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Moedas de R$ 1 da Rio-2016 são vendidas por até R$ 100

Moedas de R$ 1 da Rio-2016 são vendidas por até R$ 100

EXAME

28/08/2016 - 11h00
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Sabe aquelas moedas que você recebe de troco e deixa esquecidas no carro, no bolso da calça ou no fundo da bolsa? Você vai olhar para elas com outros olhos quando souber que podem valer muito mais do que meros trocados.

É que estão em circulação milhões de moedas de 1 real comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016. Mas, como a quantidade é limitada e algumas delas foram lançadas há mais de um ano, encontrá-las pode ser uma tarefa difícil.

Não à toa, tem gente ganhando dinheiro com isso: exemplares das moedas são oferecidos por até 100 reais a unidade em sites de venda na internet. Pela coleção completa (17 moedas), as pessoas chegam a pedir mais de 300 reais.

Segundo o Banco Central, foram lançadas 16 moedas de 1 real de circulação comum comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 desde 2014. A tiragem autorizada para cada uma foi de 20 milhões de unidades e, do total de 320 milhões de moedas produzidas, já entraram em circulação 93,7%.

O lançamento de 16 moedas foi feito em 4 séries (4 em cada uma): em novembro de 2014 (atletismo, natação, golfe, paratriatlo), em abril de 2015 (basquete, vela, paracanoagem e rugby), em agosto de 2015 (futebol, vôlei, atletismo paralimpico e judô) e em março de 2016 (boxe, natação paralímpica, mascote olímpico e mascote paralímpico). A 17ª medalha da coleção havia sido lançada em 2012 pelo Banco Central, em homenagem à entrega da bandeira olímpica ao Brasil.

“A medalha da bandeira olímpica é a mais rara entre elas, já que também é a mais antiga e deve estar nas mãos de colecionadores, inclusive fora do Brasil”, diz Edivan de Oliveira Lima, diretor de divulgação da Sociedade Numismática Brasileira (SNB) —entidade sobre o estudo e colecionismo de moedas, com sede em São Paulo.

“A numismática tem muito mais adeptos no exterior, principalmente Europa, China e Estados Unidos”, afirma Oliveira. Segundo ele, os álbuns para colecionadores de moedas ajudam a estimular as pessoas, já que eles trazem informações interessantes, como o número de unidades produzidas de cada moeda e os metais utilizados na cunhagem. “Isso desperta o interesse pelo colecionismo”, diz.

Há menos de dez anos, os álbuns para colecionadores de moedas só eram encontrados no exterior, mas atualmente há versões para moedas brasileiras que são facilmente encontradas em comércios especializados em numismática nas grandes capitais do país, além de sites de venda na internet.

Em alta

Além dos álbuns, outro fator que estimulou o interesse das pessoas por colecionismo de moedas no Brasil foi o lançamento de novas unidades comemorativas por causa da Rio-2016, de acordo com o diretor de divulgação da SNB. Isso porque, até 2012, somente cinco peças de circulação comum comemorativas haviam sido lançadas no país.

Dois lançamentos ocorreram em 1995, de moedas de 10 centavos de real e 0,25 centavos de real, dedicadas aos 50 anos da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Três anos mais tarde, em 1998, foi lançada uma outra moeda comemorativa com valor de face de 1 real que homenageava os 50 anos da Declaração dos Direitos Humanos.

Em 2002, houve o lançamento de uma moeda comemorativa de 1 real pelo centenário do ex-presidente Juscelino Kubitschek e, três anos mais tarde, em 2005, uma nova moeda comemorativa de 1 real foi produzida para homenagear os 40 anos do Banco Central.

Ouro e Prata

Por causa da Rio-2016, junto com as moedas de circulação comum comemorativas, o Banco Central também lançou, desde 2012, 17 moedas de prata e 4 de ouro. A diferença dessas unidades para as outras, além do metal em que foram cunhadas, é que elas foram produzidas para serem vendidas exclusivamente pelo Banco do Brasil como item de colecionador.

