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Hospital vai resolver "pendências" apontadas pelo MP antes de PPP

Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu nos últimos dias dois inquéritos para investigar problemas do Regional, o último deles referente a exames de raios X

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O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) prometeu resolver, antes do leilão para parceria público-privada (PPP) que deve gerir a instituição, problemas apontados pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) em inquéritos civis abertos recentemente.

A primeira investigação começou no mês passado. Conforme reportagem do Correio do Estado publicada em junho, a 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública de Campo Grande abriu inquérito para apurar a falta dos esfigmomanômetros nas unidades coronarianas (UCOs), equipamentos essenciais para o tratamento de pacientes cardíacos. 

Segundo a reportagem, a investigação foi motivada por uma denúncia anônima e confirmada por uma vistoria técnica que encontrou pacientes em estado grave sem o monitoramento adequado.

A apuração começou após uma denúncia relatar a ausência das braçadeiras em leitos da UCO, impossibilitando o controle da pressão arterial. 

Em vistoria no hospital, a equipe da Promotoria confirmou a falta do equipamento em quatro leitos, incluindo um ocupado por um paciente que recebia “drogas vasoativas”, medicação que exige monitorização contínua e rigorosa da pressão.

Em nota, segundo o Hospital Regional, a compra do equipamento está em andamento e deve ser concluída antes que a empresa vencedora do leilão assuma o hospital.

“Sobre o inquérito relativo à UCO (Unidade Coronariana), o hospital informa que a demanda se refere a manguitos (componentes dos esfigmomanômetros) e, conforme informado durante visita técnica do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o processo de compra já estava em andamento – e foi concluído. O HRMS destaca que, em nenhum momento, houve desassistência aos pacientes”, diz a nota.

O segundo inquérito foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial do MPMS. Nele, a 32ª Promotoria abriu investigação para apurar a “insuficiência e as condições de funcionamento dos equipamentos de raios X no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, a regularidade da realização de manutenções preventivas e corretivas e as providências adotadas pela Funsau e pela Secretaria de Estado de Saúde para garantir a continuidade e a qualidade dos serviços de diagnóstico por imagem”.

O inquérito, segundo o MPMS, encontra-se em segredo de Justiça, e a reportagem não conseguiu acesso à investigação. No entanto, o Regional nega que em algum momento tenha havido desassistência na oferta desse tipo de exame.

“Em relação ao exame de raios X, o hospital reforça que se trata de um dos procedimentos mais básicos realizados em uma unidade terciária como o HRMS, que é referência em média e alta complexidade. Atualmente, o hospital conta com um parque tecnológico moderno, capaz de suprir integralmente a demanda interna”, afirmou, em nota. 

“Entre janeiro e maio deste ano, foram realizados mais de 11 mil exames de raios X, sem registro de demanda reprimida. Considerando todos os exames de imagem realizados no mesmo período, o número ultrapassa 33,4 mil procedimentos”, completou o Regional.

PPP

Projeto que deve ser leiloado em dezembro deste ano promete entregar à iniciativa privada todos os setores do Regional que não sejam relacionados à contratação de profissionais da saúde, que continuará sob a responsabilidade do governo do Estado.

A iniciativa pretende, ao longo de 30 anos de contrato, potencializar os investimentos no hospital. Hoje a área construída do Hospital Regional é de 37.000 m² e, com a PPP, a previsão é de que ela atinja
71.000 m². 

Segundo o governo, “em dois anos serão construídos dois novos blocos, que incluem a oferta do Centro de Imagem e Diagnóstico, UTI, UCO com 70 leitos, hemodinâmica, centro cirúrgico, central de material esterilizado e [área de] internações com 180 leitos”.

Durante esses meses antes do leilão, porém, o Regional garante que “todas as ações de manutenção, aquisição de equipamentos e insumos seguem sendo realizadas normalmente, de forma contínua, e de acordo com as necessidades da unidade – independentemente do projeto de PPP”.

Saiba

Ao longo dos 30 anos de contrato, a empresa vencedora da PPP deverá investir no Hospital Regional R$ 954,14 milhões, valor referente a obras, compra de equipamentos novos, reformas e também manutenção da unidade.

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Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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