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ASSÉDIO

Marcius Melhem diz que vai à Justiça contra Dani Calabresa e advogada

Humorista negou parte das denúncias e pretende processar Mayra Cotta, advogada que representa parte das vítimas

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O ator Marcius Melhem, ex-chefe do humor da Globo e acusado de assédio sexual e moral, falou em entrevista publicada pelo Uol neste sábado, 5, que pretende interpelar Dani Calabresa na Justiça e também processar Mayra Cotta, advogada que representa parte das vítimas.

Em suas primeiras declarações públicas após a recente repercussão de uma reportagem publicada pela revista Piauí na última sexta, 4, com novos detalhes das acusações, Melhem se recusou a falar sobre "intimidades" e negou parte das denúncias, como a de que teria "roçado seu pênis ereto" ou "exposto a sua genitália" a atrizes.

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'Ainda estou entendendo meus erros'

"Fui um homem tóxico, um marido péssimo, uma pessoa que cometeu excessos em se relacionar com pessoas dentro do seu próprio ambiente de trabalho, coisa que eu não via problema, mas, hoje, eu entendo todas as nuances que isso pode ter", afirmou.

"Entendo que, como homem, eu feri pessoas, magoei pessoas, traí, fui 'galinha'. Tudo isso foram erros meus [...] Mergulhei na minha própria lama para entender, e ainda estou entendendo, os meus erros."

"Eu agradeço muito às pessoas que não me 'cancelaram', mulheres, amigas que se dispuseram a me ensinar. Minha ex-mulher, cara... Eu traí ela várias vezes... Foi muito doloroso para mim. [...] Sentei com a minha ex-mulher e contei tudo."

"Em cima dos meus erros e das coisas que efetivamente eu fiz, tem muita coisa sendo falada que é mentira, que eu de forma alguma fiz. E isso eu preciso combater", continua Marcius Melhem

Processo de Melhem contra advogada

O ator fez críticas a Mayra Cotta, que representa um grupo de pessoas que teriam sofrido os assédios por parte de Marcius Melhem.

"Estou processando a advogada, dra. Mayra Cotta. Desde ontem entrei com um processo contra ela para que prove o que ela diz sobre mim, sobre as condutas violentas que ela diz que eu tive", diz.

"A pessoa que acusa não pode escolher a pena do acusado. A pessoa que me acusa de assédio sexual não pode escolher que a minha pena é a execração pública e pronto. Isso é o fim do estado democrático de direito, o descrédito completo da Justiça", reclama o humorista.

"Eu sou uma pessoa que já está condenada pela opinião pública. Ja fui condenado sem que haja uma vitima que se assuma minha vitima e nenhum processo na justiça.[...] Passei de acusado a condenado sem ser julgado", continua.

Até a última sexta-feira, 4, ainda não havia inquérito penal tramitando em relação ao caso na Justiça, apenas a investigação interna feita pela Globo.

O Estadão buscou contato com Mayra Cotta a respeito das novas declarações de Marcius Melhem, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

'Estou interpelando a Dani Calabresa'

Melhem também falou sobre sua relação com Dani Calabresa, que na última sexta, 4, falou pela primeira vez sobre a repercussão do caso e destacou: "É impressionante a luta que uma mulher precisa travar para provar que é vítima. Denunciem!"

"Nunca quis ser vista como uma mulher assediada, mas para recuperar minha saúde precisei me defender. Nunca procurei a imprensa. Tomei as medidas cabíveis para conseguir ajuda", disse a atriz.

"Estou interpelando a Dani Calabresa para que ela confirme ou desminta o teor da matéria da Piauí, porque eu e ela sabemos que aquilo ali não aconteceu. Eu sou a pessoa mais interessada que tudo isso seja esclarecido", afirmou Marcius Melhem.

"Quero acreditar que a Dani Calabresa sabe que aquilo ali não aconteceu. E é por isso que eu estou interpelando ela. Eu tenho, como ela também tem, toda a comunicação que tivemos durante esses anos. 

É impossível aquilo ter acontecido e a gente ter, durante dois anos a partir dali, a relação que a gente teve de amizade, carinho, parceria profissional."

O Estadão buscou contato com a equipe de Dani Calabresa a respeito das novas declarações de Marcius Melhem, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

'Assédio moral é terreno subjetivo', diz Melhem

Marcius Melhem também abordou as acusações de assédio moral. "O assédio moral é o terreno mais subjetivo que existe. Você pode falar sinceramente uma coisa para alguém, 'o seu texto está ruim', e a pessoa achar que é uma ofensa, uma forma errada de dizer. Não sei o que eu posso ter falado que se traduza como assédio moral", disse.

