Cidades

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Com fumaça do Pantanal, qualidade do ar chega a nível crítico em Campo Grande

Chuva foi registrada em algumas regiões, mas não o suficiente para dissipar fumaça

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Os incêndios florestais que atingem o Pantanal trazem reflexos em Campo Grande. A capital de Mato Grosso do Sul, que fica localizada a cerca de 440 quilômetros de Corumbá, região onde se concentram os maiores focos, amanheceu neste domingo encoberta pela fumaça dos incêndios.

Durante a tarde, algumas regiões chegaram a registrar pancadas de chuva, mas em acumulado insuficiente para dissipar a fumaça.

Com isso, a qualidade do ar da Capital atingiu níveis críticos. Segundo a Estação de Qualidade do Ar de Campo Grande, QualiAr, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), nesta tarde, o índice de qualidade do ar chegou a 89, considerado ruim. Na última sexta-feira (17), o nível estava em 67.

Índice de qualidade do ar chegou ao nível considerado ruim (Reprodução QualiAr)

O professor doutor de Física, Widinei Fernandes, membro do Instituto de Física da UFMS, explicou que os índices estão fora do normal, devido à fumaça que vem dos incêndios florestais.

Segundo disse ele ao Correio do Estado na sexta-feira, desde o dia 15 de novembro a concentração das partículas poluentes de fumaça aumentou de forma significativa na Capital.

Até a quarta-feira (15), os índices estavam bons, passando para moderado na sexta e chegando ao nível considerado ruim hoje.

"Esse aumento foi devido, a chegada dessa pluma, em decorrência das queimadas que ocorreram no Pantanal e também na Amazônia", aponta o professor.  

Com a condição de ar "ruim", o professor recomenda o uso de máscaras, para reduzir a inalação de partículas poluentes e, desta forma, prevenir doenças respiratórias. 

Conforme o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) há uma grande concentração de fumaça sobre as regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, oriunda dos incêndios florestais, principalmente da Amazônia Boliviana.

"No Mato Grosso do Sul a fumaça fica potencializada, mais localmente, devido aos incêndios florestais no Pantanal. Os ventos sopram de noroeste em Mato Grosso do Sul", diz o Cemtec, em nota.

Várias regiões da cidade estão esfumaçadasVárias regiões da cidade estão esfumaçadas (Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado)

Além de Campo Grande, diversas cidades do Estado, principalmente as da região oeste, vem sofrendo com a fumaça das queimadas, que aumentaram na última segunda-feira (13) na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Em Corumbá, conforme reportagem do Correio do Estado, além da fumaça densa, os moradores  sofreram com um apagão de internet, telefonia e energia elétrica na quinta-feira (16) por conta do fogo no Pantanal. O sinal ficou completamente interrompido por cerca de 20 minutos e após isso ocorreram oscilações.

 Incê ndio

Em Mato Grosso do Sul, foi decretado estado de emergência as cidades de Corumbá, Ladário, Miranda, Porto Murtinho e Aquidauana, devido aos incêndios florestais.

Os Bombeiros de Mato Grosso do Sul confirmaram que na última semana houve um aumento expressivo nos números de focos de calor no estado de Mato Grosso do Sul.

No final do mês de novembro na região é comum que já haja precipitações de chuvas consideráveis, porém esse ano ainda não houve chuvas e as temperaturas na região do Pantanal chegam a 46° C e ventos que ultrapassam os 50 km/h, tornando o combate direto aos incêndios florestais um desafio ainda maior.

 

No interior

Raio atinge aldeia e mata mulher em MS

Casa de madeira em aldeia sofreu uma descarga elétrica, e a vítima morreu na hora

20/12/2024 07h51

Imagem ilustrativa

Imagem ilustrativa Reprodução

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Marilda Ricarte, de 38 anos, morreu na tarde desta quinta-feira (19) após um raio atingir a aldeia onde ela morava, localizada em Sete Quedas, município no extremo sul de Mato Grosso do Sul.

Conforme consta no Boletim de Ocorrência, a Aldeia Sombrerito não possui energia elétrica. Marilda estava em uma casa de madeira quando um raio atingiu o local, causando uma descarga elétrica. Ela morreu na hora, sem possibilidade de socorro.

A Perícia Técnica de Amambai esteve no local, juntamente com agentes da Polícia Civil. Foi relatado que choveu muito na região, e "caíram" muitos raios. Outros locais nas proximidades da casa carregaram-se de uma espécie de magnetismo, que teria causado ainda a morte de um porco, que estava cerca de 100 metros distante do local onde Marilda foi encontrada.

