Cidades

DISPUTA JUDICIAL

Justiça define em fevereiro causa em que Maurício Picarelli se diz vítima de estelionatário

No início do processo judicial, ex-deputado aparece como réu por 'calote'; teria dado cheques sem fundos para quitar valor emprestado a ele

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Queda de braço judicial que dura desde 2016, perto de oito anos atrás, envolvendo o ex-deputado estadual Maurício Picarelli, do PSDB e o então empresário Celso Éder Gonzaga de Araújo, terá capítulo crucial mês que vem, fevereiro, na 5ª Vara Criminal, em Campo Grande. 

Picarelli e Celso Éder se acusam por meio de um obscuro negócio fechado entre eles em 2016.  

O então parlamentar diz ter sido vítima de Celso que, de lá para cá, foi levado à prisão, por ter aplicado golpe, segundo cálculo da Polícia Federal, em ao menos 60 mil pessoas aqui em Mato Grosso do Sul e Brasil afora. 

Celso Araújo foi o primeiro a mover a ação contra Picarelli cobrando-o R$ 1,6 milhão. Araújo teria emprestado dinheiro ao então parlamentar, que teria dado a ele cheques sem fundos para quitar a conta. 

Depois da transação com os cheques, em novembro de 2017, Celso Éder Araújo foi preso durante a operação Ouro de Ofir. 

Araújo prometia lucros milionários aos interessados em investir num negócio que envolveria a repatriação de corretagem da venda de uma mina de ouro e ainda na liberação de recursos de uma extinta Letra do Tesouro Nacional.  

Era golpe a história da mina, que nunca existira, segundo apuração da PF. 

No caso, o investidor que entrasse na transação proposta por Celso com R$ 20 mil poderia, em tempo curto, receber de volta de R$ 50 mil a R$ 100 mil, por exemplo.  

Picarelli, então, depois de aberto processo pelos cheques sem fundos conta si, e da operação que encarcerou Celso Araújo, passou a usar a versão de que teria entrado no negócio de olho em lucros, portanto, virou vítima do então esquema fraudulento. 

Picarelli, pouco tratava o assunto em público, à época que era processado por Celso. Ele emitiu uma nota em que sustentou ser inocente e vítima, note: 

NOTA DE ESCLARECIMENTO DE MAURÍCIO PICARELLI 

"No que se refere a publicidade quanto a cobrança de 1,6 milhão por parte de Celso Éder Gonzaga de Araujo, que é indiciado na operação Ouro de Ofir tem a esclarecer, o mesmo que foi dito ao Dr. Luis Carlos Santini [ex-desembargador que, depois da aposentadoria foi atuar na advocacia] ouviu a pessoa de Mauricio Picarelli em seu escritório, antes de ajuizar a presente ação de cobrança. 

E esclarece:  
1. Foi convidado pelo indiciado para participar da operação AU Metal, que prometia lucros consideráveis. 

2. No mês de junho [2016] foi lhe solicitado, para assegurar o negócio, valores distintos, quando foram emitidos três cheques no valor total de R$ 53.993,00.  

3. Naquela ocasião como não possuía o valor correspondente para o aporte financeiro, entendeu por bem emitir um cheque em garantia, até a venda de um imóvel no valor de R$ 1,4 milhão de reais situado no Itanhangá Park. [casa do então parlamentar, hoje sem mandato, ocupa cargo em comissão da Assembleia Legislativa de MS] 

4. Como a venda não se concretizava, e o emitente dos cheques se via em situação difícil para conseguir o aporte exigido, o denunciado Celso Èder ofereceu compra do imóvel, chegando a adiantar por meio de deposito bancário e cheques alguns valores para assegurar o negócio. 

5. Com murmúrios que a operação AU Metal e Outras, não estavam dividindo os lucros e eram duvidosas, os cheques dados em garantia foram sustados.  

6. Posteriormente não houve mais contato com o denunciado Celso, pois o mesmo nunca se encontrava nesta cidade, sempre viajando. Impossibilitando assim qualquer tipo de entendimento quanto ao negócio em aberto, resultando nesta cobrança. 

O que será provado na ação judicial”. 

Nota-se, no comunicado, que o parlamentar recebera dinheiro de Celso Araújo. Percebe-se, ainda, que o então parlamentar sustou os cheques, ou seja, suspendeu.