Demora em se pronunciar

Sobre sua demora em falar, Melhem explicou: "Demorei um ano para falar porque, antes de tudo, eu queria entender por quê isso estava acontecendo comigo, como, e o que eu poderia ter feito que tivesse causado algo desse tipo."

"Num segundo momento, tive que me ausentar do país para operar minha filha no exterior. Na volta já aconteceram essas denuncias, sempre através da imprensa, que me expuseram como um abusador serial, violento".

"Depois de um ano, consigo entender que tudo que aconteceu e está acontecendo comigo, aconteceu a partir dos meus erros. Hoje eu entendo que tive comportamentos, atitudes, que não cabem mais", concluiu.

Em outro momento, Marcius Melhem afirmou: "Existe nesse grupo processos de vingança contra mim. Pessoas que se sentiram desprestigiadas no trabalho, que perderam lugar em programas que queriam estar, com medo, isso tudo existe".

Entenda as acusações de assédio a Marcius Melhem

As primeiras denúncias surgiram no fim de 2019, e foram negadas por Melhem. O nome de Dani Calabresa foi citado entre as denunciantes, em postagem feita pelo jornalista Leo Dias na ocasião.

Em março de 2020, ele se afastou do comando do humor da emissora, e também de suas funções como roteirista e ator, alegando a necessidade de acompanhar tratamento de saúde de sua filha.

O período inicial de licença seria de quatro meses. Em vez de retornar, porém, Marcius Melhem teve seu contrato com a emissora encerrado após 17 anos. No comunicado final, a emissora destacou sua "importante contribuição para a renovação do humor" e não citou as acusações de assédio, o que teria gerado insatisfação em alguns artistas que acompanharam o caso internamente.

Em 24 de outubro, uma reportagem da Folha, trouxe entrevista com a advogada Mayra Cotta, que assessora um grupo de artistas que endossam as acusações contra Marcius Melhem. O nome de Dani Calabresa ainda não havia sido confirmado, até então.

"Houve um comportamento recorrente, de trancar mulheres em espaços e as tentar agarrar, contra a vontade delas. De insistir e ficar mandando mensagem, inclusive de teor sexual, para mulheres que ele decidia se iam ser escaladas ou não para trabalhar, se ia ter cena ou não para elas. De prejudicar as carreiras de mulheres que o rejeitaram. De ficar obcecado, perseguindo, mesmo. Foi um constrangimento sistemático e insistente, muito recorrente", relatou, à época.

Pouco depois, em seu Twitter, Marcius Melhem se manifestou publicamente sobre as acusações pela primeira vez (clique aqui para ler a íntegra). "Diante de acusações tão graves, que de forma alguma cometi, o que eu posso fazer? Negar. Coloco à disposição toda minha comunicação que tenho arquivada, com qualquer pessoa que tenha trabalhado ou se relacionado comigo nesses anos", afirmou.

"Mas, mesmo abraçando profissionalmente a causa feminista, ainda combato o machismo dentro de mim, erro, posso ter relações que magoem. Tento melhorar e aprender. E queria muito falar sobre isso", disse, em outro momento.

Na sexta-feira, 4 de dezembro, a revista Piauí publicou novos detalhes sobre o caso, após ter colhido depoimentos de 43 pessoas, entre vítimas e testemunhas, muitas das quais na condição de anonimato. Entre os relatos, há detalhes dos supostos assédios que teriam sido praticados por Melhem e relatados ao compliance da emissora, incluindo os que teriam sido feitos por Dani Calabresa.

Também há relatos de medidas que teriam sido tomadas por funcionários da Globo em relação à situação, como uma sugestão de que Marcius Melhem fizesse terapia após uma acusação.

Além de Dani Calabresa, outros nomes, como Marcelo Adnet e Maria Clara Gueiros também fizeram postagens nas redes sociais após a repercussão da reportagem recente sobre o caso de Marcius Melhem

Cidades

Helena é o nome mais registrado pelos pais em Mato Grosso do Sul em 2025

Cecília e Miguel aparecem na sequência entre as preferências das famílias sul-mato-grossenses

22/12/2025 19h20

Ao todo, 565 Helenas foram registradas no Estado

Ao todo, 565 Helenas foram registradas no Estado Crédito: Freepik

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O nome Helena foi o mais escolhido pelos pais em Mato Grosso do Sul no ano de 2025, de acordo com a pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais de MS (Arpen-MS). Ao todo, 565 meninas foram registradas com este nome no Estado, garantindo a liderança no ranking dos nomes mais registrados nos Cartórios de Registro Civil sul-mato-grossenses.

Na segunda posição aparece o nome Cecília, com 447 registros, seguido de Miguel, na terceira colocação, com 392, evidenciando a forte preferência por nomes clássicos, curtos e de fácil pronúncia entre as famílias do estado. O ranking também revela equilíbrio entre nomes tradicionais e tendências contemporâneas, com destaque para escolhas femininas consistentes.

