Cidades

17 DE JULHO

Juiz reserva cinco dias de hotel para jurados do caso Name

Previsão inicial é de que julgamento de Jamil Name Filho e outros dois réus ocorra em quatro dias, mas juiz teme que dure mais

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Previsto para acontecer ao longo de quatro dias, a partir desta segunda-feira (17), o juiz responsável pelo júri popular de Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios, reservou hotel para cinco dias para abrigar os sete jurados no período noturno e assim evitar que tenham contato com o mundo externo. 

A reserva de cinco dias, conforme o despacho do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da segunda Vara do Tribunal do Júri, é necessário porque existe a possibilidade de o julgamento se estender além dos quatro dias previstos. 

Entre si os jurados podem até ter contato, como no horário das refeições ou à noite, no hotel. Porém, eles são proibidos de terem contado com outras pessoas para evitar que sejam influenciados por alguma das partes.

Além de reserva no hotel, o magistrado também determinou que a Polícia Militar faça a segurança dos jurados tanto nos deslocamentos quanto no hotel, cujo endereço não foi revelado. Os sete jurados serão escolhidos no começo do julgamento no meio de um grupo de 25 voluntários que devem comparecer ao fórum no primeiro dia do júri. 

Enquanto que os jurados vão pernoitar em um hotel, dois dos réus, que atualmente estão em Mossoró, no Rio Grande do Norte, passarão as noites no presídio federal de Campo Grande e ficarão sob os cuidados de cerca de 15 policiais penais federais, conforme estimativa do juiz Aluízio Pereira.  

Depois disso, dependendo do resultado, podem ser soltos ou voltar para os presídios onde estão hoje. A Justiça não informou o dia ou o horário em que os dois réus que estão em Mossoró serão trazidos para Campo Grande para participarem do júri. 

No dia 7 de junho a defesa de Jamil Name filho protocolou pedido para tentar suspender o julgamento e sugeriu que fosse transferido para Dourados ou Três Lagoas. O argumento principal é de que os jurados de Campo Grande não teriam isenção suficiente para julgar o réu, já que estariam sendo influenciados pelas informações que a mídia da Capital divulgou sobre os acusados. 

Porém, o juiz entendeu que o Fórum de Campo Grande tem estrutura física e de segurança melhores que as cidades do interior e que os possíveis jurados do interior tiveram acesso às mesmas informações que os moradores da Capital. 

Além disso, lembra o juiz, o Batalhão de Choque da PM e o Serviço de Inteligência do Depen e da polícia estadual já definiram todo um esquema de segurança para garantir a integridade física de todos os envolvidos no júri. 

TESTEMUNHAS

E para evitar a necessidade de reservar hotel e segurança para as 13 testemunhas que estão arroladas no processo, o juiz alterou a rotina tradicional. Normalmente todas teriam de estar no fórum no início do julgamento e permanecer numa espécie de isolamento durante todo o período do julgamento. 

Agora, porém, o juiz escalonou o comparecimento para evitar “o sério risco de ficarem o dia todo neste fórum e não serem ouvidas, postergando os seus depoimentos para o próximo dia e assim sucessivamente até que sejam inquiridas, aliás teria que, dentro deste prisma de pensamento, reservar hotel também a elas”, escreveu em seu despacho.

Assim, na segunda-feira pela manhã serão ouvidas três testemunhas de acusação arroladas pelos quatro promotores do Ministério Público. No período da tarde outras três, incluindo o ex-policial Paulo Roberto Teixeira Xavier, pai do jovem morto a tiros de fuzil no dia 9 de abril de 2019. 

 Matheus Coutinho Xavier foi morto por engano em abril de 2019. O alvo era o pai

O acadêmico de Direito foi morto por engando, já que o alvo seria o pai. E foi justamente por causa desta morte que a chamada milícia acabou sendo descoberta e presa. Paulo Xavier havia feito uma série de serviços para a família Name e por isso foi fundamente para ajudar a polícia a obter provas contra os supostos assassinos, que foram presos em setembro de 2019.

Na manhã do dia seguinte, dia 18, será a vez das oitivas das três testemunhas de defesa de Jamil Name Filho, apontado como o chefe da suposta milícia, já que o pai dele acabou morrendo antes do julgamento. Ele morreu vítima de covid em junho de 2021, em Mossoró. Para o período da tarde está previsa a oitiva das quatro testemunhas dos outros dois réus. 

Mas, apesar de terem horário para comparecer, o juiz deixa claro que todas as testemunhas terão de ficar de sobreaviso para comparecerem com antecedência, já que existe a possibilidade de as oitivas serem menos demoradas que o esperado. 

O terceiro dia, segundo o juiz, será dedicado aos interrogatórios dos réus, seguindo-se os debates entre acusação e defesa. E é nessa etapa que ocorrem as principais investidas para tentar convencer os jurados, que já estarão fora de casa há dias. 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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