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Nova Era

Grupo espanhol assume aeroporto internacional de Campo Grande a partir de amanhã

Aena Brasil arrematou bloco com pistas em quatro estados, incluindo as cidades de Corumbá e Ponta Porã

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Responsável por adquirir um lote com aeroportos em quatro estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul, o grupo espanhol Aena Brasil inicia a gestão permanente do aeroporto internacional de Campo Grande a partir desta sexta-feira (13). Em uma transação bilionária de R$2,45 bilhões, a empresa adquiriu também a gestão das pistas de Corumbá e Ponta Porã no Estado.

Definição da negociação foi realizada há mais de um ano, em agosto de 2022. A programação para o início das operações foi especificado no plano de tarifas aeroportuárias divulgado pela empresa.
Corumbá e Ponta Porã, que também serão geridas pela concessionária, tem previsão de iniciar oficialmente o trabalho no início do próximo mês (novembro).

A Aena já havia assinado, em março deste ano, o contrato de concessão dos aeroportos, mas aguardava pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável por atestar a eficácia do documento - o que dependia da aceitação da forma de pagamento.

A administração do aeroporto internacional de Campo Grande era até então realizada de forma integral pela Infraero Operador de Aviões. O terminal foi criado em 21 de julho de 1953. Em 20 de janeiro de 1964 foi inaugurado o primeiro Terminal de Passageiros e em 1967 foram construídos os pátios de estacionamento de aeronaves civil e militar.

A ordem de serviço que dá eficácia ao contrato foi publicada no Diário Oficial da União de seis de junho. Essa era a etapa pendente para que a operadora começasse o processo de transição para assumir os aeroportos de: Campinas (Congonhas), Uberlândia, Uberaba, Montes Claros, Campo Grande, Ponta Porã, Corumbá, Carajás, Santarém, Altamira e Marabá. O prazo previsto de concessão é de 30 anos.

Os espanhóis já operam seis aeroportos no Nordeste do País, sendo Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju, Juazeiro do Norte e Campina Grande.



MELHORIAS


Com o início das atividades a ocorrerem a partir de amanhã, na Capital, o conglomerado deve iniciar a fase de reformas estruturais no local. Uma série de melhorias será feita no prazo de 36 meses (3 anos), incluindo aumento da capacidade de passageiros, pátio com 11 posições para aeronaves comerciais código C, como o Airbus 320 e Boeing 737-800.

O sistema de luzes é outra parte a ser renovada, incluindo toda a cabeceira das pistas de pouso e decolagem, além de diversos detalhes técnicos e práticos na rotina do aeroporto, que recentemente realizou novas contratações, realizando renovação na parte de pessoal.

No Estado, os terminais de Ponta Porã e Corumbá que serão assumidos respectivamente nos dias 7 e 10 de novembro pela espanhola passarão por mudanças semelhantes. 
 

39° feminicídio

Comerciante morta pelo marido tinha relacionamento sem brigas ou denúncias

Ângela Naiara Guimarães foi atingida com golpes de canivete, após Leonir Gurgel ser contra o fim do casamento de décadas

08/12/2025 12h53

"Ela foi terminar o relacionamento, já de muitos anos, sem histórico de discussão, sem histórico de briga até onde a gente levantou", afirmou Analu Lacerda.  Marcelo Victor/Correio do Estado

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No local do 39° feminicídio do Mato Grosso do Sul em 2025, a delegada adjunta da 1° Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Analu Lacerda Ferraz, detalhou nesta segunda (08) que a comerciante vítima dos golpes de canivete mantinha um relacionamento sem históricos aparentes de brigas, ou qualquer boletim de ocorrência registrado contra Leonir Gurgel. 

Em coletiva na manhã de hoje (08), em frente ao endereço onde Ângela Naiara Guimarães foi morta Ângela Naiara Guimarães Gurgel, a adjunta da Deam afirmou que o casal junto há décadas não indicava qualquer atrito público antes do feminicídio.

"Ela foi terminar o relacionamento, já de muitos anos, sem histórico de discussão, sem histórico de briga até onde a gente levantou", afirmou Analu Lacerda. 

