Cidades

MEIO AMBIENTE

Governo vai "financiar" quem combate incêndios no Pantanal

Entre os focos do Fundo Clima Pantanal deve estar a destinação de recursos para instituições e comunidades ribeirinhas que formam e mantêm brigadas no bioma

Continue lendo...

O Fundo Clima Pantanal, que será usado para financiar serviços ambientais prestados no bioma, deverá ter uma “linha de crédito” para instituições que ajudam a evitar os incêndios no bioma.

Segundo o secretário-executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Artur Henrique Leite Falcette, o edital para o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Pantanal deve ser publicado até o final deste mês.

“Vamos ter dois grandes focos: a questão da degradação e desmatamento evitado, os incêndios evitados; e a remuneração pela biodiversidade preservada”, afirmou Falcette.

No caso dos incêndios florestais evitados, devem ser elegíveis para o PSA instituições que atuam no Pantanal com a formação de brigadas, assim como comunidades ribeirinhas distantes que pretendem formar a própria brigada.

“O edital vai valorar cada ação, se a instituição atua na formação de brigadas, o valor para manter esse cursos vai estar descrito, se ribeirinhos ou pequenos produtores querem manter uma brigada, isso também vai estar descrito. O governo vai pagar para ter essa estrutura em funcionamento”, explicou o secretário-executivo da Semadesc.

INCÊNDIOS

Este ano os incêndios florestais no Pantanal de Mato Grosso do Sul começaram antes do esperado. Somente em junho, segundo dados do Mapbiomas, 370 mil hectares foram queimados no bioma, a maior parte no Estado.

De janeiro até a quinta-feira (11), de acordo com dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foram consumidos pelas chamas 770 mil hectares no Pantanal. 

A curva, que há duas semanas era ascendente, agora mostra uma certa estagnação, principalmente após a chegada de uma frente fria no Estado, que derrubou as temperaturas e trouxe mais umidade para a região.

Na semana passada o governo do Estado chegou a divulgar que os focos de incêndios estavam todos debelados, entretanto, horas depois uma outra região começou a pegar fogo. A chama seria na região de Maracangalha e mobilizou bombeiros e brigadistas para combater o surgimento de incêndio de grande proporção.

PESQUISA

Levantamento do MapBiomas mostra que Corumbá é o município brasileiro mais afetado por queimadas no primeiro semestre de 2024, com 332,802 mil hectares destruídos.

Os dados também revelam, através do “Monitor do Fogo”, que de janeiro a junho deste ano, o Pantanal foi o terceiro bioma mais atingido pelas chamas, com 458,548 mil hectares.

No ranking de territórios mais afetados pelas queimadas, Mato Grosso do Sul está em terceiro lugar, com 469,577 mil hectares prejudicados. 

Entre janeiro e junho deste ano, a área queimada no Pantanal aumentou em 529%, ou seja, a porcentagem é seis vezes maior do que a média do mesmo período dos anos anteriores.

Ainda conforme o mapeamento, a área degradada do bioma pode variar de 800 mil hectares (6,8%) até 2,1 milhões de hectares (quase 19%). 

Embora seja um local que convive com o fogo, a incidência de incêndios nos últimos cinco anos fez com que 9% das formações florestais no Pantanal, que são áreas sensíveis ao fogo, tenham sido prejudicadas.   

Em 2023, foram mais de 600 mil hectares queimados no Pantanal, 97% dos quais ocorreram entre setembro e dezembro. O mês de novembro concentrou 60% do total da área queimada.

Saiba

O Fundo Clima Pantanal, ferramenta criada dentro da Lei Estadual nº 6.160/2023 tem buscado parceiros para doações à plataforma, no entanto, ainda não conseguiu consolidar nenhum repasse externo, além do aporte feito pelo governo do Estado em sua criação, de R$ 40 milhões.

Para engordar o fundo, o Executivo Estadual quer fazer uma força-tarefa com entidades ligadas ao setor produtivo e organizações não-governamentais (ONGs).

