Cidades

INFRAESTRUTURA

Leilão da BR-163 garantirá redução da tarifa de pedágio para a rodovia de MS

A comissão do processo incluiu, nas regras do edital, a exigência de que as propostas tenham oferta de deságio na cobrança

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A Comissão Mista de Processo Competitivo do Leilão da BR-163, nos 847 km que a via corta Mato Grosso do Sul, ajustou, no dia 30 de abril, as regras para garantir que haja deságio na tarifa básica do pedágio 
a ser oferecida pelos participantes do certame, agendado para o dia 22.

O texto define que as empresas habilitadas estarão excluídas da disputa caso não ofereçam um valor menor ao definido no edital, que é de R$ 7,52 a cada 100 km.

Essa exigência é para garantir desconto na tarifa de pedágio, como ocorreu nos últimos leilões realizados pelo Ministério dos Transportes.

No dia 30 de março, o Consórcio Nova Estrada Real – formado pelas empresas Construcap CCPS Engenharia e Comércio S.A., Sociedad Anónima de Servicios Copasa e OHL Concesiones S.L. – sagrou-se vencedor, ao oferecer 14% de desconto sobre a tarifa básica de pedágio do sistema rodoviário das BRs 040 e 495 (MG/RJ), trecho que conecta Juiz de Fora (MG) ao Rio de Janeiro (RJ).

Em dezembro do ano passado, foi leiloada a Rota Verde, em Goiás, que engloba trechos das BRs 060 e 452 (GO). O vencedor foi o Consórcio Rota Verde Goiás, ao oferecer um deságio na tarifa de 18,07%. Foram quatro concorrentes que deram lances no certame, três deles disputando à viva-voz.

Já em setembro do ano passado a Via Cristais, administrada pela Vinci Highways, ofereceu desconto de 14,32% no pedágio para administrar o trecho da BR-040 entre Belo Horizonte (MG) e Cristalina (GO) por 30 anos.

O leilão que teve um lance menor foi realizado em fevereiro, para o Lote CN5 da Rota Agro Norte (BR-364), no qual o consórcio 4UM/Opportunity – formado pela empresa 4UM Investimentos e pelo banco Opportunity – foi o vencedor do certame, após fazer a única proposta de participação, ofertando 0,05% de desconto na tarifa básica de pedágio.

No caso da Rota da Celulose, leiloada nesta semana em Mato Grosso do Sul, o deságio oferecido pelo Consórcio Rotas da Celulose – formado pelas empresas K-Infra e Galapagos Capital – foi de 9%.

AUMENTO GRADUAL

Ao adotar também esse critério de deságio no leilão da BR-163, o Ministério dos Transportes possibilita que, mesmo que haja somente um concorrente no leilão, a tarifa a ser cobrada do usuário tenha redução nos primeiros 12 meses iniciais, uma vez que, depois desse período, haverá um aumento do valor em 33,64%, o que elevaria a tarifa a R$ 10,06 – isso caso a nova concessionária atinja as metas do Programa de Exploração da Rodovia (PER), que prevê investimentos R$ 16,99 bilhões em 30 anos.

A partir do 25º mês, o valor da tarifa sobe mais 25,17%, enquanto no 37º mês o aumento será de mais 20,09%.

Contudo, fora esse degrau tarifário, a empresa vencedora do certame também vai ter direito a reajustes no valor do pedágio conforme realizar obras. Além da elevação após o primeiro ano, com o valor cobrado passando dos atuais R$ 7,52 a cada 100 km para R$ 10,06, haverá um adicional por obra sobre a tarifa que estiver em vigor: 30% por duplicação e 15% por terceira faixa, além de mais 1% a 5% por outras obras, tanto nas pistas simples quanto nas duplicadas ou com uma faixa a mais (acumulativas).

Mesmo com essas regras de aumento das tarifas, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes incluíram, em março, no edital do processo competitivo – o qual define as regras do leilão, e não da concessão –, alguns pontos que podem desclassificar as empresas concorrentes.

“Será desclassificada a proposta econômica escrita que desrespeitar o disposto neste edital, em especial: (1) não observar o modelo do anexo 7.1; (2) contiver rasura, borrão, entrelinha ou linguagem que impossibilite a exata compreensão de seu conteúdo; (3) contiver emendas, ressalvas ou omissões; (4) contiver condição ou termo não previstos neste edital; (5) não ofertar valor de deságio ou não ofertar valor maior ou igual a 0,00%; e/ou (6) não ofertar valor igual ao preço”, trouxe a publicação.

No dia 30 de abril, foram feitos alguns ajustes no documento pela comissão que gerencia o processo. No comunicado assinado pelo presidente do colegiado, Thiago Aragão, o texto foi reformulado.

A subcláusula 13.6 foi alterada para excluir o termo “ou igual a” do item 5, ficando com a seguinte redação: “Será desclassificada a proposta econômica escrita que desrespeitar o disposto neste edital, em especial: [...] (5) não ofertar valor de deságio ou não ofertar valor maior que 0,00%”.

Essa mudança corrige um erro na redação que permitia que não houvesse mudança no valor obrigatório do objeto do contrato (que é a concessão) para a empresa que disputar o controle da BR-163, uma vez que a interessada poderia manter o valor estipulado no edital, sem acrescentar nem um centavo sequer.

A proposta econômica com essas informações deverá ser entregue no dia 19, na Bolsa de Valores de São Paulo (SP), a B3, por escrito e lacrada em envelope específico, com a oferta apresentada.

Nela deverão constar o deságio (valor porcentual ofertado pela empresa, expresso em duas casas decimais, correspondente ao desconto sobre a tarifa básica de pedágio) e o preço do objeto, no valor fixo de R$ 1,00.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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