Cidades

FUMAÇA

Mato Grosso do Sul terá chuva preta neste fim de semana

Meteorologista orienta que população não se exponha a chuva entre sábado (14) e domingo (15)

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Previsão do tempo indica chuva para este fim de semana em Mato Grosso do Sul e tudo indica que será preta.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há possibilidade de pancadas de chuva neste sábado (14) e domingo (15), o que deve aliviar o calorão, sobretudo na região sul do Estado.

Chuva preta é um fenômeno atmosférico que ocorre quando a chuva se mistura com fuligem, cinzas ou outras substâncias escuras misturadas com a água, que se formaram a partir de queimadas e incêndios.

O resultado é gotas de chuva com coloração mais escura que o normal: marrom ou preta.

Em entrevista ao Correio do Estado, o meteorologista Natálio Abrahão afirmou que, em razão da fumaça oriunda dos incêndios e queimadas no Pantanal, a probabilidade de cair chuva preta neste fim de semana é gigantesca.

“Na atual situação, pode ocorrer chuva preta sim. Chuva preta é resultado da atmosfera que apresenta substâncias decorrentes das queimadas de florestas, lixões e incêndios de casas e obras. Portanto, pode ocorrer quando a chuva vem de nuvens acima dessas substâncias e se associam formando esse aglomerado de substâncias”, explicou Abrahão ao Correio do Estado.

A chuva preta pode se formar de duas formas:

  • Quando a carga de poluentes se encontra com uma nuvem de chuva, os materiais se agregam e há precipitação
  • Quando a "pluma de fumaça" se forma abaixo da nuvem, e a água capta essa sujeira ao chover

A chuva preta é prejudicial para ao meio ambiente e saúde humana/animal. O fenômeno pode poluir o solo, vegetação, rios, mananciais e lagos. Ao ser humano, causa problemas respiratórios.

Abrahão aconselha que a população não se exponha a chuva deste fim de semana. “É sempre importante não se expor, tanto pessoas quanto animais à chuvas que ocorrem depois de longos períodos de estiagem. A melhor chuva é a segunda porque aí a atmosfera já estará limpa”, detalhou.

A chuva preta é diferente da chuva ácida, pois, a chuva ácida ocorre a partir da fumaça de fábricas/indústrias, que liberam enxofre e nitrogênio que podem reagir com água, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico.

Cidades

Polícia Federal prende em MS alvo de grande operação contra lavagem de dinheiro

Alvos estão distribuídos em cinco estados, e movimentaram mais de R$ 82 milhões de origem ilícita ao longo de dois anos

17/09/2024 12h30

Divulgação: Polícia Federal

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A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (17) 66 ordens judiciais em cinco estados brasileiros. Destas, dez eram mandados de prisão, e um deles foi cumprido em Ponta Porã, com a prisão de Tiago Godoy, de 26 anos, apontado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A investigação se concentra em cinco núcleos autônomos que teriam movimentado ao longo de dois anos mais de R$ 82 milhões de origem ilícita, em grande parte, provenientes de câmbio ilegal e tráfico de drogas.

A ação, que envolve 190 policiais federais e tem o apoio da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD), executou 34 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, nas cidades de Curitiba/PR, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Caetano do Sul/SP, Natal/RN, Ponta Porã/MS, Chuí/RS, Bagé/RS e Aceguá/RS.

A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de mais de R$ 82 milhões em bens relacionados aos grupos criminosos.

O esquema de lavagem de dinheiro de amplitude internacional envolve bancos paralelos que se utilizam de pessoas físicas e jurídicas para movimentação de recursos de origem ilícita, direcionando depósitos e transferências bancárias para terceiros utilizados como laranjas e para comércios, principalmente supermercados, sediados em regiões de fronteira do Brasil.

Posteriormente, os recursos são evadidos para casas de câmbio no exterior e permanecem à disposição das organizações criminosas.

As ações policiais fazem parte da Operação Vargas, que tem como objetivo de combater uma rede criminosa de abrangência internacional responsável por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ela é um desdobramento da Operação Operador Fenício II, deflagrada em novembro de 2022, que investigou crimes financeiros perpetrados na região fronteiriça entre Brasil e Uruguai. Naquela ocasião, voltou-se o foco para empresa localizada no Chuí (RS), suspeita de receber grandes quantias de dinheiro de origem ilícita, com fortes indícios de envolvimento em lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Mesmo depois de realizadas ações policiais, as atividades ilícitas persistiram, o que resultou na identificação de novos atores e núcleos componentes de uma rede criminosa internacional voltada para a lavagem de ativos ilícitos provenientes de diversos crimes.

