Cidades

BOMBEIRO

Militar que tramou atentado contra juízes federais é condenado

Militar que tramou atentado contra juízes federais é condenado

da redação

24/10/2011 - 18h00
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O bombeiro Ales Marques, denunciado pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul por tráfico internacional de drogas e arma de fogo, foi condenado a 22 anos e 13 dias de reclusão, perda do cargo público e pagamento de 1759 dias-multa (cada dia no valor de 1/10 do salário mínimo). Ele também perdeu uma casa em Ponta Porã, U$17.000,00 e um veículo, que serão repassados à União. Os cúmplices do bombeiro, Pedro Borges Valério e Manuel Sosa Ledesma, também foram condenados. Eles ainda podem recorrer da sentença, mas continuam presos.

Ales foi preso com mais de 11 kg de cocaína em 2010. Ele também é réu, junto com 17 pessoas, em outro processo de tráfico internacional de drogas em curso na Justiça Federal em Ponta Porã/MS.

Ameaças a juízes

O militar foi apontado, no início deste ano, como suspeito de planejar atentado contra juízes federais e de gozar de privilégios ilegais na unidade militar em que cumpria prisão preventiva em Campo Grande. Na fixação das penas, a Justiça considerou a personalidade desvirtuada de Ales, evidenciada em diálogo no qual o mesmo afirmou que “irá mostrar 'quem ele é', que irá fazer uma limpa na fronteira, que não poupará os filhos nem as mulheres de seus desafetos, e que terá o prazer de mandar as línguas de todos eles numa caixa”.

As ameaças, denunciadas pelo MPF, causaram comoção nacional e mobilizaram o Ministério da Justiça e a Associação de Juizes Federais. A Justiça acatou o pedido do MPF e autorizou a transferência do bombeiro para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (RO), onde está até hoje.

350 denunciados por tráfico em MS

Estatísticas do Ministério Público Federal (MPF) em Ponta Porã apontam que, de janeiro de 2009 a agosto de 2011, 350 pessoas foram denunciadas, em 211 processos, por tráfico internacional de drogas naquela região de fronteira do Brasil com o Paraguai. Destas, 124 já foram condenadas e 226 ainda aguardam julgamento pela Justiça.

Foram apreendidas mais de 35 toneladas de drogas oriundas do Paraguai que seriam distribuídas em território nacional, principalmente nos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná. A maconha e a cocaína representam a maior parte das drogas apreendidas na região, seguidas pelo haxixe e o crack.

Além das prisões em flagrante dos transportadores das drogas ('mulas'), realizadas diariamente nas rodovias da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, operações policiais baseadas em trabalhos de inteligência também levaram ao banco dos réus nomes de conhecidos traficantes como Jarvis Chimenes Pavão e Vilson Antunes de Brito. Até mesmo políticos – como Ybar Antelo Dorado, prefeito municipal de Puerto Quijarro (Bolívia) –, engrossam as estatísticas de membros de organizações criminosas denunciados pelo MPF, perante a Justiça Federal em Ponta Porã, por tráfico e associação para o tráfico transnacional de drogas.

Projeto

Para o procurador da República Thiago dos Santos Luz, são inúmeras e graves as deficiências estruturais que afetam o desempenho do Poder Público na luta contra o crime organizado na região do Paraguai. “Áreas importantes da fronteira sem nenhuma cobertura para telefonia celular e outras formas de comunicação; aeroporto internacional em funcionamento, distante poucos metros do Paraguai, sem nenhuma fiscalização da Polícia Federal; delegacias sucateadas, sem condições de abrigar o já baixo efetivo policial; nas rodovias, postos policiais mal equipados, sem aparelhos de raio-x e até mesmo sem cobertura para fiscalização em período de chuvas; cidades de fronteira nacionalmente conhecidas como portas de entrada de drogas no país, como Coronel Sapucaia (MS), contando com irrisório quadro de policiais; estabelecimentos penais superlotados e banalização total do cumprimento de penas em regimes prisionais aberto e semiaberto; insuficiência e inadequação de equipamentos de inteligência, consideradas as novas tecnologias na área de informática e telecomunicações; deficiência na prática da cooperação jurídica internacional, com excessiva demora na realização de atos processuais simples remetidos à Justiça de Pedro Juan Caballero(Paraguai).”

Neste cenário e acompanhando o desenvolvimento do Plano Estratégio de Fronteiras instituído pelo Decreto Presidencial n.º 7.496, de 08/06/2011, o Ministério Público Federal inicia a execução de um projeto para aprimoramento da atuação institucional na luta contra o tráfico de drogas na fronteira de MS com o Paraguai.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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