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Inaugurado há 8 meses, corredor da Brilhante ainda divide opiniões

Com mais conforto para usuários dos ônibus, nova área de embarque e desembarque afeta comércio e trânsito da região

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Após seis anos de obras e oito meses da inauguração, o corredor de ônibus da Rua Brilhante divide opiniões entre usuários e motoristas que circulam em uma das vias de fluxo mais intenso de Campo Grande. 

Ao Correio do Estado, o motorista e comerciante Fernando Assis relatou que as obras que resultaram nos três pontos de ônibus nas esquinas com as ruas Ciríaco Maymone, Mario Quintanilha, Manuel Proença e Marechal Deodoro trouxeram mais malefícios do que benefícios ao seu negócio.

“O corredor de ônibus piorou o movimento aqui. Começou a afetar o fluxo e acabou com o estacionamento do meu trabalho, do meu comércio, e isso nos incomoda, principalmente ao descarregar os suprimentos. Vejo acidentes toda hora, ficou muito esquisito. Não tem como ver a rua inteira por conta do tamanho dessa parede que eles instalaram”, disse.

Fernando explicou à reportagem que já perdeu clientes por não poder mais oferecer estacionamento após as obras de construção do corredor de ônibus.

“Parece que depois da obra [dos pontos de ônibus] o povo começou a desviar da Brilhante e ela se tornou uma rua para pedestres. Vai demorar para nos acostumarmos”.

Marco Antônio Luni é motorista e afirmou que a instalação dos novos pontos de ônibus e do corredor exclusivo para os ônibus no lado esquerdo da via é vantajosa, desde que outros motoristas se atentem às regras do local.

“Já morei em Curitiba e lá existe uma iniciativa parecida que funciona muito bem para quem usa o transporte coletivo como principal meio de se locomover. Sinto que aqui falta o hábito de todos em relação à sinalização, sabe? Se tem uma placa que proíbe a circulação, é por um motivo. Depois acontece alguma tragédia, ninguém quer se responsabilizar e cai nas mãos da prefeitura, mas é tarde demais”, pontuou.

O gerente-executivo do Consórcio Guaicurus, Robson Strengari, disse ao Correio do Estado que a empresa entende a dificuldade de aceitação da população com as faixas exclusivas para os ônibus e apontou as obras dos corredores como uma das principais melhorias do transporte no município.

“Podemos andar no horário sem competir com os demais veículos, e isso nos garante tempo para entregar mais velocidade ao passageiro, que reclama dos pontuais atrasos em nossas linhas”, explicou.

Segundo o aposentado Hide Abraão Ferreira, a construção dos novos pontos de ônibus garantiu conforto e segurança para quem frequenta a Rua Brilhante. Entretanto, ele afirmou que os horários dos itinerários são os mesmos de antes.

“Estou aqui de segunda a sexta-feira por conta da igreja. Para mim, os horários dos ônibus estão como antes, do mesmo jeito. Ganhamos o conforto, mas o horário parece que não mudou. Sempre pego a linha 080, que vai do Terminal Aero Rancho até o Terminal General Osório, às 14h30min e não vejo essa melhoria de tempo estipulada pelo Consórcio”, salientou.

Questionado pela reportagem, Robson concordou com a afirmação e disse que é necessário concluir todos os corredores de ônibus planejados para a região central da Capital antes de garantir mudanças no itinerário, sendo o trecho entregue na Rua Brilhante apenas uma das partes essenciais para o caminho até o Terminal Bandeirantes.

“Acredito que, quando completo, todo esse percurso deverá economizar cerca de 20 minutos. Só com as obras da Brilhante já economizamos sete minutos, e isso prova que precisamos investir na infraestrutura para melhorar o transporte para o cidadão campo-grandense”, detalhou.

SEGURANÇA

A vendedora Sarah da Motta, que é usuária do ponto de ônibus localizado entre a Rua Brilhante e a Rua Mário Quintanilha, relatou que vários acidentes aconteceram no cruzamento desde sua inauguração, em abril deste ano.

“Tem sinalização de todos os lados, mas parece que o pessoal não respeita muito e acaba violando os avisos de propósito, por pura pressa. A faixa de ônibus, que era para ser exclusiva, virou acesso aos apressadinhos que acham bonito passar por aqui e causar acidentes”, lamentou.

Conforme o gerente-executivo do Consórcio Guaicurus, até o momento não houve registro de acidentes nos corredores de ônibus instalados.

