Cidades

Crime ambiental

"Jabuti" vende papagaios em grupo de condomínio em Campo Grande

Prática é considerada crime e está sujeita a detenção de um ano e multa

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Identificado como “Jabuti”, um homem anunciou a venda de papagaios em um grupo de um condomínio residencial na manhã deste domingo (1º), em Campo Grande, prática ilegal. O anúncio aconteceu às 10h42 e “passou” batido em meio aos inúmeros anúncios de venda realizados no grupo que conta com 128 pessoas. Conforme apurado pela reportagem, o custo de um papagaio gira em torno de R$ 2 mil a R$ 10 mil.

“Bom dia, temos papagaios à venda”, disse Jabuti. Abaixo, outra moradora pede um “macaco” emprestado. “Boa tarde vizinhos, alguém teria um macaco para emprestar?”, em referência ao macaco hidráulico, ferramenta utilizada para reparos mecânicos.

A comercialização de animais silvestres é crime ambiental e pode levar os comerciantes a detenção de seis meses a um ano, além de multa.

De acordo com a Lei Nº 9.605/1998 pratica crime contra a fauna aquele que “vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.”

Conforme o texto,  no caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, ‘considerando as circunstâncias”, deixar de aplicar a pena.

Formado majoritariamente por moradores, a mensagem geral do grupo é esclarecedora e contrária a qualquer tipo de  venda.

“Grupo destinado a assuntos do condomínio! Por favor utilize este grupo apenas para isso e não para postar vendas. Para vendas existem outros grupos. O não cumprimento da mesma (ordem) poderá ocasionar em remoção!”, diz a mensagem do grupo criado em 2018.

Nova lei

Em trâmite na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 1045/24, de autoria do deputado federal Nilto Tatto (PT/SP), pretende barrar toda comercialização de animais silvestres e exóticos com a finalidade de serem criados como animais de estimação.

Pela proposta, são considerados animais silvestres aqueles pertencentes às espécies nativas da fauna brasileira. Já os animais exóticos são aqueles originários de outros países ou regiões, não encontrados naturalmente no País.

Caso seja aprovada, a lei não se aplicará às instituições de pesquisa, educação ou conservação, devidamente autorizadas e que necessitem de animais silvestres para fins científicos, educativos ou de preservação.
“Animais silvestres ou exóticos têm necessidades específicas que não podem ser atendidas em um ambiente doméstico”, defende o autor da proposta.

“A proibição da comercialização dessas espécies é fundamental para proteger o bem-estar animal, combater o tráfico ilegal da fauna, preservar a biodiversidade e promover a convivência harmoniosa entre humanos e animais”, ressalta o deputado. 

Espécies em extinção

Conforme o Plano de Ação Nacional (PAN) para conservação das espécies ameaçadas de extinção, constam na lista oficial como espécie “Vulnerável”

  • Papagaio-charão (Amazona pretrei)
  • Papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha)
  • Papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea)

Espécies “quase ameaçadas”

  • Papagaio-de-+cara-roxa (Amazona brasiliensis)
  • Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva)

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Cidade morena

Investimento do 'Auxílio Atleta' em Campo Grande sobe para R$ 400 mil

Programa que, atualmente, beneficia 125 atletas e paratletas terá incremento de 11% no orçamento para 2025

01/12/2024 15h59

paratleta campo-grandense do 'Auxílio Atleta' levou nome da Capital para o L'Étape Rio de Janeiro by Tour de France mais de uma vez. 

paratleta campo-grandense do 'Auxílio Atleta' levou nome da Capital para o L'Étape Rio de Janeiro by Tour de France mais de uma vez.  Reprodução/Arquivo Pessoal

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Programa que repassa até R$ 5 mil quem busca se destacar pelo esporte em Campo Grande, o "Auxílio Atleta" contará com um incremente de mais de 10% no orçamento para 2025, com um investimento que salta para casa de R$ 400 mil. 

