Cidades

Impedimento

Em decisão unânime, Tribunal de Justiça impede que Guarda Municipal realize greve em MS

Categoria compõe lista de agentes de segurança pública que não poderão aderir movimentos grevistas

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O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul (TJMS), por meio  do Órgão Especial, determinou que os Guardas Municipais do Estado estão impossibilitados de realizarem greve, uma vez que as atividades exercidas pela categoria são consideradas policiais.

A ação declaratória de ilegalidade de greve, proposta pelo Município de Campo Grande em face do Sindicato dos Guardas Municipais (SindGM/CG) foi julgada na tarde de hoje (05). A medida se deu após o movimento grevista da categoria, ocorrido em julho do ano passado.

Com a decisão de hoje, a Justiça analisou se a categoria poderia ou não aderir a movimentos. O placar final da decisão foi unânime, 15 votos favoráveis. 

Em sustentação oral, o advogado do SindGM/CG, Márcio Almeida, argumentou que o Tribunal de Justiça julgou em 2020 a ação que declarou inconstitucionais dispositivos de emenda à Lei Orgânica Municipal, onde outorgava a prerrogativa para os guardas municipais realizarem atividades policiais, tais como as contidas na Lei Federal 13.022/2014.

Na ocasião, o TJ havia afirmado que guardas municipais, por não serem agentes de segurança pública, não poderiam realizar abordagens policiais.

Almeida sustentou que era necessário que o Tribunal findasse a divergência ocorrida até então. "Se para o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) os guardas não eram policiais, neste julgamento de ilegalidade de greve, o que estava sendo levado a efeito é que sim, os guardas municipais possuem atividades policiais", declarou o advogado. 

Esta decisão, que impossibilita definitivamente a categoria de realizar movimentos grevistas, forma um precedente para todas as Guardas Municipais do estado de Mato Grosso do Sul.

O presidente do SindGM/CG, Hudson Bonfim, lamentou a decisão mas, por outro lado, afirmou que o Tribunal agora entende que a Guarda Municipal faz parte dos órgãos de segurança pública e realiza atividades policiais. Em agosto passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as Guardas Civis Municipais (GCM) não poderiam exercer atribuições que são exclusivas das polícias Civil e Militar.

Na ocasião, a decisão foi amparada no julgamento do recurso de um réu acusado de tráfico de drogas e que teve a condenação anulada, uma vez que as provas foram declaradas ilegais porque foram colhidas por guardas municipais em uma revista, durante um patrulhamento de rotina.

Para o advogado Márcio Almeida, a decisão, de alguma forma, contempla a categoria, uma vez que a mesma se encontra muitas vezes sendo questionada em suas ações policiais.

De outro lado, ainda resta aos guardas municipais outros elementos de persuasão coletiva para lutarem por seus direitos, como manifestações, mobilizações, doações de sangue coletivas, panelaços, acampamentos e etc. "Há uma gama de ações que podem ser adotadas pelo movimento azul marinho aqui em Campo Grande", destacou Hudson Bonfim.

Ao Correio do Estado, o sindicalista disse que a impossibilidade de greve, não impede que a categoria mantenha suas reivindicações por meio de manifestações. Para ele, o entendimento reforça o trabalho da GCM na capital e no Estado.

“Trabalho reconhecido. Seguiremos trabalhando na mesma linha,entretanto agora vistos como uma força policial, que seguirá dentro de suas atribuições e daquilo que já vem sendo desempenhado, nada além disso”, destacou. Questionado sobre eventuais atritos com a polícia, Bonfim disse que a categoria não usa qualquer insígnia ou símbolo que lhe equipare a Polícia.

“Mesmo sendo tidos como a ‘polícia do município’, não somos policiais. Nesta mesma linha não aceitamos nenhum oficial dentro da nossa organização e seguiremos assim, cada um no seu quadrado”, finalizou. 

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Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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