Cidades

CAMPO GRANDE 120 ANOS

Melhoria no atendimento primário e novos leitos são desafios na saúde

Plano da gestão municipal é possibilitar melhorias no serviço da atenção básica e garantir vagas para a média e alta complexidade

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Melhorar o atendimento primário aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e investir em novos leitos hospitalares, com foco na alta complexidade, são os grandes desafios em Campo Grande para a próxima década.

Enquanto as 68 unidades básicas da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) trabalham para expandir serviços e manter equipes completas – especialmente com médicos – e, assim, garantir a confiança dos pacientes de que terão atendimento, na alta complexidade a preocupação é criar e reativar vagas para internação em hospitais particulares, por meio de convênios, e também em unidades públicas.

A reorganização considera ainda a construção do Hospital Municipal de Campo Grande (HMCG), cogitado há anos e que só agora começou a ser projetado. Mas o custo da obra, que pode ultrapassar R$ 50 milhões, é um entrave a ser resolvido pela atual administração. 

AJUSTES

Uma possível alternativa, mais rápida e funcional para o projeto de longo prazo do HMCG, é transformar o antigo Hospital da Mulher e Maternidade, no Bairro Moreninha II – fechado há mais de dois anos – em um centro especializado em cirurgias eletivas. Mas os planos também dependem de ajustes, desde autorização da Câmara Municipal até, novamente, a questão de verbas.

Enquanto a possibilidade está em fase de estudo, a Sesau trabalha para garantir atendimento de qualidade em qualquer unidade básica. O fortalecimento da área tem como objetivo reduzir o fluxo intenso de pacientes no serviço 24 horas – Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centros Regionais de Saúde (CRS). 

Uma das mudanças recentes de maior impacto foi a implantação do horário estendido em 44 unidades. O serviço começou a ser implantado no início do ano, estabelecendo que os postos funcionem em dois modelos: das 7h às 17h sem intervalo para almoço ou das 7h às 19h.

Na prática, a alteração já impactou nos atendimentos. A Unidade de Saúde da Família (USF) do Iracy Coelho, a primeira do Brasil a fazer parte do programa Saúde na Hora, do Ministério da Saúde – inaugurada no dia 22 de julho pelo ministro Luiz Henrique Mandetta –, passou dos 90 a 120 pacientes diários para 150 a 200. A assistente social e coordenadora da unidade, Fátima da Silva, confirma que o maior fluxo é justamente a partir das 17h até as 19h. “É o horário que as pessoas têm para ir ao médico. É quando a demanda aumenta muito. Mas a gente sabe que a procura é maior e já fica preparado”.

Além disso, a unidade tem equipe médica – inclusive especialistas –, dentistas, grupos de apoio (hipertensão, gestante, diabetes, saúde mental, tabagismo, planejamento familiar), farmácia, fisioterapeuta, sala de vacina e de curativos. O próximo passo é implantar ali um laboratório de diagnósticos. Desse modo, o posto terá todo aparato necessário para atender o serviço básico de saúde.

Para a dona de casa Luzinete Mendes, 56 anos, ir até USF é a garantia de que terá o atendimento que precisa. Ela tem diabetes, doença que descobriu há cinco anos, e desde então passou a ser assistida, mesmo antes da inclusão da unidade no projeto da União. “Aqui já me conhecem, sabem do meu problema de saúde. Eu venho para a consulta e já saio com meu remédio”, disse ela enquanto tinha a pressão aferida. E o tempo da entrada na unidade até sair com a medicação que precisava é o que se espera para todos os casos: aproximadamente 30 minutos. “Geralmente é rápido. Eu venho aqui porque sei que sempre vai ter médico e o remédio”, afirmou.

Encontrar todo serviço de saúde em um único lugar é o projeto da Sesau para os próximos anos. Por isso, a unidade também tem dentistas que, assim como os médicos, atendem demanda espontânea, ou seja, casos de urgência e emergência. 

