Cidades

IMUNIZAÇÃO CONTRA O SARAMPO

Mandetta promete bônus para cidades que cumprirem metas de vacinação

Campo Grande poderá ganhar R$ 1 milhão se atingir índice desejado

RAFAEL RIBEIRO E DAIANY ALBUQUERQUE

07/10/2019 - 09h57
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Vacinação contra sarampo terá bônus extra a municípios em cumprimento de metas

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou nesta segunda-feira (7) em Campo Grande, durante lançamento da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, que sua Pasta concederá um bônus aos municípios que atingirem as metas de imunização estabelecidas. 

O valor é visto como um incentivo pelo ministro, um dinheiro pago além da verba normal e das doses das vacinas repassada às prefeituras. No caso da Capital, por exemplo, o cumprimento da meta renderá cerca de R$ 1 milhão em bônus.

Segundo Mandetta, caso a vacinação atinga 100% da meta estabelecida, o município ganhará uma verba extra de R$ 1 por habitante, além de uma bonificação, cujo valor ainda será definido pelo Governo Federal.

Caso a imunização atinja entre 95% e 99,9% da meta, o prêmio de R$ 1 por habitante é mantido. O valor só cai pela metade, cerca de R$ 0,50 por munícope, caso a vacinação atinja entre 90% e 94,9% do índice planejado.

Segundo a assessoria do ministério, foram disponibilizados R$ 206 milhões para pagamento dos bônus aos municípios que cumprirem as duas metas estabelecidas. “Para receber esse recurso adicional, os gestores terão que informar mensalmente o estoque das vacinas poliomielite, tríplice viral e pentavalente e atingir 95% de cobertura vacinal contra o sarampo em crianças de 1 a 5 anos de idade com a primeira dose da vacina tríplice viral”, disse. 

Dois grupos de pessoas estão no alvo da nova campanha. O primeiro grupo é formado por crianças de seis meses até menores de 5 anos, cuja a vacinação vai desta segunda-feira até 25 de outubro, com o Dia D no dia 19.

O segundo grupo, com faixa etária de 20 a 29 anos e que não estão com a caderneta de imunização em dia, a vacinação está prevista para iniciar no dia 18 de novembro. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 2,6 milhões de crianças na faixa prioritária e 13,6 milhões adultos. Para isso, a pasta garantiu a maior compra de vacinas contra o sarampo dos últimos 10 anos. Ao todo, 60,2 milhões de doses da tríplice viral foram adquiridas para garantir o combate à doença nos municípios.

Desde o início do ano, a Pasta afirma que distribuiu 25,5 milhões de doses da vacina tríplice viral para garantir a todos os estados a vacinação de rotina, as ações de interrupção da transmissão do vírus e a dose extra chamada de dose zero a todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias.

No total, o objetivo do Governo Federal é vacinar aproximadamente 39,9 milhões de pessoas, 20% da população, que hoje estão sem imunização contra o sarampo. Apesar da faixa etária de 20 a 29 anos concentrar a maior parte desses brasileiros (35%), são os menores de 5 anos o grupo mais suscetível para complicações da doença.

ESCOLAS

Entre outras medidas para conter o surto do sarampo (doença que causa complicações como cegueira e infecções generalizadas, além da morte), Mandetta diz que a Pasta avalia outras ações. Uma delas é um encontro com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, onde o responsável pela Saúde diz que irá propor a ideia de obrigar pais e responsáveis a apresentarem a caderneta de vacinação como documento para matricularem seus filhos na rede pública de ensino.

Ainda de acordo com Mandetta, caso a vacinação da criança não esteja em dia, o Conselho Tutelar deverá ser acionado. "O objetivo não é exlcuir da escola, mas para checar e caso não esteja completo, o Conselho Tutelar porienta a família", disse.

Segundo o ministro, os conselheiros tutelares estão sendo orientados a checarem sempre que possível a carteira de vacinação das crianças, até como forma de responsabilizar os pais caso a imunização não estar em dia.

"Os conselheiros precisam ver aquelas (crianças) que não tiverem com a vacinação em dia, para que percebam que é indício de negligência e violência contra a criança. É direito da criança (ser vacinada) e ela nao tem condições de ir ao posto sozinha. É responsabilidade dos pais olharem a carteira e acompanharem a vacinação dos filhos", disse Mandetta.

O ministro também minizou movimentos contrários à vacinação, como corrente de pais que são contra a imunização forçada de seus filhos e subiu o tom ao comentar o assunto. "Essa corrente de ignorência já foi pacificada pelo Judicário (o Supremo Tribunal Fedral obrigou a imunização de crianças, em agosto). No caso da criança contrair as doenças (possíveis de serm evitadas cpm a vacinação) os pais têm de responder civil e criminalmente", completou. 

DADOS

De janeiro até esta sexta-feira (4), Mato Grosso do Sul tem dois casos confirmados de sarampo, sendo um homem 52 anos, morador de Três Lagoas, que viajou para Jundiaí, onde apresentou os primeiros sintomas, e um bebê de 10 meses, que foi diagnosticada após testes realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ela viajou para o estado de São Paulo, em agosto, e quando na volta para Campo Grande começou a apresentar os sintomas. 

No ano, foram notificados 68 casos suspeitos da doença no Estado, sendo dois confirmados, 31 descartados e 35 que continuam em investigação. Conforme a SES, não há circulação do vírus em Mato Grosso do Sul.

Nos últimos 90 dias, o Brasil registrou 5.404 casos confirmados de sarampo. Dos casos confirmados nesse período, 97% (5.228) estão concentrados em 173 municípios do estado de São Paulo, principalmente na região metropolitana. Os outros 176 casos foram registrados em 18 estados (RJ, MG, MA, PR, PI, SC, RS, CE, MS, PB, PE, PA, DF, RN, ES, GO, BA E SE). Os dados estão no novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta sexta-feira (4).

Foram confirmados seis óbitos por sarampo no Brasil, sendo cinco em São Paulo e um em Pernambuco. Quatro óbitos ocorreram em menores de 1 ano de idade e dois em adultos com 31 e 42 anos.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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