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Instituições de MS terão R$ 40 milhões para investir em pesquisa

Projetos são voltados à biotecnologia e produção sustentável

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O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou três projetos de Mato Grosso do Sul como Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). Juntas, os institutos irão receber R$ 40 milhões para investir em pesquisas nas áreas de biotecnologia e produção sustentável.

O financiamento será disponibilizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com R$27,519 milhões; pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), com R$11,433 milhões; e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com R$ 685,9 mil.

Conheça os projetos

INCT Bioinspir

Coordenado pelo professor Octávio Luiz Franco, o projeto Bioinspir não é novo, mas ampliou sua atuação com a aprovação como INCT. Anteriormente voltado à área da saúde, para desenvolver moléculas bioativas com aplicação no agronegócio, o projeto agora passa a atuar diretamente no controle biológico de pragas, fungos e bactérias em plantas.

“Expandimos nossa atuação para o setor agrícola, após amplo diálogo com o setor produtivo e o governo estadual, que enxergam no agro uma das principais vocações econômicas de Mato Grosso do Sul”, explica o coordenador.

Um dos principais diferenciais da nova etapa do Bioinspir é o uso de plataformas baseadas em inteligência artificial, voltadas à aceleração do desenvolvimento de peptídeos e compostos inovadores, com potencial de gerar novos produtos no mercado. 

Com sede física na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), o Bioinspir é composto por mais de 15 instituições nacionais e 24 internacionais. Entre os parceiros estão universidades e empresas de tecnologia de diversos países, além de grandes indústrias e startups brasileiras. 

INCT Gado de Corte

Sob direção do pesquisador Rodrigo Gomes, da Embrapa Gado de Corte,  projeto vai receber R$ 13,5 milhões em financiamento.

Organizado em seis grandes frentes temáticas para desenvolver ações voltadas à sustentabilidade, segurança sanitária, melhoramento genético, reprodução animal, recuperação de pastagens degradadas e descarbonização da pecuária, o projeto reúne 30 instituições de ensino e pesquisa, incluindo 11 unidades da Embrapa, 15 universidades brasileiras, o Instituto de Zootecnia de São Paulo, a Fiocruz-MS, a Universidade de Edimburgo (Escócia) e a Kansas State University (EUA).

“Espera-se ainda evoluir o processo de melhoramento genético animal e também as práticas de reprodução para promover a eficiência e resiliência dos rebanhos bovinos brasileiros frente aos desafios climáticos e ambientais impostos e, também, a estruturação de uma plataforma de inteligência baseada em ciência de dados e inteligência artificial, para suporte aos diferentes atores da cadeia da carne bovina”, afirma Rodrigo Gomes. 

Para atingir os objetivos, foram estabelecidas 40 metas, com entregas que envolvem cultivar espécies forrageiras, bioinsumos e sistemas de produção para intensificação sustentável e descarbonização, além de softwares, soluções para inspeção sanitária e tecnologias para a vigilância de doenças, visando à promoção da segurança sanitária da carne brasileira em padrões internacionais.

INCT PantaClima

Por fim, o PantaClima será um centro de pesquisa voltado a lidar com os impactos das mudanças climáticas no Pantanal. Por meio das pesquisas, o Instituto pretende gerar conhecimento científico de ponta para utilização em políticas públicas e práticas concretas que promovam o uso responsável do território.

Coordenado pelo professor Jolimar Antonio Schiavo e com vice-coordenação da professora Patricia Vieira Pompeu, ambos da UEMS de Aquidauana, o instituto também terá participação de pesquisadores de instituições brasileiras e internacionais, como a Embrapa Pantanal, a Universidade de Zurique (Suíça) e a Universidade do Norte do Texas (EUA).

A instituição vai utilizar a multidisciplinariedade para compreender como o Pantanal está sendo afetado pelas alterações climáticas. 

Será realizado o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa, a avaliação dos serviços ecossistêmicos, a análise dos impactos sobre os recursos hídricos, solos, biodiversidade e o regime de queimadas. 

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Cidades

Em crise financeira, Hospital Alfredo Abrão terá contratos analisados pelo MPMS

Os documentos analisados pela Promotoria de Justiça apontam um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal

18/12/2025 19h20

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado Divulgação: Hospital do Câncer Alfredo Abrão

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) vive cenário de desequilíbrio financeiro, agravado por limitações orçamentárias e pela crescente demanda por serviços oncológicos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das circunstâncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a contratualização e o financiamento do local.

De acordo com os documentos analisados pela 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, há um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal, além de perdas adicionais decorrentes da não cobertura de produção excedente desde novembro de 2024. 

O hospital também enfrenta atrasos no pagamento de procedimentos já realizados, redução temporária do teto MAC (Média e Alta Complexidade), pendências de liberação de emendas parlamentares e insuficiência de repasses para custear cirurgias, quimioterapias, radioterapias, exames de imagem e manutenção de leitos clínicos. 

Como o HCAA atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado, qualquer interrupção representa risco imediato de desassistência em larga escala.

Em resposta às requisições, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou repasses mensais que totalizam R$ 1.738.005,52, distribuídos entre incentivos de custeio e projetos específicos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por sua vez, reconheceu o excedente de produção e informou que o pedido de majoração do teto MAC está protocolado no Ministério da Saúde desde 2023, aguardando disponibilidade orçamentária federal.

O Ministério da Saúde confirmou que os pleitos permanecem em análise, tendo havido apenas um repasse pontual de R$ 2.999.840,00 ao Município para ações de média e alta complexidade.

Diante desse quadro, o MPMS expediu portaria e edital tornando pública a instauração do procedimento e notificou formalmente o Ministério da Saúde, a SES, a Sesau e a direção do HCAA.

Entre as diligências determinadas, estão pedidos de informações sobre repactuações contratuais, recomposição financeira, cobertura da produção excedente, valores recebidos em 2025, déficit acumulado e providências adotadas para garantir a continuidade dos atendimentos.

O MPMS destaca que sua atuação é preventiva, institucional e colaborativa, voltada para preservar a continuidade do atendimento oncológico e a promover soluções coordenadas entre Município, Estado e União. O objetivo é assegurar estabilidade financeira ao HCAA, evitar a interrupção de tratamentos que não podem ser suspensos e garantir que a assistência oncológica permaneça integral, resolutiva e acessível à população.

Com o procedimento instaurado, a Promotoria de Justiça seguirá monitorando respostas, prazos, repasses e eventuais reprogramações orçamentárias, além de fomentar pactuações que permitam ampliar a oferta de serviços com segurança, transparência e qualidade. A atuação ministerial busca prevenir o colapso assistencial e assegurar a efetividade do direito fundamental à saúde dos pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul.

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Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

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