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Inflação pode elevar ingresso para visitar Aquário do Pantanal

Com público estimado em 300 mil pessoas ao ano, valor da entrada pode chegar a R$ 41,51

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O valor para visitar o Aquário do Pantanal previsto em contrato do governo do Estado com a empresa Cataratas do Iguaçu S/A é de R$ 30,88. 

O montante foi calculado em 2014, quando houve licitação para a gestão do local, mas o acumulado da inflação de 2015 até março deste ano é de 34,44%. 

Se o preço da visitação for recalculado com base neste porcentual, o valor do ingresso seria de R$ 41,51.

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Contudo, nenhum montante foi definido ainda. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul (Semagro) confirmou ao Correio do Estado que esse valor só deve ser reajustado quando as obras forem entregues e as visitações começarem, assim como outras cláusulas contratuais.

A Semagro informou ainda que não é possível estimar o público que o Aquário receberá, mas em 2016 o então secretário de Meio Ambiente Jaime Verruck disse que passarão pelo local em torno de 300 mil pessoas por ano.

Isso acarretaria em um lucro anual de quase R$ 12,5 milhões. De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), após a entrega da obra, os lucros ficarão para a empresa responsável, assim como os custos referentes à manutenção do empreendimento, como firmado em contrato.

Desde o início de suas obras, em 2011, o Aquário do Pantanal já custou mais de R$ 250 milhões para os cofres públicos do Estado. 

Os lucros que o lugar arrecadará com o valor do ingresso podem demorar até 20 anos para atingirem o montante gasto nas obras.

Esse período pode ser maior ou menor, já que o valor reajustado pelas secretarias poderá ser diferente do calculado pela reportagem e por causa dos aumentos baseados na inflação dos próximos anos, que podem acarretar em uma diminuição deste prazo.

Por ser um empreendimento de turismo científico, o local deverá movimentar tanto o setor do turismo da Capital quanto a pesquisa científica, já que a previsão é de que o Aquário tenha nove laboratórios voltados a pesquisas de temas ambientais e relativos à biodiversidade pantaneira.

Licitações

Foram elencadas 12 frentes licitatórias para a conclusão das obras, que vêm sendo realizadas na modalidade de ampla concorrência. 

Deste total, duas foram concluídas (substituição dos vidros e conclusão da cobertura metálica), sete estão em execução (conclusão da monocapa, impermeabilização dos tanques, cenografia, PCMAT, climatização, estrutura metálica da passarela e construção civil) e três estão com licitação em andamento (sistema de suporte à vida, elétrica e automação).

O processo para conclusão e pleno funcionamento do sistema de suporte à vida (SSV) dos aquários foi considerado deserto por três vezes, após nenhuma empresa se interessar pelas obras.

A primeira licitação para esta etapa foi aberta em novembro de 2020 e, sem interessados, declarada deserta em janeiro deste ano. 

O processo foi reaberto e, no início de março, novamente terminou sem nenhuma proposta. A terceira recusa foi declarada no mês de abril, o que acarretou em nova abertura do certame.

A Seinfra avaliou que a licitação está deserta por se tratar de um serviço complexo e cheio de especificidades, o SSV do Aquário do Pantanal será um dos maiores da América Latina. “Há poucas empresas aptas para a execução do serviço. É importante esclarecer que, em virtude dos ajustes no cronograma, esta republicação não comprometerá o prazo de execução da obra”.

A Pasta declarou que a pandemia dificultou a participação de empresas nos certames e a entrega de materiais, mas não de maneira significativa, uma vez que foram realizados ajustes nos cronogramas para não comprometer os prazos.

O vice-governador Murilo Zauith (DEM) disse ao Correio do Estado em janeiro, quando ainda era titular da Seinfra, que as obras do Aquário do Pantanal devem ser concluídas até o fim deste ano.

Contudo, desta vez a Seinfra não confirmou o mesmo prazo e disse que a conclusão depende do andamento de todas as frentes, mas completou que as execuções se encontram dentro do cronograma.

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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