Um helicóptero da Polícia Nacional paraguaia caiu em uma plantação de sorgo nesta quinta-feira (15) enquanto transportava 700 kg de alimentos até a região de Fortín Florida, veículo que caiu em uma região conhecida como La Fortuna, cidade próxima ao Forte Olimpo, na fronteira entre os municípios sul-mato-grossenses de Corumbá e Porto Murtinho.
A aeronave trabalhava para retirar pessoas de comunidades na região do Chaco, isoladas devido às fortes chuvas na região durante o último mês.
De acordo com o presidente do conselho de bairro local, Hugo Benítez, a situação é crítica, pois a alimentação disponível para as famílias está quase no fim.
Além disso, como informou o ABC Color, há produtos como biscoitos, farinha e macarrão que estão completamente esgotados, causando preocupação em quem segue na região.
“Há mais de um mês, no dia 3 de abril, recebemos 22 quilos de alimentos enviados pela Secretaria Nacional de Emergência e, desde então, nada, apesar de termos notícias de que o Governo Nacional declarou o estado de emergência em todo o Chaco e autorizou a ajuda de cerca de 15.000 milhões de pesos”, disse o morador.
Ainda conforme o ABC Color, a aeronave decolou por volta das 9h, e os ocupantes do helicóptero (piloto Blas Merete, o copiloto Miguel Delvalle, o navegador Néstor Ortellado e os funcionários do governo Virgílio Gavilán e Enrique Enciso) não sofreram lesões graves.
Até o momento, a causa do acidente é desconhecida e o vice-ministro Pereira indicou que uma comissão de investigação da Força Aérea Paraguaia e da Direção Nacional de Aeronáutica Civil será encarregada de determinar as razões da queda do veículo.
A Polícia coordenará com a Força Aérea a forma de retomar o trabalho de assistência humanitária após a perda do helicóptero. Autoridades paraguaias informam que há uma semana o governo local não consegue enviar ajuda aos moradores locais.
“A situação de abandono em que nos encontramos é crítica, porque temos vários filhos, e como é que lhes explicamos que não temos mantimentos, especialmente quando nos pedem um pedaço de pão”, disse Benitez. De acodo com as autoridades locais, o cenário atual permanece preocupante.