Segundo a Prefeitura de Campo Grande, atualmente 125 atletas e paratletas recebem o benefício pela Fundação Municipal de Esporte (Funesp), que já contava com um investimento que era tido como "recorde". 

Em valores absolutos, o investimento atual de R$ 358,9 mil receberá incremento de 11,4%, saltando o orçamento do Auxílio Atleta para R$ 400.000,00. 

Entre os destaques desse programa aparece João Pedro Souza e Silva, professor de inglês e paratleta campo-grandense que representa a Cidade Morena no ciclismo, e já levou o nome da Capital para o L'Étape Rio de Janeiro by Tour de France mais de uma vez. 

Esporte em CG

Em balanço sobre o ano esportivo de Campo Grande em 2024, o Executivo Municipal indica que os mais diversos atletas puderam competir nos eventos esportivos promovidos pela Funesp: 

  • 17º Jogos Urbanos Indígenas| 820 atletas de 20 comunidades
  • 3ª Copa Campo Grande de Futebol Amador| 1 mil atletas de 45 entidades
  • 37º Jogos Escolares| 1.900 atletas de 95 escolas
  • 45ª edição dos Jogos Abertos| 2.800 atletas e 409 entidades

Quanto aos resultados, como bem acompanha o Correio do Estado, mais recente um grupo de sete atletas do Centro de Formação de Atletas (Cefat), vinculado à Funesp, trouxeram uma série de medalhas para a Cidade Morena após competirem no XLIII Torneio Nacional Neutrox de Ginástica Artística, em Tocantins.

Com cerca de 980 atletas de todo o País, cabe citar um destaque para o jovem atleta Bian, que se sagrou campeão individual na categoria Infantil Intermediário, conquistando o primeiro lugar no Individual Geral, Solo, Cogumelo, Argolas e Salto, além de segundos lugares nas Paralelas e Barra.

Além disso, os investimentos esportivos em Campo Grande possibilitam uma série de ações como, por exemplo, o “Movimenta CG”, que em mais de 71 mil atendimentos em praças da Capital, neste ano, reuniu 15 mil inscritos com promessa de atingir outros bairros em 2025. 

Sendo que a cidade pretende tirar mais 50 praças do papel R$ ao preço de 19 milhões, como abordado em meados deste ano, a Prefeitura cita que, no Plano Municipal de Esporte e Lazer (PLAMEL) há metas traçadas para o ciclo esportivo que se estende de 2025 a 2028 em Campo Grande. 

 

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ADOTE!

Animais de ONG que fechou precisam ser adotados urgentemente

Bichinhos são lindos, carinhosos, saudáveis, limpinhos e cheios de amor para dar

01/12/2024 15h00

Animaizinhos disponíveis para adoção

Animaizinhos disponíveis para adoção DIVULGAÇÃO/Guarda Animal

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Dezenas de animais da Organização Não Governamental (ONG) Guarda Animal – fechada recentemente – precisam ser adotados em caráter de urgência.

O contrato de aluguel da chácara, em que os animais estão, encerrará nos próximos meses e os animais não terão lugar para morar.

Portanto, os bichinhos precisam de um lar e de um novo tutor. Conheça alguns dos pets disponíveis para adoção no vídeo abaixo. São lindos, carinhosos, saudáveis, limpinhos e cheios de amor para dar. Cada um tem seu nome:

Interessados em adotar algum animal devem entrar em contato com o número (67) 99122-8509.

Para adotar, deve-se mostrar um documento oficial com foto, comprovante de residência, vídeo mostrando quintais, portões e janelas e apresentar um breve relato da sua história com animais.

FECHAMENTO DA ONG

Organização Não Governamental (ONG) Instituto Guarda Animal encerrou o resgate de animais de rua em Campo Grande. Portanto, os resgates estão suspensos definitivamente.

