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Interdição em Campo Grande começa 30h antes da procissão de Corpus Christi

Confecção dos tapetes deve começar por volta de 06h de quinta-feira (19), ao longo da Avenida Afonso Pena a partir da Praça do Rádio

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Cerca de trinta horas distante de começar a tradicional Santa Missa e Procissão de Corpus Christi, as interdições das vias que devem receber a multidão de religiosos na quinta-feira (19) já começaram a ser interditadas em Campo Grande. 

Logo no final da manhã na Capital, quem descia pela rua 14 de Julho rumo ao centro de Campo Grande já precisava fazer a conversão à direita na avenida Fernando Corrêa da Costa. 

A entrada na rua 14 de julho nesse ponto, na manhã de hoje (18), só se manteve liberada para quem seguia pela outra mão da Fernando Corrêa da Costa e realizava a conversão à direita. 

Conforme divulgado pela Arquidiocese de Campo Grande, a tradição de união das mais de 100 comunidades para confecção dos tapetes deve começar por volta de 06h de quinta-feira (19), ao longo da Avenida Afonso Pena a partir da Praça do Rádio. 

Daí, o tapete com imagens que remetem ao sagrado deve seguir pela , Rua 13 de Maio e Avenida Fernando Corrêa da Costa, encerrando em frente ao Memorial da Cultura (antigo Fórum). 

Já a Santa Missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Dimas Lara Barbosa, deve começar às 15h na Praça do Rádio Clube, seguida pela procissão em trajeto pelos tapetes confeccionados. 

Corpus Christi

Envolvendo aproximadamente quatro mil voluntários na confecção dos tapetes, como abordado pelo Correio do Estado, cerca de 60 mil fiéis são esperados para a celebração de Corpus Christi na Cidade Morena. 

Além de influenciar o trânsito local, a celebração afeta o horário de funcionamento de uma série de pontos locais, como casas lotéricas, bancos e shoppings, que nesse último caso determinam seus próprios expedientes, que podem ser conferidos no "abre e fecha de Corpus Christi". 

Vale lembrar que, após a santa missa e procissão, o feriado de Corpus Christi em Campo Grande será encerrado com show do artista católico Patricio Rocha, em momento de louvor, oração e alegria dos fiéis. 

Também, a data festiva traz um descanso maior para funcionários de órgãos públicos, que devem emendar o descanso do feriado do dia 19 com pontos facultativos na sexta-feira e "molho" que se estende pelo final de semana, de quatro dias totais.

Jubileu 2025

Conforme as tradições cristãs, considerado que Jesus tenha nascido no ano um de nossa era, esse “jubileu” ou grande alegria aconteciam em datas espaçadas, sendo inicialmente a 200 anos, que foi encurtado para 100; 50 e, nos últimos tempos, a cada 25 anos.  

Durante coletiva na Cúria Metropolitana de Campo Grande, em dezembro de 2024, Dom Dimas esclareceu que neste ano completa-se 2025 anos do nascimento de Jesus, quando será celebrado o jubileu da encarnação e comemoração de  1.700 anos do Concílio de Niceia. 

Segundo o Arcebispo, esse dito concílio acontecido em 325 depois de Cristo, o primeiro da igreja católica,  cunha uma expressão que, até hoje, a gente reza quando professa o credo mais domo da igreja, quando se diz que: "Ele é Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial, por ele todas as coisas foram feitas”.

Ainda a pedido do Papa Francisco à época, foi pedido às igrejas católicas que colocassem cruzes históricas em peregrinação durante esse Jubileu extraordinário. 

"Nós temos uma na paróquia São José, que estava no altar e foi usada quando o Papa João Paulo II veio a Campo Grande. Ela sairá da Paróquia São José e será carregada pelos fiéis até a igreja catedral, lembrando o sinal da nossa redenção", explicou o Assessor Eclesiástico dos Servidores do Santo Altar, dos populares coroinhas, o Padre Gabriel da Silva na ocasião. 

