Cidades

CASO DE POLÍCIA

Médica e mãe de paciente trocam
agressões em UPA da Capital

Confusão ocorreu ontem (22), por causa da demora em atendimento

LAURA HOLSBACK

23/03/2017 - 09h33
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Lugar frequentado por público em busca da cura, alívio de mal-estar e tratamento para doenças acabou sendo palco para troca de agressões entre duas mulheres e virou caso de polícia. As protagonistas da briga foram médica e mãe de paciente. O episódio aconteceu no começo da noite de ontem (22), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Campo Grande.

Segundo Boletim de Ocorrência, mulher, de 46 anos, declarou que depois de esperar cerca de quatro horas e meia por atendimento e ver grupo de pacientes ser atendido, exceto a filha e outra pessoa, foi até a médica, que tem 33 anos, questioná-la sobre a demora.

Primeiramente, a profissional teria afirmado não ter esquecido de chamar por nenhuma pessoa. A mulher disse ter continuado à espera e, depois de algumas horas, ao perceber que outro grupo de pacientes foi chamado e, novamente, exceto a filha, foi até a médica pela segunda vez.

Ainda conforme as declarações, a profissional teria dito que era para aguardar que iria ''avaliar'' se atenderia a menina, visto que havia chamado alguns pacientes que não estavam. A mulher rebateu à justificativa, afirmando que estava no posto desde às 13h, sem ter se ausentado. Até a assistente social da UPA foi comunicada sobre o episódio e garantiu que o atendimento seria feito, mas que a mulher deveria continuar esperando.

No momento em que o nome da filha foi chamado,  já dentro da sala de consultório, a paciente disse ter ironizado: “poxa doutora, esqueceu de atender minha filha". A médica teria ficado nervosa com a ''brincadeira'' e se recusado a atender a paciente.

A mulher disse ter tentado acalmar a médica para garantir que a filha fosse atendida, mas acabou golpeada pela profissional com instrumento de uso médico, na cabeça. Por isso, ambas brigaram.

OUTRA VERSÃO

Também para policiais, a médica envolvida na confusão descreveu outra versão. A informação de que ela havia chamado alguns pacientes que não se apresentaram foi confirmada. Porém, negou ter afirmado que ''iria avaliar'' se atenderia. A médica disse que ficou de ver se a ficha da filha da mulher estava entre os pacientes ausentes e que iria separar para fazer o atendimento.

Ainda conforme a médica, no momento em que chamou o nome da menina, a mulher teria se apresentado já ''alterada''. Pediu que o tom de voz fosse abaixado, senão não atenderia e a mulher teria, então, partido para a agressão.

A confusão foi apartada por enfermeiros que ouviram gritos. O caso foi registrado na polícia para tomada de medidas cabíveis.

POSICIONAMENTO

Em nota, por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) disse que lamenta e repudia o episódio de agressões, ocorrido dentro da UPA Leblon.

Também argumentou saber que médicos e outros profissionais de saúde são vítimas constantes de agressões verbais e físicas. Por isso, ações efetivas estariam sendo tomadas para garantir maior segurança. A partir de abril, o efetivo da Guarda Municipal deverá ser reforçado nas unidades que atendem urgência e emergência, segundo a Sesau.

Em defesa à médica, nota finaliza: “a agressão sofrida pela profissional teria sido motivada pelo suposto mau atendimento prestado, o que não justifica a atitude da paciente. A população precisa entender que estamos passando por um momento delicado e que, não só os profissionais de saúde, mas como todos os servidores públicos, desempenham as suas funções dentro de suas limitações com um único propósito: dar um atendimento de qualidade para a população. Agredir o profissional não irá resolver nada e quem o fizer será penalizado na forma da lei”.

 

transporte coletivo

Prefeita contrapõe Consórcio, apresenta recibos de pagamento e diz que greve é ilegal

Adriane disse que Município tem cumprido todas as obrigações contratuais e que já tomou medidas administrativas e judiciais para encerrar a greve

16/12/2025 16h00

Prefeita apresentou comprovantes de pagamento ao Consórcio Guaicurus

Prefeita apresentou comprovantes de pagamento ao Consórcio Guaicurus Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Contrapondo as declarações do Consórcio Guaicurus, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que já havia negado estar devendo o concessionário de transporte coletivo, apresentou, nesta terça-feira (16), comprovantes de pagamentos realizados. Adriane também afirmou que a greve dos ônibus é abusiva e que, caso não haja solução em audiência nesta tarde, o problema será resolvido na Justiça.

