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Juiz rejeita denúncia contra sindicalista que apontou suposto rombo na Sanesul

Presidente do Sindágua denunciou repasse supostamente irregular de R$ 40,4 milhões da Estatal à empresa privada MS Pantanal

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Em decisão publicada nesta sexta-feira (31), o juiz Eduardo Eugênio Siravegna, da Segunda Vara Criminal de Campo Grande, rejeitou a denúncia de queixa-crime feita pelo comando da Sanesul contra o presidente do Sindágua, Lázaro de Godoy Neto, porque ele denunciou o repasse irregular de R$ 40,4 milhões da estatal para a empresa MS Pantanal. 

A ação judicial, que poderia ter como resultado final a demissão do sindicalista dos quadros da Sanesul e seu automático afastamento do sindicato, foi feita pela estatal em decorrência de reportagem publicada pelo Correio do Estado na qual o sindicalista apontava suposto erro nos repasses da Sanesul à empresa privada do Grupo Aegea.

De acordo com esta denúncia do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Mato Grosso do Sul (Sindágua), a Sanesul estaria remunerando a MS Pantanal, empresa com a qual fez Parceria Público Privada em 2021, com base no volume de água fornecido aos cerca de 642 mil clientes da estatal nas 68 cidades e 61 distritos onde atua. 

Porém, segundo ele, a coleta e tratamento de esgoto só é feita em cerca de 60% destes imóveis. Então, o cálculo para pagamento da Sanesul à empresa deveria ser somente com base no volume de água fornecido a esta parcela dos clientes.

O suposto rombo apontado na reportagem também foi conteúdo de um pedido de explicações que a deputada petista Gleice Jane conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa e que foi encaminhado à Sanesul.

E, além da reportagem, o sindicalista gravou um vídeo e publicou em suas redes sociais no qual repete as informações repassadas do Correio do Estado e no qual cobra explicações da empresa pública.

Por conta disso, o comando da estatal entendeu que o sindicalista estava difamando a empresa e recorreu à Justiça para que ele fosse punido. Porém, o magistrado entendeu que os “atos da querelante (Sanesul) – assim como de todas as pessoas jurídicas de direito público, seja da administração direta ou indireta – podem ser questionados, avaliados e reavaliados dentro de uma sociedade democrática de direito (art. 1º da CF), notadamente, porque se trata de administração de dinheiro público” e rejeitou a queixa-crime. 

De acordo com o juiz, o sindicalista “tão somente discorda da forma como vem sendo feito o pagamento da empresa "MS Pantanal" pela Sanesul, inclusive, apresentando exemplos de outros Estados da Federação que adotam sistema remuneratório diverso, não se podendo identificar do referido conteúdo audiovisual qualquer fato difamatório; pelo contrário, o vídeo demonstra apenas que um cidadão entende que o modo de remuneração feito pela Sanesul deve ser feito de forma diversa, o qual, na sua visão, seria mais econômico”. 

A decisão judicial não entra no mérito dos repasses, já que ação judicial não tratava disso, mas segundo Lázaro de Godoy, os cálculos para o repasse da Sanesul à MS Pantanal continuam sendo feitos da mesma forma e o valor supostamente pago irregularmente já ultrapassa os R$ 80 milhões. 

Na ação judicial contra o sindicalista, protocolada em maio do ano passado, os advogados da Sanesul alegam que ele deve ser punido porque não apresentou provas dos supostos repasses irregulares. Na ação, a Sanesul informa que em três anos repassou R$ 181 milhões à MS Pantanal pelos serviços de coleta e tratamento de esgoto.  

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão a júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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