Cidades

Eleições 2024

Intervenção policial e emergência médica marcam a manhã eleitoral da Capital

Para garanrir a segurança do pleito a Sejusp realiza um operação envolvendo agentes e recursos estratégicos

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Segundo o relatório parcial da  Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul  (Sejusp-MS) divulgado na manhã deste domingo (27), foi registrado no início da manhã a primeira ocorrência neste 2º turno de eleições municipais em Campo Grande. O caso envolveu a intervenção da Polícia Civil e da Polícia Federal e aina uma emergência clínica.

No caso da intervenção policial, a situação que se passou às 7h45, envolveu o crime de desordem relacionada ao Artigo 296 do Código Eleitoral Brasileiro, onde uma diretora de escola participava de fóruns que prejudicavam os trabalhos eleitorais.

A segunda ocorrência, às 08h38, foi uma emergência clínica atendida pelo Corpo de Bombeiros, envolvendo um paciente cardiopata de 54 anos, que apresentava confusão e dificuldades para se manter em pé, porém estava consciente.

OPERAÇÃO

A Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública de MS destaca ainda que neste  2º turno das eleições de 2024 na Capital, está sendo realizada uma operação com recursos estratégicos para garantir a ordem e a segurança no processo eleitoral.

Entre os recursos empregados está a disponibilização de agentes da força de segurança pública, sendo um efetivo de tropa de contingência com 100 policiais militares e 100 policiais civis e, ainda o efetivo de tropa de contingência que totaliza 782 agentes divididos da seguinte forma: 

  • Sejusp: 15
  • Polícia Militar : 410
  • Polícia Civil : 34
  • Corpo de Bombeiros : 42 agentes
  • Perícia : 10
  • Comando Geral de Polícia Aérea (CGPA) : 8
  • Guarda Civil Metropolitana (GCM) : 255
  • Detran: 8

Além do efetivo humano, também foram utilizadas 255 viaturas distribuídas entre as forças de segurança: Sejpusp com 2 viaturas, Polícia Militar com 28, Polícia Civil com 25, Bombeiros com 16, Perícia com 2, CGPA com uma aeronave, GCM com 34 viaturas e ainda o Detran com 4 veículos disponibilizados. 

URNAS

De acordo com balanço parcial divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS), duas urnas eletrônicas foram substituídas e outras quatro foram detectadas com defeito, nas primeiras horas de votação, entre 7h e 9h, neste domingo de eleições, em Campo Grande.

O balanço total do TRE-MS será divulgado no fim do dia após o encerramento da disputa eleitoral.

Panorama

Campo Grande acorda mais tarde em domingo de 2° turno de eleições

Contrastando com o 1º turno, ruas, trânsito e locais de votação apresentam movimentação tranquila

27/10/2024 10h00

Fila reduzida na maior zona eleitoral de Campo Grande

Fila reduzida na maior zona eleitoral de Campo Grande Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Neste domingo (27) de segundo turno das eleições municipais, em Campo Grande, o cenário nas ruas amanheceu diferente do que foi visto na primeira fase do pleito. A cidade, que enfrentou filas nos locais de votação, trânsito e ruas movimentadas amanheceu  de forma mais pacifica, com menor fluxo tanto nas vias quanto nos locais de votação.

O fato pôde ser constatado, por exemplo, na Escola Municipal Padre Thomaz Ghirardelli da 53ª Zona Eleitoral, que atualmente possui 8.568 eleitores. Localizada no bairro Jardim Parque do Lageado, o colégio se trata da maior zona eleitoral de Campo Grande e ao contrário do turno anterior, registrou uma fila reduzida antes das 7 horas da manhã com apenas uma dezena de pessoas.

No dia 7 de outubro, pelo menos 30 minutos antes dos portões serem abertos, cerca de 300 pessoas já aguardavam em uma fila para adentrarem ao local de votação.Neste domingo entre as pessoas que integravam a fila tímida uma parcela disse se adiantar devido ao trabalho e compromissos.

