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AEROPORTO

Mau tempo em São Paulo cancela 5 voos em Campo Grande

Ciclone extratropical provoca vento de quase 100 km/h em SP e desorganiza operações aéreas em todo o país

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A forte instabilidade climática que atinge São Paulo desde terça-feira (9) provocou uma série de transtornos no transporte aéreo nacional e resultou no cancelamento de ao menos quatro voos no Aeroporto Internacional de Campo Grande até esta quinta-feira (11).

A situação, que começou com rajadas de vento que ultrapassaram 90 km/h na capital paulista, desorganizou a malha aérea e afetou passageiros de diversos estados, incluindo Mato Grosso do Sul.

Segundo as companhias, o problema começou durante a noite, quando um ciclone extratropical provocou tempestades, quedas de árvores e apagões em várias regiões de São Paulo. Guarulhos e Congonhas, principais portas de entrada do país, operaram com restrições e registraram mais de 200 voos cancelados ou desviados, o que gerou um efeito cascata em aeroportos de todo o Brasil.

Cancelamentos em Campo Grande:

Em Campo Grande, três partidas previstas ao longo do dia foram suspensas:

  • 05h05 – G31481 (GOL) para São Paulo/Guarulhos
  • 10h30 – LA3177 (LATAM) para São Paulo/Congonhas
  • 14h50 – AD4247 (AZUL) para Campinas/Viracopos

Também deixaram de pousar na Capital:

  • 22h35 (10/12) – G31422 (GOL) vindo de São Paulo/Guarulhos
  • 09h40 – LA3716 (LATAM) vindo de Brasília
  • 14h10 – AD2700 (AZUL) vindo de Campinas

Os transtornos começaram ainda na noite desta quarta-feira (10), quando  a Latam informou que a pista de Guarulhos precisou ser temporariamente interditada a noite, o que impediu a decolagem do voo LA3119, que viria para Campo Grande. Como a aeronave não chegou, o voo da madrugada foi automaticamente cancelado e remarcado para quinta, às 11h, atraso superior a 24 horas.

Entre os passageiros, estava um casal que tinha cruzeiro marcado ainda para a noite de ontem. Eles passaram horas tentando embarcar por outra companhia, mas sem sucesso. O episódio ilustra como um único bloqueio em São Paulo acaba se espalhando pela programação aérea de todo o país.

São Paulo enfrenta caos climático

A capital paulista vive um dia de caos climático. Rajadas que chegaram a 98 km/h, segundo a Defesa Civil, derrubaram centenas de árvores e deixaram milhões de moradores sem energia. Hospitais, comércios e até o abastecimento de água foram afetados.

O Corpo de Bombeiros recebeu mais de 1,3 mil chamados por quedas de árvores ao longo do dia. Congonhas operou com restrições e acumulou mais de 120 cancelamentos, enquanto Guarulhos precisou desviar voos para outras cidades devido aos ventos extremos.

MS também entra em alerta

Os reflexos do ciclone também são sentidos em Mato Grosso do Sul. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja para rajadas de até 100 km/h em 40 municípios até a noite de quinta-feira (11).

No início da semana, a Capital já havia registrado 86 mm de chuva em 24 horas, volume considerado alto para o período e deve persistir com instabilidade até a próxima semana.

Com o afastamento gradual do ciclone para o oceano, a expectativa é que a situação comece a se normalizar entre quinta e sexta-feira, tanto no clima quanto na malha aérea. Até lá, as companhias seguem orientando passageiros a acompanhar atualizações pelos canais oficiais.

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Cidade morena

Entrega da 'antiga rodoviária' é novamente adiada e fica para 2026

Com 75% da parte física concluída, obra "sem fim" esperada desde 2019 e para os 124 anos de Campo Grande ganhou mais seis meses de prazo para ser entregue

11/12/2025 11h45

Miglioli afirma que não será possível entregar dentro do prazo previsto, final de dezembro, e o principal problema, agora, foi a parte da instalação do sistema de ar-condicionado que não foi concluída. 

Miglioli afirma que não será possível entregar dentro do prazo previsto, final de dezembro, e o principal problema, agora, foi a parte da instalação do sistema de ar-condicionado que não foi concluída.  Marcelo Victor/Correio do Estado

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Durante visita para vistoria à obra de revitalização do chamado Terminal Heitor Eduardo Laburu, na manhã desta quinta-feira (11), o atual chefe da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Ednei Marcelo Miglioli, detalhou que a entrega do espaço mais popularmente conhecido como "Rodoviária Velha" deverá atrasar mais uma vez e ser entregue até meados de 2026. 

