Cidades

VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO

Furtos e colisões ajudam seguros de veículos subirem 30% na Capital

De janeiro a julho deste ano, já ocorreram quase 4 mil acidentes nas ruas de Campo Grande; no mesmo período, 1.356 carros foram furtados na cidade

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Ter um seguro para proteger os veículos de furtos, roubos e acidentes tornou-se até 30% mais caro em Campo Grande este ano em comparação com 2021. 

Os dados são resultados de apuração feita pelo Correio do Estado com seguradoras locais.  

Conforme publicado na edição desta quarta-feira (17), o índice de furtos de veículos registrados este ano em Campo Grande é o maior dos últimos 10 anos, com 1.356 casos catalogados até julho, dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).  

Este ano, de janeiro a julho, foram registrados em Campo Grande 3.882 sinistros. E, segundo as operadoras, esta é uma das causas que contribuíram para que houvesse aumento no valor dos seguros.

Entre os principais motivos que levaram os condutores a procurarem pelo serviço oferecido pelas seguradoras também estão os furtos e roubos.

Róger Terra, consultor de seguros na Carandá Corretora e Administradora de Seguros, ressaltou que o aumento na tabela Fipe (criada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e referência utilizada pelas seguradoras como base para negociações de veículos) está exorbitante em 2022 em comparação com o ano anterior e que isso causou diminuição de clientes no âmbito.

“Aqui na corretora tem gente que deixou de fazer renovações porque está muito caro. A média da Fipe subiu de 8% até 25%, dependendo do veículo, isso implicou no aumento do seguro também”, contou o consultor.  

Conforme Terra, para reduzir o valor cobrado pelas seguradoras, alguns clientes optam por seguros personalizados, não mais pelos completos, que incluem garantia de reparo e danos, tanto para terceiros quanto para o próprio carro do condutor.

“Eles fogem do seguro completo e procuram os personalizados, ou só para casos de roubo e furto ou colisões, direcionando a cobertura somente para terceiros. Ou seja, apenas para danos causados pelo condutor em outro veículo”, frisou.

PREÇO

A precificação dos seguros de veículos está ancorada em estatísticas de mercado, feitas de maneira individualizada, uma vez que têm como parâmetro fatores como perfil do cliente, modelo, utilização do veículo, idade, sexo do condutor, número de dependentes, histórico de colisões ou furtos anteriores.  

Para estipular o valor cobrado, Róger Terra destacou que as empresas têm um sistema responsável pela análise de todas as condições mencionadas.  

“Eu lanço o perfil e o veículo em todas as seguradoras, então o sistema lê, compara o valor cobrado nas outras e me dá o preço anual. Posso ter o mesmo modelo de carro ou perfil, mas, por exemplo, se o condutor mudar o CEP, pode ser que mude o valor”, pontuou.

Terra explicou que a mudança de endereço pode contribuir com alterações no preço cobrado em razão do índice de roubos, furtos e acidentes registrados nas regiões.

Além de todos esses elementos, o corretor acrescenta que algumas seguradoras incluem, ainda, a análise de score do cliente (pontuação que indica, com base em dezenas de critérios, se um consumidor é bom ou mau pagador e se ele deve ou não ter acesso ao crédito), ou seja, quanto mais baixo o índice, maior o valor do seguro.  

Terra exemplificou a alteração sentida no setor pelos clientes. Em 2020, o seguro de um veículo do modelo Gol 1.0, geração 5, fabricado em 2014, custava, em abril, R$ 1.492,00. 

Já em 2021, no mesmo período, o valor reduziu R$ 7,00, para 1.485,90. Este ano, o veículo pode estar assistido pela seguradora por R$ 1.992,42, acréscimo de R$ 506,52 sobre o valor de 2021.

De acordo com o corretor, um dos fatores que podem ter contribuído com aumento da tabela Fipe são as peças de reposição, no caso, a ausência delas no mercado automotor.

“Sem exceção, teve aumento na média do valor dos seguros de 25% a 30%, no geral. A tendência era diminuir comparado ao ano anterior, era para ser um aumento mínimo, como é percebido de 2020 para 2021”, finalizou.

CARROS ANTIGOS

Conforme o informado ao Correio do Estado pela Polícia Civil, assaltantes de veículos em Campo Grande preferem carros antigos para praticar o crime de subtração, em razão de possuírem menos sistemas de segurança e serem fáceis de desmanchar.  

