Cidades

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Mais de mil bolsas de estudo voltadas a pessoas negras estão disponíveis em MS

Bolsas abrangem áreas como tecnologia, gestão, comunicação, idiomas e empreendedorismo

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Profissionais e estudantes negros de Mato Grosso do Sul têm até esta quarta-feira (15) para se inscrever em mais de mil bolsas de estudo oferecidas pelo Movimento pela Equidade Racial (Mover). As oportunidades fazem parte da campanha “MOVER o seu Futuro”, considerada a maior já realizada pela coalizão, que disponibiliza 60 mil bolsas em todo o país para diferentes etapas da carreira.

No Estado, as bolsas abrangem áreas como tecnologia, gestão, comunicação, idiomas e empreendedorismo, com formações voltadas à inserção e ao avanço profissional de pessoas negras. Os cursos são ofertados em parceria com instituições de ensino e organizações sociais, e variam desde capacitações técnicas até programas de liderança e negócios.

Entre as oportunidades disponíveis está o Afreektech, voltado a jovens interessados em tecnologia e carreiras digitais. O programa oferece trilhas em marketing digital com inteligência artificial, ciência de dados e vendas B2B. Já o Lideranças do Futuro, desenvolvido com o Instituto Four, foca no aperfeiçoamento de profissionais negros que almejam cargos de gestão, com aulas e masterclasses online.

Outras iniciativas contemplam cursos livres em instituições de ensino superior. Empreendedores negros também têm espaço na campanha. Em parceria com o Sebrae, o MOVER Mais Negócios disponibiliza 30 mil vagas para capacitação e integração com grandes empresas. Além disso, os participantes poderão concorrer a convites para rodadas de networking ao longo do ano.

A campanha inclui ainda iniciativas voltadas à formação de jovens. O Instituto PROA oferece curso de preparação para o mercado de trabalho a estudantes de escolas públicas entre 17 e 22 anos, enquanto o Coletivo Coca-Cola Jovem capacita pessoas de 16 a 29 anos em situação de vulnerabilidade social, conectando-as a oportunidades de emprego.

Mais informações sobre os programas e critérios de inscrição estão disponíveis aqui!

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É DE MS!

Cidade de MS é nomeada como a melhor do Brasil para se viver

Entre os estados, MS ocupa a 6ª posição entre os melhores do Brasil

31/12/2025 11h00

Jateí é o 2º município com menos habitantes de MS e com maior nota do Brasil

Jateí é o 2º município com menos habitantes de MS e com maior nota do Brasil Divulgação

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O pequeno município de Jateí, com uma população estimada de 3.596 habitantes foi considerada a melhor cidade do Brasil para se viver, segundo uma pesquisa realizada pelo veículo Gazeta do Povo. 

O município é o segundo menos populoso de Mato Grosso do Sul, ficando atrás apenas de Figueirão, que tem 3.539 moradores de acordo com o último censo. 

De acordo com o jornal paranaense, o ranking foi elaborado com base em 27 indicadores, como segurança, economia, boas escolas, população, arborização e cultura, aplicados a todos os 5.570 municípios do País. 

Este foi o segundo ano em que a pesquisa foi realizada e a versão de 2025 utilizou seis indicadores a mais que a do ano passado, mostrando uma complexidade maior de avaliação dos dados coletados. 

Na categoria “melhores cidades para morar”, todas as 10 cidades que estão no topo do ranking são do interior e têm uma população menor, sendo apenas uma com mais de 10 mil habitantes. 

Para o jornal, o tamanho reduzido da população geralmente vem acompanhado de baixos índices de violência, o que resulta em boas notas. 

“Nenhuma das dez melhores cidades registrou homicídios ou suicídios nos bancos de dados consultados, apenas uma tem moradores de rua. Além disso, essas cidades têm em comum boas notas nos índices de educação, infraestrutura e saúde fiscal das gestões municipais. No entanto, todas apresentam opções modestas de lazer. Nenhuma delas possui sala de cinema, por exemplo”, ressaltou o Gazeta. 

Confira abaixo as líderes do ranking e suas notas: 

  1. Jateí (MS) - 8,72
  2. Montauri (RS) - 8,53
  3. Paraí (RS) - 8,45
  4. Nova Bréscia (RS) - 8,24 
  5. Coqueiro Baixo (RS) - 8,24
  6. São Bento do Sapucaí (SP) - 8,21
  7. Cruzália (SP) - 8,21
  8. Santa Salete (SP)  - 8,19
  9. Barra Funda (RS)  - 8,18
  10. Guabiju (RS) - 8,18

A líder sul-mato-grossense

Localizada a 250 quilômetros da Capital, Jateí pode não ser famosa, mas possui indicadores “excelentes”. Segundo o jornal, as ruas bem arborizadas e calçadas limpas da cidade são “sinais externos de outros indicadores menos visíveis”. 

No período analisado para o cálculo da nota, de 2019 a 2023, Jateí não registrou nenhum homicídio. Também não haviam moradores de rua, nem moradores internados por uso de drogas, mortes em acidente de trânsito e suicídios no ano de 2024. Não foram encontradas moradias com características de favela na cidade. 

A média salarial entre todos os municípios brasileiros foi de R$ 2.635 e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita médio foi de R$ 33,871. Em Jateí, o salário médio superou a média brasileira, de R$ 3.679 e o PIB per capita foi de R$ 119.162,85. 