Ainda em junho deste ano, como bem acompanha o Correio do Estado, a entrega da "Antiga Rodoviária" havia sido prometida para o fim de 2025, um prazo suplementado justificado pela Prefeitura como para atender algumas necessidades específicas, acrescentando alguns pontos ao projeto. 

Agora, segundo o secretário, "a obra está dentro de um ritmo normal", porém, apesar de estar com cerca de 75% da parte física concluída, o prazo para entrega será prorrogado por mais seis meses. 

Miglioli afirma que não será possível entregar dentro do prazo previsto, que seria agora com o final de dezembro e, desta vez, o principal problema foi a parte da instalação do sistema de ar-condicionado que não foi concluída. 

"A legislação exige muito, existia um sistema de ar-condicionado licitado... e não é compatível nem suficiente para essa ordem. Teremos que investir mais em equipamentos e tivemos um problema legal, então faremos uma nova licitação", explica. 

Ele cita que a nova licitação está sendo trabalhada, sendo que somente esse sistema de ar-condicionado teve um orçamento fechado em aproximadamente R$3,5 milhões, o que justifica a necessidade de um prazo maior para entrega do espaço. 

Relembre

Localizado no bairro Amambaí na Cidade Morena, o dito Terminal Heitor Laburu foi desativado ainda em 2009, com a requalificação da famosa "rodoviária antiga" prometida pelo menos desde 2019, sendo que a entrega deveria acontecer para o aniversário de 124 anos de Campo Grande, celebrado em 26 de agosto de 2023. 

A partir de 2021, a prefeitura fez a requalificação das vias do entorno, de modo que as ruas Joaquim Nabuco, Vasconcelos Fernandes, Barão do Rio Branco e Dom Aquino foram interligadas às principais vias da cidade, compreendendo um espaço de aproximadamente 80 quadras. 

O projeto de reforma do prédio só foi efetivamente licitado em 2022, com a reforma acelerada por causa dos constantes problemas na região em função do aumento do número de pessoas em situação de rua.

Em 1º de agosto de 2023 a Sisep sinalizou a retomada das obras na antiga rodoviária da Capital, de lá para cá até mesmo o Governo do Estado entrou na história, em outubro do ano passado, com a liberação de R$ =3,5 milhões para destravar as obras.

Pelo projeto, fica prevista a revitalização de 11,9 mil metros quadrados de área pública dividida entre o prédio da antiga rodoviária, área onde ficava o terminal de ônibus do transporte coletivo, e o quadrilátero de calçadas que compreende as ruas: 

  • Joaquim Nabuco, 
  • Dom Aquino, 
  • Vasconcelos Fernandes e 
  • Barão do Rio Branco.

Por ser particular, o edifício vizinho onde funcionavam as lojas ficou de fora dessa obra de revitalização, sendo um total de 264 salas pertencentes a 164 proprietários, com apenas 15 em funcionamento e outras 30 em reforma. 

Futura sede da Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat) e de posto da Guarda Civil Metropolitana (GCM), a revitalização compreende ainda as plataformas de embarque e desembarque (térreo) e onde eram vendidos os tíquetes para viagens (piso superior). 

Já em janeiro de 2024, faltando apenas um mês para entregar a obra e vendo que não seria possível concluir o trabalho a tempo, o Executivo de Campo Grande prorrogou o prazo com a publicação do terceiro termo aditivo ao contrato com a NXS Engenharia (inicialmente firmado por R$16.598.808,77.), saltando o valor de R$17.491.187,49 para R$ 18.110.978,49

Sem cumprir o prazo de 05 de fevereiro de 2024, mesmo mais cara e com atrasos, a entrega prevista para acontecer até o fim do ano passado ainda parecia longe do fim em novembro do ano passado

Já em janeiro de 2025, a chefe do Executivo de Campo Grande, Adriane Lopes, resolveu acompanhar alguns avanços de obras em andamento, entre eles o do Complexo da Antiga Rodoviária, ocasião em que a prefeita disse estar em "ritmo acelerado" e prometeu entregar ainda no fim de junho

Junho deste ano chegou e a "obra sem fim" ainda não havia sido concluída, mesmo diante do prazo máximo de 360 dias previstos no contrato original de 2022. Até meados de 2025, conforme conta no Portal da Transparência de Campo Grande, o município já havia empenhado R$ 14.965.585,08, dos quais R$ 8.894.766,08 foram efetivamente pagos e outros R$ 5,5 milhões ainda devem ser destinados à NXS.

