Cidades

MEDO NO INÍCIO DO SÉCULO

Maior pandemia da História, gripe espanhola matou 30 mil no Brasil após Primeira Guerra

Doença vitimou até mesmo o então presidente eleito, Rodrigues Alves

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Mal os soldados que lutaram na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) baixaram as armas, governos de todo o mundo tiveram que enfrentar um inimigo ainda mais mortal: a gripe espanhola. Tão misteriosa quanto a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus - pandemia que hoje desafia as autoridades de saúde -, a gripe espanhola matou até 40 milhões de pessoas e cerca de 30 mil no Brasil.

A origem é desconhecida, mas o que se sabe é que os primeiros registros foram nos Estados Unidos, ainda durante a guerra. O novo subtipo do vírus Influenza chegou à Europa meses depois. Mas foi o governo da Espanha que notou que estava diante de uma doença grave, daí seu nome.

A primeira onda de casos ocorreu de março a maio de 1918. Foi apenas em agosto que a gripe espanhola começou a assustar. Mais virulenta, atingiu seu auge entre setembro e novembro, outono no Hemisfério Norte.

Além da Europa e dos Estados Unidos, o vírus circulou na Índia, Sudeste Asiático, Japão, China, África, Américas Central e do Sul. Estima-se hoje que a pandemia afetou, direta ou indiretamente cerca de 50% da população mundial, tendo matado de 20 a 40 milhões de pessoas – mais do que a própria Primeira Guerra (cerca de 15 milhões de vítimas) –, o que levou à classificação de maior pandemia de todos os tempos.

Foi nessa segunda onda que a doença chegou ao Brasil. Militares da Marinha, que estiveram em missão na África durante a guerra, retornaram em setembro. Pelo menos 100 marinheiros morreram na época.

No mesmo mês, navios que atracaram em estados da Região Nordeste ajudaram a disseminar ainda mais a doença, que alcançou a Região Norte, que registrou os primeiros casos em novembro. O vírus também chegou a São Paulo e à capital brasileira na época, o Rio de Janeiro.

O medo acabou criando um isolamento forçado de toda a população, já que o governo demorou a enfrentar o avanço da pandemia. Pelo menos 30 mil morreram em decorrência de gripe espanhola no Brasil. Só o Rio de Janeiro teve 12 mil óbitos em dois meses.

Porto Alegre, na época com cerca de 140 mil habitantes, teve que construir um cemitério para enterrar seus 1.316 mortos. Em outubro, o governo federal finalmente reconheceu que teria dificuldades para diminuir o número de casos.

O presidente da República à época, Venceslau Brás, convocou o médico sanitarista Carlos Chagas para liderar a força-tarefa de combate à gripe espanhola na capital federal. A doença atingiu todas as classes sociais, sem distinção também de idade.

Uma das vítimas mais ilustres foi o presidente eleito Rodrigues Alves, que conquistou mais um mandato no fim de 1918. Morreu em 15 de janeiro de 1919, alçando o vice-presidente eleito Delfim Moreira ao cargo máximo do País.

Essa pandemia acendeu um alerta para as autoridades de saúde. Não havia na época sistemas públicos de saúde nem campanhas de vacinação em massa contra a gripe, que vieram a ser implantadas nas décadas seguintes. As medidas hoje tomadas para combater a Covid-19 são um dos efeitos mais duradouros da gripe espanhola.  

Cidades

Helena é o nome mais registrado pelos pais em Mato Grosso do Sul em 2025

Cecília e Miguel aparecem na sequência entre as preferências das famílias sul-mato-grossenses

22/12/2025 19h20

Ao todo, 565 Helenas foram registradas no Estado

Ao todo, 565 Helenas foram registradas no Estado Crédito: Freepik

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O nome Helena foi o mais escolhido pelos pais em Mato Grosso do Sul no ano de 2025, de acordo com a pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais de MS (Arpen-MS). Ao todo, 565 meninas foram registradas com este nome no Estado, garantindo a liderança no ranking dos nomes mais registrados nos Cartórios de Registro Civil sul-mato-grossenses.

Na segunda posição aparece o nome Cecília, com 447 registros, seguido de Miguel, na terceira colocação, com 392, evidenciando a forte preferência por nomes clássicos, curtos e de fácil pronúncia entre as famílias do estado. O ranking também revela equilíbrio entre nomes tradicionais e tendências contemporâneas, com destaque para escolhas femininas consistentes.