Em contrapartida, com o aumento do valor do seguro, condutores de carros mais velhos deixaram de renovar a assistência prestada pelas seguradoras ou mudaram a cobertura do seguro.  

O proprietário da RS Corretora de Seguros, que não quis ter o nome publicado, relatou à reportagem que ainda há procura por seguros de carros antigos, mas o interesse acaba quando o cliente recebe o orçamento do seguro.

“Em virtude do custo desse aumento dos últimos 12 meses, diminui a procura do pessoal. Quanto mais usado e mais antigo é, mais caro é o seguro. Fica inviável. O valor corresponde ao mesmo preço de um carro popular novo, que custa cerca de R$ 70 mil a R$ 75 mil. No caso, esse seguro custaria, em média, de R$ 2.500,00 a R$ 3 mil”, destacou.

FURTOS

Campo Grande teve este ano o maior número de registros de furtos de veículos de toda a série histórica (últimos 10 anos), com1.356 registros, de janeiro a julho. Entre os anos de 2019 e 2020, o índice variou de 1.112 em 2019 para 1.188 no ano seguinte.  

Em 2021, houve queda significativa, com o registro de 977 casos de subtração de veículos. A polícia afirmou que a região mais perigosa da cidade é o entorno da Santa Casa e que carros antigos são os mais furtados.

COLISÕES

Conforme dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), o trânsito de Campo Grande já foi responsável pela morte de 54 pessoas, de janeiro a julho deste ano.  

Este mês de agosto já contabiliza três acidentes fatais de trânsito. Ao todo, foram 3.882 sinistros. Dos acidentes com óbitos, de janeiro a julho deste ano, 33 eram de motociclistas.

Economia

Uso do cartão do Bolsa Família para apostas esportivas é proibido, declara ministro

Segundo Wellington Dias, a proibição geral para o uso de cartões de crédito nas plataformas também vale para os cartões do programa social

17/10/2024 21h00

As Bets virm problemão para a economia brasileira

As Bets virm problemão para a economia brasileira Bruno Peres

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O ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) afirmou nesta quinta-feira (17) que o cartão do Bolsa Família não poderá ser usado como meio de pagamento em sites de apostas online.

Segundo o ministro, a proibição geral para o uso de cartões de crédito nas plataformas também vale para os cartões do programa social. "Essa decisão já foi adotada e agora estamos na fase de implementação do ponto de vista técnico", disse.

No início do mês, o governo havia recuado de bloquear o cartão do Bolsa Família para bets.
Nos dias anteriores, havia expectativa de algum anúncio específico para beneficiários do programa que se endividaram com as apostas esportivas online. Mas a avaliação do governo foi de que é melhor esperar para ver como as medidas já anunciadas pelo Ministério da Fazenda podem impactar o mercado.

Na semana passada, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) começou a derrubar bets que não têm autorização para atuar no país. Cerca de 2.000 sites foram consideradas irregulares.  A maioria não formalizou o pedido para funcionar no país dentro do prazo estabelecido pelo governo.

Desde o início do mês, essas empresas operaram no Brasil com restrições. Elas ficaram disponíveis na internet para que os apostadores pudessem resgatar dinheiro disponível nas contas.

Outra medida que o governo espera que terá impacto é a proibição do uso de cartão de crédito para a realização das apostas online.

 

*Informações da Folhapress 

Economia

Dólar fecha em estabilidade; Bolsa cai com estímulos chineses abaixo do esperado

O dólar fechou próximo à estabilidade nesta quinta-feira (17), com leve queda de 0,07%, a R$ 5,659, com as novas medidas divulgadas pela China em foco

17/10/2024 20h00

O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), aos R$ 5,709.

O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), aos R$ 5,709. Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

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O dólar fechou próximo à estabilidade nesta quinta-feira (17), com leve queda de 0,07%, a R$ 5,659, com as novas medidas divulgadas pela China em foco.

A moeda passou boa parte do dia em alta leve e chegou a atingir a marca de R$ 5,688 na máxima, mas perdeu fôlego no final da tarde e virou para o sinal negativo nos minutos finais da sessão.

Já a Bolsa, que despencou na abertura, desacelerou queda para 0,72%, aos 130.793 pontos, com pressão da Vale e da percepção de risco fiscal.

O mercado brasileiro, assim como outros emergentes, tem estado sob pressão por causa do desempenho de commodities sensíveis ao desenrolar dos planos econômicos da China.
Nesta manhã, o governo chinês anunciou que aumentará os empréstimos bancários para o setor imobiliário, cuja crise é uma das principais causas para a desaceleração da segunda maior economia do mundo.