*Colaborou Thais Cintra

Assine o Correio do Estado

Cidades

Lista suja do trabalho escravo tem 13 empregadores de Mato Grosso do Sul

Cadastro é atualizado a cada seis meses e manteve o quantitativo da divulgação anterior; Confira a lista

09/04/2025 16h01

Treze empregadores de MS estão inscritos na chamada lista suja do trabalho escravo

Treze empregadores de MS estão inscritos na chamada lista suja do trabalho escravo Foto: Agência Brasil / Arquivo

Continue Lendo...

Mato Grosso do Sul tem 13 empresas e empregadores na chamada lista suja do trabalho escravo. O Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta quarta-feira (9).

Em comparação com a lista anterior, divulgada em outubro de 2024, o Estado manteve o mesmo quantitativo de propriedades cadastradas.

Em Mato Grosso do Sul, o município de Corumbá concentra a maioria das propriedades onde foram encontrados trabalhadores em situação de escravidão, com seis locais e 22 trabalhadores resgatados.

Também há empregadores de Ponta Porã, Angélica, Porto Murtinho, Aparecida do Taboado, Laguna Carapã, Dourados e Caracol. Somando os trabalhadores resgatados nestas propriedades, foram 81.

Em todo o Brasil, são 745 nomes cadasttrados na lista suja.

Entre as atividades econômicas com maior número de patrões incluídos estão:

  • criação de bovinos;
  • cultivo de café e
  • trabalho doméstico.

Conhecido como lista suja do trabalho escravo, o cadastro é atualizado a cada seis meses com o objetivo de dar transparência às atividades de auditores-fiscais do trabalho no enfrentamento ao problema. 

O Cadastro existe desde 2003 e é regulamentadpo atualmente pela Portaria Interministerial nº 18, de 13 de setembro de 2024.

Empresas e empregadores

De acordo com nota divulgada pelo MTE, os nomes incluídos são de empresas e empregadores que passaram por processos administrativos finalizados e sem possibilidade de recurso.

Após um flagrante, “é lavrado um auto de infração específico que descreve a situação de trabalho análogo ao de escravo. Cada auto dá origem a um processo administrativo, no qual os empregadores têm garantidos seus direitos de defesa, podendo apresentar argumentos e recorrer em duas instâncias”, descreve.

Após a inclusão, o nome permanece publicado por dois anos, conforme determina a instrução normativa que regula a lista.

Na última sexta-feira (4), foram retirados 120 nomes que haviam completado esse prazo.

Cidades

Encomenda com pistola e entorpecente é interceptada nos Correios

A apreensão realizada pela GCM ocorreu nesta quarta-feira (9) em uma agência em Campo Grande

09/04/2025 15h33

Arma e drogas vieram da Turquia e foram interceptadas nos Correios

Arma e drogas vieram da Turquia e foram interceptadas nos Correios Foto: Divulgação

Continue Lendo...

A Guarda Civil Metropolitana apreendeu, na agência dos Correios, uma pistola de origem turca enviada da fronteira e outro pacote com entorpecentes, em Campo Grande.

A apreensão ocorreu nesta quarta-feira (9), na agência localizada na Rua Vasconcelos Fernandes. A GCM foi acionada por volta das 10h para verificar o conteúdo suspeito.

A Gerência de Segurança Corporativa dos Correios repassou aos agentes que se tratava de três encomendas: uma pistola Canik 9mm, de fabricação turca, sem munição, e tabletes de skunk.

A encomenda que continha a arma de fogo foi enviada de uma cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, cujo nome não foi divulgado, e teria como destino o estado de Minas Gerais.

Junto com a pistola, havia dois carregadores que não estavam municiados.

Já outra encomenda, postada em Campo Grande com destino ao Rio de Janeiro, continha, em um pote que deveria armazenar proteína em pó, um líquido que passará por perícia para determinar sua composição.

A terceira apreensão, conforme pesagem da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), continha 3,422 kg de skunk, divididos em seis pacotes que estavam dentro de um micro-ondas. A encomenda também foi remetida em Campo Grande com destino à fronteira.

O líquido e o entorpecente foram levados até a Denar, enquanto a pistola foi entregue à Depac Cepol para os devidos procedimentos.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).