Empresários da região, as informações preliminares apontam que o comércio Sabor da Albert Sabin, uma churrascaria e restaurante da região, seriam pertencentes à família Gurgel, a qual Ângela e Leonir fazem parte. 

Informações repassadas pela Deam narram que a discussão teria começado ainda na noite de ontem (07), com Ângela pedindo que Leonir saísse de casa na manhã desta segunda-feira (08). 

A Especializada de Atendimento à Mulher narra ainda que, durante o desentendimento, tanto a mãe da vítima de feminicídio como a filha do casal tentaram socorrer Ângela Naiara Guimarães. 

Enquanto a mãe de Ângela teria entrado em luta corporal com Leonir, a filha do casal, de aproximadamente 27 anos, também tentou ajudar e acabou feriada na mão. 

Entenda

Menos de 24 horas após Campo Grande unir-se ao "Levante Mulheres Vivas", pelo direito à vida delas e pela responsabilização das plataformas digitais, mais uma mulher foi morta pelo ex-companheiro em Campo Grande, na manhã de hoje (08), fazendo Mato Grosso do Sul registrar o 39° feminicídio de 2025 até então. 

Este crime hoje (08) foi registrado no número 97 da Rua Antônio Pinto da Silva, que fica localizada no bairro Taveirópolis na Capital de Mato Grosso do Sul, vitimando uma mulher de 54 anos, empresária da região, identificada como Ângela Naiara Guimarães Gurgel.

Leonir Gurgel, um homem de 59 anos, seria o responsável por golpear a 39º vítima de feminicídio na barriga com um canivete, atingindo inclusive a filha do casal, de 27 anos, no ocorrido. Esse indivíduo ainda teria usado o mesmo canivete para golpear o próprio pescoço, sendo socorrido por equipes do Corpo de Bombeiros com vida e levado até a Santa Casa de Campo Grande. 

Cronologia de feminicídios

Antes desse, o primeiro feminicídio de 2025 aparece como sendo sendo a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio deste ano em MS foi a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

No terceiro caso de 2025, a vítima foi Juliana Domingues, de 28 anos, assassinada com golpes de foice pelo marido, na noite do dia 18 de fevereiro, na comunidade indígena Nhu Porã, em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Quatro dias depois, no dia 22 de fevereiro, Mirieli dos Santos, de 26 anos, foi a quarta vítima do ano, morta a tiros pelo ex-namorado, Fausto Junior, no município de Água Clara - localizado a 193 km de Campo Grande.

No dia seguinte, Emiliana Mendes, de 65 anos, foi morta no município de Juti, localizado a 310 km de distância de Campo Grande. A vítima foi brutalmente atacada pelo suspeito, que, após esganá-la, arrastou seu corpo até uma residência e colocou em cima de um colchão, a fim de simular uma eventual morte natural. 

O sexto caso de feminicídio registrado em 2025 foi o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O crime aconteceu no dia 1º de março;

O sétimo aconteceu em Nioaque e trata-se do feminicídio de Alessandra da Silva Arruda, em 29 de março, morta aos 30 anos por Venilson Albuquerque Marques, preso em flagrante horas depois convertida posteriormente para preventiva.

Já o oitavo feminicídio foi o de Ivone Barbosa da Costa Nantes, morta a golpes de faca na região da nuca pelas mãos do então namorado no assentamento da zona rural de Sidrolândia batizado de Nazareth, em 17 de abril. 

nono caso foi registrado com o achado do corpo de Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, encontrado na tarde do dia 14 de maio, no Rio Aporé, em Cassilândia-MS, segundo divulgado pela Polícia Civil. De acordo com as informações, o crime aconteceu no dia 11 de maio. 

Já o décimo caso, foi o de Simone da Silva, de 35 anos, na noite do dia 14 de maio, morta a tiros na frente dos próprios filhos por William Megaioli da Silva, de 22 anos, que se entregou à polícia ainda com a arma em mãos. 

No 11º feminicídio de Mato Grosso do Sul, a vítima foi Olizandra Vera Cano, de 26 anos, que foi assassinada com golpes de faca no pescoço pelo marido de 32 anos, no dia 23 de maio. O autor acabou preso em flagrante, na cidade de Coronel Sapucaia, a 395 quilômetros de Campo Grande.

