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Maquinário inadequado atrasa revitalização da antiga rodoviária

Previstas para serem concluídas há quatro meses, obras recebem ajuda do governo do Estado de R$ 3,5 milhões para complementar aporte da prefeitura

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Há meses sendo operada a passos lentos, a obra de revitalização do Complexo Empresarial Terminal do Oeste Heitor Eduardo Laburu, conhecido como antiga rodoviária de Campo Grande, teve a sua entrega atrasada mais uma vez, em virtude de um erro no tamanho do maquinário adquirido, que seria utilizado nas operações de base da edificação.

De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), foi necessária a reprogramação das obras na estrutura do edifício, por conta da impossibilidade do maquinário passar entre as colunas que sustentam o prédio.

“Com esse empecilho, a readequação do projeto foi feita e, já que a maior parte dos recursos é advinda do governo federal, foi necessário informar a Caixa Econômica Federal dos ajustes, atrasando de forma burocrática as etapas da obra”, informou a Sisep.

O trabalho de fundação do edifício, que consiste nas estruturas responsáveis por suportar as cargas das edificações transportadas para o solo, é uma etapa fundamental da obra e, segundo a Sisep, apenas R$ 1,7 milhão foram gastos do total de R$ 16,5 milhões investidos inicialmente, porque o serviço continuou sendo executado apenas na parte externa da antiga rodoviária.

Em fevereiro deste ano, o Correio do Estado já havia alertado em reportagem o ritmo lento no qual as obras da antiga rodoviária estavam caminhando.

Com os problemas recorrentes de tráfico de drogas em torno das dependências da rodoviária, tapumes também foram colocados em volta de toda a estrutura do terminal, como uma tentativa de impedir o acesso dos usuários de drogas às dependências do prédio.

Entrevistada na época, a comerciante Maria Custódia dos Santos informou que existia pouco movimento de pedreiros e demais técnicos responsáveis pelo projeto durante a semana. “A obra está bem parada aqui na antiga rodoviária. Se vier um clima mais chuvoso, eles logo param os trabalhos”, declarou.

O processo de revitalização teve início em julho do ano passado, após 14 anos da desativação do local. Na época, foram investidos R$ 16.598.808,77 na reforma da antiga rodoviária. 

Desse montante, o Ministério do Desenvolvimento Regional repassou R$ 15,3 milhões, por meio de emenda da bancada federal, e a prefeitura foi responsável pelo aporte de R$ 1,2 milhão. 

NOVA CONTRAPARTIDA

Conforme publicado no Diário Oficial de ontem, o governo do Estado entrou com uma contrapartida de R$ 3.531.922,53 para ajudar a Prefeitura de Campo Grande a custear a intervenção.

Essa amortização parcial das obrigações financeiras do município será feita em quatro parcelas, conforme a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul).

Mais de um ano depois do início das obras, em junho de 2022, apenas 10% do que estava previsto no processo de revitalização foi concluído. 

E, de acordo com a prefeitura, a nova previsão para conclusão dos trabalhos é fevereiro de 2024.

REVITALIZAÇÃO

Segundo o projeto, a obra consiste na revitalização de 11,9 mil metros quadrados de área pública, divididos entre o prédio da antiga rodoviária, a área onde funcionava o terminal de ônibus do transporte coletivo e o quadrilátero de calçadas das ruas Joaquim Nabuco, Dom Aquino, Vasconcelos Fernandes e Barão do Rio Branco. O edifício onde funcionavam as lojas ficou de fora da obra, já que se trata de uma propriedade particular.

O prédio da Rua Joaquim Nabuco, onde funcionavam as plataformas de embarque e desembarque (térreo) e onde eram vendidos os tíquetes para viagens (piso superior), será revitalizado.

O piso e as redes elétrica e hidráulica serão substituídos. As estruturas das lajes serão refeitas, e a antiga escadaria, que não atende mais às normas da construção civil, será substituída por escadas novas.

No local, vão funcionar as instalações da Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat) e da Guarda Municipal de Campo Grande, que contarão com elevador e rampas, conforme prescrito nas normas de acessibilidade.

Já o espaço onde funcionava o terminal do transporte coletivo, na Rua Vasconcelos Fernandes, será totalmente demolido para dar lugar a um estacionamento com 69 vagas, sendo 50 convencionais, nove para idosos, sete para cadeirantes e três para viaturas.

As calçadas do quadrilátero das ruas Joaquim Nabuco, Dom Aquino, Vasconcelos Fernandes e Barão do Rio Branco terão acessibilidade e paisagismo. 

O projeto prevê a instalação de piso tátil, rampas de acesso para pessoas que utilizam cadeiras de rodas e o plantio de centenas de árvores e plantas, entre as quais jabuticabeiras, ipês-amarelos, bananeiras ornamentais e palmeiras-reais.

Cidades

Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

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O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

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POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

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