Cidades

CRIMES INTERNACIONAIS

Mais procurados da Interpol tem
5 acusados de Mato Grosso do Sul

Em geral, foragidos estão ligados ao tráfico de drogas

RODOLFO CÉSAR

02/02/2017 - 06h00
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A Interpol e a Polícia Federal divulgaram lista onde constam cinco foragidos de Mato Grosso do Sul como os mais procurados. Em geral, a maioria praticou o crime de tráfico de drogas.

Todos os procurados são naturais de cidades de fronteira e cometeram os crimes em diferentes épocas. Os processos a que respondem tramitam nas Justiças Estadual e Federal, dependendo da natureza dos delitos que foram praticados.

Quem representa o Brasil na Interpol é a Polícia Federal. A instituição é a união de 190 países, que trabalham em conjunto para tentar prender criminosos que tenham ramificação em diferentes países ou que tenham fugido para outras nações.

Toda vez que um criminoso torna-se foragido e a depender do grau de periculosidade e a possibilidade de ele fugir para outros países, a Interpol é acionada para auxiliar na investigação e tentar realizar a prisão desses suspeitos.

Regularmente há também operações conjuntas para localizar foragidos. A última que foi realizada em âmbito no continente americano aconteceu em dezembro de 2013 para tentar localizar 266 pessoas. Participaram dessa ação 46 países, entre eles o Brasil.

A Superintendência da PF em Mato Grosso do Sul divulgou, por meio da assessoria de imprensa, que pode receber denúncias.

Veja quem está na lista de mais procurados do mundo que são de Mato Grosso do Sul. Pistas desses suspeitos podem ser fornecidas diretamente à Interpol:

Marcial Dario Acosta, procurado pela Interpol e é de Ponta Porã

MARCIAL DARIO ACOSTA

Ele tem 38 anos, é de Ponta Porã e cometeu os crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ele é apontado, segundo investigações, como liderança no tráfico internacional de drogas envolvendo Bolívia, Brasil, Paraguai e Peru. Ele responde a processos no Rio Grande do Sul e na Justiça Federal daquele estado.

VILSON ADELAR SANTI

De 39 anos, o acusado é de Amambai e foi mentor do sequestro de um empresário do setor de frigorífico em 2 de junho de 2010. Ele responde a processo de sequestro e porte ilegal de arma de fogo.

Era pedido resgate de R$ 500 mil, mas a vítima conseguiu escapar de cativeiro que tinha sido montado perto do rio Panduí. Santi trabalhava para o empresário e conseguiu escapar, enquanto o comparsa dele, André Cristiano Tesche, foi preso em 14 junho de 2010.

JEAN PAUL CORREA MORINIGO

Com 37 anos, Morinigo é apontado como líder de organização criminosa que atua no tráfico de cocaína e tem ligações no Uruguai, Paraguai e Bolívia. O destino do entorpecente, em geral, é para a Europa.

O transporte dessa cocaína, de acordo com investigações, acontece em aviões. Inclusive, Morinigo é apontado como dono de aeronaves.

Em 2014, ele chegou a ser preso em Montevidéu, no Uruguai, durante a Operação Dilúvio. Ele foi descoberto depois de ocorrer a apreensão de 268 quilos de cocaína em outubro de 2014. O acusado usava identidade falsa quando houve essa prisão. Conforme a Interpol, ele não está mais detido e o seu paradeiro é incerto.

Em Ponta Porã, em 2003, a Polícia Federal chegou a apreender cocaína que pertencia ao pai de Morinigo, que é Elio Gimenez. Ambos acabaram detidos na época, pois acompanhavam o carregamento, que era transportado em outro veículo.

Agostinho Vaca Tejaya, de Corumbá e procurado por tráfico internacional de drogas

AGOSTINHO VACA TEJAYA

De Corumbá, Tejaya tem 56 anos e é procurado por tráfico internacional de drogas. Na mesma quadrilha que ele atua, há pessoas de outros países, como macedônio, sérvio, sul-africano e brasileiro.

Um dos esquemas descobertos era o de enviar cocaína do Espírito Santo para a Europa em blocos de granito. Em ação que tramitou em 2013, três pessoas da mesma organização criminosa foram condenados, mas Tejaya está foragido desde então.

Investigações da Polícia Federal apontam que o grupo atua também em São Paulo, Paraná, Amazonas, Pará e Rondônia.

Alberto Amarilha cometeu apropriação indébita

ALBERTO AMARILHA

Ele tem 48 anos e é procurado pelo crime de apropriação indébita. Os dados da Interpol e da Polícia Federal não fornecem mais detalhes sobre a dinâmica do crime praticado por ele.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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