Além dessa, ele cita que uma segunda cruz quase centenária, que está no santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e chegou em 1940 em Campo Grande, também será uma cruz peregrina. 

Sendo as peregrinações a lugares santos uma das principais características de um jubileu, durante todo o decorrer de 2025 a igreja católica estará concentrada na realização de atividades, peregrinos de todo o mundo podem procurar as chamadas "igrejas jubilares" para obter as chamadas indulgências plenárias. 

Aqui cabe esclarecer que a indulgência é a remissão em Deus, das penas que permanecem mesmo após o perdão dos pecados em confissão, que pode ser parcial ou plenária, dependendo da liberação total ou de apenas parte da pena devida. 

Nesta quinta-feira (19), a solenidade prevista contará  com a concessão da bênção apostólica ao final da missa, momento raro na Igreja Católica e que garante aos fiéis a indulgência plenária.

A busca pela indulgência plenária pode ser feita tanto em grupo quanto sozinho e, para receber, é preciso a realização de uma "obra indulgenciada", ou perdoada, que atenda as três condições seguintes, além de rejeitar qualquer apego ao pecado: 

  1. Confissão
  2. Comunhão
  3. Oração pelo Papa

Abaixo você confere a relação das chamadas "paróquias peregrinas" que terão datas e programações especiais durante o jubileu de 2025.

  • Catedral N.Sra. Da Abadia e Santo Antônio de Pádua; 
  • Santuário N.Sra.Aparecida (Bandeirantes)
  • Santuário Nossa Senhora da Abadia
  • Santuário Estadual N.Sra.do Perpétuo Socorro
  • Santuário São Judas Tadeu
  • Santuário Santo Antônio de Pádua (Terenos) 
  • Santuário da Adoração Perpétua

**(Colaboraram Alicia Miyashiro e Glaucea Vaccari)

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APAGAR DAS LUZES

MPMS suspeita de corrupção milionária na iluminação pública

Após passar por várias cidades de MS, grupo de elite contra a corrupção fecha o ano com operação na prefeitura da Capital

20/12/2025 08h00

Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão

Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão Marcelo Victor

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O Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) bateu à porta do 13º município este ano, desta vez em Campo Grande, que foi alvo de investigação por suposto superfaturamento milionário em contratos de iluminação pública que foram firmados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).

Em nota, o MPMS afirmou que os contratos apontados com indícios de corrupção foram firmados no ano passado e ainda estão em vigência.

“As investigações indicam a ocorrência de reiteradas fraudes nos processos licitatórios, tendo sido identificado superfaturamento superior a R$ 62 milhões”, diz a nota do MPMS.

Porém, ao Correio do Estado, o titular da Sisep, Marcelo Miglioli, diz que o promotor de Justiça responsável pelo caso o informou que estão em investigação os contratos que foram firmados em 2018, na antiga licitação, e encerram-se em 2023, quando houve um novo leilão.

Ainda segundo ele, a operação de sexta-feira gira em torno de duas empresas principais: as construtoras B&C e JLC, ambas com sede em Campo Grande.

“O que foi passado para mim é que a investigação foi em cima da B&C e da JLC. Foi o que foi passado para mim pela promotoria e eram as duas que constavam nas licitações lá de trás, de 2018”, explica o secretário que administra a Pasta desde novembro de 2023, quando substituiu o engenheiro civil Domingos Sahib Neto.

Segundo o site de transparência da prefeitura, a iluminação pública de Campo Grande é dividida em sete contratos independentes para cada uma das regiões da cidade: Anhanduizinho (Lote 1); Bandeira (Lote 2); Centro (Lote 3); Imbirussu (Lote 4); Lagoa (Lote 5); Prosa (Lote 6); e Segredo (Lote 7).

A construtora B&C é responsável pelos lotes 4, 5 e 7, que somados estão avaliados em R$ 14.885.371,67. Já a empresa JLC administra a iluminação dos lotes 1, 2 e 3, que resultam em R$ 17.837.068,21. 