O 12º caso aconteceu no dia 25 de maio, no Hospital Regional de Nova Andradina, e vitimou Graciane de Sousa Silva, que foi vítima de diversas agressões durante quatro dias seguidos, na cidade de Angélica, distante aproximadamente 275 quilômetros de Campo Grande.

Seguindo a sequência, Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e a filha Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, foram as 13ª e 14ª  vítimas de femicídio, em Mato Grosso do Sul. As duas foram mortas e queimadas no dia 26 de maio, no bairro São Conrado, em Campo Grande. O autor do crime, João Augusto Borges, de 21 anos, que era marido de Vanessa e pai de Sophie confessou o duplo homicídio, e afirmou que o cometeu pois Vanessa queria se separar e ele não queria pagar pensão para a filha.

Já a 15ª morte por feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano, foi a de Eliane Guanes, de 59 anos, que foi queimada viva pelo capataz Lourenço Xavier, de 54 anos. De acordo com as informações, ele jogou gasolina no corpo de Eliane e ateou fogo na mulher, em fazenda na região da Nhecolândia, no Pantanal de Corumbá, onde os dois trabalhavam. O crime aconteceu na noite do dia 6 de junho.

Doralice da Silva, de 42 anos, foi a 16ª vítima de 2025, morta a facadas no dia 20 de junho, após uma discussão com o companheiro Edemar Santos Souza, de 31 anos, principal suspeito. O crime ocorreu na Rua dos Pereiras, na Vila Juquita, em Maracaju, a cerca de 159 quilômetros de Campo Grande.

A 17ª vítima foi  Rose Antônia de Paula, foi encontrada morta e praticamente decapitada, em uma casa em Costa Rica no dia 28 de junho. Rose era moradora de Bonito e pretendia retornar para a cidade no dia do crime. Entretanto, vizinhas estranharam o fato de ela não ter aparecido para tomar café em uma lanchonete que costumava frequentar. Pouco tempo depois, ela foi encontrada morta.

No dia 4 de julho, a 18ª vítima foi Michely Rios Midon Orue, de 48 anos, morta a facadas pelo próprio filho, de 21 anos, que era esquizofrênico. O crime aconteceu no município de Glória de Dourados, distante aproximadamente 260 quilômetros de Campo Grande. A vítima foi morta com pelo menos cinco facadas, sendo o golpe fatal desferido na região da jugular.

O 19° caso aconteceu no dia 25 de julho, com a morte de Juliete Vieira, de 35 anos, que foi esfaqueada pelo irmão, Edivaldo Vieira, de 41 anos. O crime aconteceu na cidade de Naviraí, distante aproximadamente 359 quilômetros de Campo Grande. 

Na sequência da estatística dos feminicídios registrados desde o início, a 20.ª vítima foi a professora Cinira de Brito, morta por Anderson Aparecido de Olanda, de 41 anos, que esfaqueou a companheira com dois golpes na perna, três no abdômen e depois tirou a própria vida. 

Já a 21ª vítima de feminicídio em 2025 foi Salvadora Pereira, de 22 anos, assassinada com tiro no rosto pelo então companheiro, José Cliverson Soares, 32 anos, na frente de cerca de cinco crianças com idades entre dois e oito anos. 

Depois, o 22° caso de feminicídio foi a morte de Dahiana Ferreira Bobadilla, morta aos 24 anos por Dilson Ramón Fretes Galeano, de 41 anos, que fugiu após enterrar o corpo em cova rasa às margens do Rio Apa, em Bela Vista. 

Já a 23ª vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul foi Letícia Araújo, de 25 anos, atropelada de propósito pelo marido, Vitor Ananias, 25, como registrado pelas câmeras de segurança da região. 

Após ser mantida em cárcere privado pelo então marido, Érica Regina Mota, de 46 anos, foi a 24ª vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul, morta a facadas por Vagner Aurélio, de 59 anos, preso em flagrante poucas horas depois. 

O 25° feminicídio registrado foi o de Dayane Garcia, de 27 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande depois de passar 77 dias internada, após ser ferida a tiros pelo ex-marido Eberson da Silva, de 31 anos, ainda em 18 de junho. 

O 26° caso foi o de Iracema Rosa da Silva, morta aos 75 anos em Dois Irmão do Buriti, por defender a filha do genro que cometia violência doméstica.

