Cidades

CORONAVÍRUS

Mato Grosso do Sul é o estado com maior ocupação de leitos no Brasil

Estado tem 94% de leitos da rede pública ocupados por pacientes com Covid-19

Continue lendo...

Mato Grosso do Sul é o estado com maior percentual de ocupação de leitos da rede pública destinados ao tratamento da Covid-19 no Brasil.

Levantamento realizado pelo jornal O Globo aponta que Mato Grosso do Sul tem 94% dos leitos ocupados, seguido por Paraná, que tem 88%, Santa Catarina (88%), Pernambuco (85%)  e Amazonas (84,7%).

Nas últimas semanas, o número de casos confirmados da Covid-19 teve um aumento muito expressivo em Mato Grosso do Sul e em todo o Brasil.

Consequentemente, aumentaram os números de internações e mortes pela doença, levando o sistema de saúde à beira do colapso.

Últimas notícias

Boletim da Secretaria Estadual de Saúde, que diferente do O Globo leva em conta leitos públicos e privados, aponta que a macrorregião de Campo Grande tem 114% de leitos ocupados, Dourados 85%, Três Lagoas 65% e Corumbá 71%.

Até este sábado (19), são 659 pessoas internadas nos hospitais do estado por Covid-19, sendo 345 em leitos clínicos e 314 em Unidades de Terapia Intensiva (UITs), além dos internados por outras doenças, que também ocupam leitos.

Com as UTIS lotadas e o Estado no limite da abertura de novas vagas, secretário estadual de Saúde já disse, por mais de uma vez, que a morte de pessoas internadas é, atualmente, uma das únicas formas da liberação de leitos.

Situação crítica

Os indicadores da ocupação de leitos são um agravamento da situação da Covid-19 no Brasil, segundo Margareth Portela, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz.

Márcio Bittencourt, especialista do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, afirma que o número de internados é “impressionante” e preocupante.

Segundo disse ele ao O Globo, mesmo se considerar o número de leitos extras que foram abertos durante a pandemia, ainda há a indicação de que pacientes estão deixando de ser atendidos e mandados para casa quando deveriam ser internadas.  

“Em média, a quantidade de casos de Covid-19 que precisam ir para a UTI em relação aos que vão para a enfermaria é próxima de 25-30%. Se a proporção for muito diferente, ou as pessoas estão sendo mandadas de volta para casa quando não deveriam ou chegando em estado muito grave e sendo mandadas direto pra UTI”, disse.

Infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Uerj), Guilherme Werneck afirma que a saúde pública brasileira vive uma tempestade, causada pelo aumento da transmissão do coronavírus, redução da oferta de leitos exclusivos, com desativação de hospitais de campanha e desabilitação pelo Ministério da Saúde, e pelo aumento de internações.

“O leito não é só o leito: tem que ter médico, enfermeiro, insumos… Além disso, o conhecimento clínico da pandemia mostrou que era melhor admitir no hospital pacientes com sintomas mais leves, que antes não eram internados. Agora internamos mais pessoas, mas temos menos leitos. Uma tempestade perfeita”, explica o especialista.

Faltam profissionais

A situação relatada por Werneck é também uma das levantadas pelo secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, que já afirmou por diversas vezes que a abertura de novos leitos esbarra na falta de recursos humanos.

Quando a infecção começou a aumentar rapidamente, novos leitos chegaram a ser abertos, mas já foram ocupados.

Na última sexta-feira (18), o secretário disse que o Estado já chegou ao limite da criação de leitos e, mesmo tendo equipamentos e insumos, não há médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e demais profissionais que precisam estar nas UTIs para o manejo de pacientes.

“Temos processo seletivo em andamento de contratação temporária, mas abre 60 vagas, aparece 40 e dos 40 que se apresentam para o trabalho, alguns desistem ao longo da jornada que é muito exaustiva”, explicou o secretário.  

Segunda onda

O médico Fábio Gaudenzi, membro do conselho consultivo da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), pontua que, após o inverno e principalmente a partir de setembro, começou o novo pico de casos da Covid-19, que segue até hoje.

“Houve um aumento rápido do número de casos, mais do que o detectado no primeiro momento de pico, e com aceleração bastante intensa, fazendo com que alguns estados atingissem inclusive números superiores aos do primeiro pico. Tanto no número de casos quanto no de ocupação dos leitos”, afirmou.

Medidas preventivas

A pesquisadora Margareth Portela afirma que há um agravamento da situação em todo o País e o sistema de saúde corre risco de não dar conta de atender os casos graves.  

Para evitar o colapso, ela defende que os gestores tenham um plano de contingência, mas também que a população adote medidas preventivas.

“As pessoas também precisam se cuidar, estar conscientes de que teremos um Natal, um ano novo, e provavelmente todo um verão singulares. Não dá para circular, se encontrar. Em respeito aos mais vulneráveis e também como proteção a nós mesmos, temos que nos cuidar”, recomendou.

