Cidades

mútuo-ajuda

Grupos oferecem auxílio para pessoas com problemas

Grupos oferecem auxílio para pessoas com problemas

EDUARDO FREGATTO

28/09/2013 - 13h30
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“Um dia de cada vez”. É com esse lema que os participantes de grupos de mútuo-ajuda levam a vida. Com reuniões semanais, vários grupos de Campo Grande, a maioria inspirado pelo pioneiro “Alcoólicos Anônimos”, tem ajudado pessoas que precisam de ajuda mas não a encontram no circulo familiar, de amigos, na religião ou nos remédios. Hoje, um desses grupos, o “D.A.S.A” (Dependentes de Amor e Sexo Anônimos), realiza uma reunião de estudo aberta ao público, no auditório da Livraria Paulus (Avenida Calógeras, 2.405), a partir das 8h. Durante o dia todo, os participantes irão debater diversos problemas, como obesssão e dependência de amor e sexo e sentimentos como vergonha, ciúmes, auto rejeição e culpa.Na ocasião, uma “companheira” (como eles se referem uns aos outros) virá de São Paulo para compartilhar suas experiências. Em Campo Grande, existem diversos grupos direcionados para diferentes problemas e indivíduos. A ideia geral é a de que a pessoa com problemas não está sozinha. “Muitos afirmam que os grupos salvaram suas vidas”, diz o advogado Marco, 49 anos e membro frequente do D.A.S.A. 

AA: ALCOÓLICOS ANÔNIMOS

Idealizado na década de 1930, o “Alcoólicos Anônimos” é o grupo de apoio mais conhecido do mundo. O método é seguido por cerca de 2 milhões dependentes do álcool em mais de 160 países. No Brasil, existem em torno de 6.000 grupos de Alcoólicos Anônimos, que, segundo a entidade, reúnem 110.000 membros, entre membros fixos e esporádicos. Os doze passos seguidos pela entidade inspiraram a criação de outros grupos como Neuróticos Anônimos e Narcóticos Anônimos. No Estado, 25 cidades contam com ao menos um grupo AA. Em Campo Grande, são 17 grupos em atividade. O contato da Central do AA na Capital é 3383-1854. 

NA: NARCÓTICOS ANÔNIMOS

“É um programa para quem a droga se tornou problema maior, independente da droga que usou. Qualquer um é bem vindo desde queira parar de usar”, explica um dos membros do “Narcóticos Anônimos”. São 10 grupos em Campo Grande. O programa tem um telefone, a linha da vida, onde o público pode se informar, pedir ajuda e orientações: 8155-2282.

N/A: NEURÓTICOS ANÔNIMOS

O “Neuróticos Anônimos” é voltado à pessoas com conflitos emocionais, como depressão, mágoas, ressentimentos e quaisquer emoções negativas. “Nós entendemos que essas doenças emocionais são desordens de natureza espiritual”, explica Mauro, um advogado de 49 anos que há cinco frequenta o grupo de apoio. Em Campo Grande, as reuniões acontecem terça-feira, às 19h, e aos sábados e domingos, às 15h, na Rua Maracaju, 136. 

D.A.S.A

O “D.A.S.A” (Dependentes de Amor e Sexo Anônimos) reúne quem procura ajuda pessoas com problemas de relacionamento de ordem amorosa e sexual. Como em todos os grupos “Anônimos”, os princípios se baseiam na espiritualidade e nos 12 passos.”Esse grupo ajuda pessoas com desordem de natureza afetiva, emocional e sexual, atinge todas essas áreas”, explica Mauro. Em Campo Grande, os encontros são na Rua Maracaju, 136, aos sábados às 17h30min, e quinta-feira, às 19h.

GAEPE

“Gaepe” é o Grupo de Apoio Espiritual às Pessoas Enlutadas. Foi criado em Campo Grande há seis anos por um grupo de amigos que se reunia para conversar sobre suas perdas. Um dos fundadores, Santos, de 67 anos, conta que o apoio de outras pessoas e os depoimentos são capazes de confortar quem sofre com o luto. “As vezes a pessoa chega muito desesperada, aí nós fazemos visitas na casa dela, ela vai convivendo e ajuda ocm certeza”, garante. O grupo se reúne nos sábados, às 9h30min, no piso superior da loja Arquitécnica (Rua Dom Aquino, 431, bairro Amambaí).

