Cidades

REFLEXO DA GREVE

Lotéricas têm filas e há limitação
para pagamento de boletos

Veja quais são os serviços que podem ser feitos nessas unidades

RODOLFO CÉSAR

06/09/2016 - 19h30
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As lotéricas transformaram-se no principal local para que precisa pagar conta ou realizar outros serviços antes prestados em bancos. A greve dos bancários causa uma migração da população e uma consequência disso são as longas filas que se formam.

Além disso, há limitações para alguns serviços. Boletos da Caixa Econômica Federal (CEF) são pagos nos guichês até o limite de R$ 2 mil, enquanto de outros bancos o teto aceito é R$ 700. O sistema da lotérica não permite o pagamento que seja R$ 0,01 além do limite.

O Sindicato dos Empresários de Lotéricas, que representa 146 unidades em Campo Grande, informou que não é possível precisar o número de pessoas além do normal que procuraram esses locais hoje. Mas confirmaram que a movimentação foi "muito forte".

"Vai gerar fila, não tem jeito. O número de pessoas procurando aumento, mas o número de terminais continua o mesmo. A rede de lotéricas pode absorver essa demanda, até porque estamos em todos os bairros de Campo Grande", disse o presidente da entidade, Ricardo Costa.

O horário mais crítico vai ser sempre no final da tarde e enquanto houver a greve dos bancários, essa situação deve se manter. A recomendação para quem não quer aguardar muito tempo na fila é procurar as agências em horários alternativos, principalmente durante a manhã.

SERVIÇOS NAS LOTÉRICAS

- Pagamento

Contas de água, luz e telefone, com ou sem fatura;
Tributos;
Boletos Caixa (dinheiro ou cheque se o convênio permitir);
Boletos de outros bancos em dinheiro (pode haver restrições fora do horário bancário);
Faturas de cartão de crédito da Caixa (em cheque ou em dinheiro). Caso não possua fatura, o cliente pode apresentar o cartão de crédito e informar o valor;
Prestação de habitação (caso não possua boleto, poderá emitir aqui);
INSS/GPS;
FGTS-GRF/GRRF/GRDE (com código de barras);
Contribuição Sindical (em dinheiro).

- Saque

Contas correntes e poupanças com cartão e identidade. Limite diário de três transações ou R$ 1,5 mil, o que ocorrer primeiro (exceto dias úteis de 6h01 às 8h e dias não uteis, cujo limite é R$ 500);
Programas de benefícios sociais (Bolsa Família) – todo o valor disponível, com cartão do cidadão ou cartão do benefício;
INSS (todo o valor disponível, com cartão para os beneficiários que são pagos na Caixa);
Seguro-desemprego e PIS (todo o valor disponível, com o cartão do cidadão);
FGTS (com cartão do cidadão e até R$ 1,5 mil).

- Outros serviços

Consulta de saldos extratos de contas do FGTS, PIS;
Consulta de saldos de contas da Caixa;
Depósitos em contas correntes e poupanças – em dinheiro, (de R$ 5 a R$ 1,5 mil, limitado a três transações por dia, o que ocorrer primeiro). Nos finais de semana e feriados o limite é de até R$500,00;
Abertura de conta Caixa Fácil apenas com RG e CPF;
Encaminhamento de propostas de cartão de crédito, conta corrente, cheque especial e consignado para aposentados e pensionistas do INSS e empregados de empresas conveniadas;
Recarga de celular pré-pago.

SERVIÇOS CORRESPONDENTES CAIXA AQUI

- Pagamento

Contas de água, luz e tributos;
Boletos Caixa;
Boletos de outros bancos;
Prestação de habitação.

- Saque

Contas correntes e poupanças com cartão magnético e identidade;
Benefícios sociais (Bolsa Família) – todo o valor disponível, com cartão do cidadão ou cartão do benefício;
INSS (todo o valor disponível, com cartão magnético, para os beneficiários que são pagos na Caixa);
Seguro-desemprego e PIS (todo o valor disponível, com o cartão do cidadão);
FGTS.

