Cidades

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Mau cheiro de frigorífico terá nova tentativa de conciliação em Campo Grande

Com os bairros Nova Campo Grande e Jardim Carioca sofrendo com o forte odor nos arredores da fábrica, esta é a segunda tentativa de mediação

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A situação do mau cheiro do frigorífico da JBS, imbróglio que perdura há dois anos de reclamações por parte dos moradores, terá uma nova audiência de conciliação, marcada para o dia 10 de novembro.

O pedido foi feito pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, titular da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, para tratar da situação que envolve o mau cheiro vindo do frigorífico da JBS, localizado na Avenida Duque de Caxias.

A situação tem afetado moradores dos bairros Nova Campo Grande e Jardim Carioca, que reclamam que o problema desvaloriza imóveis e impossibilita atividades simples, como receber visitas em casa.

Segundo despacho do magistrado, a medida foi determinada “por vislumbrar a possibilidade de realização de acordo definitivo nos presentes autos”.

Essa é a segunda tentativa de conciliação entre as partes; a primeira ocorreu no dia 10 de abril deste ano.

Reclamações

Moradores dos bairros Nova Campo Grande e Jardim Carioca moveram uma ação civil pública e relataram que o forte odor vindo do estabelecimento tem causado incômodo.

Órgãos ambientais e o Ministério Público chegaram a receber demandas questionando possíveis riscos à saúde e ao meio ambiente.

Vistoria

Em 2023, uma vistoria técnica realizada por um instituto especializado apontou que não havia danos ambientais e que o odor seria natural da atividade industrial do frigorífico.

O relatório contrariou reclamações recorrentes dos moradores. Em outro levantamento, foram apontados:

  • vestígios de extravasamento de efluente bruto;
  • falhas de vedação e estruturas mal cobertas.

Conforme o levantamento, essas falhas favoreciam a propagação do odor e aumentavam o risco de acidentes, especialmente com crianças.

A equipe técnica indicou que havia aberturas nas paredes laterais da unidade, o que permitia o escape de gases, além de registrar a presença de animais venenosos e vetores de doenças, como ratos, escorpiões e baratas.

Os especialistas explicaram que a intensidade e o alcance do mau cheiro variam conforme a direção e a velocidade dos ventos, afetando diretamente as residências próximas.

Medidas corretivas

Após as constatações, foi proposto ao frigorífico um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com medidas corretivas. No entanto, a empresa negou a necessidade de cumprimento das recomendações, justificando que já havia cumprido as obrigações previstas.

A situação se estendeu na esfera administrativa até fevereiro de 2024, quando o órgão ambiental realizou nova vistoria e aplicou multa. Com a falta de acordo e a persistência das reclamações, o caso chegou ao Poder Judiciário, com pedido de tutela de urgência.

Caso não haja composição entre as partes na audiência marcada, o juiz deverá analisar os pedidos liminares, que incluem:

  • plantio de árvores em todo o perímetro do frigorífico (em tentativa de conter o cheiro);
  • revisão imediata do sistema de exaustão, sob pena de multa diária em caso de descumprimento.

No julgamento do mérito, o magistrado também deverá avaliar a necessidade de regularização definitiva das emissões de gases e a existência ou não de dano moral coletivo causado à comunidade.

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FIM DA PARALISAÇÃO

Campo Grande fecha acordo para pagamento do 13° da Santa Casa

Medida define um aporte de mais de R$54 milhões em investimentos públicos que o hospital deve receber nos próximos meses

30/12/2025 10h10

Santa Casa de Campo Grande

Santa Casa de Campo Grande FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Após reunião envolvendo o Executivo da Capital, o Governo do Estado, a Santa Casa e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), no Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor) ontem (29), a Prefeita usou das redes sociais ainda no período noturno para anunciar o acordo que deve garantir o 13° para os trabalhadores do hospital. 

"Passa das 23 horas, acabou recentemente a reunião para solucionarmos um problema pontual que estamos vivenciando em Campo Grande, com a paralisação desse hospital que é tão importante. A gestão da Santa Casa não é do município, mas recentemente passou por crises e falta de recursos. E a greve dos médicos afeta diretamente, e dos funcionários, a população de Campo Grande", disse Adriane Lopes através das redes. 

Essa medida define um aporte de mais de R$54 milhões em investimentos públicos que o hospital deve receber nos próximos meses, como confirmado pela prefeita de Campo Grande. 