JA: JOGADORES ANÔNIMOS

“O Jogadores Anônimos é uma Irmandade composta de homens e mulheres que compartilham suas experiências, força e esperança com o intuito de resolver o seu problema comum e ajudar outros a se recuperarem de problemas com o jogo”. É essa a descrição do “Jogadores Anônimos”, que tem um grupo presente em Campo Grande. As reuniões acontecem quinta-feira, às 19h, na Rua Maracaju, 249, sala 01. A linha da vida funciona 24 horas no número 8473 1321.

AMOR EXIGENTE

Também baseado nos 12 passos e príncipio de espiritualidade, os grupos “Amor Exigente” desenvolve preceitos para a organização da família, principalmente no apoio e orientação aos familiares de dependentes químicos. “O grupo promove mudanças em relação a mau comportamento e descumprimento de regras”, destaca um dos membros daqui de Campo Grande. Na Capital, são sete grupos em diferentes pontos da cidade. O contato do escritório central é 3026-4404.

NAR-ANON

O “Nar-Anon” apoia familiares de dependentes químicos. O foco principal do grupo é ajudar os familiares e amigos de “adictos” a se recuperar do vício. O único requisito para ser membro é que exista um problema de adicção num parente ou amigo. Na Capital, existe um grupo que se encontra Igreja do Perpétuo Socorro, segunda-feira, às 19h.

Cidades

Veículos batem de frente e três pessoas da mesma família morrem na BR-267

Motorista de um Virtus tentou fazer uma ultrapassagem, quando colidiu de frente com um Corolla; todas as vítimas estavam no veículo atingido

16/12/2025 18h36

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram Foto: Divulgação / PRF

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Três pessoas morreram em um acidente envolvendo dois carros de passeio, na manhã desta terça-feira (16), na BR-267, em Nova Alvorada do Sul. O acidente aconteceu durante uma tentativa de ultrapassagem.

De acordo com informações da PRF, um veículo Toyota Corolla, com placas de São Miguel de Guaporé (RO), seguia no sentido Nova Alvorada do Sul a Distrito de Casa Verde, enquanto um Virtus, com placas de Três Lagoas, seguida no sentido contrário.

Na altura do km 177, os veículos bateram de frente. Segundo testemunhas, o Virtus teria tentado fazer uma ultrapassagem e acabou colidindo com o Corolla.

Com o impacto da batida, duas passageiras no Corolla, de 55 e 73 anos, morreram na hora. Um outro passageiro, de 74 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu posteriormente no hospital. O motorista, de 53 anos, não teve ferimentos graves.

Conforme informações, as vítimas eram a esposa, pai e mãe do motorista.

No Virtus estavam o condutor e um passageiro, de 42 e 37 anos, respectivamente. Ambos tiveram lesões consideradas leves e foram encaminhados ao hospital em Nova Andradina, mas não correm risco de morte.

Ainda segundo a PRF, foi realizado o teste do bafômetro nos motoristas, com resultado negativo para alcoolemia em ambos.

Informações preliminares são de que a família que estava no Corolla saiu de Rondônia para visitar familiares no interior de São Paulo.

Durante os trabalhos de resgate e perícia, parte da pista ficou interditada. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

Outro acidente com duas mortes

Na madrugada desta terça-feira (16), outro acidente deixou duas pessoas mortas e três feridas, na BR-158, em Três Lagoas.

Conforme reportagem do Correio do Estado, Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, trabalhava como moto-entregador. Ambos colidiram em ua região conhecida como anel viário Samir Tomé.

No Palio conduzido, além da motorista estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas.

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora.

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

 

Cabe recurso

Jogo do bicho: deputado Neno Razuk é condenado a 15 anos de prisão

Condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

16/12/2025 17h45

Deputado estadual Neno Razuk (PL)

Deputado estadual Neno Razuk (PL) Foto: Wagner Guimarães / Alems

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL), foi condenado a 15 anos e 7 meses de prisão, apontado como o "cabeça" de um grupo criminoso para tomar o controle do jogo do bicho em Campo Grande. A condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) nesta segunda-feira (15) e sentencia outras 11 pessoas. 