Com relação à infraestrutura, 99,72% das residências contam com coleta de lixo domiciliar, 97,61% das vias são pavimentadas e 98,87 possuem iluminação pública. 

A economia jataiense gira em torno da suinocultura, tem o 9º maior PIB per capita e o 6º maior salário médio do Estado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Ranking entre os estados

Entre as 27 Unidades Federativas brasileiras, Mato Grosso do Sul ocupa a 6ª colocação entre as melhores notas. 

Confira a lista em ordem abaixo: 

  1. Rio Grande do Sul - 6,18
  2. Santa Catarina - 6,17
  3. São Paulo - 6,16
  4. Paraná - 5,76
  5. Minas Gerais - 5,65
  6. Mato Grosso do Sul - 5,62
  7. Mato Grosso - 5,43
  8. Goiás - 5,26
  9. Rondônia - 5,22
  10. Rio de Janeiro - 5,17
  11. Piauí - 5,05
  12. Espírito Santo - 5,03
  13. Rio Grande do Norte - 4,76
  14. Tocantins - 4,68
  15. Paraíba - 4,64
  16. Maranhão - 4,51
  17. Bahia - 4,48
  18. Ceará - 4,43
  19. Alagoas - 4,29
  20. Acre - 4,29
  21. Pernambuco - 4,25
  22. Sergipe - 4,21
  23. Pará - 4,18
  24. Amapá - 4,15
  25. Amazonas - 4,08
  26. Roraima - 4,04

  27.  

RELATÓRIO

MS lidera ranking de indígenas presos e terá de adaptar presídios

Estado tem a maior população carcerária indígena do País, superando o Amazonas, e deverá seguir novas diretrizes que garantem intérpretes e alimentação tradicional

31/12/2025 09h00

Estado teve 510 indígenas presos no primeiro semestre de 2025, segundo levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais

Estado teve 510 indígenas presos no primeiro semestre de 2025, segundo levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro com o maior número de indígenas sob custódia do sistema penal, segundo dados revelados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

A secretaria emitiu nota técnica revelando os dados, que integra o novo Plano Pena Justa e que estabelece uma série de mudanças obrigatórias para garantir os direitos da população indígena, pressionando a administração penitenciária sul-mato-grossense a adaptar suas rotinas de segurança e acolhimento.

“Ao relacionar as 10 unidades federativas com o maior número de pessoas indígenas custodiadas no Brasil, nota-se que há diferença se comparados com os estados que têm a maior quantidade de população indígena no País”, revela o documento.

De acordo com o levantamento federal, Mato Grosso do Sul tem 510 indígenas presos, no primeiro semestre de 2025.

O número coloca o Estado na liderança do ranking nacional, muito à frente de Roraima (2º lugar, com 304 detentos) e Rio Grande do Sul (3º lugar, com 234 detentos).

O dado chama atenção pela desproporcionalidade quando comparado à população total. Embora o Amazonas tenha a maior população indígena do País (quase 491 mil pessoas), ele ocupa apenas a 6ª posição no ranking carcerário, com 126 presos indígenas.

Já Mato Grosso do Sul, que tem a 3ª maior população indígena (cerca de 116 mil), encarcera quatro vezes mais indígenas que o estado do Norte.

A nota técnica da Senappen impõe “desafios logísticos e culturais” para a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

O governo federal determinou que a identidade cultural dos detentos não pode ser apagada pela máquina prisional.

O levantamento do Ministério da Justiça alerta ainda para um problema crônico que mostra que os números de MS podem ser ainda maiores: a classificação errônea de indígenas como pardos no momento da prisão.

A Senappen critica a prática de definir a raça/cor pela percepção do policial ou do agente penitenciário. A nova regra exige a pergunta direta: “Você se considera indígena?” Se a resposta for sim, deve-se perguntar o povo e a aldeia de origem, acionando imediatamente a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) da região.

Saúde e rituais

A nota técnica cita especificamente a estrutura de saúde de Mato Grosso do Sul como um ponto de atenção e potencial.

O documento destaca que a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) no Estado conta com profissionais capacitados, mas exige que o atendimento médico dentro dos presídios seja intercultural.

Isso inclui permitir a entrada de pajés e rezadores para assistência religiosa e espiritual, equiparando-a à assistência dada a padres e pastores.

As determinações da nota visam, de acordo com o Ministério da Justica, que o sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul cumpra o Plano Pena Justa, visando retirar o Brasil do que o STF classificou como estado de coisas inconstitucional (ECI) nas prisões.

>> Mudanças nos presídios

Proibição do Corte de Cabelo > A administração não pode mais invocar higiene para cortar o cabelo de indígenas compulsoriamente. O corte é considerado uma violação da personalidade e identidade cultural.

Intérpretes Obrigatórios > Se o preso tiver dificuldade com o português, o Estado deve garantir um intérprete da sua etnia para todos os atos processuais e administrativos.

Alimentação Tradicional > Os presídios deverão permitir a entrada de alimentos tradicionais levados por familiares ou adequar o cardápio, respeitando hábitos alimentares da etnia.
 
Respeito aos Nomes >
O registro de entrada deve respeitar a autodeclaração, incluindo o nome indígena e a etnia, e não apenas o nome de registro civil aportuguesado.

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