O governo do Estado assina nesta quarta-feira (9) termo de compromisso para transformar Mato Grosso do Sul na qualificação "Carbono Neutro". A medida tem efeitos sobre a indústria, agricultura, pecuária e outros empreendimentos para que haja ações que garantam menor degradação do meio ambiente.
Levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a partir do projeto Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, indica que o aquecimento global deve trazer mudanças no clima do Estado. Isso significa que mais temporais, como os que vem atingindo dezenas de cidades desde dezembro de 2015, podem se intensificar nos próximos anos.
O controle da emissão de carbono representa menor impacto na camada de ozônio, que é responsável por manter o aquecimento global em situação menos drástica.
A "Declaração de Interesses" será assinada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), pelo secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, por representantes da Embrapa Gado de Corte e do Instituto de Recursos Mundiais (WRI, sigla em inglês). O evento acontecerá durante a Dinâmica Agropecuária (Dinapec), que realizada na sede da Embrapa, na Capital.
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade) desenvolveu o programa estadual de mudanças climáticas (Proclima) para nortear as políticas relacionadas ao controle de emissão de carbono.
"Essa será uma grande contribuição e exemplo que daremos ao país para ajudar a atingir as metas firmadas em dezembro do ano passado na Conferência Mundial do Clima. Transformar Mato Grosso do Sul em um ‘Estado Carbono Zero’ (ou Carbono Neutro) é uma meta ousada", disse o secretário Jaime Verruck.
GRUPO DE ESTUDO
O Instituto de Meio Ambiente do Estado (Imasul) e a Semade formalizaram em fevereiro o Grupo de Trabalho Mudanças Climáticas e Biodiversidade para formatar a política estadual de mudanças climáticas (lei nº 4.555/2014).
O Imasul também se integrou à Fiocruz para desenvolver estudos sobre os impactos climáticos no Pantanal e em outras regiões. As cidades também farão parte do estudo, principalmente as que foram afetadas por enchentes nos últimos meses.
CARBONO ZERO
Para garantir a política do carbono neutro, o governo precisa fazer com que a agropecuária tenha maior eficiência na produção, amplie o reflorestamento, recupere pastagens degradadas e crie incentivos para a produção de energia elétrica a partir da biomassa e com geração por meio eólico e solar.
A organização não governamental de renome internacional WRI vai ser contratada para ajudar no desenvolvimento de protocolos. Não foram divulgados valores que precisam ser investidos para permitir a execução dessa "Declaração de Interesse".
No Brasil, Fernando de Noronha, arquipélago pertencente a Pernambuco, começou em 2013 a política para se tornar o primeiro território brasileiro com carbono neutro. O programa tem previsão de cinco anos para ser implantado.
No local, os transportes aéreo e marítimo, a geração de energia com a usina termelétrica que existe no arquipélago e agricultura são os principais produtores de gás carbônico (CO2).
Reprodução/DOE-MS


