Cidades

PERIGOSO

Justiça determina transferência do Bonitão do PCC para um presídio federal

Ele é apontado como líder da facção criminosa, influente na fronteira entre Brasil e Paraguai

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A Justiça Federal de Ponta Porã determinou a transferência emergencial de Giovanni Barbosa da Silva, conhecido como Bonitão do PCC, para uma penitenciária federal.

O criminoso é considerado um dos líderes da facção criminosa e foi preso no dia 9 de janeiro, em Pedro Juan Caballero, e extraditado para o Brasil no dia 10.

Últimas notícias

Após a prisão, enquanto ainda estava no Paraguai, grupo de criminosos armados com fuzis atacou a sede da polícia paraguaia, na tentativa de resgatar o líder.

Duas pessoas foram presas após o ataque, que durou cerca de meia hora, e o Bonitão foi entregue no dia seguinte, na cidade de Foz do Iguaçu (PR).

A decisão de transferência para o sistema penitenciário federal atende pedido do Ministério Público Federal, que se baseou na importância de Giovanni entre os membros do PCC e no histórico de tentativas de resgate dos líderes da facção.

O local de custódia do criminoso é mantido sob sigilo, por questões de segurança.

O envolvimento dele em crimes de organização criminosa e tráfico internacional de drogas e de armas foi comprovado em inquérito policial que derivou da Operação Exílio, deflagrada em junho do ano passado para o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão em Ponta Porã e um em São Bernardo do Campo (SP).

Investigações também apontaram que ele exercia o papel de uma das lideranças mais influentes do PCC na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Confronto

Após a prisão do Bonitão do PCC e ataque a polícia paraguaia, policiais de Mato Grosso do Sul receberam denúncias de que criminosos, que estariam envolvidos na tentativa de resgate, se reunião na região do bairro Julia Cardinal, em Ponta Porã.

Equipes faziam rondas nas proximidades e notou intensa movimentação de pessoas armadas em uma casa.  

De acordo com a polícia, as equipes realizaram entrada tática no local e foram recebidos a tiros.

Houve confronto e seis integrantes do PCC foram baleados no local, enquanto outros dois conseguiram fugir, mas foram perseguidos e também baleados posteriormente.

Os feridos foram socorridos pelas próprias equipes e encaminhados para o Hospital Regional de Ponta Porã, mas todos morreram.

Na casa onde houve o confronto, foi apreendido um arsenal, com dois fuzis, duas pistolas glock 9mm e dois revólveres calibre 38, além de dois veículos roubados.

Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que o desejo era que todos estivessem atrás das grades, mas elogiou a ação das forças de segurança

"Bandido tem que ser tratado com rigor e tolerância zero. As nossas forças policiais estão de parabéns. Nossos policiais têm agido com coragem e eficiência”, disse o governador.

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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