- Outros serviços

Saldos e extratos de contas da Caixa, do FGTS e do PIS;
Depósitos em contas correntes e poupanças – em dinheiro (de R$ 5 a R$ 1,5 mil, limitado a três transações por dia, o que ocorrer primeiro). Nos finais de semana e feriados o limite é de até R$500,00;
Transferências entre contas da Caixa;
Abertura de conta Caixa Fácil apresentando apenas RG e CPF;
Encaminhamento de propostas de cartão de crédito, conta corrente, cheque especial e consignado para aposentados e pensionistas do INSS e empregados de empresas conveniadas;
Recarga de celular pré-pago.

"Acolhe e Protege"

MS aumenta em 50% verba para policiais que 'lutam' contra violência doméstica

Valor pago para servidores das carreiras da Polícia Civil que aderirem ao programa de forma voluntária, bonifica plantões de 12 horas consecutivas, limitada a 60 horas mensais por agente

22/12/2025 10h01

Programa

Programa "MS Acolhe e Protege" busca reforçar plantões de unidades como as delegacias de Atendimento à Mulher de Campo Grande e Dourados (Deam e DAM) Marcelo Victor/Correio do Estado/Arquivo

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Entre seus últimos atos de 2025, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul publicou nesta segunda-feira (22) um aumento do valor da verba indenizatória paga para servidores das carreiras da Polícia Civil que atuam nas demandas ligadas ao enfrentamento da violência doméstica em MS. 

Iniciativa batizada de "Programa MS Acolhe e Protege", como bem apontado pelo Correio do Estado no lançamento, a medida permite que delegados, escrivães e investigadores realizem, aproximadamente, mais 1.250 plantões, além de sua devida jornada mensal. 

Anteriormente, porém, esse valor em verba indenizatória paga era de R$200, cifra essa aumentada em cinquenta por cento pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. 

Em outras palavras, o pagamento da hora extra agora é de R$300 reais para o servidor que aderir às atividades que envolvam os casos de violência doméstica em Mato Grosso do Sul. 

Programa "MS Acolhe e Protege" busca reforçar plantões de unidades como as delegacias de Atendimento à Mulher de Campo Grande e Dourados (Deam e DAM)Reprodução/DOE-MS

Aqui cabe explicar, conforme descrito no texto do decreto n°. 16.669, que data de 11 de setembro de 2025, a instituição desse programa visa atender com maior eficiência e foco às demandas relativas à violência doméstica ocorrida no território sul-mato-grossense, especificamente, nos Municípios de Campo Grande e de Dourados.

MS Acolhe e Protege

Colocado em prática há cerca de três meses, através da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), esse Programa nasce em meio à uma média de 1.725 ocorrências de violência doméstica por mês em Mato Grosso do Sul. 

Para o atendimento e apuração desses crimes, seja nas diligências, nos pedidos de medidas protetivas, representações por prisões preventivas, oitivas especializadas ou buscas e apreensões, o "MS Acolhe e Protege" busca justamente reforçar os plantões das seguintes unidades: 

  • Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) - Capital
  • Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Capital, 
  • Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), Dourados.

Importante esclarecer que cada plantão precisa ter, no mínimo, 12 horas consecutivas, sendo limitada uma carga de 60 horas mensais por servidor, ou seja, cada agente pode registrar até cinco dessa modalidade de "hora extra" a cada mês. 

Como forma de combate à violência doméstica, o Governo do Estado tenta empregar um maior efetivo para, por exemplo, diminuir a demanda reprimida pela análise de boletins de ocorrência; identificar casos que precisem ser reavaliados ou de novas providências, entre outros pontos. 