Avaliada em R$ 4.300.411,70, o lote 6 ficou sob responsabilidade da M.R Construtora, outra que Miglioli afirma que pode ser investigada por estar envolvida nos contratos, mas destaca que os dois principais alvos são a B&C e JLC por causa da licitação de 2018, quando apenas as duas geriam as manutenções de iluminação pública na Capital. 

Ainda no site da transparência municipal, é possível observar que durante este um ano de vigência dos atuais contratos, todos eles passaram por reajuste que superam a casa dos 100%, ou seja, mais do que dobraram. À reportagem, Miglioli contesta que esse aumento pode ser considerado “abusivo”.

“Tudo que a gente fez na nossa gestão é perfeitamente explicável. Essa é uma conta importante de se fazer, porque esses contratos são com renovação anual, mas é um contrato originário de uma licitação só. Eu não faço uma licitação anual, então, os valores vão sendo cumulativos”, diz o secretário.

Além das empresas, dois servidores públicos também foram alvo do Gecoc, mas não tiveram seus nomes divulgados. De acordo com o titular da Sisep, um dos envolvidos já está aposentado, mas ainda estava ativo quando os novos contratos foram firmados no ano passado, enquanto o outro ainda segue em atividade na secretaria.

Em coletiva realizada após o cumprimento dos mandados, Miglioli disse que, como ainda não há comprovação de que tenha havido superfaturamento, os contratos serão mantidos normalmente, visto que também não existe base legal para a suspensão dos contratos.

O mesmo vale para o servidor da ativa, segundo o titular da Pasta. Por enquanto, nem mesmo perderá seu cargo de confiança, a não ser que haja uma determinação judicial. “Não posso ser irresponsável e fazer juízo de valor. Estamos falando aqui de vidas, de pessoas humanas”, afirmou o secretário.

Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensãoMinistério Público de MS recolheu malotes com documentos de empresas alvo da operação durante a manhã de sexta-feira na Capital - Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

MANDADOS

A Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, a maioria no município sul-mato-grossense.

Somente neste ano, são 11 operações deflagradas pelo MPMS contra 13 municípios do Estado. O órgão já identificou corrupção em contratos de publicidade, engenharia, pavimentação asfáltica, informática, tecnologia, saúde, educação e obras, todas em cidades do interior, com exceção da ação de sexta-feira.

IMPOSTO DA LUZ

Uma matéria do Correio do Estado já demonstrou que Campo Grande é uma das capitais que mais arrecada com a Contribuição de Custeio da Iluminação Pública (Cosip) no País. Em 2022, por exemplo, a capital de Mato Grosso do Sul arrecadou mais com a taxa que vem embutida na conta de luz das casas e das empresas que a prefeitura de Curitiba (PR).

No ano avaliado pela Frente Nacional de Prefeitos, foram auferidos R$ 143.941.441,09 com a contribuição, a 10ª maior arrecadação bruta desta modalidade no Brasil. No mesmo ano, a prefeitura da capital paranaense, que tem o dobro do tamanho, arrecadou R$ 132.224.683,35 com a mesma contribuição para o custeio da iluminação pública.

A comparação não fica apenas entre a capital de Mato Grosso do Sul e a do Paraná. Na Região Centro-Oeste, Campo Grande é a campeã em receita com a Cosip, embora tenha 539.299 habitantes a menos que Goiânia (GO) – que tem 1,4 milhão de habitantes, conforme o mesmo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital de Goiás arrecadou R$ 103.115.825,40 com a contribuição em 2022.

Na previsão de receita da Prefeitura para 2025, divulgada em dezembro de 2024, o Município diz ter a expectativa de arrecadar R$ 104 milhões por meio do Cosip.

O montante recolhido a título de Cosip deve ser repassado ao tesouro municipal pela empresa distribuidora. Essa quantia é vinculada à prestação do serviço de iluminação pública e não pode ser utilizada para outros fins.