A recomendação é a mesma defendida pela Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde desde o início da pandemia, de que, enquanto não houver uma vacina, as pessoas usem máscaras, mantenham distanciamento e isolamento social e as regras de higiene.  

Boletim

Conforme boletim divulgado neste sábado (19), Mato Grosso do Sul registrou 1.316 novos casos e 23 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas.

Desde o início da pandemia, são 120.395 casos confirmados e 2.032 óbitos.

Do total de casos, 103.735 pacientes já estão recuperados e 13.735 são casos ativos em isolamento domiciliar, além dos 659 internados.

Dourados

Adolescente é preso após executar jovem de 21 anos em Dourados

O crime aconteceu no sábado (30), em Dourados. Na delegacia, o adolescente alegou que matou o rapaz após ouvir dele que sua esposa e filhos iriam morrer

03/12/2024 19h00

Menor chegando à delegacia na tarde desta terça-feira

Menor chegando à delegacia na tarde desta terça-feira Foto: Leandro Holsbach/Alerta Dourados

Continue Lendo...

Policiais civis apreenderam, na tarde desta terça-feira (3), o adolescente de 17 anos acusado de assassinar o presidiário do regime semiaberto Paulo Ricardo dos Santos Rodrigues, de 21 anos. O crime ocorreu no sábado (30), no Residencial Cidade Jardim, em Dourados, a 221 quilômetros de Campo Grande.

Conforme informações do site Ligados na Notícia, o menor de idade afirmou aos policiais que, em agosto do ano passado, Paulo Ricardo, conhecido como ‘Paulinho Caxanga’, tentou matar o adolescente e sua esposa. No entanto, eles conseguiram se esconder e, desde então, ambos sofreram ameaças. 

Ainda em depoimento, o adolescente relatou que foi procurar Paulo para 'selar a paz', mas não obteve sucesso após ouvir que iria morrer.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Andrea Alves Pereira, a tensão aumentou ainda mais após 'Caxangá' tentar tirar a vida do irmão do adolescente, o que acirrou ainda mais essa rixa.

O suspeito do crime foi encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e relatou também aos policiais que a arma utilizada no crime foi comprada por R$4 mil de um desconhecido. Ele afirmou que matou o desafeto após temer pela vida de seu filho de dois meses e pela sua esposa.

Após ser ouvido, o adolescente foi encaminhado para a Unei (Unidade Educacional de Internação) de Dourados ainda na tarde de hoje e está à disposição da Justiça.

Assine o Correio do Estado

 

Cidades

Sesc fecha convênio que garante 300 vagas para creches em Campo Grande

Em parceria privada, a entidade assina, nesta quarta-feira (04), o convênio para a abertura de vagas em três regiões do município

03/12/2024 19h00

Arquivo Agência Brasil

Continue Lendo...

O Serviço Social do Comércio (Sesc-MS) assina nesta quarta-feira (04) o convênio que garantirá 300 vagas para creches, em parceria com a Rede Crescer Mais.

A ação faz parte do objetivo da instituição de promover o bem-estar e a transformação social. No total, serão firmados convênios com seis creches em Campo Grande.

Essas creches estão localizadas em três regiões da Cidade Morena, o que deve ampliar a capacidade de atendimento com as 300 vagas. Além disso, haverá investimento em:

  • recursos humanos;
  • capacitação de profissionais;
  • melhoria na qualidade do serviço ofertado.
  •  

“Nosso objetivo é garantir acesso à educação infantil de qualidade, criando um ambiente que dê o apoio ao desenvolvimento integral da criança. Essa parceria reafirma o papel do Sesc como agente de transformação social, comprometido com o bem-estar do trabalhador do comércio e da sociedade”, pontuou Regina Ferro, diretora regional do Sesc-MS.

Suporte às famílias

Um dos focos do convênio é fornecer apoio às famílias que precisam deixar os filhos na creche para poder trabalhar. Com isso, muitas mães que não têm com quem deixar os filhos poderão retornar ao mercado de trabalho.

Melhorias

Muito mais do que oferecer vagas, a parceria quer melhorar a gestão das creches, com doação de computadores e notebooks, além de oferecer aporte financeiro para despesas operacionais, como:

  • energia elétrica;
  • água;
  • telefone;
  • alimentação das crianças;
  • despesas da operação.


Entendendo o impacto da falta de vagas nas creches na sociedade, o Sesc-MS surge como uma opção para atender à necessidade tanto das famílias quanto dos empresários que buscam mão de obra qualificada.

Com as crianças em locais preparados, as mães de volta ao mercado de trabalho, o resultado é o desenvolvimento socioeconômico local. Dessa forma, a entidade "deixa uma pegada" no início de uma parceria coletiva que beneficia a todos.

O evento de assinatura ocorrerá no prédio da Administração Regional do Sesc-MS, às 14h30, e está aberto para toda a população.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).