 

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IMBRÓGLIO

Agesul reabre licitação para reforma da ponte sobre o Rio Paraguai

Empresa privada cobrou pedágio na ponte por quase duas décadas, mas ela foi devolvida parcialmente detonada e agora necessita de investimento público milionário

22/12/2025 09h26

A ponte na BR-262 já recebeu uma série de reparos emergiais, mas a reforma principal deve ser feita em 2026

A ponte na BR-262 já recebeu uma série de reparos emergiais, mas a reforma principal deve ser feita em 2026

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Onze dias depois de o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinar a suspensão da licitação para contratar uma empresa para reformar a ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262, próximo a Corumbá, a Agesul divulgou nesta segunda-feira (22) que retomou o certame e que pretende abrir os envelopes da disputa no dia 16 de janeiro. 

Inicialmente, as propostas seriam analisadas no dia 15 de dezembro, mas o conselheiro Sérgio de Paula entendeu que havia inconsistências no edital e determinou a suspensão do certame, que prevê investimento de até R$ 11,72 milhões na única ponte sobre o Rio Paraguai que liga as cidades de Corumbá e Ladário ao restante do Estado. 

E, na publicação desta segunda-feira, a Agesul justifica a reabertura com base em uma publicação extra do TCE liberando o pregão. Esta liberação, conforme a Agesul, teria sido publicada em edição extra do diário oficial do Tribunal. Porém, até 09:45 horas o TCE não havia feito nenhuma publicação. 

Sérgio de Paula, que assumiu o cargo de conselheiro faz pouco mais de um mês, argumentou que suspendeu o processo licitatório por conta de inconsistências no projeto básico, que podem gerar gastos acima do necessário. Para isso, foi apontada a necessidade de atualização dos dados técnicos.

“Tais inconsistências podem acarretar riscos de sobrepreço, aditivos contratuais futuros e execução inadequada da obra, comprometendo a economicidade e a eficiência. Para uma decisão embasada e para mitigar riscos futuros, é crucial que as informações complementares e as atualizações necessárias sejam providenciadas e analisadas”, alegou o novato conselheiro.

Inicialmente o Governo do Estado previa gastar em em torno de R$ 6 milhões na recuperação da estrutura da ponte, que durante mais de um ano ficou parcialmente interditada, com sistema de pare-siga, por causa das más condições da pista.

Até setembro de 2022 havia cobrança de pedágio na ponte.  Pequena fatia da receita era repassada ao Estado e a única obrigação da empresa era fazer a manutenção da estrutura, que tem dois quilômetros e foi inaugurada em 2001.

Porém, em 15 de maio de 2023 a empresa Porto Morrinho encerrou o contrato e devolveu a ponte Poeta Manoel de Barros sem condições plenas de uso, embora tivesse faturamento milionário.

Em 2022,  com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga, a cobrança rendeu R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses daquele ano.

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo é de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão. 

E, mesmo depois de parar de cobrar pedágio, a Porto Morrinho continuou cuidando da ponte, entre setembro de 2022 até maio de 2023.  Neste período, recebeu indenização milionária, de pouco mais de R$ 6 milhões. 

O pedágio acabou por causa do fim do acordo do governo estadual, que construiu a ponte, com o DNIT, já que a rodovia é federal. Porém, o governo federal só aceita receber a ponte depois que estiver em boas condições de uso. 

MOVIMENTO EM ALTA

Se a licitação finalmente avançar, as obras de reforma da ponte vão coincidir com o provável aumento no tráfego de caminhões pesados sobre a estrutura. É que em primeiro de dezembro foi desativado o transporte ferroviário de minérios entre o distrito de Antônio Maria Coelho e terminal de embarque hidroviário de Porto Esperança. 

Somente nos nove primeiros meses de 2024 a LHG Mining - MRC- Mineração Corumbaense, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, despachou 4,2 milhões de toneladas de minério a partir deste terminal.

Praticamente todo o material era levado pela ferrovia. Agora, porém, estes minérios terão de passar pela ponte para chegar ao porto. Se for mantida a média de exportações deste ano, serão em torno de 310 caminhões de 50 toneladas cada diariamente. Além disso, todos eles terão de voltar. Ou seja, serão mais de 600 caminhões a mais por dia utilizando a ponte. 

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