De acordo com o BB, foram feitas 89.824 moedas de prata e ouro, das quais 88.754 unidades, ou 98,81% do total, já foram vendidas —outras 1.070 seguem no estoque do banco. Veja todas as opções de moedas de prata e ouro disponíveis, tanto para a celebração da Rio-2016 quanto de outros eventos.

A compra das peças é possível ser feita através do site (bb.com.br/moedas) ou em algumas agências do BB em Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Belém, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. No site, restam poucos modelos disponíveis.

No caso das moedas para a Rio-2016, o BB vai vendê-las até 31 de dezembro de 2016 ou até quando durar o estoque. “São itens de colecionador bastante procurados, certamente vamos zerar o estoque antes do fim de dezembro”, diz Edmar Casalatina, diretor de empréstimos e financiamentos do banco.

O valor de venda das moedas de ouro e prata no BB é diferente do valor de face da moeda. As de ouro custam 1.180 reais cada uma e têm valor de face de 10 reais, já as de prata custam 195 reais e têm valor de face de 5 reais. Também é possível adquirir no BB, por 13 reais a unidade, as moedas de circulação comum comemorativas, com valor de face de 1 real.

Na internet, além das moedas de circulação comum, também é possível encontrar em sites de vendas pessoas oferecendo as peças da Rio-2016 cunhadas em prata e ouro. Todas, é claro, com valores bem mais caros do que os praticados peloBanco do Brasil. Em alguns casos, os preços das moedas de ouro, por exemplo, chegam a passar de dois mil reais por unidade.

Cidades

Projeto de lei quer converter multas de trânsito em doação de sangue e medula

Infrator que optar pela doação não pagará multa, mas outras sanções podem ser mantidas, como pontos na CNH

19/12/2025 18h00

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula Foto: Arquivo

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Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) propõe converter multas aplicadas no trânsito, relativas a infrações de natureza leve, em doação voluntária de sangue ou medula óssea. Como a Casa está em recesso, a matéria tramitará no ano que vem.

Conforme a proposta, de autoria do deputado estadual Junior Mochi, a conversão do pagamento das multas em doação de sangue ou medula teria caráter alternativo e facultativo, não constituindo direito subjetivo do infrator, e deverá ser expressamente requerida pelo interessado, nos termos de posterior regulamentação.

Ainda conforme o projeto, a conversão da multa em doação somente será admitida quando:

  • a infração for de natureza leve, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro;
  • não houver reincidência da mesma infração no período de 12 meses;
  • a multa não decorrer de infração que tenha colocado em risco a segurança viária, a vida ou a integridade física de terceiros;
  • a doação seja realizada em hemocentros públicos ou privados conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou em instituições oficialmente reconhecidas;
  • haja aptidão médica do doador, conforme critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Cada doação de sangue corresponderá a conversão de uma multa de trânsito, assim como a inscrição no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Caso o doador seja compatível com alguma pessoa precisando de transplante e faça a doação efetiva da medula óssea, poderá ser convertida até duas multas de trânsito.

A comprovação da doação ou da inscrição no Redome será realizada mediante apresentação de documento oficial emitido pela instituição responsável, observado o prazo e os procedimentos definidos em regulamento

O projeto veda a compensação parcial da multa, bem como a conversão de penalidades acessórias, como suspensão ou cassação do direito de dirigir.

A conversão será apenas relacionada ao pagamento da multa, mas não exime o infrator das demais obrigações legais decorrentes da infração de trânsito, inclusive quanto ao registro de pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), quando aplicável.

O Poder Executivo poderá celebrar convênios e parcerias com municípios, hemocentros e instituições de saúde, com vistas à operacionalização da lei, caso seja aprovada e sancionada.

