Cidades

Janeiro Roxo

Hospital São Julião referência no tratamento de Hanseníase ganha destaque internacional

Site World NTD, que aborda as doenças negligenciadas no mundo, estampou na capa a fachada iluminada do Hospital São Julião em referência ao Janeiro Roxo

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Janeiro é o mês de conscientização e combate a doença Hanseníase. Referência há mais de 80 anos no tratamento da doença, o Hospital São Julião, em Campo Grande-MS, iluminou a fachada com a cor roxa em alusão a Campanha Todos Contra a Hanseníase. O fato é que o hospital foi novamente destaque internacional por sua atuação.

A fachada roxa do São Julião foi parar na capa do site World NTD, que aborda as doenças negligenciadas em todo o mundo. A foto foi feita pelo profissional da área, o sul-mato-grossense Alexis Prappas.

Cabe relembrar que no ano passado, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), em Dubai, o Hospital São Julião foi referenciado pela conquista do título de "Primeiro Hospital Rumo ao Lixo Zero do Brasil". Sendo o primeiro do país a atingir o índice de 82% de desvio de resíduos sólidos do aterro sanitário.

O dermatologista, Augusto Brasil, que atua no Hospital São Julião relembra que na década de 70, sob a liderança da irmã Silvia, hou um movimento importantíssimo de resgate a dignidade humana dos hanseníanos.

"Aquela ajuda humanitária, cresceu e se transformou no hospital que é um grande centro de referência para as pessoas acometidas pela hanseníase. Ver hoje o Hospital São Julião estampado num site internacional, de grande relevância, representa um grande tributo a todos aqueles que voluntariamente se doaram por essa causa e reforça a importância do Janeiro Roxo, da necessidade de não abdicar da luta contra a hanseníase. Um grande problema de saúde pública no nosso país", destaca o médico.

Hanseníase tem cura

A hanseníase está na lista da Organização Mundial da Saúde como doença negligenciada e coloca o Brasil em segundo lugar em números absolutos de casos da doença em todo o Planeta. 

Em Mato Grosso do Sul o Hospital São Julião é uma referência no tratamento da doença que tem cura. Há mais de 80 anos o hospital desenvolve métodos de diagnóstico e acompanhamento, com distribuição de medicamentos no tratamento da doença e envolve profissionais de diferentes áreas.

Além de médicos e enfermeiros, o Hospital São Julião disponibiliza fisioterapeutas, nutricionistas e técnicos em enfermagens que com a experiência desenvolvida durante anos de tratamento elaboraram protocolos que são considerados eficientes na cura dos pacientes.

Toda a equipe de enfermagem, farmacêuticas e técnicos em enfermagem desenvolveram uma metodologia que oferece aos cidadãos em tratamento da hanseníase facilidades para o uso dos medicamentos em casa. 

A partir de uma abordagem humanizada, os técnicos de enfermagem e a equipe do hospital, ao identificarem que o paciente é analfabeto, fazem a entrega dos medicamentos usando além da receita médica a separação dos remédios por grupos coloridos e dessa forma o paciente não deixa de tomar o remédio no dia a dia por falta de leitura da receita.

O procedimento desenvolvido no Hospital São Julião já foi avaliado pelos médicos do próprio hospital como eficaz e com excelentes resultados, porque oferece ao paciente analfabeto a tranquilidade de seguir o tratamento contra a doença.

*Com informações da assessoria.

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Cidades

Projeto de lei quer converter multas de trânsito em doação de sangue e medula

Infrator que optar pela doação não pagará multa, mas outras sanções podem ser mantidas, como pontos na CNH

19/12/2025 18h00

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula Foto: Arquivo

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Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) propõe converter multas aplicadas no trânsito, relativas a infrações de natureza leve, em doação voluntária de sangue ou medula óssea. Como a Casa está em recesso, a matéria tramitará no ano que vem.

Conforme a proposta, de autoria do deputado estadual Junior Mochi, a conversão do pagamento das multas em doação de sangue ou medula teria caráter alternativo e facultativo, não constituindo direito subjetivo do infrator, e deverá ser expressamente requerida pelo interessado, nos termos de posterior regulamentação.

Ainda conforme o projeto, a conversão da multa em doação somente será admitida quando:

  • a infração for de natureza leve, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro;
  • não houver reincidência da mesma infração no período de 12 meses;
  • a multa não decorrer de infração que tenha colocado em risco a segurança viária, a vida ou a integridade física de terceiros;
  • a doação seja realizada em hemocentros públicos ou privados conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou em instituições oficialmente reconhecidas;
  • haja aptidão médica do doador, conforme critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Cada doação de sangue corresponderá a conversão de uma multa de trânsito, assim como a inscrição no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Caso o doador seja compatível com alguma pessoa precisando de transplante e faça a doação efetiva da medula óssea, poderá ser convertida até duas multas de trânsito.

