Cidades

antecedência de 24 horas

Inpe lança sistema de previsão de raios

Inpe lança sistema de previsão de raios

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08/09/2015 - 06h00
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A partir do próximo verão, o Brasil terá um sistema inédito de previsão de raios. Lançado nesta sexta, 4, o novo sistema, desenvolvido pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), permitirá prever a incidência de raios com antecedência de 24 horas.

De acordo com o coordenador do Elat, Osmar Pinto Júnior, o Brasil é o país com maior incidência de raios no planeta, com 50 milhões de descargas por ano, 80% delas durante o verão. Em média, os raios matam 110 pessoas por ano no País.

"O sistema permitirá reduzir o número de mortes em acidentes com raios. Mais de 80% desses acidentes poderiam ser evitados. Para isso, é preciso ter um sistema eficiente de previsão de raios e orientar a população para medidas de proteção", disse Pinto Júnior ao jornal O Estado de S.Paulo.

Segundo o coordenador, embora o sistema envolva uma complexa combinação de observação de satélite, observação de superfície e modelos matemáticos, as previsões serão apresentadas em um formato simples e claro, gerando diariamente um mapa indicando, em todas as regiões do Brasil, as áreas onde haverá maior probabilidade de raios.

"A ideia é que a previsão de raios seja divulgada pela imprensa, como acontece hoje com a previsão do tempo. O sistema não indica a quantidade de descargas, mas aponta diariamente as regiões com potencial de descarga dentro de 24 horas. Isso permitirá que as pessoas se protejam e evitem, nessas regiões, atividades a céu aberto, como alpinismo, ou ir à praia", explicou Pinto Júnior.

Segundo ele, embora as tempestades sempre tenham chuva, nem todas as nuvens de chuva geram raios. "Os raios estão associados a um tipo específico de tempestades. O sistema leva isso em conta e consegue prever onde haverá esse tipo de tempestade e, consequentemente, a incidência de raios", disse.

Os cientistas do Inpe realizaram pesquisas por cinco anos para criar o novo sistema. De acordo com Pinto Júnior, desde o verão passado ele está sendo testado internamente. Os testes mostraram que o nível de acerto das previsões é de 85%. Em comparação, os sistemas de previsão do tempo utilizados atualmente têm nível de acerto de cerca de 75%, segundo o coordenador.

"A precisão do sistema é da ordem de 10 quilômetros. Isso significa que, de modo geral, teremos uma previsão precisa para cada município. Em uma cidade grande como São Paulo, poderemos mesmo prever a incidência de raios especificamente na Zona Sul, ou na Zona Norte, por exemplo", explicou Pinto Júnior.

Nuvens de tempestade

Para elaborar o novo sistema, os cientistas utilizaram dados de satélites e observações de solo - que também são utilizadas na previsão do tempo -, mas agregaram a isso dados obtidos com modelos matemáticos e ferramentas estatísticas.

"As tempestades em cada região do País têm características muito diferentes. Como vivemos em um país continental, foi preciso estudar as especificidades de cada uma delas para desenvolver o sistema", disse.

De acordo com Pinto Júnior, em outros países há outros centros de pesquisa que estudam raios e estratégias de previsão. Mas o Inpe terá o primeiro sistema operacional de previsão de raios para divulgação ampla. "O desenvolvimento do sistema foi possível graças ao conhecimento. O Inpe estuda raios há 35 anos, o que nos deu essa capacidade", declarou.

Segundo o Elat, o fato de o Brasil ter a maior incidência de raios do mundo tem uma explicação geográfica: é o maior País da chamada zona tropical do planeta, onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades.

Um levantamento recente realizado pelo Elat mostrou que o número de vítimas fatais de raios no Brasil é maior que o número de vítimas de enchentes e deslizamentos. De 1991 a 2010, 2640 pessoas morreram atingidas por raios. No mesmo período, 2475 pessoas morreram por causa de enchentes e deslizamentos.

Embora seja o recordista de raios, o Brasil é o sétimo país com mais vítimas fatais. Os raios matam, anualmente, 700 pessoas na China, 450 na Índia, 400 na Nigéria, 220 no México, 150 na África do Sul, 150 na Malásia e 110 no Brasil.

"Esperamos que o novo sistema de previsão permita reduzir as mortes evitáveis em decorrência de descargas elétricas", disse Pinto Júnior.