Objetivos

Na justificativa do projeto, o deputado afirma que o objetivo é conciliar o caráter educativo das sanções
administrativas de trânsito com políticas públicas de incentivo à doação voluntária de sangue e de medula óssea, "práticas essenciais à manutenção da vida e à efetividade do Sistema Único de Saúde".

"A proposta não elimina a penalidade, mas a ressignifica, convertendo-a em uma ação de relevante interesse social, capaz de estimular a solidariedade, a cidadania e a responsabilidade coletiva. Trata-se de medida alinhada aos princípios da dignidade da pessoa humana, da função social das sanções administrativas e da eficiência das políticas públicas, diz a justificativa.

Em caso de aprovação e sanção, a adesão pelos municípios será facultativa, preservando o pacto federativo.

"Ressalte-se que a iniciativa respeita a autonomia municipal e o Código de Trânsito Brasileiro, limitando-se às infrações leves e excluindo aquelas que representem risco à segurança viária. A adesão pelos Municípios é facultativa, preservando-se o pacto federativo", conclui o texto.

Campo Grande

Investigada por desvio recebeu R$ 1,7 milhão para iluminar "Cidade do Natal"

Construtora JCL venceu licitação há dois meses e será responsável pela decoração natalina da Capital

19/12/2025 17h50

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Investigada em operação que apura suspeitas de fraudes em licitações e contratos de iluminação pública em Campo Grande, a Construtora JCL Ltda. venceu há dois meses a disputa para iluminar a decoração natalina da Capital neste ano, orçamento de R$ 1,7 milhão.

Conforme o Portal da Transparência, a empresa será responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina na Capital, contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro. 

Conforme o edital, a iluminação abarca trechos da Rua 14 de Julho, Avenida Afonso Pena local de apresentações culturais, gastronomia e lazer. Para a decoração natalina está prevista a instalação de mangueiras luminosas de led branco quente (âmbar), verde e azuis pelas avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias e Mato Grosso.

Na 14 de Julho, a decoração possui flâmulas natalinas, bolas metálicas iluminadas, árvores naturais de porte médio, árvores em formato de cone, anjo iluminado e pórticos metálicos.

As luzes foram acesas no dia 1º de dezembro deste ano, com desligamento previsto para o dia 15 de janeiro de 2026, datas que, conforme contrato, podem ser adiadas ou antecipadas.

De acordo com a prefeitura, a iluminação decorativa natalina tem como objetivo "trazer o espírito natalino para as ruas, praças e avenidas da Capital, aliando beleza, lazer e sentimento de pertencimento urbano".

Iluminação natalina

A Praça Ary Coelho também foi decorada com os portais de entrada até o coreto, além de iluminação nas árvores naturais.

Complementam a decoração em outras vias estrelas dos mais variados tamanhos, árvores de arabesco, cometas, botas, bicicletas, pirâmides e pórticos, entre outros.

Além dessas, receberão decoração as rotatórias da Ceará com Joaquim Murtinho; Duque de Caxias com a Entrada da Nova Campo Grande; da João Arinos com Pedrossian; Três Barras com Marques de Lavradio; Consul Assaf Trad com Zulmira Borba; Gury Marques na rotatória da Coca-Cola; Filinto Muller no Lago do Amor; dentre outras. A iluminação compreende ainda o Paço Municipal.

 

Contradição

A assinatura do contrato entre a prefeitura e a construtora contraria uma lei sancionada pelo próprio Executivo em agosto deste ano, que detinha o objetivo reduzir gastos e otimizar recursos públicos.

A Lei 7.464/25, sancionada em 4 de agosto, previa que a iluminação e ornamentação natalina em espaços públicos fosse patrocionada por empresas privadas, sem custos para a Prefeitura.

Conforme a lei, as empresas interessadas em iluminar a "Cidade do Natal" em troca, poderiam divulgar suas marcas nos locais iluminados. O programa "Natal de Luz", inserido na lei, tem vigência anual, entre 1º de novembro e 10 de janeiro. 

*Colaborou João Pedro Flores

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