O casal Inês Dias, 52 e José Mendes de Souza, 63 anos, chegaram a escola municipal do Parque Lageado próximo as 6h30 da manhã. "A gente precisa trabalhar, temos um comércio, uma loja de variedades e temos que abrir cedo", disse a comerciante.

O esposo, José Mendes de Souza, também revela que não vota no local, mas que faz questão de acompanhar a companheira. "A gente vem junto e já resolve tudo cedo e fica livre para trabalhar o resto do dia com tranquilidade", completa 

Segurança, Gilson Arantes dos Santos, 52, também é outro exemplo de quem trabalha. "Vim cedo, pois preciso trabalhar hoje o dia todo, então já vim resolver", pontua.

Com ruas mais silenciosas, outro detalhe que pode ser observado é limpeza das vias públicas próximas a pontos de votação. Em contraste com o 1º turno, não havia nem rastro de propagandas politicas espalhadas pelo chão.

A atmosfera de calma pode ser percebida na movimentação do trânsito, que registra ruas vazias, com poucos veículos nas ruas, refletindo  a serenidade da decisão dos eleitores que, ao longo do dia, deverão comparecer às urnas para definir quem ocupará a gestão municipal. 

No estado de  Mato Grosso do Sul, Campo Grande é o único município em que há segundo turno. No restante das 76 cidades, a eleição foi decidida no primeiro turno.

Na Capital, 646.216 eleitores irão votar em um total de seis zonas eleitorais (8ª, 35ª, 36ª, 44ª, 53ª e 54ª) distribuídas em 235 locais de votação, 2.238 seções e 2.278 urnas eletrônicas.

2º TURNO

Em Campo Grande, neste domingo (27), 646.216 eleitores irão votar em seis zonas eleitorais (8ª, 35ª, 36ª, 44ª, 53ª e 54ª) distribuídas em 235 locais de votação e 2.238 seções. Ao todo, 2.278 urnas eletrônicas serão disponibilizadas para votação

Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União) disputarão o segundo turno das eleições municipais em Campo Grande, no dia 27 de outubro.

A prefeita Adriane Lopes obteve 140.913 votos (31,67%) dos votos, enquanto Rose Modesto alcançou 131.525 votos (29,56%).

Beto Pereira atingiu 115.516 votos (25,96%), a petista Camila Jara fez 41.966 votos (9,43%), o representante do Novo, Beto Figueiró, somou 10.885 votos (2,45%), o candidato do PSOL, Luso Queiroz, chegou a 3.108 votos (0,7%) e o do DC, Ubirajara Martins, ficou com 1.067 votos (0,24%).

A abstenção no primeiro turno foi de 25%, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS). 

Levantamento

Mulheres ocupam 28% dos cargos de secretariado no país

Levantamento foi feito em 1,2 mil órgãos municipais e estaduais

27/10/2024 09h00

Apenas 28% dos cargos de secretariado nos governos estaduais e nas capitais brasileiras são ocupados por mulheres

Apenas 28% dos cargos de secretariado nos governos estaduais e nas capitais brasileiras são ocupados por mulheres Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Apenas 28% dos cargos de secretariado nos governos estaduais e nas capitais brasileiras são ocupados por mulheres, totalizando 341 secretárias em todo o país. Os dados são do primeiro Censo das Secretárias, conduzido pelos Institutos Aleias, Alziras, Foz e Travessia Políticas Públicas, com o apoio da Fundação Lemann e Open Society Foundations.

O censo mapeou 698 órgãos estaduais e 536 municipais e considerou secretárias que ocuparam os cargos entre novembro de 2023 e março de 2024. Nesse período, apenas uma capital, Natal, e três estados, Alagoas, Pernambuco e Ceará, atingiram a paridade de gênero. Em contrapartida, 20 estados e 16 capitais não alcançaram 30% de mulheres em seu secretariado.

O estudo mostra que as mulheres estão mais presentes em pastas sociais tanto nos estados (53%) quanto nas capitais (44%). No entanto, a participação delas em áreas consideradas estratégicas, como infraestrutura (22% nos estados e 18% nas capitais), órgãos centrais (18% em ambos) e economia (15% nos estados e 30% nas capitais), permanece limitada.