A comprovação da doação ou da inscrição no Redome será realizada mediante apresentação de documento oficial emitido pela instituição responsável, observado o prazo e os procedimentos definidos em regulamento

O projeto veda a compensação parcial da multa, bem como a conversão de penalidades acessórias, como suspensão ou cassação do direito de dirigir.

A conversão será apenas relacionada ao pagamento da multa, mas não exime o infrator das demais obrigações legais decorrentes da infração de trânsito, inclusive quanto ao registro de pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), quando aplicável.

O Poder Executivo poderá celebrar convênios e parcerias com municípios, hemocentros e instituições de saúde, com vistas à operacionalização da lei, caso seja aprovada e sancionada.

Objetivos

Na justificativa do projeto, o deputado afirma que o objetivo é conciliar o caráter educativo das sanções
administrativas de trânsito com políticas públicas de incentivo à doação voluntária de sangue e de medula óssea, "práticas essenciais à manutenção da vida e à efetividade do Sistema Único de Saúde".

"A proposta não elimina a penalidade, mas a ressignifica, convertendo-a em uma ação de relevante interesse social, capaz de estimular a solidariedade, a cidadania e a responsabilidade coletiva. Trata-se de medida alinhada aos princípios da dignidade da pessoa humana, da função social das sanções administrativas e da eficiência das políticas públicas, diz a justificativa.

Em caso de aprovação e sanção, a adesão pelos municípios será facultativa, preservando o pacto federativo.

"Ressalte-se que a iniciativa respeita a autonomia municipal e o Código de Trânsito Brasileiro, limitando-se às infrações leves e excluindo aquelas que representem risco à segurança viária. A adesão pelos Municípios é facultativa, preservando-se o pacto federativo", conclui o texto.

Campo Grande

Investigada por desvio recebeu R$ 1,7 milhão para iluminar "Cidade do Natal"

Construtora JCL venceu licitação há dois meses e será responsável pela decoração natalina da Capital

19/12/2025 17h50

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Investigada em operação que apura suspeitas de fraudes em licitações e contratos de iluminação pública em Campo Grande, a Construtora JCL Ltda. venceu há dois meses a disputa para iluminar a decoração natalina da Capital neste ano, orçamento de R$ 1,7 milhão.

Conforme o Portal da Transparência, a empresa será responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina na Capital, contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro. 

Conforme o edital, a iluminação abarca trechos da Rua 14 de Julho, Avenida Afonso Pena local de apresentações culturais, gastronomia e lazer. Para a decoração natalina está prevista a instalação de mangueiras luminosas de led branco quente (âmbar), verde e azuis pelas avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias e Mato Grosso.

Na 14 de Julho, a decoração possui flâmulas natalinas, bolas metálicas iluminadas, árvores naturais de porte médio, árvores em formato de cone, anjo iluminado e pórticos metálicos.

As luzes foram acesas no dia 1º de dezembro deste ano, com desligamento previsto para o dia 15 de janeiro de 2026, datas que, conforme contrato, podem ser adiadas ou antecipadas.

De acordo com a prefeitura, a iluminação decorativa natalina tem como objetivo "trazer o espírito natalino para as ruas, praças e avenidas da Capital, aliando beleza, lazer e sentimento de pertencimento urbano".

Iluminação natalina

A Praça Ary Coelho também foi decorada com os portais de entrada até o coreto, além de iluminação nas árvores naturais.

Complementam a decoração em outras vias estrelas dos mais variados tamanhos, árvores de arabesco, cometas, botas, bicicletas, pirâmides e pórticos, entre outros.

Além dessas, receberão decoração as rotatórias da Ceará com Joaquim Murtinho; Duque de Caxias com a Entrada da Nova Campo Grande; da João Arinos com Pedrossian; Três Barras com Marques de Lavradio; Consul Assaf Trad com Zulmira Borba; Gury Marques na rotatória da Coca-Cola; Filinto Muller no Lago do Amor; dentre outras. A iluminação compreende ainda o Paço Municipal.

 

Contradição

A assinatura do contrato entre a prefeitura e a construtora contraria uma lei sancionada pelo próprio Executivo em agosto deste ano, que detinha o objetivo reduzir gastos e otimizar recursos públicos.

A Lei 7.464/25, sancionada em 4 de agosto, previa que a iluminação e ornamentação natalina em espaços públicos fosse patrocionada por empresas privadas, sem custos para a Prefeitura.

Conforme a lei, as empresas interessadas em iluminar a "Cidade do Natal" em troca, poderiam divulgar suas marcas nos locais iluminados. O programa "Natal de Luz", inserido na lei, tem vigência anual, entre 1º de novembro e 10 de janeiro. 

*Colaborou João Pedro Flores

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