*SAIBA

A Construtora JLC venceu há dois meses a disputa para fazer a iluminação natalina da Capital neste ano, com orçamento de R$ 1,7 milhão. A empresa é responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina, em contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro.

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BALANÇO

MPMS intermediou mais de R$ 15 milhões em acordos na área da saúde em 2025

Ministério Público mediou o plano emergencial entre a Santa Casa e o Município de Campo Grande para solucionar os diversos problemas do hospital

19/12/2025 18h45

Romão Avila Milhan Junior, procurador-geral de Justiça

Romão Avila Milhan Junior, procurador-geral de Justiça Divulgação: Ministério Público de Mato Grosso do Sul

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) recebeu a imprensa para apresentar o balanço geral do ano de 2025. O procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior, acompanhado de membros da Administração Superior, divulgou informações relevantes sobre atuações da instituição ao longo do período.

No setor da saúde, Romão Avila destacou a atuação do Centro de Autocomposição (Compor) para solucionar crises agudas, como a mediação que resultou no plano emergencial para a Santa Casa de Campo Grande. O hospital enfrenta problemas de superlotação, falta de insumos e de dinheiro para pagar profissionais de várias áreas, com risco de paralisação de serviços essenciais

No ano, os acordos mediados pelo Compor envolveram mais de R$ 15 milhões em benefícios para áreas como saúde e assistência social. 

Também relembrou a resposta da instituição após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, episódio que impulsionou a criação da ferramenta Alerta Lilás, para monitoramento de agressores e a melhoria do atendimento especializado às mulheres.

Com relação a proteção à mulher, o sistema Alerta Lilás emitiu mais de 19 mil alertas automáticos para monitorar agressores reincidentes.

No campo da segurança pública, a pauta central foi a modernização, com destaque para a força-tarefa que agilizou o processamento de boletins de ocorrência de violência doméstica e viabilizou a digitalização de peças e a gravação de interrogatórios e depoimentos.O Centro de Pesquisa, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI) disponibilizou mais de 400 mil dados para subsidiar investigações complexas.

Dados 

Produtividade jurídica: mais de 4 mil ações ajuizadas e 30 mil denúncias apresentadas à Justiça.

Combate à corrupção: o Grupo de Atuação Especial e Combate à Corrupção (Gecoc) atuou contra desvios de mais de R$ 66 milhões, executando 180 mandados de busca em 13 cidades.

Enfrentamento ao crime organizado: o Gaeco realizou 19 operações estratégicas, resultando em 107 prisões e 370 mandados de busca.

Preservação ambiental: monitoramento e fiscalização de 71 mil hectares de desmatamento ilegal por meio de programas como Pantanal em Alerta.

Impacto social: arrecadação de R$ 6 milhões via campanha Declare Seu Carinho e destinação de 350 celulares apreendidos para uso pedagógico em escolas públicas.

Diálogo com o cidadão: a Ouvidoria processou mais de 5 mil manifestações, que fundamentaram novas investigações e missões constitucionais.

O encontro

Ao abrir o evento, o Procurador-Geral de Justiça promoveu um resgate histórico sobre o papel da instituição como guardiã das garantias individuais e coletivas conquistadas após o período ditatorial, lembrando que a evolução da sociedade brasileira, sob a criação da Constituição de 1988, é indissociável de uma imprensa livre.

"A imprensa tem um papel fundamental na redemocratização e na evolução constante da nossa sociedade. Graças à imprensa livre, fatos que muitas vezes não chegariam pelos canais comuns — como a falta de um medicamento em uma UPA — chegam ao nosso conhecimento por denúncias de usuários via jornalismo", exemplificou Romão Avila Milhan Junior.

Diante dessa observação, fez um agradecimento público ao apoio dos veículos de comunicação, especialmente durante os embates judiciais que preservaram o poder investigatório do Ministério Público. Segundo ele, essa prerrogativa é o que sustenta as atuais ofensivas contra a corrupção e o crime organizado.

 

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