Cidades

ADVOGADA PRESA

Juiz que liberou dinheiro em golpe milionário diz que não sabia de falsificação

Ele afirmou que decisão foi revertida quando laudo da polícia apontou o crime

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Juiz da 2ª Vara Cível de Campo Grande, Paulo Afonso de Oliveira, afirmou que não tinha conhecimento sobre a falsificação de um documento de confissão de um documento, em golpe aplicado por uma quadrilha em que a advogada Emanueli Alves Ferreira, 36 anos, foi presa por suspeita de envolvimento em golpe que vendeu fazenda fictícia e falsificou documentos para ter acesso a conta bancária de um aposentado. O juiz foi o responsável por decisão de execução da dívida, que liberou os valores para a advogada e o Conselho Nacional de Justiça abriu investigação para apurar a conduta do magistrado.

Na tarde de hoje, em coletiva de imprensa, o magistrado afirmou que, em nenhum momento, durante o processo, a defesa da vítima alegou que havia falsidade no documento e que pedir o exame de grafia técnica não cabe ao juiz, sendo de responsabilidade da defesa.

Conforme explicou o juiz, advogados do aposentado entraram com embargo de execução, mas perderam o prazo para apresentar o embargo e, portanto, a representação foi desconsiderada, mesma situação teria ocorrido com o recurso.

Com base no documento reconhecido em cartório, o juiz decidiu pela execução da dívida, no valor de R$ 5,317 milhões.

“O que foi preponderante para que isso acontecesse é que nós tivemos o ajuizamento de uma ação de execução, aparentemente, com base no título líquido certo e exígevel, cuja assinatura do devedor estaca reconhecida pelo cartório e, em contrapartida, o devedor perdeu o prazo para se defender através dos embargos de execução, que é a forma prevista em lei para se defender dentro de um processo”, disse o magistrado.

Posteriormente, delegado da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários (Dedfaz), responsável pelas investigações no âmbito criminal, encaminhou ofício com a informação de que o título executável era inaltêntico e o juiz determinou a imediata devolução dos valores, que ainda não foi feita integralmente.

“Só veio o conhecimento de que se tratava de documento falso quando o delegado anexou o laudo de que se tratava de assinatura falsa”, explicou, acrescentando que ele reverteu a decisão no início de julho e, o juiz que substituiu durante as férias, também teria solicitado a devolução e reversão do dinheiro para a vítima. Até o momento, apenas 50% do valor foi devolvido.

"No caso, devedor e credor, eu não tenho qualquer vínculo com eles, nem tampouco com o advogado das partes, então me senti a vontade para fazer o que fiz. Hoje eu sei o que aconteceu, conforme foi noticiado, o titulo executavel é objeto de falsificação, mas se eu não soubesse disso e voltasse no momento que eu despachei, eu teria feito a mesma coisa, porque eu estava convencido de que eu estava fazendo a coisa certa. Hoje eu sei dessa falsificação", explicou Paulo Afonso de Oliveira.

O CASO

De acordo com o presidente da OAB-MS, Mansour Karmouche, Emanuele Alves Ferreira é suspeita de estar envolvida no golpe milionário que conseguiu tirar R$ 4 milhões de um idoso sob a justificativa de recebimento de honorários.

Ainda conforme informou Karmouche, um homem com RG falso se passava por vendedor da fazenda enquanto outros dois criminosos, que já foram presos em flagrante, tentavam fazer a transferência de R$ 1,8 milhão, com uma procuração falsa.

O crime se concretizou após o grupo ter conseguido acesso ao dinheiro da vítima, um aposentado que mora no Rio de Janeiro.

Com uso de documentos falsos, notas promissórias e um termo de confissão de dívida, os criminosos entraram com ação de execução exigindo recebimento de aproximadamente R$ 7 milhões, pela venda da propriedade fictícia e ganharam a causa na Justiça.