Desses R$54 milhões, cerca de R$16 milhões são aporte do município, além do emprego direto de R$5,2 milhões, que devem ser pagos mensalmente até abril de 2026, mais dez milhões de reais, aproximadamente, referentes a recursos recuperados em acordos empresariais. 

Além disso, esse acordo prevê regras para uma maior transparência e prestação de contas. 

Quase greve

Essa paralisação dos trabalhadores que acabou afetando o funcionamento da Santa Casa de Campo Grande, como bem acompanha o Correio do Estado, começou antes mesmo do Natal, em 22 de dezembro, quando a presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa  na manhã do dia 22 para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade. 

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Já na manhã do dia 23, os trabalhadores "engrossaram" a paralisação na Santa Casa com "efetivo de 50% na paralisação e 50% trabalhando nos setores" que, em outras palavras, representa uma manifestação que começou envolvendo 1,2 mil funcionários e terminou mobilizando dois dos quatro mil trabalhadores em busca de 13°.

Cabe destacar que uma coletiva de imprensa foi convocada para a manhã desta terça-feira (30), na sede da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), onde o MPMS e o Procurador-Geral de Justiça, Romão Ávila Milhan Junior, devem detalhar o acordo firmado para garantir o pagamento das equipes médicas e viabilizar a retomada dos atendimentos na Santa Casa.

Isso porque, vale lembrar, inicialmente, um acordo que chegou a ser firmado com sindicatos garantiu 13° salário para profissionais da enfermagem, limpeza, radiologia e farmácia, encerrando parcialmente a paralisação que afetou os serviços na semana do Natal. 

Justamente na véspera de Natal, conforme a Santa Casa,  o hospital anunciou que chegou a um consenso com os seguintes sindicatos: 

  • dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Estado de Mato Grosso do Sul (Siems), 
  • Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de MS (Sintesaúde), 
  • dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia de MS (Sinterms) e
  • dos Farmacêuticos do Estado de MS (Sinfarms).

Pelo acordo, 50% do 13º salário foi pago ainda nesta quarta-feira, e o restante deverá ser quitado até o dia 10 de janeiro do próximo ano.

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TRAGÉDIA

Jovem recém-casada morre atropelada após capotamento na BR-376

Casal douradense sofreu acidente no trecho entre Curitiba e Ponta Grossa; marido permanece internado em estado gravíssimo

30/12/2025 09h15

O marido dela, com quem havia se casado há menos de dois meses, ficou gravemente ferido e segue internado em estado gravíssimo

O marido dela, com quem havia se casado há menos de dois meses, ficou gravemente ferido e segue internado em estado gravíssimo Divulgação/ PRF

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Uma viagem que deveria marcar o início de uma nova fase terminou em tragédia para um casal douradense na manhã de segunda-feira (29), na BR-376, no Paraná. Samara Prado Martins, de 24 anos, morreu após ser atropelada por um caminhão, depois que o carro em que estava capotou às margens da rodovia, no trecho que liga Curitiba a Ponta Grossa.

O marido dela, com quem havia se casado há menos de dois meses, ficou gravemente ferido e segue internado em estado gravíssimo no Hospital Regional de Ponta Grossa.

Segundo informações do Portal Tarobá, o casal seguia viagem em um Volkswagen Gol quando, por motivos que ainda não foram oficialmente divulgados, o veículo saiu da pista e capotou às margens da estrada. Após o acidente, os dois conseguiram sair do automóvel e permaneceram sobre a pista de rolamento.

Enquanto aguardavam socorro, um caminhão que trafegava pela rodovia acabou atingindo o casal. Com o impacto, Samara sofreu ferimentos graves.

Equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionadas e prestaram os primeiros atendimentos no local. A jovem chegou a ser colocada na ambulância, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o socorro. O esposo foi encaminhado em estado gravíssimo ao Hospital Regional de Ponta Grossa, onde permanece internado.

Os ocupantes do caminhão não se feriram.

Conforme informações do portal Dourados News, o corpo da jovem tem previsão de chegada a Campo Grande por volta das 16h desta terça-feira (30), de onde será encaminhado para Dourados, onde ocorrerão o velório e o sepultamento. Familiares aguardam a liberação do corpo.

As circunstâncias que levaram à saída do veículo da pista e ao atropelamento ainda serão apuradas pelos órgãos competentes.

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