CASO HOJE 

Celso Araújo apelou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pelo trancamento da ação em que aparece como réu por ter aplicado “golpe” no ex-deputado. A corte, contudo, negou o recurso e Picarelli, então réu, virou autor de ação judicial por prática de estelionato contra Celso Araújo. 

A audiência que trata da nebulosa questão será debatida no dia 29 de fevereiro na 5ª Vara Criminal, em Campo Grande. 

A reportagem tentou na tarde desta quarta-feira (10) conversar o ex-deputado e Celso Araújo, mas até a publicação deste material não tinha conseguido. O texto será atualizado, assim que manifestarem-se. 

 

PROCESSO SELETIVO REDE ESTADUAL

SED divulga nomes aprovados em prova para professor temporário da REE/MS

Fases finais terá prova de títulos, procedimento de validação e avaliação presencial de candidatos autodeclarados PCD, negros e indígenas

22/12/2025 10h50

Listas de aprovados em prova escrita objetiva do processo seletivo para professor temporário é divulgado; confira

Listas de aprovados em prova escrita objetiva do processo seletivo para professor temporário é divulgado; confira Divulgação: SED

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Por meio do Diário Oficial do Mato Grosso do Sul em edição especial de concurso desta segunda-feira (22), a Secretaria de Estado de Administração (SAD) divulgou os nomes aprovados no processo seletivo da Secretaria de Estado de Educação (SED) para formar banco de reserva de professores temporários, na Rede de Ensino Estadual (REE/MS).

A prova ocorrida no primeiro domingo de dezembro (7), teve mais de 30 mil inscritos, e o resultado divulgado hoje é referente à segunda etapa do processo, a Prova Escrita Objetiva.

No edital, os candidatos foram classificados por ordem alfabética, ou seja, a ordem disponibilizada não está de acordo com a pontuação. Além disso, ele explicita que todos os inscritos seriam classificados em “aprovado”, “reprovado” e “ausente”.

O resultado foi dividido em três listas, de acordo com as três áreas de ensino:

  1. Anos Finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio e suas Modalidades (AFEFMM): 19.734;
  2. Anos Iniciais do Ensino Fundamental e suas Modalidades (AIEFM): 10.663;
  3. Educação Infantil (EDINF): 1.663.

Dessa forma, o candidato aparece na lista em que escolheu tentar uma vaga, na primeira área (AFEFMM) foram 19.734 candidatos. Na segunda (AIEFM) aparecem 10.663 nomes, e na área de educação infantil 1.663 candidatos tentaram uma vaga.

Ainda de acordo com o edital, nenhum candidato foi reprovado, pois nenhum consta com essa classificação. Porém, aparecem 2.037 ausentes, que também podem ser considerados eliminados devido ao caráter da prova, que era eliminatório e classificatório.

Além disso, há também 2.439 candidatos eliminados, o que significa que a pontuação mínima, de 15 pontos, não foi atingida.

Apesar do número de eliminados, 27.583 candidatos que realizaram a prova foram aprovados, desse número, 71 candidatos atingiram a pontuação máxima, de 30 pontos. Logo atrás, 297 inscritos alcançaram a segunda maior pontuação, de 29, e 862 pessoas alcançaram a terceira maior pontuação de 28 pontos.

Listas de aprovados em prova escrita objetiva do processo seletivo para professor temporário é divulgado; confira

Cada candidato pode consultar individualmente própria Folha de Respostas, além do desempenho na prova objetiva, por meio dos links “Visualizar Folha de Respostas” e “Boletim de desempenho da Prova Objetiva”, ambos disponíveis no mesmo site: www.avalia.org.br, durante 60 dias, a partir de hoje.

Ao realizar a conferência e notar algum erro, ou incompatibilidade da marcação do gabarito e sua pontuação, e o resultado interfira na pontuação final, o candidato pode interpor o resultado preliminar da prova. 

Para isso, deverá protocolar um formulário próprio disponível também no site: www.avalia.org.br, durante hoje e amanhã, até às 23h59 no horário de Mato Grosso do Sul.

Apesar do recurso estar disponível para contestações do resultado, ele não tem efeito suspensivo, portanto, o cronograma de realização das demais atividades do Processo Seletivo não se altera em razão da solicitação de recursos e segue normalmente.

Processo Seletivo

O concurso abrange desde a educação infantil até o ensino médio e suas modalidades, incluindo também a modalidade de educação especial.