Caso confirmado, o 27° feminicídio será o de Gisele da Silva Saochine, morta aos 40 anos pelo marido no quintal de casa. Em seguida, ele a arrastou para o quarto e a incendiou. Depois, foi para o carro que estava na garagem, e colocou fogo em si mesmo, morrendo carbonizado.

28° foi o de Ana Taniely Gonzaga de Lima, de 25 anos, morta em Bela Vista, pelo ex que não aceitava o fim do namoro. Inconformado com o fim da relação, ele passou a insistir em uma reconciliação, até que encontrou a vítima e a agrediu com golpes de faca e também com um pedaço de madeira, causando ferimentos graves que resultaram em sua morte.

A 29ª vítima foi  Erivelte Barbosa Lima de Souza, de 48 anos, que foi esfaqueada pelo marido Adenilton José da Silva Santos, de 30 anos, em Paranaíba. Adenilton José da Silva Santos foi preso em flagrante e levado à delegacia do município. Durante o interrogatório, ele confessou o crime e contou que não conseguia lembrar o que o levou à prática, já que estava embriagado.

A 30ª vítima foi Andreia Ferreira, de 40 anos, assassinada a tiros pelo marido Carlos Alberto da Silva. Irritado após discussão do casal, Carlos usou a arma que tinha em casa para disparar contra a mulher. O homem ficou foragido, mas foi preso uma semana após o ocorrido no dia 12 de outubro.

Solene Aparecida Ferreira Corrêa, de 46 anos, foi a 31ª vítima de feminicídio. Ela foi encontrada morta no chão de sua casa, com marcas de violência e sinais de enforcamento. O caso aconteceu em Três Lagoas e a suspeita pela morte era sua companheira, identificada como Laura Rosa Gonçalves, que foi presa em flagrante.

Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, foi a 32ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Ela foi morta a facadas no Jardim Colúmbia, em Campo Grande, na noite do dia 28 de outubro.

O 33° caso foi de Aline Silva no dia 04 de novembro, morta a facadas na frente da mãe e da filha, após se recusar a ter um relacionamento amoroso com o homem.

Já o 34° caso foi o da mulher de 43 anos, morta a facadas em Aparecida do Taboado, identificada depois como Mara Aparecida do Nascimento Gonçalves

Por fim, As vítimas do 35° e 36° feminicídios de 2025 tratam-se de um caso da mesma família, em que Rosimeire Vieira de Oliveira, de 37 anos e sua mãe, Irailde Vieira Flores de Oliveira, de 83 anos, foram mortas à facadas durante a madrugada, pelo ex-namorado de Rosimeire. 

Morta enforcada pelo companheiro na noite de segunda-feira (17 de novembro), Gabrielle Oliveira dos Santos, de 25 anos, é a 37ª vítima de feminicídio do ano, crime que ocorreu na chácara onde o casal morava, em Sonora, município localizado no extremo norte de Mato Grosso do Sul.

Faltando quase um mês para o Natal, em 24 de novembro Mato Grosso do Sul chegou ao 38° registro de feminicídio de 2025, último caso até então, quando a ex-guarda municipal Alliene Nunes Barbosa, de 50 anos, foi morta em Dourados esfaqueada pelo ex-marido, Cristian Alexandre Cebeza Henrique.

Agora, Ângela Naiara Guimarães Gurgel, esfaqueada com canivete na barriga pelo próprio marida, figura como o 39° feminicídio de 2025 no Mato Grosso do Sul.

combate aos atropelamentos

Em defesa da fauna pantaneira, BR-262 receberá 20 radares

Além disso, Dnit está instalando 170 km de telas, retirando a vegetação em um trecho de 284 km e instalando novas passagens subterrâneas e aéreas

08/12/2025 12h50

Telas que estão sendo instaladas agora ficarão bem mais afastadas da pista do que aquelas que começaram a ser instaladas em 2019. Aquelas serão removidas

Telas que estão sendo instaladas agora ficarão bem mais afastadas da pista do que aquelas que começaram a ser instaladas em 2019. Aquelas serão removidas

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Além de 170 quilômetros de cercas para tentar reduzir o número de atroplementos de animais silvestres no trecho pantaneiro da BR-262, entre Aquidauana e Corumbá, o  Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) promete ativar ao menos 20 radares em trechos críticos da rodovia. 

