Cidades

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Helicóptero cai sobre carros em hospital

Helicóptero cai sobre carros em hospital

BRUNO GRUBERTT

06/02/2010 - 04h06
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Um helicóptero H-1H 8689 da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu no estacionamento do Hospital Regional de Campo Grande, logo após iniciar a decolagem partindo do heliponto do local. A aeronave, com cinco tripulantes, transportaria soro antiofídico para atender a uma idosa, que há dois dias havia sido mordida por uma cobra peçonhenta, na região do Pantanal, território do município de Corumbá, e até ontem não havia recebido socorro. Na queda, o helicóptero danificou dois carros de funcionários que estavam estacionados. Apesar dos estragos, ninguém ficou ferido. Por volta das 13 horas de ontem, a aeronave do Esquadrão Pelicano partiu da Base Aérea de Campo Grande com a missão de levar ampolas de soro antiofídico – que neutraliza o efeito do veneno inoculado pelas cobras peçonhentas – para a região do Pantanal, onde a idosa Sotênia Espíndola da Silva, de 69 anos, foi atacada por uma serpente na quinta-feira. A área da fazenda onde Sotênia reside está isolada, por conta das cheias, que são comuns esta época na região pantaneira. O helicóptero havia descido no Hospital Regional para que a equipe de resgate pegasse o medicamento e depois seguiria para o Pantanal. O auxiliar de lavanderia, Elais Aquino, de 30 anos, estava em frente do prédio do pronto-socorro, e presenciou todo o acidente. “Ele [o helicóptero] chegou, quando desceu um homem com uma caixa branca. Ele entrou no pronto-socorro e, depois de cinco minutos, já voltou. Quando foi decolar, ficou um minuto tentando subir. Ele subiu, mas ficou bem baixo. Começou a voar de lado, na altura do poste de luz. Aí ele foi pro outro lado e quando voltou pra cá, bateu em uma árvore e caiu em cima dos carros”, contou o auxiliar. Segundo ele, a aeronave chegou bem perto de atingir o prédio do Centro Integrado de Proteção à Criança e ao Adolescente, prédio que fica ao lado do Hospital Regional. Os cinco tripulantes saíram rapidamente do helicóptero e não sofreram ferimentos. Apesar disso, eles foram encaminhados para o prontosocorro do hospital e passaram por exames. O acidente reuniu centenas de curiosos, que foram controlados pela polícia, que montou uma área de isolamento. A preocupação era que algum vazamento pudesse causar explosão. Porém, o Corpo de Bombeiros esteve no local, e fez uma espécie de “isolamento” com água e espuma anti-incêndio. Prejuízos Na queda, a hélice da aeronave atingiu um automóvel Fiat Uno e um Chevrolet Corsa, que estavam no estacionamento. “Nunca que a gente vai imaginar que um helicóptero vai cair em cima do carro da gente. Ainda mais no estacionamento do trabalho”, disse o engenheiro Wilson Oshiro, de 61 anos, proprietário do Corsa, que ficou totalmente destruído. Quem estava com o veículo era o filho dele, Eduardo Akira Oshiro, de 27 anos, que trabalha no hospital como auxiliar-administrativo. Os dois pareciam não acreditar no que aconteceu. Eles registraram boletim de ocorrência e devem aguardar o laudo pericial, para que a Força Aérea indenize os proprietários pelos danos causados no acidente. Causa No momento em que foi decolar, segundo assessoria de imprensa da Base Aérea, a aeronave ”sofreu perda de potência”, o que teria ocasionado a queda. A Força Aérea não confirmou o que poderia ter causado a perda de força, apenas informou que os dois pilotos que estavam no helicóptero são experientes e não atribuiu o acidente a problemas na aeronave, que, segundo a assessoria, passa por manutenção constante. Estavam no avião cinco militares, sendo dois pilotos, um mecânico, um médico e um tripulante. Quatro deles são tenentes-aviadores e o quinto sargento. Dois oficiais de segurança de voo estiveram no local para fazer a perícia e levantar as possíveis causa do acidente. O laudo deve sair em 30 dias. Além deles, homens da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais estiveram no local. A aeronave foi retirada do local no final da tarde e outro helicóptero do mesmo modelo prosseguiu com a missão. Porém, até o fechamento desta edição a tripulação não havia conseguido localizar a fazenda onde a idosa estava porque as coordenadas geográficas informadas à Força Aérea estariam erradas.

Cidades

Projeto de lei quer converter multas de trânsito em doação de sangue e medula

Infrator que optar pela doação não pagará multa, mas outras sanções podem ser mantidas, como pontos na CNH

19/12/2025 18h00

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula Foto: Arquivo

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Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) propõe converter multas aplicadas no trânsito, relativas a infrações de natureza leve, em doação voluntária de sangue ou medula óssea. Como a Casa está em recesso, a matéria tramitará no ano que vem.

Conforme a proposta, de autoria do deputado estadual Junior Mochi, a conversão do pagamento das multas em doação de sangue ou medula teria caráter alternativo e facultativo, não constituindo direito subjetivo do infrator, e deverá ser expressamente requerida pelo interessado, nos termos de posterior regulamentação.