Marcelo Miglioli acrescenta que, o que falta agora são "detalhes" em função do ar-condicionado a ser instalado, como pintura, fechamento total do forro e demais acabamentos internos. 

Sobre o avanço do lado de fora, o secretário se diz "satisfeito com a qualidade da obra", citando um avanço estrutural de 75% já concluído e que, apesar da prorrogação de seis meses que traria uma "folga" para a entrega, o intuito é "terminar o quanto antes". 
 

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DESENVOLVIMENTO

Citricultura deve movimentar 50 mil hectares em Mato Grosso do Sul até 2030

Estado produz 15 mil hectares atualmente e novo patamar pode abrir espaço para industrialização da cadeia produtiva

11/12/2025 11h00

Técnicos avaliam que atingir 50 mil hectares no longo prazo pode criar condições para atrair uma indústria de processamento de suco

Técnicos avaliam que atingir 50 mil hectares no longo prazo pode criar condições para atrair uma indústria de processamento de suco Alison Silva

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Mato Grosso do Sul projeta chegar a 50 mil hectares de citricultura até 2030, em meio à expansão da atividade e ao crescente interesse de produtores e empresas do setor, sobretudo voltado à produção de laranja. 

Com a expectativa de crescimento gradual, técnicos avaliam que atingir 50 mil hectares no longo prazo pode criar condições para atrair uma indústria de processamento de suco, hoje concentrada no interior paulista.

A expansão debatida, em Três Lagoas, durante o Encontro Regional de Capacitação da Citricultura, reuniu equipes técnicas de cerca de 20 municípios da Costa Leste, além de representantes da Semadesc, Iagro, Agraer e Prefeitura.

Atualmente, o estado contabiliza 15 mil hectares plantados, distribuídos em 60 propriedades, com cerca de 7 milhões de mudas em desenvolvimento. De acordo com técnicos, a disponibilidade de terras, o clima favorável e investimentos em infraestrutura logística estão entre os fatores que têm estimulado o avanço da atividade.

O encontro abordou procedimentos de fiscalização, práticas de manejo, atualizações sanitárias e o impacto da crise que reduziu em 44% os pomares de São Paulo, principal polo citrícola do país. 

Para o titular da Secretaria de Meio Ambiente Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck, a produção está ligada integralmente com a capacidade dos produtores em não tolerar a murta, hospedeira da laranja.

"Teremos tolerância zero com a murta, e diferentemente do que ocorreu nos pomares de São Paulo, se identificarmos um pé de laranja com a presença do hospedeiro, imediatamente nos substituiremos essa planta para assim atender todas as exigências sanitárias que implicam em exportar esse produto", destacou o secretário. 

Diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, afirmou que o órgão tem intensificado ações de vigilância para prevenir a entrada de doenças que afetam pomares em outros estados. Já o secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, destacou que a capacitação das equipes municipais é considerada essencial para manter padrões de manejo e fiscalização.

Agrônomo e professor da USP, Marcos Fava Neves, explicou que o movimento ocorre por limitações enfrentadas em São Paulo.

“A citricultura vem para cá porque em São Paulo está com problemas, porque não faria sentido fazer uma produção longe da fábrica. Então a citricultura foi para Minas Gerais e veio para cá. Se nós chegarmos a uma produção de 25 mil toneladas, as fábricas chegam junto. Quanto mais o estado puder gerar transversalidade de produção, cresce o PIB, a arrecadação, a geração de emprego, e a laranja produzida aqui vai para São Paulo e, com isso, entra na logística de produção”, afirmou.

Para Juliano Aires, do Fundecitrus, o estado reúne condições para desenvolver pomares de alto padrão.

“Teremos uma citricultura top mundial, sadia e de altíssima qualidade. A proximidade de São Paulo vai nos aproximar da produção de suco futuramente, e a produção sul-mato-grossense garante uma qualidade incontestável”, disse.

Técnicos avaliam que atingir 50 mil hectares no longo prazo pode criar condições para atrair uma indústria de processamento de suco

Saiba

O encontro faz parte do MS Citrus Summit, que conta com a presença do governador Eduardo Riedel, que nesta quinta-feira (11) faz visita técnica à Fazenda Paraíso, localizada no Distrito de Garcias, que atualmente conta com 110 hectares de laranja em produção.

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