Balanço, medidas de busca e apreensão: 

  • 7 em Curitiba/PR;
  • 1 em São José dos Pinhais/PR;
  • 3 em São Caetano do Sul/SP;
  • 1 em São Paulo/SP;
  • 3 em Natal/RN;
  • 1 em Ponta Porã/MS;
  • 14 no Chuí/RS;
  • 2 em Bagé/RS; e
  • 2 em Aceguá/RS.

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"DEDO NA FERIDA"

Multa em obra de Patrola põe Agesul e Imasul 'em pé de guerra'

Sendo ambos órgãos da administração pública de Mato Grosso do Sul, penalidade de R$ 36,5 mil gerou até pedido por reparação moral e material

17/09/2024 11h32

Há tempos a rodovia MS-228 tem obras tocadas pelas empreiteiras de André Luiz dos Santos, o vulgo Patrola,

Há tempos a rodovia MS-228 tem obras tocadas pelas empreiteiras de André Luiz dos Santos, o vulgo Patrola, Reprodução/Divulgação

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Neste mês de setembro veio à tona, por meio do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, um verdadeiro "pé de guerra" entre a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos do Estado e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, sendo o pivô uma multa em obra de velho conhecidos das administrações públicas. 

Tudo começou quando uma fiscalização por parte do Imasul, em 22 de junho de 2023, identificou adequação de 72 km feita na rodovia MS-228, trecho em que as obras são dominadas pela empresa de André Luis "Patrola". 

Acontece que essa implantação de aterro no percurso foi apontada, pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, como "sem a devida licença ambiental". 

O devido auto de infração aplicado na data está disponível logo abaixo: 

Como destacado em observação no próprio auto, fica reservado o direito de defesa junto ao Imasul no prazo de 20 dias que passam a contar desde que o documento seja recebido. 

Nos meses seguintes de 2024, a notícia fato foi instaurada em inquérito civil, pelo promotor de Justiça, Pedro de Oliveira Magalhães, segundo documento datado do segundo dia de setembro, que informa a Agesul do procedimento.  

Há tempos a rodovia MS-228 tem obras tocadas pelas empreiteiras de André Luiz dos Santos, o vulgo Patrola, frentes de trabalho essas que já entraram na mira do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), como bem acompanhou o Correio do Estado.

As suspeitas: degradação do meio ambiente pela implantação de revestimento na MS-228, que foram vistoriadas de helicóptero pelo TCE-MS ainda em julho do ano passado. 

'Pé de guerra'

Sendo ambos órgãos da Administração Pública Estadual, diante do apontamento do Instituto para a possível "ausência de licença ambiental para a realização das obras de readequação da Rodovia MS-228 (implantação de aterro)", a Agência foi intimida em 28 de agosto do ano passado. 

E como já diria o ditado: "daí para frente foi só para trás" já que em defesa a Agência começou apontar para "desrespeito" ao decreto 6.514/2008, alegando que primeiro deveria ter sido advertida, o que afirma não ter acontecido, faltando assim "escalonamento da punição" conforme ao 3º artigo da referida lei, que cita: 

"As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções: 

  1.  - advertência; 
  2.  - multa simples; 
  3.  - multa diária; 
  4.  - etc.;..."

Entre os argumentos, a Agesul diz não ter sido notificada para sanar irregularidades, além de que não deixou de tomar ações de recuperação para "eventuais danos causados pelas atividades de seus agentes no presente caso". 

Ou seja, nas palavras da Agência, como não houve irregularidade que tenha sido "regularmente advertida" não há que se falar em negligência ou intenção maliciosa que justifiquem a multa. 

Ainda, a Agesul se defende dizendo que seu direito à própria defesa não pode em nenhum momento, já que isso constitui violação de direito constitucional, e em seguida os "dedos na cara" começam a ser apontados. 

"Que pode ser objeto de reparação mortal, material ou resultar em punição administrativa ao agente público que deixa de observar os preceitos legais, além de resultar em nulidade absoluta do ato administrativo praticado".  

Ainda que a empresa declare que, por ser recuperação de rodovia, fica, portanto, isenta de licenciamento ambiental, a multa gerou notícia-fato que desencadeou instauração do inquérito por parte do Ministério Público do Estado.

 

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