Cidades

CAMPO GRANDE

Galos de rinha geram multa para morador da Capital

Entre machos, galinhas e garnisés a Polícia Militar Ambiental encontrou 18 animais e pena por maus-tratos beira dez mil reais

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Caso registrado na Capital de Mato Grosso do Sul, um indivíduo foi multado em quase 10 mil reais, por incorrer crime de maus-tratos, já que uma casa no bairro Jardim Anache tinha cerca de 18 aves voltadas para a prática de rinhas, brigas violentas entre animais que movimentam esquema de apostas. 

Ao receberem a denúncia, policiais militares ambientais foram até a residência na região norte de Campo Grande, tendo autorização do proprietário para averiguar a situação, que ao se depararem consideraram "preocupante".

No quintal dessa casa no Jardim Anache, em gaiolas improvisadas, com só cinquenta centímetros de altura do chão e cobertas com chapas de zinco simples e amianto, eram reservadas para essas aves.

Entre galos machos; galinhas e garnisés, a PMA localizou 18 animais em vistoria, sendo que o dono do local, num primeiro momento, apontou que as aves não eram usados na prática de rinhas. 

Porém, como bem frisa a polícia ambiental, a característica protuberância óssea que cresce na base das pernas dessas aves, chamados de esporões, estavam cortados. 

Além das condições precárias e das mutilações, esses galos; galinhas e garnisés apresentavam diversas escoriações pelo corpo, segundo a PMA em nota. 

Entre os apontamentos, os maus-tratos são identificados também pelas "gaiolas", que os deixam estressados sem espaço para locomoção e, sem a ventilação adequada, tornava-se quase que uma panela para esses animais durante dias quentes.  

Ao chegar ao local já inicialmente irritado, o filho do dono do local se declarou como verdadeiro dono dos animais. 

Penalização

Com base na Lei 9.605/98, regulamentada pelo Decreto Federal 6.514/08, o homem foi orientado que a atual situação se enquadrava como crime de maus-tratos, com os policiais orientando o morador até mesmo sobre o Código Sanitário campo-grandense que estava violando. 

Isso porque, pela norma da Capital, no perímetro urbano fica proibida não só a criação de galináceos, mas também de:
 

  • Suínos, 
  • Caprinos, 
  • Equinos, 
  • Bovinos

Sendo ele o dono, as aves permaneceram no local sob a responsabilidade do mesmo rapaz, que fica como "fiel depositário" até uma destinação que remova os animais daquelas condições. 

Diante disso, calculada entre R$ 500 e R$ 3 mil por animal, o morador do Jardim Anache foi multado em nove mil reais totais, enquadrado na legislação citada acima. 
 

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Atraso

Campo Grande amanhece com "sumiço" e recolhimento exagerado de ônibus

Após ônibus não aparecer em três horários previstos, passageiros fecharam terminal para protestar

08/04/2025 11h00

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma hora

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma hora Marcos Vello

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No início desta terça-feira (8), passageiros que aguardavam a linha 072 (T. Morenão/ T. Nova Bahia) realizaram um protesto devido ao atraso do ônibus por mais de uma hora. A população fechou os portões e tomou a pista do Terminal Nova Bahia.

O motivo da revolta foi a falta de ônibus entre as 5h10 e as 6h10. De acordo com informações do site Moovit, três ônibus da linha deveriam ter aparecido nesse intervalo de tempo. Eram previstas partidas às 5h25, às 5h43 e às 6h02.

A linha 072 é uma das principais a conectar os subúrbios da capital a bairros nobres como Carandá Bosque, Santa Fé e Chácara Cachoeira.

Ligando os Terminais Nova Bahia e Morenão, a linha é majoritariamente utilizada por prestadores de serviço como empregadas domésticas, que tiveram um grande prejuízo com o atraso do transporte.

Veja os vídeos do protesto:

 

 

1, 2, 3, 4... RECOLHE

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma horaFonte: Antônio Carlos / Correio do Estado

Outro problema enfrentado na manhã desta terça-feira por usuários do transporte público de Campo Grande foi o número exagerado de ônibus sendo recolhidos. 

Passageiros que aguardavam nos pontos da Rua 13 de Maio, no Centro da capital, relatam terem presenciado até quatro veículos seguidos com o letreiro "RECOLHE" ligado em pleno horário de pico, entre as 7h e as 8h.

