim de ocorrência, alegando que a filha teria sido impedida de voltar para casa, e também moveram ação judicial questionando e pedindo a interrupção do namoro.

Quando os pais tentaram levá-la de volta para casa, ela expressou o desejo de ficar com o namorado. Mesmo assim, a família se recusou a recebê-la de volta caso o rapaz estivesse presente.

A filha, por sua vez, demonstrou receio de ser forçada a permanecer na casa dos pais e não conseguir voltar para o namorado, o que gerou um conflito que levou ao processo judicial.

Em decisão liminar, foi determinado que a jovem deveria obrigatoriamente retornar para a casa da família.

Decisão questionada

O rapaz, então, procurou a Defensoria Pública, após a‌ namorada ser retirada a força de sua residência.

Conforme a defensora pública da comarca, Janaína de Araújo Sant’Ana, responsável pela defesa do rapaz, disse que o caso se destaca por sublinhar a importância do respeito à autonomia das pessoas com deficiência.

“Não é um atendimento frequente em nosso cotidiano, por isso, demanda uma escuta com maior atenção, respeito e compreensão ao assistido e às peculiaridades do caso”, explicou.

A Defensoria apresentou uma contestação, destacando que a jovem havia ido à casa do namorado por vontade própria e que os pais dele a trataram com respeito, inclusive levando-a ao médico e cuidando de suas necessidades de saúde.

Diante disso, a Defensoria Pública solicitou uma reconvenção para regularizar o direito de convivência do casal, argumentando que o caso feria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que garante a autonomia e capacidade legal de pessoas com deficiência em condições de igualdade com os demais.

Em um laudo psicossocial, a jovem alegou que os pais não aceitavam o relacionamento devido à deficiência visual do namorado.

“Assim, após ouvir o assistido e analisar o caso concreto, (dois jovens, que se conheceram na escola, ele com 22 anos pessoa com deficiência visual, ela com 24 anos pessoa com atraso neuropsicomotor, alteração mecânica e de aprendizado que não a impede de manifestar sua vontade), foi possível perceber que os direitos do assistido e de sua namorada estavam sendo violados, e propor a medida judicial adequada”, disse a defensora Janaína Sant’Ana.

A Justiça reconheceu os direitos do casal e concedeu uma liminar permitindo que o casal se encontrasse nos fins de semana, com horários determinados.

No julgamento do mérito, uma sentença final ampliou o tempo de convivência e reconheceu o direito ao relacionamento entre os dois.

“A sentença é recente, mas antes, já tinha sido concedida a liminar, e os pais da moça, apesar de discordarem, estão cumprindo a liminar”, concluiu defensora Janaína.

* Com assessoria

Projeto de Lei

Governo Federal prepara medida para banir celulares nas escolas

Segundo o MEC, as medidas serão anunciadas em outubro. Em MS, o Projeto de Lei nº 3.280 proíbe o uso de celulares, pagers, rádios e outros dispositivos eletrônicos que produzem ruídos ou sons dentro das salas de aula, exceto para estudos.

20/09/2024 17h32

Governo federal prepara projeto de lei de banimento de aparelhos celulares nas escolas

Governo federal prepara projeto de lei de banimento de aparelhos celulares nas escolas Arquivo/ Correio do Estado

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Após a divulgação de um relatório das Nações Unidas alertando sobre os riscos do uso excessivo de telas na infância e na adolescência, o governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), está finalizando um projeto de lei com o objetivo de banir o uso de aparelhos celulares nas escolas públicas e privadas de todo o país. A medida visa promover um ambiente de aprendizado mais saudável e menos distraído.

De acordo com a pasta, os estudos visam oferecer segurança jurídica para estados e municípios que já vinham discutindo a proibição de eletrônicos em escolas públicas. Ainda de acordo com MEC, as medidas serão anunciadas em outubro deste ano. 

Em entrevista à Folha de São Paulo, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o projeto de lei que visa proibir o uso de celulares nas escolas está em fase de construção.

"Nós estamos trabalhando na elaboração de um projeto de lei porque, na nossa avaliação, uma 'recomendação' seria muito frágil", afirmou Santana. 

Durante a conversa com a Folha de São Paulo, o ministro apresentou um relatório que defende restrições ou até proibições de aparelhos celulares nas escolas, devido à dificuldade de aprendizado e também às questões de saúde mental na adolescência.

"Os estudos mostram que o banimento tem impacto positivo não apenas na atenção em sala de aula e no desempenho dos estudantes, mas também na saúde mental dos professores", argumenta Camilo. 

Em Mato Grosso do Sul, o Projeto de Lei nº 3.280 proíbe o uso de celulares, pagers, rádios e outros dispositivos eletrônicos que produzem ruídos ou sons dentro das salas de aula, exceto para fins pedagógicos. A medida visa criar um ambiente de aprendizado mais concentrado e produtivo para os alunos, evitando distrações causadas pelo uso inadequado de tecnologia no ambiente escolar.

Em contato com a SED (Secretaria de Estado de Educação), foi informado que, caso a medida de proibição de celulares seja implementada em todo o país, é improvável que altere as práticas já adotadas nas escolas do estado. Atualmente, o projeto de lei é incorporado ao regimento interno das instituições públicas e privadas de Mato Grosso do Sul, e, em caso de descumprimento, os pais ou responsáveis podem receber notificações, podendo até resultar em suspensão do aluno em caso de reincidência.

De acordo com o MEC, a data de divulgação do projeto de lei ainda não foi definida, pois o caso está em fase de preparação final.

Outros estados 

Enquanto o MEC finaliza o projeto de lei em nível federal, em São Paulo, o projeto que visa proibir o uso de aparelhos celulares dentro das escolas do estado está avançando na Assembleia Legislativa. 

Nas escolas do Rio de Janeiro, o uso de aparelhos celulares é proibido por decreto municipal.

 

*Informações da Folha de São Paulo 

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