As etapas do processo seletivo, se dividem em 4 etapas, a primeira é a inscrição que foi até o dia 25 de novembro. A segunda é a fase da prova escrita objetiva com caráter eliminatório e classificatório, encerrada oficialmente hoje com a divulgação das pontuações dos candidatos.

As próximas etapas são divididas em:

  • Avaliação Curricular (Prova de Títulos), de caráter exclusivamente classificatório;
  • e o procedimento de Validação e de Avaliação Presencial dos candidatos autodeclarados Pessoa Com Deficiência (PCD), e de cotistas negro ou indígena, realizada pela Equipe Multiprofissional, de caráter eliminatório.

De acordo com o edital, a reserva prevê 5% de convocaçõe para pessoas com deficiência, 20% para candidatos negros e 3% para indígenas, seguindo o município e componente curricular selecionado.

Remuneração

Seguindo a jornada de trabalho de 40 horas semanais, o valor recebido pelo docente temporário será calculado proporcionalmente à quantidade de horas-aulas efetivamente atribuídas no ato da convocação, que atribui ao valor total de R$ 7.512,00, incluindo valores para profissionais com Graduação com licenciatura, especialização, mestrado e doutorado.

De acordo com o Instituto Península de 2022, Mato Grosso do Sul é considerado a segunda Unidade Federativa (UF) com maior salário de professores da Rede Estadual de Ensino. Perdendo apenas para o Pará (PA).

Confira a lista de aprovados e pontuações dos candidatos aqui.

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"Acolhe e Protege"

MS aumenta em 50% verba para policiais que 'lutam' contra violência doméstica

Valor pago para servidores das carreiras da Polícia Civil que aderirem ao programa de forma voluntária, bonifica plantões de 12 horas consecutivas, limitada a 60 horas mensais por agente

22/12/2025 10h01

Programa

Programa "MS Acolhe e Protege" busca reforçar plantões de unidades como as delegacias de Atendimento à Mulher de Campo Grande e Dourados (Deam e DAM) Marcelo Victor/Correio do Estado/Arquivo

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Entre seus últimos atos de 2025, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul publicou nesta segunda-feira (22) um aumento do valor da verba indenizatória paga para servidores das carreiras da Polícia Civil que atuam nas demandas ligadas ao enfrentamento da violência doméstica em MS. 

Iniciativa batizada de "Programa MS Acolhe e Protege", como bem apontado pelo Correio do Estado no lançamento, a medida permite que delegados, escrivães e investigadores realizem, aproximadamente, mais 1.250 plantões, além de sua devida jornada mensal. 

Anteriormente, porém, esse valor em verba indenizatória paga era de R$200, cifra essa aumentada em cinquenta por cento pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. 

Em outras palavras, o pagamento da hora extra agora é de R$300 reais para o servidor que aderir às atividades que envolvam os casos de violência doméstica em Mato Grosso do Sul. 

Programa "MS Acolhe e Protege" busca reforçar plantões de unidades como as delegacias de Atendimento à Mulher de Campo Grande e Dourados (Deam e DAM)Reprodução/DOE-MS

Aqui cabe explicar, conforme descrito no texto do decreto n°. 16.669, que data de 11 de setembro de 2025, a instituição desse programa visa atender com maior eficiência e foco às demandas relativas à violência doméstica ocorrida no território sul-mato-grossense, especificamente, nos Municípios de Campo Grande e de Dourados.

MS Acolhe e Protege

Colocado em prática há cerca de três meses, através da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), esse Programa nasce em meio à uma média de 1.725 ocorrências de violência doméstica por mês em Mato Grosso do Sul. 

Para o atendimento e apuração desses crimes, seja nas diligências, nos pedidos de medidas protetivas, representações por prisões preventivas, oitivas especializadas ou buscas e apreensões, o "MS Acolhe e Protege" busca justamente reforçar os plantões das seguintes unidades: 

  • Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) - Capital
  • Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Capital, 
  • Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), Dourados.

Importante esclarecer que cada plantão precisa ter, no mínimo, 12 horas consecutivas, sendo limitada uma carga de 60 horas mensais por servidor, ou seja, cada agente pode registrar até cinco dessa modalidade de "hora extra" a cada mês. 

Como forma de combate à violência doméstica, o Governo do Estado tenta empregar um maior efetivo para, por exemplo, diminuir a demanda reprimida pela análise de boletins de ocorrência; identificar casos que precisem ser reavaliados ou de novas providências, entre outros pontos. 

 

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