“A concentração feminina em setores como assistência social, saúde e educação — áreas de grande visibilidade e orçamento — reflete o fenômeno da segregação horizontal, que limita o acesso das mulheres em áreas ligadas à tecnologia, matemática e engenharia, reforçando estereótipos de gênero”, avaliaram as entidades em nota.

A inclusão da autodeclaração racial no questionário permitiu o levantamento do perfil racial das mulheres que ocupam cargos de secretariado. Os números mostram que 57,4% das secretárias que responderam ao formulário se identificam como brancas; 37,8%, como pretas ou pardas; 3%, como indígenas; e 2%, como amarelas.

Qualificação elevada


A pesquisa revela que 43% das secretárias têm algum tipo de especialização; 26% têm mestrado e 10% concluíram doutorado. Entre as mulheres negras, essa qualificação é ainda mais elevada: 44% têm especialização e 32%, mestrado.

Além disso, 66% das secretárias têm 21 anos ou mais de experiência profissional e 61% passaram a maior parte de suas carreiras no setor público, com 67% já atuando no setor antes de assumirem o cargo de secretária.

Ao investigar os espaços institucionais percorridos por essas mulheres, o levantamento identificou que 40% das profissionais vieram de outra secretaria e 33%, da mesma pasta, indicando ascensão dentro do próprio Executivo.

“A menor proporção com experiência em funções executivas fora das secretarias e em cargos legislativos sugere que a experiência na administração direta é um fator importante para a ascensão ao cargo de primeiro escalão”, avaliaram as entidades.

Primeiro mandato


Apesar da trajetória, o censo indica que 50% dessas mulheres ocupam o cargo de secretária pela primeira vez, “o que pode indicar um fenômeno recente de entrada de mulheres nestas posições, mesmo para aquelas com alta qualificação e ampla experiência”.

“Os institutos analisam que, embora as mulheres sejam maioria (61%) na base da pirâmide do serviço público, enfrentam obstáculos estruturais para alcançar posições de maior poder e decisão.”

Deficiência e ativismo político
Outro dado levantado é a sub-representação de mulheres com deficiência, já que 1,3% ou somente três secretárias se declaram pessoas com deficiência. Quanto à participação política, quase metade tem algum vínculo partidário e uma em cada cinco já foi dirigente de partido.

De acordo com o censo, 23% das secretárias autodeclaradas negras mencionaram a influência do ativismo feminista em sua trajetória, comparado a 9,8% das secretárias brancas. Já 17,2% das negras mencionaram a participação em outros movimentos sociais, enquanto 25% das brancas relataram não ter participado de nenhum desses grupos e movimentos.

“Esses dados sugerem que as mulheres negras enfrentam maiores barreiras estruturais e, por isso, as experiências prévias de formação e participação política impulsionam a ascensão a cargos de liderança”, destacaram as entidades.

Carreira


Quando questionadas sobre suas intenções de continuar no setor público, 77% das secretárias responderam que pretendem seguir trabalhando com políticas públicas. No entanto, apenas 17% manifestaram interesse em se candidatar a cargos eletivos no futuro, enquanto 57% não têm essa pretensão e 26% ainda estão indecisas.

Recomendações


Diante do cenário, os institutos listaram recomendações como:

- criar uma lei de paridade de gênero nos secretariados;

- aprofundar pesquisas sobre a relação das secretárias com os partidos políticos;

- mapear as estruturas existentes no governo para acompanhar as mulheres em cargos de primeiro escalão;

- criar uma rede de apoio para partilha de desafios e boas práticas;

- desenvolver mecanismos de acompanhamento em suas trajetórias.

A segunda etapa do censo, prevista para novembro, trará dados sobre trabalho doméstico e violência política de gênero e raça, além de apresentar uma análise final sobre desafios enfrentados pelas mulheres em posições de liderança no setor público.

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