Segundo Robson, as áreas citadas na reportagem foram atingidas por motoristas bêbados, no período da noite, ou por outros motoristas que erraram durante a conversão à esquerda em frente à faixa exclusiva, cuja responsabilidade é da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

O Correio do Estado solicitou o número de acidentes para as regiões do corredor de ônibus, no entanto, não obteve retorno da Agetran até o fechamento desta edição.

HISTÓRICO DE OBRAS

O pacote de obras que instalou os corredores de ônibus no município foi acertado pela Prefeitura de Campo Grande em 2011, no valor de R$ 180 milhões.

Viabilizada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a mobilidade urbana, a obra foi iniciada em 2016 e entregue após seis anos, em abril deste ano.

Com expectativa de inauguração para 2023, os corredores de transporte público da Avenida Marechal Deodoro, da Rua Rui Barbosa, da Avenida Bandeirantes e da Rua Bahia ainda dependem da conclusão das estações de embarque e da semaforização, conforme a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).

Vale ressaltar que a prefeitura entregaria os corredores da Rui Barbosa em setembro, mas voltou atrás e adiou para o mês de dezembro.

O motivo do atraso, segundo a prefeitura da Capital, seria a mitigação de impactos ao comércio da região, que abrange mais de sete quilômetros de asfalto entre a Avenida Fernando Corrêa da Costa e a Avenida Rachid Neder.

 

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Anvisa proíbe produtos à base de alulose, um tipo de adoçante; entenda

Substância pode ser encontrada naturalmente em alguns alimentos, como figo e uva

23/12/2025 22h00

Divulgação: Anvisa

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Na última segunda-feira, 22, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União uma resolução que proíbe a comercialização, a distribuição, a importação, a propaganda e o uso de todos os lotes de produtos à base de alulose da empresa Sainte Marie Importação e Exportação.

A medida foi adotada porque a alulose não consta na lista de substâncias autorizadas pela Anvisa para uso como adoçante ou ingrediente alimentar no Brasil.

O que é a alulose

Segundo Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a alulose pode ser encontrada naturalmente em alguns alimentos, como figo e uva. Trata-se de um tipo de açúcar semelhante à frutose, mas com diferenças químicas capazes de reduzir sua absorção pelo organismo.

"O mecanismo de ação é semelhante ao de outros adoçantes. Ela tem baixo valor calórico e estudos indicam pouco impacto sobre a glicose e a resposta insulínica", explica. Daí por que passou a ser vista como alternativa ao açúcar comum.

"Há estudos que indicam um certo grau de segurança no consumo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Food and Drug Administration (FDA, agência semelhante à Anvisa) autoriza seu uso com base em estudos toxicológicos e clínicos", afirma a especialista.

No Brasil, no entanto, não houve processo de regularização do ingrediente. "Talvez o produto não tenha sido submetido à aprovação ou não atendeu aos requisitos exigidos pela Anvisa para liberação", esclarece.

A Anvisa informa que alimentos ou ingredientes sem histórico de consumo no País são classificados como novos e, por isso, devem passar pela avaliação da agência. Para isso, a empresa interessada precisa apresentar documentação técnico-científica para análise.

"Nessa avaliação, a Anvisa verifica se o processo de fabricação do novo alimento ou ingrediente não introduz ou concentra substâncias que possam causar danos à saúde e se a indicação de consumo respeita níveis considerados seguros", diz a agência.

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Inscrição para o Sisu começa em janeiro; veja datas

A partir de 2026, o Sisu passará a considerar o resultado das três últimas edições do Enem

23/12/2025 21h00

JUCA VARELLA/AGÊNCIA BRASIL

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira, 23, o edital do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com o cronograma e os critérios do processo seletivo de 2026.

As inscrições vão de 9 a 23 de janeiro de 2026 e serão realizadas exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Cada candidato poderá se inscrever em até duas opções de curso.

Uma mudança importante é que, a partir de 2026, o Sisu passará a considerar o resultado das três últimas edições do Enem. Segundo o MEC, a seleção terá como referência a nota da edição do exame que resultar na melhor média ponderada de acordo com a opção de curso, desde que o participante não tenha sido treineiro.

O resultado da chamada regular será divulgado no dia 29 de janeiro e a matrícula nas instituições começará em 2 de fevereiro. Só candidatos que tenham concluído o ensino médio podem concorrer a uma vaga e ingressar nos cursos superiores, conforme o edital.

Maior edição do Sisu

Segundo o governo federal, a edição é a maior da história do Sisu em quantidade de instituições participantes, com oferta de 274,8 mil vagas em 136 instituições públicas do País.

Na seleção do início do ano, serão ofertadas vagas em cursos que iniciam as aulas tanto no primeiro quanto no segundo semestre de 2026.

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