Ainda conforme o projeto, a conversão da multa em doação somente será admitida quando:

  • a infração for de natureza leve, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro;
  • não houver reincidência da mesma infração no período de 12 meses;
  • a multa não decorrer de infração que tenha colocado em risco a segurança viária, a vida ou a integridade física de terceiros;
  • a doação seja realizada em hemocentros públicos ou privados conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou em instituições oficialmente reconhecidas;
  • haja aptidão médica do doador, conforme critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Cada doação de sangue corresponderá a conversão de uma multa de trânsito, assim como a inscrição no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Caso o doador seja compatível com alguma pessoa precisando de transplante e faça a doação efetiva da medula óssea, poderá ser convertida até duas multas de trânsito.

A comprovação da doação ou da inscrição no Redome será realizada mediante apresentação de documento oficial emitido pela instituição responsável, observado o prazo e os procedimentos definidos em regulamento

O projeto veda a compensação parcial da multa, bem como a conversão de penalidades acessórias, como suspensão ou cassação do direito de dirigir.

A conversão será apenas relacionada ao pagamento da multa, mas não exime o infrator das demais obrigações legais decorrentes da infração de trânsito, inclusive quanto ao registro de pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), quando aplicável.

O Poder Executivo poderá celebrar convênios e parcerias com municípios, hemocentros e instituições de saúde, com vistas à operacionalização da lei, caso seja aprovada e sancionada.

Objetivos

Na justificativa do projeto, o deputado afirma que o objetivo é conciliar o caráter educativo das sanções
administrativas de trânsito com políticas públicas de incentivo à doação voluntária de sangue e de medula óssea, "práticas essenciais à manutenção da vida e à efetividade do Sistema Único de Saúde".

"A proposta não elimina a penalidade, mas a ressignifica, convertendo-a em uma ação de relevante interesse social, capaz de estimular a solidariedade, a cidadania e a responsabilidade coletiva. Trata-se de medida alinhada aos princípios da dignidade da pessoa humana, da função social das sanções administrativas e da eficiência das políticas públicas, diz a justificativa.

Em caso de aprovação e sanção, a adesão pelos municípios será facultativa, preservando o pacto federativo.

"Ressalte-se que a iniciativa respeita a autonomia municipal e o Código de Trânsito Brasileiro, limitando-se às infrações leves e excluindo aquelas que representem risco à segurança viária. A adesão pelos Municípios é facultativa, preservando-se o pacto federativo", conclui o texto.

Campo Grande

Investigada por desvio recebeu R$ 1,7 milhão para iluminar "Cidade do Natal"

Construtora JCL venceu licitação há dois meses e será responsável pela decoração natalina da Capital

19/12/2025 17h50

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Investigada em operação que apura suspeitas de fraudes em licitações e contratos de iluminação pública em Campo Grande, a Construtora JCL Ltda. venceu há dois meses a disputa para iluminar a decoração natalina da Capital neste ano, orçamento de R$ 1,7 milhão.

Conforme o Portal da Transparência, a empresa será responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina na Capital, contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro. 

Conforme o edital, a iluminação abarca trechos da Rua 14 de Julho, Avenida Afonso Pena local de apresentações culturais, gastronomia e lazer. Para a decoração natalina está prevista a instalação de mangueiras luminosas de led branco quente (âmbar), verde e azuis pelas avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias e Mato Grosso.

Na 14 de Julho, a decoração possui flâmulas natalinas, bolas metálicas iluminadas, árvores naturais de porte médio, árvores em formato de cone, anjo iluminado e pórticos metálicos.

As luzes foram acesas no dia 1º de dezembro deste ano, com desligamento previsto para o dia 15 de janeiro de 2026, datas que, conforme contrato, podem ser adiadas ou antecipadas.

De acordo com a prefeitura, a iluminação decorativa natalina tem como objetivo "trazer o espírito natalino para as ruas, praças e avenidas da Capital, aliando beleza, lazer e sentimento de pertencimento urbano".

Iluminação natalina

A Praça Ary Coelho também foi decorada com os portais de entrada até o coreto, além de iluminação nas árvores naturais.

Complementam a decoração em outras vias estrelas dos mais variados tamanhos, árvores de arabesco, cometas, botas, bicicletas, pirâmides e pórticos, entre outros.

Além dessas, receberão decoração as rotatórias da Ceará com Joaquim Murtinho; Duque de Caxias com a Entrada da Nova Campo Grande; da João Arinos com Pedrossian; Três Barras com Marques de Lavradio; Consul Assaf Trad com Zulmira Borba; Gury Marques na rotatória da Coca-Cola; Filinto Muller no Lago do Amor; dentre outras. A iluminação compreende ainda o Paço Municipal.

 

Contradição

A assinatura do contrato entre a prefeitura e a construtora contraria uma lei sancionada pelo próprio Executivo em agosto deste ano, que detinha o objetivo reduzir gastos e otimizar recursos públicos.

A Lei 7.464/25, sancionada em 4 de agosto, previa que a iluminação e ornamentação natalina em espaços públicos fosse patrocionada por empresas privadas, sem custos para a Prefeitura.

Conforme a lei, as empresas interessadas em iluminar a "Cidade do Natal" em troca, poderiam divulgar suas marcas nos locais iluminados. O programa "Natal de Luz", inserido na lei, tem vigência anual, entre 1º de novembro e 10 de janeiro. 

*Colaborou João Pedro Flores

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