VIAGEM

MS: 790 mil veículos devem trafegar na BR-163 no Natal e Ano Novo

No Natal, 343 mil veículos vão passar pela rodovia e 446 mil no Ano Novo

23/12/2025 12h00

BR-163, em MS

BR-163, em MS Gerson Oliveira

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O movimento será intenso neste fim de ano nas estradas que cortam Mato Grosso do Sul. Quem tem disponibilidade e oportunidade, não perde a chance de curtir o Natal e Ano Novo em outra cidade.

De acordo com a Motiva Pantanal, e estimativa é que 790.279 veículos trafeguem pela BR-163/MS entre 23 de dezembro de 2025 e 5 de janeiro de 2026.

No Natal, entre 23 e 28 de dezembro, 343.326 veículos vão passar pela rodovia. Os dias com maior pico no movimento serão 23, 26 e 27 de dezembro.

No Ano Novo, entre 29 de dezembro até 5 de janeiro, o tráfego será de 446.953 veículos. Os dias mais movimentados serão 2, 3 e 4 de janeiro.

Operação Fim de Ano, da Motiva Pantanal - antiga CCR MSVia - iniciou às 00h desta terça-feira (23) e vai até 5 de janeiro.

BR-163

A BR-163 é a rodovia que corta o sul-norte de Mato Grosso do Sul. Possui 845,4 quilômetros de extensão e cruza 21 cidades, sendo elas:

  • Mundo Novo
  • Eldorado
  • Itaquiraí
  • Naviraí
  • Juti
  • Caarapó
  • Dourados
  • Douradina
  • Rio Brilhante
  • Nova Alvorada do Sul
  • Campo Grande
  • Jaraguari
  • Bandeirantes
  • Camapuã
  • São Gabriel do Oeste
  • Rio Verde de Mato Grosso
  • Coxim
  • Sonora
  • Pedro Gomes

A BR-163 em Mato Grosso do Sul (MS) possui nove praças de pedágio, nos municípios de Sonora, Coxim, São Gabriel do Oeste, Bandeirantes, Campo Grande, Rio Brilhante, Dourados, Naviraí e Mundo Novo.

A rodovia é 100% monitorada por 477 câmeras de monitoramento, distribuídas ao longo da BR-163/MS, permitindo acompanhamento em tempo real das condições de tráfego e apoio às ações integradas com a Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul (PRF/MS).

ORIENTAÇÕES

Se for pegar estrada neste fim de ano, é necessário que o condutor:

  • Não dirija caso consuma bebida alcoólica
  • Não dirija cansado ou com sono
  • Use cinto de segurança
  • Respeite a sinalização
  • Respeite o limite de velocidade da via
  • Porte documentos oficiais com fotos, os quais devem estar quitados
  • Realize revisão do carro: pneus, limpadores de para-brisa, freios, nível de óleo, bateria, lâmpadas, lanterna e extintor

 

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Verba da saúde banca mais 240 mil cestas para indígenas

Estado renovou por mais 12 meses contratos que somam R$ 46 milhões para aquisição de alimentos distribuídos em 86 aldeias

23/12/2025 11h30

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

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Assinados em dezembro do ano passado com possibilidade de serem prorrogados por até dez anos, cinco contratos para fornecimento de cestas de alimentos para familias indígenas foram renovados até o final de 2026, conforme publicação do diário oficial desta terça-feira (23). 

Juntos, os cinco contratos chegam a quase R$ 46 milhões e apesar da inflação do período, de 4,4%, foram renovados com os mesmos valores do ano passado com as empresas Tavares & Soares (R$ 15,83 milhões), Forte Lux Comércio (R$ 9,6 milhões) e Serviço e a empresa Fortes Comércio de Alimentos (R$ 20,67 milhões) 

Ao todo, em torno de 20 mil famílias estão sendo atendidas  em 86 aldeias de 29 municípios de Mato Grosso do Sul. A cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.

A estimativa do Governo do Estado é de que o programa beneficie pelo menos 90% das famílias indígenas espalhadas pelo Estado. Ao longo de um ano são em torno de 240 mil cestas, com peso médio de 25 quilos. 

Desde o começo do ano está havendo controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta dos alimentos. Os beneficiários receberam um cartão com um QR Code para ser usado no momento da retirada da cesta. Existe um cartão azul, que é do titular do benefício e outra na cor verde, entregues a pessoas autorizadas a retirar o alimento caso o titular não consiga. 

Apesar de o programa ser coordenado pela Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), ele é bancado com recursos  da Saúde (Fundo Especial da Saúde/FESA/MS). 
 

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