Cidades

ALERTA

Meningite registra o maior número de óbitos nos últimos cinco anos em Campo Grande

Mato Grosso do Sul registrou 133 casos confirmados em 2022 e 89 casos da neste ano de 2023

Continue lendo...

Apesar do ano de 2023 ainda estar em curso, Campo Grande já registrou o maior número de óbitos devido a meningite nos últimos cinco anos. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), dos 41 casos contabilizados neste ano, nove evoluíram para o quadro grave da doença e vieram a óbito. Número 50% maior que o registrado em 2022.

A Sesau esclarece que as meningites podem ser provocadas tanto por bactérias quanto por vírus, fungos ou pelo bacilo da tuberculose.  A superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo, reforça que a doença apesar de grave é prevenivél pela vacinação, disponível no SUS.

“Diante do aumento de casos e infelizmente de óbitos, devemos, principalmente nos atentar às carteirinhas de vacinação das crianças, porque essa é a arma mais poderosa que temos conta uma infecção que pode provocar sequelas gravíssimas e até mesmo a morte”, afirma.

Conforme a série histórica de casos registrados pela Sesau, pessoas entre 20 e 59 anos são as mais acometidas pela infecção, tendo sido registrados 15 casos neste ano. Durante todo o período de 2022, este mesmo público correspondeu a 26 casos registrados.

O secretário municipal de saúde, Sandro Benites, pontua que a doença pode afetar de maneira grave, principalmente as crianças e idosos.

“É importante lembrar sempre que os sintomas comuns como febre, náuseas e vômitos também podem alertar a um quadro infeccioso, e não se deve descartar a possibilidade de meningite, principalmente em crianças pequenas e nos idosos”, alerta o secretário.

Por sua vez, a Secretaria Estadual de Saúde (SES/MS) destaca que em Mato Grosso do Sul foram registrados 89 casos neste ano de 2023 e 133 casos em 2022. Cabe destacar que os dados estão com uma defasagem de 90 dias, devido a uma atualização no sistema nacional e que em breve, novos números devem ser divulgados.

"A meningite é considerada uma doença grave e contagiosa, capaz de provocar sequelas e até mesmo o óbito. A vacinação é a forma mais eficaz de evitar infecção. Apesar dos avanços, ainda não existe uma imunização universal contra todos os tipos da doença. Ressaltamos que a meningite pode ser fatal e somente uma ampla cobertura vacinal é capaz de oferecer maior proteção contra a doença", pondera a SES.

Sintomas

Meningites provocadas por bactérias, em sua maioria, têm como principais sintomas a febre, dores de cabeça, náuseas e vômitos, rigidez na região na nuca, fraqueza e debilidade física, além de confusão mental. Nos casos mais graves, o paciente também pode provocar delírios, convulsões e até o coma.

Na maior parte das vezes, a meningite viral acomete crianças, e tem sintomas muito similares aos daquela de fundo bacteriano, como febre, mal-estar geral e náusea, podendo haver também dores abdominais. Nos casos mais graves, a rigidez na nuca vem acompanhada de episódios de vômito.

Prevenção

As vacinas começam a ser aplicadas já ao nascer, com a BCG, que previne contra a tuberculose, evitando, assim, o agravamento do quadro clínico que pode resultar em uma inflamação na membrana que envolve o cérebro. Aos dois meses outras duas doses são ministradas, a pentavalente e a pneumo 10.

Com três meses de idade, deve ser aplicada a primeira dose da vacina Meningo C e, assim como a maioria, possui reforços. Na adolescência, uma nova dose é ministrada, dessa vez a vacina ACWY, que é recomendada para quem está na faixa etária de 11 a 12 anos.

Campanha nacional de multivacinação

De todas as vacinas que protegem contra meningites que são disponibilizadas pelo SUS, apenas a BCG atingiu a meta de 90% de cobertura estipulada pelo Ministério da Saúde no ano passado, as demais, que têm meta de 95%, não tiveram resultado satisfatório, sendo que a pentavalente teve a menor cobertura, de 79,5%.

Desde o início do ano, o Ministério da Saúde está promovendo ações de microplanejamento nos estados, conforme o calendário da multivacinação para recuperação das altas coberturas vacinais e da cultura da vacinação no país. Foram destinados mais de R$ 151 milhões a estados e municípios.

Sobre a doença

A meningite é uma síndrome que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos. Para alguns destes, existem medidas de prevenção primária, tais como vacinas e quimioprofilaxia.
 
As vacinas estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza no Calendário Nacional de Vacinação as seguintes vacinas para a prevenção de algumas etiologias de meningite:
 
•           BCG: protege contra as formas graves da tuberculose, inclusive a meningite tuberculosa.
•         Pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
•         Penta: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
•         Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
•           Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A,C,W e Y.
 
A vacina meningocócica ACWY (conjugada), neste momento, encontra-se em substituição à vacina meningocócica C (conjugada) para o atendimento da vacinação de rotina de crianças menores de cinco anos de idade na rede do SUS. Destaca-se que a vacina meningocócica ACWY (conjugada) contempla o sorogrupo C.

Assine o Correio do Estado.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

Continue Lendo...

O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).