Os motivos do fim são problemas financeiros, denúncias feitas por vizinhos em julho deste ano, cobrança de órgãos públicos e escassez de alimentos para os animais resgatados. O comunicado foi publicado nas redes sociais da instituição em 26 de novembro de 2024.

Foram 10 anos de um trabalho árduo e intenso de resgates diários de gatos e cachorros: resgate, socorro, medicação, acolhimento, abrigo, alimentação, cuidado, proteção, zelo e adoção.

Instituto Guarda Animal é uma ONG sem Fins Lucrativos, direcionada à causa animal, que visa acolher, abrigar e proteger cães e gatos abandonados, sem donos e em situação de rua.

A ONG recebe animais desde 2016, sobrevive de doações e não recebe ajuda do poder público.

Confira a nota divulgada na íntegra:

“É com grande pesar que informamos o encerramento do Instituto Guarda Animal depois de 10 anos de um trabalho árduo e gratificante, no qual sempre procuramos oferecer de forma incansável o melhor para nossos bichinhos e de tantas outras vidas que transformamos. Devido aos problemas financeiros que vem se arrastando por um longo período de tempo, por conta das subsequentes dificuldades que estamos enfrentando silenciosamente, cobranças de órgãos públicos por melhorias, falta de recursos como alimentação para nossos animais, temos 4 meses para deixar a chácara onde vivemos, enfrentando problemas de saúde física e emocional, infelizmente não tivemos outra escolha, se não encerrar nossas atividades. Desde já, agradecemos a confiança de vocês em nosso trabalho, por toda ajuda e apoio durante todos esses anos e pedimos encarecidamente uma corrente linda do bem para que todos nossos bichinhos sejam adotados e tenham uma vida melhor do que se encontram aqui, e desejamos sinceramente que continuem nos ajudando, até doarmos todos. A adoção é o melhor caminho para todos eles nesse momento. O que podemos dizer é que essa foi uma das decisões mais doloridas que tivemos que fazer, tudo que fizemos foi por amor incondicional pelo bichinhos e o Instituto foi criado para transformar vidas. E temos certeza que essa missão foi cumprida. Com carinho, Paola e Nati”.

Em julho de 2024, a ONG foi alvo de denúncias por poluição sonora (latido de cães), mau odor e perturbação do trabalho alheio.

Após queixas de vizinhos, uma equipe de investigadores da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais (DECAT) foi enviada a sede do abrigo, nesta quinta-feira (4), para averiguar os fatos.

A delegada, acompanhada de investigadores, peritos criminais e Vigilância Sanitária, realizou uma inspeção na propriedade, onde foram constatadas diversas irregularidades, como:

  • Acúmulo de dejetos, causando mau cheiro e atraindo insetos

  • Presença de moscas, mosquitos e larvas em piscina sem tratamento e em latas espalhadas no quintal

  • Animais com parasitas, representando risco à saúde humana

  • Vestígios de queima de lixo no quintal

  • Descarte irregular de resíduos sólidos e medicamentos

  • Omissão de cautela na guarda de animais ferozes

  • Grande quantidade de animais com sarna, em ambiente inadequado

  • Animais sem carteiras de vacinação ou com carteiras incompletas

  • Gatos presos em um cômodo imundo, com larva de mosquito

  • Fossa extravasando

De acordo com a advogada da ONG, Vitória Junqueira, as denúncias dos vizinhos são falsas e infundadas.

“Não é normal o que está acontecendo, é um absurdo desde 2021, as meninas estão sendo literalmente perseguidas simplesmente por fazerem o bem aos animais. Começou em 2021 e agora está se repetindo denúncias de vizinhos, denúncias infundadas de vizinhos que têm levado ao poder público falsas informações de que os protetores maltratam os seus animais dentro da ONG. Justamente elas têm propósito contrário, exatamente resgatam os animais, propiciam a vida, propiciam o carinho. E esse trabalho maravilhoso precisa continuar, independentemente dessas tentativas de derrubá-las”, afirmou a advogada em suas redes sociais.

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