Conforme reportagem do Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus afirma ter dívida de R$ 15,2 milhões, conta que vai de débitos com fornecedores a funcionários. Pela falta de pagamento aos funcionários, a greve foi iniciada nessa segunda-feira (15).

A prefeita disse que todos os repasses devidos ao consórcio estão em dia.

"Todas as verbas que são contratuais, que tem relação do Município com o Consórcio Guaicurus foram feitos os repassos, ou seja, a subvenção de R$ 19 milhões, pagamento de vale-transporte de R$ 16 milhões, o Governo do Estado transferiu R$ 7 milhões, ele fez um acordo de R$ 13 milhões neste ano e R$ 4 milhões ficou para o ano que vem, acordado com o consórcio, então todas as verbas que implicam o Poder Público foram transferidas", disse o secretário municipal de Governo, Ulisses Rocha.

"O que existe é o Consórcio discutindo na Justiça um reequilíbrio da tarifa, aí ele aponta que há uma distorção de x milhões de reais, que isso está sendo apurado e discutido. Ele [consórcio] quer que o município aumente o preço da tarifa técnica para ele poder receber mais valores, essa é a discussão. Então não tem cadê o dinheiro, o dinheiro foi pago. Se o dinheiro foi repassado para funcionários e tem funcionários sem receber, o que a prefeitura pode fazer diante disso?", acrescentou.

Conforme os documentos apresentados pela prefeita, neste mês foram pagos R$ 3.005.705,19 líquidos ao Consórcio Guaicurus.

Além disso, com relação às subvenções das gratuidades do vale-transporte, de janeiro a dezembro foram repassados mais de R$ 19,5 milhões ao concessionário pela prefeitura, além de mais R$ 7,3 milhões pelo Governo do Estado.

A subvenção das gratuidades são referentes aos estudantes da Rede Pública municipal e estadual, pessoas com deficiência (PCD) e idosos.

"Além das gratuidades, o Município aporta também o vale-transporte dos nossos servidores, que são adquiridos e utilizados pelos servidores do município e, rigorosamente está em dia esse repasse. As questões judiciais serão discutidas na justiça, dentro da legalidade e da realidade, tanto do Consórcio como do Município", disse a prefeita.

Adriane disse ainda que, além das gratuidades, o Consórcio Guaicurus recebe dinheiro de pessoas que utilizam o transporte coletivo e pagam por ele e questionou ainda onde o Consórcio Guaicurus estaria investindo o dinheiro.

"O dinheiro que é a responsabilidade do Município foi pago e, se o Município está rigorosamente em dia, a empresa também teria que estar rigorosamente em dia com os pagamentos dos seus funcionários", disse.

Por fim, a prefeita disse que há um processo em andamento na Justiça do Trabalho e que uma audiência a ser realizada nesta tarde pode por um fim na greve, que ela classifica como ilegal, pois houve a paralisação total dos ônibus.

Greve

A greve dos motoristas foi deflagrada nessa segunda-feira, ocasionada pelo não pagamento do salário dos funcionários do Consórcio Guaicurus, que deveria ter sido depositado no quinto dia útil do mês. Outro motivador é o anúncio das empresas do consórcio de que também não devem honrar o pagamento do 13º salário, que deve ser depositado até o dia 20 deste mês.

O Consórcio Guaicurus afirma que o não pagamento salarial se deve à dívida do poder público com a concessionária. Conforme o grupo de empresas, não teriam sido pagos valores referente ao subsídio das gratuidades e do vale-transporte dos servidores, que totalizaria R$ 13,2 milhões.

A informação, no entanto, é negada tanto pela Prefeitura de Campo Grande quanto pelo governo do Estado, que também contribui com o subsídio.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em decisão judicial, que 70% dos motoristas trabalhem durante a paralisação, por se tratar de um serviço essencial de transporte coletivo urbano.

O valor da multa diária era de R$ 20 mil, mas, após nova decisão do Desembargador Federal do Trabalho, César Palumbo, subiu para R$ 100 mil.

Ele exige que os motoristas cumpram com urgência a decisão, que tem caráter de mandado judicial.

Cidades

Vestibular UFGD: gabarito preliminar será divulgado nesta quarta-feira (17)

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

16/12/2025 15h45

Foto: Divulgação

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulga nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital. 

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

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