Estudos do Ibama feitos em 2023 haviam apontado a necessidade de instalação de 22 equipamentos. Doze chegaram a ser implantados, mas a maior parte está desativada. Agora, com o pacote de investimentos de R$ 30,2 milhões, este número vai chegar a duas dezenas ao longo dos 284 quilômetros considerados críticos. 

Dados do Ibama mostram que disparou a quantidade de animais mortos por atropelamentos nos últimos anos. Em 2011, a média era de 1,67 atropelamento por dia. Dez anos depois, em  2021, esta média havia saltado para 10,5 mortes diárias. 

Em doze meses monitorados pelo instituto Via Fauna (dezembro de 2020 a novembro de 2021) foram encontradas 3.833 carcaças. Entre as maiores vítimas estavam 516 jacarés; 305 tatus-galinha; 301 graxains; 300 cachorros-do-mato; 268 tatus-peba; 155 capivaras e 137 tamanduas-mirim. Nenhum destes está na lista de animais ameaçados de extinção. 

Porém, os pesquisadores também encontraram 59 tamanduas-bandeira; 19 cutias, 14 lontras, 13 antas, 12 bugios pretos, 5 cervos do pantanal, um lobo-guará e uma onça-pintada, todas espécies ameaçadas de desaparecerem da natureza. 

A explicação, segundo o Ibama, é o aumento do tráfego de veículos na rodovia e o afugentamento dos animais em direção às rodovias causado pelas queimadas que atingiram o Pantanal ao longo dos últimos anos, principalmente a partir de 2020.

Inicialmente o Ibama havia cobrado a instalação de 140 quilômetros de telas, mas no projeto que está sendo implantado agora as proteções laterais devem chegar a 170 quilômetros, em 18 pontos críticos. 

Em 2019 o Dnit chegou a instalar cerca de 16 quilômetros de tela, mas todas serão removidas e refeitas, pois estão muito próximo da pista e não seguem os padrões técnicos. As novas telas estão instaladas a cerca de quatro metros do aterro sobre o qual foi colocado o asfalto.

Além disso, estão sendo executadas dez novas passagens de fauna, 22 bueiros de drenagem, limpeza nas proximidades de 44 pontes,  sete passarelas sobre a rodovia e 58 acessos de gradil metálico.

LEUCENA

Outra medida que está em execução é a retirada da vegetação em uma faixa de sete metros de cada lado da rodovia. A medida, segundo o Ibama, é fundamental para que os motoristas consigam visualizar os animais antes de eles entrarem na pista e assim reduzam a velocidade.

Por conta disso, milhares de árvores  nas margens da rodovia terão de ser retiradas. A previsão é de que a vegetação seja mantida somente próximo de córregos, 30 metros de cada lado, e na região de morraria, nos locais onde serão instaladas as passagens superiores, para facilitar a passagem de animais como macacos e quatis. 

Entre a vegetação que será suprimita estão milhares de leucenas, que tomaram contra do trecho entre o Buraco das Piranhas e a ponte sobre o Rio Paraguai, principalmente. Ela é uma planta invasora e está se sobreponto à vegetação local e escondendo a paisagem pantaneira

A retirada da vegetação das margens da pista também reduzirá o risco de incêndios provocados por bitucas de cigarro jogados por motoristas desatentos, entendem os técnicos do Ibama.

MULTA MILIONÁRIA

As obras estão sendo feitas pelo DNIT. Porém, o órgao federal só concordou em adotar as medidas após anos de pressão e depois de uma multa de R$ 9 milhões aplicada pelo Ibama (outro órgão federal), aplicada ainda em 2022 . Boa parte das adequações deveriam ter sido adotadas entre 2015 e 2019, mas apenas 16 km de telas, duas passagens superiores e 12 radares foram instalados. 

A rodovia está sem licença de funcionamento desde 2014 e este documento somente será concedido depois que as exigências do Ibama forem atendidas. O prazo para conclusão dos trabalhos era até o final de 2025, mas somente ainda estão na fase inicial. Agora, a prefisão do DNIT é de que se estendam por dois anos. 

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