CAMPO GRANDE

Trabalhadores engrossam paralisação na Santa Casa

Se no primeiro dia manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, ato é engrossado e pelo menos dois mil  trabalhadores aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário

23/12/2025 11h00

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: 

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua". Marcelo Victor/Correio do Estado

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Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos/serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua".

"Com efetivo de 50% na paralisação e 50% trabalhando nos setores", complementa a Santa Casa de Campo Grande em retorno. 

Em outras palavras, se no primeiro dia a manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, a paralisação é engrossada e pelo menos dois mil  trabalhadores da Santa Casa (dos quatro mil totais) aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário. 

Sem acordo

    

Enquanto a Santa Casa de Campo Grande aponta que, até o momento, não há nenhuma novidade em relação ao pagamento do décimo terceiro, que afeta todos os funcionários celetistas da unidade, a paralisação acaba impactando na vida não somente dos trabalhadores mas também de pacientes e visitantes. 

Ainda ontem no fim da tarde, através das redes sociais, a Santa Casa de Campo Grande emitiu comunicado anunciando ajustes temporários nas rotinas de vista aos pacientes, diante da paralisação. 

Essas visitas estão autorizadas tanto para pacientes internados na Unidades de Terapia Intensiva (UTI) quanto nas enfermarias. 

Esses ajustes na rotina seguem as seguintes diretrizes: 

  • - Apenas um familiar será liberado e permitido vistar o paciente;
  • - Cada paciente tem direito a uma visita por dia, feita pelas manhãs, às 11h. 
  • - Acesso das visitas deve ser feito exclusivamente pela porta de vidro do térreo.  

Há o detalhe de que, para os pacientes da área de trauma, onde ficam os acidentados, os visitantes devem dirigir-se pela entrada específica do setor. 

É o caso de Vitória Lorrayne, que está com o irmão acidentado na Santa Casa, que deu entrada na unidade desde o domingo e seria submetido a cirurgia durante o primeiro dia de paralisação, e sequer conseguiu contatar o parente que foi vítima de acidente de moto. 

"Não facilitaram em nada. Até disse que minha mãe sairia de viagem e precisava de notícias, está preocupada, mas falaram ontem (22) infelizmente que eu não poderia entrar", comenta ela. 

Como se não bastasse, até mesmo as informações sobre quando teria novamente contato com o irmão foram desencontradas, já que num primeiro momento mandaram a jovem voltar à Santa Casa por volta de 16h, quando novamente foi impedida de fazer a visita. 

"Voltei lá e disseram que haviam suspendido as visitas da tarde e da noite. Que seria apenas hoje às 11h, e não facilitaram em nada, sendo que gastei 70 reais ao todo entre idas e vindas", conclui. 

Os serviços afetados são atendimentos (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc) , lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).
**(Colaborou Naiara Camargo)

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saúde

MS registra mais 9 casos da gripe K e número chega a 12

9 novos casos encontram-se em investigação epidemiológica, afirmou a SES-MS

23/12/2025 10h40

Átomo H3N2

Átomo H3N2

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Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) apontam que 9 novos casos da Gripe K foram registrados em Mato Grosso do Sul.

Na semana passada, 3 casos foram confirmados. Com isso, o número chega a 12.

Os casos foram confirmados em Campo Grande, Costa Rica, Nioaque, Ponta Porã e Três Lagoas. Os infectados possuem 3 meses, 5 meses, 1 ano, 3 anos, 5 anos, 6 anos, 11 anos, 20 anos, 73 anos, 77 anos, 82 anos e 87 anos.

De acordo com a SES-MS, todos os nove novos casos confirmados do subclado K da Influenza A (H3N2) encontram-se em investigação epidemiológica. Para subsidiar a análise, foram solicitadas informações complementares aos respectivos municípios de residência dos pacientes.

Após a confirmação dos casos, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo para a doença.

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