Pessoas que estiveram no local e acionaram a polícia informaram que a mulher morava na aldeia a mais de um ano, mas que a família da vítima residia na Aldeia Limão Verde, em Amambai, município cerca de 118 quilômetros distante de Sete Quedas.

Alerta de tempestade para todo o MS

Imagem ilustrativaFonte: Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de perigo de tempestade para todo o estado de Mato Grosso do Sul durante toda esta sexta-feira (20).

Há probabilidade de chuva entre 30 e 60 milímetros por hora ou 50 a 100 milímetros por dia. Os ventos podem atingir 100 quilômetros por hora. Há risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos.

Recomendações

  • Não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas;
  • Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • Se possível, desligue aparelhos elétricos e o quadro geral de energia.

Mais informações podem ser obtidas junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

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Mais disciplina

Proibição de celulares nas escolas de MS deve começar em 2025

Proibição em todo o País foi aprovada nesta semana e deve virar lei em breve; em MS, secretaria já prepara as regras locais

20/12/2024 07h30

Secretário de Educação de MS, Hélio Daher

Secretário de Educação de MS, Hélio Daher

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A Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul (SED-MS) deve proibir o uso de telefones celulares nas escolas assim que as aulas da Rede Estadual de Ensino (REE) retornarem, no dia 17 de fevereiro. O Senado aprovou na noite de quarta-feira uma lei que proíbe o uso desses equipamentos em sala de aula, uma matéria que deve ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em breve.

“O que vamos fazer é publicar uma resolução de regulamentação até que uma lei estadual sobre o tema seja votada, aprovada e publicada”, explicou o secretário de Educação, Hélio Daher, com exclusividade ao Correio do Estado.

“O que devemos fazer é, já no mês de janeiro, publicar uma resolução para regulamentar a aplicação da lei federal em sala de aula”, acrescentou o secretário, que comanda a maior rede de alunos de MS, com 190 mil estudantes dos ensinos Médio e Fundamental.

A lei proíbe o uso de telefones celulares em toda a Educação Básica, tanto no ensino público quanto no privado. A proibição se aplica aos estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Durante a votação no Senado, o senador Rogério Marinho (PL-RN) tentou excluir os estudantes do Ensino Médio das restrições, mas sua emenda foi rejeitada até mesmo pelos senadores de direita, da oposição ao governo.

A lei aprovada na Câmara e no Senado também estabelece obrigações para as redes de ensino públicas e privadas, visando resguardar a saúde mental dos estudantes. As escolas privadas e as secretarias de educação estaduais e municipais deverão elaborar planos para alertar os estudantes sobre os riscos do uso excessivo de telefones celulares.

A lei federal ainda traz exceções e concede poderes aos professores e coordenadores pedagógicos das escolas. Os telefones celulares poderão ser usados em situações específicas, desde que o professor permita e que isso esteja inserido no contexto da aula.

Exceções

Entre as exceções estão os estudantes com deficiência. O celular pode ser um instrumento útil para alunos da educação especial, como aqueles com surdez ou cegueira, por exemplo.

Também existem exceções relacionadas à saúde dos estudantes, como o acesso a uma lista de contatos para chamar uma emergência ou garantir direitos constitucionais.

A lei federal, conforme já revelado pelo secretário de Educação de MS, deve ser regulamentada. Entre os pontos a serem regulamentados está o procedimento que as escolas devem adotar para guardar os telefones celulares, já que se tratam de bens privados, com valor agregado.

Secretário de Educação de MS, Hélio Daher

Também deverá ser regulamentado pelos estados ou pelas secretarias municipais de educação o momento adequado para a devolução do celular.

A lei federal não prevê nenhuma cláusula penal que estabeleça punição ao estudante que se recusar a entregar o telefone. Tal cláusula poderá ser incluída no regulamento local.

Respaldo legal

Daher explica que o uso de equipamentos conectados e aparelhos eletrônicos na educação é importante para o ensino, mas é necessário que o professor não perca o controle e que o monopólio da atenção seja do docente.

“O celular tem uma capacidade de integração gigantesca, e isso é muito bom, mas até certo ponto, porque, quando o limite do bom senso é ultrapassado, o aluno também perde o interesse no trato com o professor”, explica.

O secretário também afirmou ao Correio do Estado que a proibição agora dá ao professor o respaldo legal para proibir o uso do celular.

Ele lembra que o telefone celular se tornou, além de um equipamento que permite a distração do estudante, um instrumento de comunicação direta com os pais.

“Boa parte dos pais, independentemente da classe social, valoriza a segurança”, explica Daher.

A lei dá ao professor o respaldo para retirar o telefone do aluno e não sofrer questionamentos do estudante ou de seus familiares.

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