O montante será de 4 trilhões de iuanes (US$ 562 bilhões) até o final do ano, associado à ampliação de uma lista de projetos habitacionais elegíveis para financiamento.

O anúncio faz parte de uma série de medidas anunciadas nas últimas semanas com o objetivo de dar fôlego à economia chinesa, principal consumidora de commodities do mundo. A promessa, porém, decepcionou investidores.
Para analistas, foi apenas uma complementação de medidas de estímulo ao setor já apresentadas até aqui, levando-os a concluir que, na prática, não houve nenhuma novidade. A frustração voltava a pressionar os preços de matérias-primas, sobretudo o minério de ferro, que despencou 6% na Bolsa de Dalian.

"A China frustrou novamente o mercado, o que impacta commodities. Se é um dia mais fraco de commodities, você tem uma consequente pressão em moedas de países cuja pauta exportadora é muito associada a elas, que é o caso do Brasil", disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
Na Bolsa, isso se traduziu nas ações do setor de mineração: a Vale, maior empresa do Ibovespa, despencou 2,53%, puxando o índice para baixo.
Internamente, outro fator afetou a Bolsa: a cautela dos investidores quanto às contas públicas ("risco fiscal", no jargão econômico).

Após a ministra Simone Tebet (Planejamento) confirmar planos de corte de gastos, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que a área econômica do governo mira uma "dinâmica suficiente para garantir vida longa ao arcabouço fiscal".

O ajuste nas despesas tem sido defendido pelo mercado desde a elaboração do arcabouço fiscal, o conjunto de regras sobre as contas públicas em vigor desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Chegou a hora para levar a sério a revisão de gastos públicos no Brasil", disse a ministra Simone Tebet na terça, depois de uma reunião com Haddad. A proposta do governo é endereçar a questão com uma série de medidas em três pacotes.

"Nós estamos muito otimistas que esse pacote terá condições de avançar na mesa do presidente", disse Tebet. As propostas que serão enviadas a Lula, esclareceu, já passaram pelo crivo da equipe econômica, e o primeiro conjunto de medidas deve ser apresentado ao presidente logo após o segundo turno das eleições municipais, em 27 de outubro.
A pretensão é que ele seja enviado ao Congresso Nacional em seguida, permitindo que algumas das propostas sejam aprovadas ainda neste ano e outras no início de 2025, segundo a ministra.

Ela não forneceu detalhes sobre quais medidas irão compor a revisão de gastos, mas afirmou que uma das propostas analisadas teria potencial de aumentar o espaço fiscal em até R$ 20 bilhões.

Segundo Haddad, o ajuste será uma agenda prioritária do governo até o fim do ano e o desenho está bastante avançado. Os anúncios de medidas que irão compor a revisão, no entanto, só serão feitos quando "o governo estiver todo alinhado em relação aos propósitos", afirmou.

De acordo com o economista-chefe da Genial Investimentos, José Marcio Camargo, "a falta de indicações sobre quais reformas estão em discussão e quanto será economizado caso o projeto seja aprovado gera mais dúvidas entre os investidores sobre o que será efetivamente enviado ao Congresso".

"Diante do elevado nível de incerteza fiscal, o governo somente consegue captar recursos para financiar a dívida em prazos cada vez menores a custos mais elevados e pressão permanente sobre o real."

Com o ceticismo em relação às contas públicas, os juros futuros avançaram neste pregão, o que reverberou na Bolsa.

Os contratos futuros ainda foram pressionados pelo avanço dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, com apostas sobre os juros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) sob ajustes.
As vendas no varejo aumentaram um pouco mais do que o esperado em setembro, consolidando a visão de que a economia manteve um ritmo forte de crescimento no terceiro trimestre.

O índice aumentou 0,4% no mês passado, após marcar 0,1% em agosto. Economistas consultados pela Reuters esperavam avanço de 0,3%.
Já os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 241 mil na semana encerrada em 12 de outubro, ante expectativa de 260 mil.

Os sinais de resiliência da economia endossaram as expectativas de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos Estados Unidos na próxima reunião, com probabilidade de 89% na ferramenta CME Fed Watch. As chances de manutenção da taxa subiram para 11%.

Também esteve no radar a decisão de política monetária do Banco Central Europeu, que decidiu reduzir os juros em 0,25 ponto percentual pelo segundo encontro consecutivo. O banco, no entanto, não forneceu sinais sobre seus movimentos futuros.
 

*Informações da Folhapress 

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