População fechou Terminal para protestar após nenhum ônibus aparecer por mais de uma horaFonte: Antônio Carlos / Correio do Estado

Justificativa

Em nota, a assessoria do Consórcio Guaicurus informou que a falta de ônibus na linha 072 ocorreu em virtude da falta de um motorista. "Houve uma falha no processo operacional pelo motorista de plantão, o que acarretou na manifestação de alguns passageiros no terminal".

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MATO GROSSO DO SUL

Com primeira morte desde 2022, casos de chikungunya explodem em MS

Aumento percentual de registros confirmados foi de quase 300%

08/04/2025 10h29

Certos sintomas levantam alertas na população por estarem ligados à doença, apesar de parecerem comuns, como febre alta; manchas vermelhas na pele; dores pelo corpo, etc.

Certos sintomas levantam alertas na população por estarem ligados à doença, apesar de parecerem comuns, como febre alta; manchas vermelhas na pele; dores pelo corpo, etc. Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul observa uma crescente alarmante de casos confirmados de Chikungunya em seu território, um salto quase 300% maior se comparados iguais períodos de 2024 e 2025, registrando ainda no último mês a primeira morte pela doença há cerca de três anos.

O cenário é classificado pela própria Secretaria de Estado de Saúde (SES) como preocupante, enquanto a dengue, por exemplo, "apresenta uma queda significativa nos casos" neste ano. 

Esse comparativo que indica tendência de aumento nos casos de Chikungunya, em 2025, é feito com base nos Boletins Epidemiológicos da Semana 13 deste ano em relação a 2025. 

Chikungunya em números

Sobre os reflexos da doença viral em Mato Grosso do Sul, os casos prováveis foram de 3.679 para 4.668 entre 2024 e 2025, um aumento percentual de 27%. 

Já se lançando olhar sobre os casos confirmados, o aumento é de quase trezentos por cento (295%), com o salto de de 219 para 865, e uma incidência que passou de 133,5 para 169,3 registros para cada 100 mil habitantes.

Desde 2022, quando a doença vitimou três em solo sul-mato-grossense, o Estado não registra mortes por Chikungunya, cenário que mudou em março deste ano após o falecimento de um idoso que residia a cerca de 115,4 km de Campo Grande. 

Conforme o Boletim Epidemiológico da SES, um homem de 84 anos, morador de Dois Irmãos do Buriti, foi a primeira vítima de Chikungunya em MS desde 2022. Ele faleceu em 04 de fevereiro e sua morte foi confirmada como doença em 06 de março. 

Dentro das oito primeiras semanas epidemiológicas, onde surgiu também o primeiro óbito por Chikungunya, outro óbito era investigado como de causa possível pela doença, sendo uma pessoa moradora de Mundo Novo. 

Essa tendência se difere do cenário da dengue em MS, onde os casos prováveis até a 13ª Semana Epidemiológica caíram cerca de 43% no total, de 11.708 para 6.692 entre 2024 e 2025. 

Também os casos confirmados de dengue apresentaram queda (de 43,5%) no comparativo entre os períodos, caindo de 4.325 para 2.445. 

Fique atento

A SES indica que a Chikungunya tem sido mais incidente em alguns municípios do interior do Estado, como: 

  • Jateí
  • Selvíria,
  • Sonora e 
  • Glória de Dourados

Bianca Modafari é enfermeira na gerência de Doenças Endêmicas da SES, ela repassa orientações que precisam ser seguidas diante do cenário de aumento da Chikungunya, mesmo que a dengue esteja em baixa. 

"É fundamental manter as ações de prevenção — como eliminar recipientes que acumulam água, tampar caixas d’água e usar repelente — para evitar novas infecções. São cuidados simples que protegem contra as duas doenças", explica. 

Certos sintomas levantam alertas na população por estarem ligados à doença, apesar de parecerem comuns, como febre alta; manchas vermelhas na pele; dores pelo corpo e/ou articulações. 

  • Febre alta: presente em ambas, mas na Chikungunya surge de forma súbita.
  • Dor nas articulações: intensa na Chikungunya e pode persistir por meses. Na dengue, é mais muscular.
  • Manchas vermelhas: aparecem nos dois casos, mas na dengue podem vir acompanhadas de sangramentos.
  • Complicações: Chikungunya raramente causa casos graves, mas pode deixar sequelas e evoluir para forma crônica, embora possa levar ao óbito em casos de uso de medicações anti-inflamatórios na fase aguda (até 14 dias de início de sintomas). Já a dengue pode evoluir para formas hemorrágicas;

É importante lembrar que os diagnósticos só são feitos por equipes especializadas, portanto é necessário procurar uma unidade de saúde para tratamento adequado. 


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