Além de Helena, Cecília e Miguel, figuram entre os nomes mais registrados em MS: Maitê (361), Ravi (346), Aurora (337), Gael (328), Heitor (318), Arthur (308) e Alice (280). O ranking estadual também destaca a presença de nomes femininos como Antonella, Heloísa, Laura, Olívia e Valentina, além de nomes masculinos tradicionais como Samuel, Davi, Theo, Bernardo e Noah.

“Quando os pais escolhem um nome, eles carregam expectativas, histórias e sentimentos. O ranking revela que, em Mato Grosso do Sul, há uma preferência clara por nomes que atravessam gerações, mostrando como tradição e afeto continuam presentes nas decisões das famílias.”, disse o presidente da Arpen/MS, Marcus Roza.

Na Capital, a perspectiva é semelhante, com os nomes Helena, Cecíla e Miguel entre os mais escolhidos. Há apenas duas diferenças em relação ao top 10: teve mais Heitor (132) do que Aurora (123); e Gael (97) não figura entre os mais registrados, dando lugar a Arthur, com 119 registros.

Nomes mais registrados em MS

1º Helena – 565
2º Cecília – 447
3º Miguel – 392
4º Maitê – 361
5º Ravi – 346
6º Aurora – 337
7º Gael – 328
8º Heitor – 318
9º Arthur – 308
10º Alice – 280

Nomes mais registrados em Campo Grande

1º Helena – 225
2º Cecília – 189
3º Miguel – 160
4º Maitê – 141
5º Ravi – 140
6º Heitor – 132
7º Aurora – 123
8º Arthur – 119
9º Alice – 114
10º Samuel – 109

Nomes masculinos mais registrados em MS

1º Miguel – 392
2º Ravi – 346
3º Gael – 328
4º Heitor – 318
5º Arthur – 308
6º Samuel – 266
7º Davi – 250
8º Theo – 236
9º Bernardo – 230
10º Noah – 229

Nomes femininos mais registrados em MS

1º Helena – 565
2º Cecília – 447
3º Maitê – 361
4º Aurora – 337
5º Alice – 280
6º Antonella – 276
7º Maria Cecília – 248
8º Heloísa – 193
9º Laura – 183
10º Maria Helena – 179

Arpen-MS

O levantamento integra a base do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil, entidade que congrega os Cartórios de Registro Civil do país e reúne informações sobre nascimentos, casamentos e óbitos registrados em todo o território nacional. A plataforma permite consultas por nomes simples ou compostos, com recortes por estados e municípios, oferecendo um panorama detalhado das tendências regionais.

"Gancho"

Detran-MS suspendeu quase 20 mil habilitações em 2025

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH

22/12/2025 18h00

Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Detran suspendeu quase 20 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) em Mato Grosso do Sul ao longo de 2025. As penalidades foram aplicadas a motoristas que ultrapassaram o limite de pontos ou cometeram infrações que resultam em suspensão imediata do direito de dirigir.

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH, quando o motorista atinge 40, 30 ou 20 pontos em um período de 12 meses, conforme a quantidade de infrações gravíssimas, outros 5.565 motoristas perderam o direito de dirigir por suspensão direta, aplicada em casos como conduzir o veículo em velocidade superior a 50% do limite permitido, entre outras infrações previstas em lei.

Todos os 19.565 motoristas foram afastados temporariamente das vias e obrigados a realizar o Curso de Reciclagem, exigido para recuperar a habilitação.

Infrações 

Até 16 de dezembro de 2025, o estado registrou 976.157 infrações de trânsito. O excesso de velocidade respondeu por 44,06% das autuações, somando casos de até 20%, de 20% a 50% e acima de 50% do limite permitido.

Outras infrações mais recorrentes em 2025 foram avançar sinal vermelho ou parada obrigatória, não usar cinto de segurança e uso de celular ao volante. Mais de 4.500 motoristas também foram penalizados por recusar o teste do bafômetro.

Cassação

Ao longo dos últimos 12 meses, 2.735 condutores tiveram a CNH cassada por reincidência, principalmente por continuarem dirigindo mesmo após a suspensão. A cassação impede o motorista de dirigir por um período mais longo e exige novo processo de habilitação.

O número de recursos administrativos apresentados de forma digital também aumentou. Em 2025, foram registrados 3.862 recursos online, crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2022, foram 1.032 recursos digitais; em 2023, 1.247; e em 2024, 3.227.

Saiba*

Os serviços podem ser acessados pelo Portal de Serviços, aplicativo Meu Detran MS e atendimento via WhatsApp.

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