A OAB-MS já tinha aberto procedimento administrativo no dia 20 de julho e documento foi enviado ao Ministério Público Estadual (MPE). “Vamos investigar se a advogada teve participação ou não, vamos apurar. A informação é de que fazenda foi vendida aqui e parece que quadrilha é daqui, abrimos processo ético disciplinar”, explicou Karmouche, anteriormente.

Fauna

Lojista é multado em R$ 24 mil por expor cabeça de animais em Campo Grande

A ação do Ibama encontrou exposição de cabeças de onça pintada, queixadas e até a arcada dentária de tubarão no estabelecimento

20/11/2024 18h15

Crédito: Ibama MS

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Uma loja que expunha cabeças de animais silvestres foi alvo de fiscalização pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Campo Grande.

Os agentes encontraram várias cabeças de espécies da fauna sul-mato-grossense, como:

  • onças-pintadas (Panthera onca);
  • onças-pardas (Puma concolor);
  • queixadas (Tayassu pecari);
  • jacarés (Alligatoridae);
  • cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus);
  • peixes pintados (Pseudoplatystoma corruscans);
  • dourados (Salminus brasiliensis).


Além disso, foram apreendidos "troféus", como a arcada dentária de um tubarão. As peças foram recolhidas, e o estabelecimento foi autuado conforme estabelece a Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) e o Decreto nº 6.514/08.

O proprietário recebeu uma multa que totalizou R$ 24 mil, e os suspeitos de organizar a “exposição” irão responder pelo crime na Justiça.

É importante ressaltar que a legislação brasileira proíbe a exposição de partes de animais para comercialização, situação enquadrada na Lei de Crimes Ambientais como venda ilegal de artesanato feito com partes de animais silvestres.

Crédito: Ibama MS

Tráfico de animais


Com a ação, o Ibama tenta inibir tanto a oferta quanto a procura, bem como o tráfico de animais silvestres.

"Quanto mais raro é um animal, maiores são o interesse e o preço que pagam por ele", afirmou a superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, que completou:

"Essa prática está aliada ao fato de que algumas pessoas, de forma equivocada, acreditam que esses tipos de objetos feitos com partes de animais silvestres servem como amuletos, trazendo proteção e prosperidade."

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Governo Federal

Adiado resultado de "Enem dos concursos"; prova tem 33,9 mil inscritos em MS

Exame unificado oferta 6.640 vagas em 21 órgãos públicos

20/11/2024 18h00

Enem dos concursos realizado na Uniderp, em Campo Grande

Enem dos concursos realizado na Uniderp, em Campo Grande Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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A divulgação dos resultados finais do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), conhecido como “Enem dos Concursos”, foi adiada pelo Governo Federal. O adiamento acontece em virtude de uma decisão judicial que determinou a reintegração de candidatos anteriormente eliminados por falhas no preenchimento de informações no cartão de respostas.

Ao todo, 33.909 mil pessoas se inscreveram em Mato Grosso do Sul, O concurso, aplicado em 18 de agosto oferta 6.640 vagas em 21 órgãos públicos. A Justiça Federal acatou ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que apontou inconsistências nas orientações dadas durante o exame.

“O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informa que a divulgação dos resultados finais do CPNU, inicialmente prevista em edital para o dia 21 de novembro, será ajustada. Um novo cronograma será divulgado amanhã (dia 21 de novembro)”, informou a pasta.

Segundo o MPF, fiscais informaram apenas a necessidade de transcrever uma frase da capa do caderno de questões, sem destacar a obrigatoriedade de marcar o número correspondente ao caderno de provas, entretanto, o edital previa eliminação apenas para quem não cumprisse ambas as exigências, o que, segundo o juiz Adelmar Aires Pimenta da Silva, do TRF1 do Tocantins,  fator que impossibilitaria justificar exclusões.

A União argumenta que as eliminações seguiram as regras do edital. Em agosto, a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou que a marcação do caderno de provas não seria motivo de desclassificação.

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