Conforme os autos do processo que corre em segredo de Justiça, os réus tentaram anular a condenação sob pedindo a nulidade das investigações. Em resposta ao Correio do Estado, André Borges, advogado de defesa do deputado, disse que irá recorrer da sentença. "Defesa certamente recorrerá; processo está longe de encerrar; Neno confia na decisão final da justiça", declarou. 

Condenações 

  • Carlito Gonçalves Miranda 10 anos, 9 meses e 24 dias de reclusão, em regime fechado; Não tem o direito de recorrer em liberar e segue sendo procurado;
  • Diogo Francisco 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;   
  • Edilson Rodrigues Ferreira 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 
  • Gilberto Luis dos Santos 16 anos, 4 meses e 29 dias de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • José Eduardo Abduladah 4 anos e 1 mês de reclusão, em regime fechado; permanecerá em prisão domiciliar;
  • Júlio Cezar Ferreira dos Santos 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Manoel José Ribeiro 13 anos, 7 meses e 1 dia de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • Mateus Aquino Júnior 11 anos e 7 meses de reclusão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado;
  • Roberto Razuk Filho 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Taygor Ivan Moretto Pelissari 4 anos, 11 meses e 15 dias de reclisão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado; 
  • Valnir Queiroz Martinelli 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Wilson Souza Goulart 4 anos, 2 meses e 22 dias de reclusão, no semiaberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 

Buscas

Em novembro deste ano, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), apreendeu mais de R$ 300 mil durante a operação deflagrada contra alvos ligados à família Razuk. A ação, realizada em conjunto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, também resultou na prisão de três familiares do deputado estadual Neno Razuk. 

Foram detidos o pai do parlamentar, Roberto Razuk, e os irmãos Rafael Razuk e Jorge Razuk. Segundo informações, além do montante em dinheiro, equipes recolheram armas, munições e máquinas supostamente usadas para registrar apostas do jogo do bicho.

Os materiais foram apreendidos durante o cumprimento dos 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão executados  em Campo Grande, Dourados, Corumbá, Maracaju e Ponta Porã, além de endereços no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Em Dourados, viaturas foram vistas logo cedo em bairros como Jardim Água Boa e Vila Planalto. A residência de Roberto Razuk foi um dos principais pontos de ação, onde agentes recolheram malotes.

Outro alvo da operação é Sérgio Donizete Balthazar, empresário e aliado político, proprietário da Criativa Technology Ltda., que no início deste ano ingressou no Tribunal de Justiça com mandado de segurança para tentar suspender a licitação da Lotesul, estimada em mais de R$ 50 milhões.

Também aparecem entre os alvos o escritório de Rhiad Abdulahad e Marco Aurélio Horta, conhecido como "Marquinho", chefe de gabinete de Neno Razuk e funcionário da família há cerca de 20 anos.

A família Razuk, já foi alvo de apurações relacionadas ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. A ação é tratada pelo Ministério Público como uma nova fase dessas investigações.

FASES

Em outubro de 2023, antes das fases da Successione, a Polícia Civil fez uma apreensão de 700 máquinas da contravenção, semelhantes a máquinas de cartão utilizadas diariamente em qualquer comércio, sendo facilmente confundidas.

As prisões foram desencadeadas a partir da deflagração das fases da Operação Successione, que começou no dia 5 de dezembro de 2023. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Foi nesta fase que os ex-assessores parlamentares de Neno Razuk foram pegos.

Duas semanas depois, no dia 20 de dezembro, foi deflagrada a segunda fase da operação, com o cumprimento de 12 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão. Ela foi realizada após investigações do Gaeco apontarem que a organização criminosa continuou na prática do jogo do bicho, além de concluírem que policiais militares também atuavam nesta atividade.

No dia 3 de janeiro do ano passado, chegou a vez da terceira fase da operação, com mais dois envolvidos presos pela contravenção na Capital.

A disputa pelo controle do jogo ilegal em Campo Grande se intensificou após a prisão de Jamil Name e Jamilzinho, durante a Operação Omertá, em 2019, que eram apontados pelas autoridades como os donos do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. 

Quatro anos depois, Jamil Name Filho foi condenado a 23 anos de reclusão, após um julgamento de três dias.

O termo italiano "Successione"  que dá nome a operação, é uma referência a disputa pela sucessão do jogo bicho em Campo Grande após a operação Omertá. A decisão desta terça-feira cabe recurso. 

**Colaborou Felipe Machado

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