Além de Helena, Cecília e Miguel, figuram entre os nomes mais registrados em MS: Maitê (361), Ravi (346), Aurora (337), Gael (328), Heitor (318), Arthur (308) e Alice (280). O ranking estadual também destaca a presença de nomes femininos como Antonella, Heloísa, Laura, Olívia e Valentina, além de nomes masculinos tradicionais como Samuel, Davi, Theo, Bernardo e Noah.

“Quando os pais escolhem um nome, eles carregam expectativas, histórias e sentimentos. O ranking revela que, em Mato Grosso do Sul, há uma preferência clara por nomes que atravessam gerações, mostrando como tradição e afeto continuam presentes nas decisões das famílias.”, disse o presidente da Arpen/MS, Marcus Roza.

Na Capital, a perspectiva é semelhante, com os nomes Helena, Cecíla e Miguel entre os mais escolhidos. Há apenas duas diferenças em relação ao top 10: teve mais Heitor (132) do que Aurora (123); e Gael (97) não figura entre os mais registrados, dando lugar a Arthur, com 119 registros.

Nomes mais registrados em MS

1º Helena – 565
2º Cecília – 447
3º Miguel – 392
4º Maitê – 361
5º Ravi – 346
6º Aurora – 337
7º Gael – 328
8º Heitor – 318
9º Arthur – 308
10º Alice – 280

Nomes mais registrados em Campo Grande

1º Helena – 225
2º Cecília – 189
3º Miguel – 160
4º Maitê – 141
5º Ravi – 140
6º Heitor – 132
7º Aurora – 123
8º Arthur – 119
9º Alice – 114
10º Samuel – 109

Nomes masculinos mais registrados em MS

1º Miguel – 392
2º Ravi – 346
3º Gael – 328
4º Heitor – 318
5º Arthur – 308
6º Samuel – 266
7º Davi – 250
8º Theo – 236
9º Bernardo – 230
10º Noah – 229

Nomes femininos mais registrados em MS

1º Helena – 565
2º Cecília – 447
3º Maitê – 361
4º Aurora – 337
5º Alice – 280
6º Antonella – 276
7º Maria Cecília – 248
8º Heloísa – 193
9º Laura – 183
10º Maria Helena – 179

Arpen-MS

O levantamento integra a base do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil, entidade que congrega os Cartórios de Registro Civil do país e reúne informações sobre nascimentos, casamentos e óbitos registrados em todo o território nacional. A plataforma permite consultas por nomes simples ou compostos, com recortes por estados e municípios, oferecendo um panorama detalhado das tendências regionais.

"Gancho"

Detran-MS suspendeu quase 20 mil habilitações em 2025

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH

22/12/2025 18h00

Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Detran suspendeu quase 20 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) em Mato Grosso do Sul ao longo de 2025. As penalidades foram aplicadas a motoristas que ultrapassaram o limite de pontos ou cometeram infrações que resultam em suspensão imediata do direito de dirigir.

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH, quando o motorista atinge 40, 30 ou 20 pontos em um período de 12 meses, conforme a quantidade de infrações gravíssimas, outros 5.565 motoristas perderam o direito de dirigir por suspensão direta, aplicada em casos como conduzir o veículo em velocidade superior a 50% do limite permitido, entre outras infrações previstas em lei.

Todos os 19.565 motoristas foram afastados temporariamente das vias e obrigados a realizar o Curso de Reciclagem, exigido para recuperar a habilitação.

Infrações 

Até 16 de dezembro de 2025, o estado registrou 976.157 infrações de trânsito. O excesso de velocidade respondeu por 44,06% das autuações, somando casos de até 20%, de 20% a 50% e acima de 50% do limite permitido.

Outras infrações mais recorrentes em 2025 foram avançar sinal vermelho ou parada obrigatória, não usar cinto de segurança e uso de celular ao volante. Mais de 4.500 motoristas também foram penalizados por recusar o teste do bafômetro.

Cassação

Ao longo dos últimos 12 meses, 2.735 condutores tiveram a CNH cassada por reincidência, principalmente por continuarem dirigindo mesmo após a suspensão. A cassação impede o motorista de dirigir por um período mais longo e exige novo processo de habilitação.

O número de recursos administrativos apresentados de forma digital também aumentou. Em 2025, foram registrados 3.862 recursos online, crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2022, foram 1.032 recursos digitais; em 2023, 1.247; e em 2024, 3.227.

Saiba*

Os serviços podem ser acessados pelo Portal de Serviços, aplicativo Meu Detran MS e atendimento via WhatsApp.

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