Cidades

Maus tratos

Leão com ''Aids'' e onça-pintada do zoo do DF vão para rancho

Transferência ocorrerá depois denúncias de que os animais estariam sofrendo maus-tratos

UOL

15/08/2015 - 14h45
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Um leão com "Aids felina" e uma onça-pintada com problemas renais devem deixar nos próximos dias o zoológico de Brasília rumo à ONG Rancho dos Gnomos, em Cotia (Grande São Paulo).

De acordo com o site UOL, o leão Dengo e a onça Tuan são dois animais que, por motivos diferentes, não podem ficar junto aos outros animais. Dengo, que chegou ao zoo em 2011, é portador de FIV, a chamada "Aids felina".

O FIV (Feline Immunodeficiency Virus, ou vírus da imunodeficiência felina) é uma doença incurável que atinge apenas felinos. Similar ao vírus HIV, a doença baixa as defesas do sistema imunológico dos felinos e pode ser transmitida por meio de arranhões (em brigas) ou mesmo saliva, por isso, ele não pode ficar com os outros animais sob o risco de infectá-los.

Tuan tem 21 anos (três a mais do que a expectativa de vida das onças) e está com problema nos rins. Ela teve de ser retirada do convívio dos outros animais porque apanhava das outras onças. Doentes e velhos, os dois animais estavam nos chamados extras, locais para animais idosos e doentes e que não são acessíveis para a visitação.

Ativista acusa zoo de maus-tratos

A transferência ocorrerá depois denúncias de que os animais estariam sofrendo maus-tratos e foi acordada entre o Governo do Distrito Federal e a ONG.

O anúncio foi feito na última terça-feira (11) pelo vice-governador Renato Santana (PSD) e pelo secretário do meio ambiente, André Lima, após reunião com defensores do direito dos animais.

De acordo com o secretário, faltam apenas alguns detalhes: "Recebemos o pedido oficial apenas nesta quarta [12] e estamos esperando por laudos que atestem que os animais consigam fazer a viagem".

Lima afirma que até semana que vem o martelo deve ser batido completamente: "Na terça [18] teremos uma reunião, na quarta devemos liberar e, se tudo der certo, na quinta podem buscar os animais".

Apesar de dizer que acredita que os animais irão para um local melhor, o secretário nega que eles estejam sofrendo maus-tratos no zoológico de Brasília.

"O zoo não é nenhum resort, mas dá um tratamento razoável. O recinto é menor para inclusive dar condições de tratamento", diz. O espaço em que o leão estava era de 77m², um pouco maior do que o espaço mínimo para confinamento de animais selvagens: 70m².

Defensores dos direitos dos animais reclamam do protelamento da autorização oficial para semana que vem. "Na terça, o vice-governador já tinha dito que estava tudo certo. Dá a impressão que eles estão fazendo um jogo político para não admitir que havia maus-tratos", diz Bruno Pinheiro, representante da Frente de Ações pela Libertação Animal (FALA).

Pinheiro, que esteve na reunião da última terça e participa das negociações para doação, diz que os animais não deveriam esperar até a próxima terça-feira e que o Rancho dos Gnomos tem totais condições de cuidar do leão e da onça.

"Já está mais do que provado que há estrutura para o transporte. Os animais estão em risco e algum morrer no zoológico, será um caos", diz.

Apesar das acusações, o zoológico de Brasília nega que o leão (chamado de Dengo) e a onça (chamada de Tuan) sofriam maus-tratos.

"O Ministério Público veio até o zoo para verificar o estado e não encontrou nenhuma irregularidade. Eles estão em áreas regulares", disse o presidente do zoológico de Brasília, José Vieira.

Vieira diz que também concorda que os animais devem ser transferidos. "Eles não estão mais expostos e eles devem ir se o santuário garantir melhores condições".

"Gancho"

Detran-MS suspendeu quase 20 mil habilitações em 2025

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH

22/12/2025 18h00

Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Detran suspendeu quase 20 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) em Mato Grosso do Sul ao longo de 2025. As penalidades foram aplicadas a motoristas que ultrapassaram o limite de pontos ou cometeram infrações que resultam em suspensão imediata do direito de dirigir.

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH, quando o motorista atinge 40, 30 ou 20 pontos em um período de 12 meses, conforme a quantidade de infrações gravíssimas, outros 5.565 motoristas perderam o direito de dirigir por suspensão direta, aplicada em casos como conduzir o veículo em velocidade superior a 50% do limite permitido, entre outras infrações previstas em lei.

Todos os 19.565 motoristas foram afastados temporariamente das vias e obrigados a realizar o Curso de Reciclagem, exigido para recuperar a habilitação.

Infrações 

Até 16 de dezembro de 2025, o estado registrou 976.157 infrações de trânsito. O excesso de velocidade respondeu por 44,06% das autuações, somando casos de até 20%, de 20% a 50% e acima de 50% do limite permitido.

Outras infrações mais recorrentes em 2025 foram avançar sinal vermelho ou parada obrigatória, não usar cinto de segurança e uso de celular ao volante. Mais de 4.500 motoristas também foram penalizados por recusar o teste do bafômetro.

Cassação

Ao longo dos últimos 12 meses, 2.735 condutores tiveram a CNH cassada por reincidência, principalmente por continuarem dirigindo mesmo após a suspensão. A cassação impede o motorista de dirigir por um período mais longo e exige novo processo de habilitação.

O número de recursos administrativos apresentados de forma digital também aumentou. Em 2025, foram registrados 3.862 recursos online, crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2022, foram 1.032 recursos digitais; em 2023, 1.247; e em 2024, 3.227.

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Os serviços podem ser acessados pelo Portal de Serviços, aplicativo Meu Detran MS e atendimento via WhatsApp.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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