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Moradores da região da Duque de Caxias exigem fim da manifestação bolsonarista e alegam falta de paz

O barulho é um dos principais problemas destacados pelos moradores, algo que incomoda também alguns trabalhadores

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Conforme divulgado por um grupo de moradores da região próxima a Avenida Duque de Caxias, nesta quinta-feira (11), a partir das 8h45, moradores e comerciantes contrariados com a perturbação do sossego, vão reunir-se na Câmara dos Vereadores, para  pedir a desobstrução da avenida. 

Os moradores orientam que todos aqueles que quiserem apoiar o pedido, priorizem usar vestimentas da cor branca, em alusão à paz na região.

Há 9 dias, manifestantes bolsonaristas contrariados com o resultado obtido de forma democrática nas urnas, no domingo (30), pedem por intervenção militar, após Jair Bolsonaro (PL) não ter sido eleito como presidente. Eles ficam reunidos em frente ao Comando Militar do Oeste. 

Durante os atos realizados ao longo desses dias, regados a muita comida, incluindo churrasco e cerveja, os manifestantes dispararam fogos de artifício e, por vezes, deixam parte da avenida sem passagem para os carros que trafegam na região. 

Desse modo, um grupo de moradores alega não aguentar mais, alegando que não terem mais sossego e paz, incluindo o fato de seus animais estarem muito estressados. 

O barulho é um dos principais problemas destacados pelos moradores, algo que incomoda também alguns trabalhadores. 

Além disso, eles vão entregar um texto de uma solicitação de providências protocolada no Ministério Público Estadual, produzido por uma moradora que prefere não se identificar.  

Denúncias  

Em sua solicitação ao Ministério Público, a moradora da região próxima ao Comando Militar do Oeste alega que carros, caminhonetes, caminhões e motos estão estacionados em cima do canteiro central. 

Desde então, ela explica que há “uma grande multidão gritando, buzinando, produzindo ruídos altos com escapamentos das motocicletas, soltando rojões e tumultuando o direito de ir e vir, como também a paz dos cidadãos que vivem nas casas do entorno”, informou.

Ela conta que no bairro há muitos idosos, inclusive sua mãe, uma senhora de 92 anos que, segundo ela, está bastante abalada. 

“O barulho é alto e ininterrupto, causando um grande desconforto e importunando a saúde mental de quem é obrigado a permanecer próximo. Devemos levar em consideração também que há possibilidade de pessoas com espectro autista, com Alzheimer e animais que estão em situação de muito estresse”, disse. 

Outros moradores contam, ainda, que comércio, trabalhadores, pessoas em translado para diversos bairros, aeroporto, polo industrial oeste, bem como para outros municípios, estão sendo prejudicados com a obstrução permanente desta importante via pública, além das vias adjacentes.

Em nota, o grupo informa que “crianças, idosos e animais domésticos estão em permanente estresse pelo excesso de barulho de fogos de artifício, discursos, aparelhagens de sons potentes, com hinos desde o amanhecer do dia, até tarde da noite, que perturbam o sossego de toda região”. 

O referido grupo explica que, diante da inação da prefeitura, irá até a Câmara de Vereadores solicitar a intervenção do Legislativo, inclusive através de ação judicial para que a prefeitura cumpra a lei. 

Poder público 

Em nota divulgada hoje (08), a  Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp), informou que irá se reunir com a Polícia Federal para discutir formas de dar cumprimento à decisão do Ministro Alexandre de Moraes. 

O ministro determinou que seja realizado o envio de todas as informações sobre a identificação dos caminhões e veículos que participam ou participaram ativamente dos bloqueios em rodovias, vias e manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas. 

Os dados devem incluir informações dos respectivos proprietários, pessoas físicas ou jurídicas. 

Foi determinada, ainda, a identificação de líderes, organizadores e/ou financiadores dos
referidos atos.

A decisão inclui a aplicação de multa horária no valor de R$ 100 mil para os proprietários de veículos que criarem dificuldade à passagem, inclusive canteiros, calçadas, etc, algo que já ocorre na Avenida Duque de Caxias. 

Ato antidemocrático  

A atitude caracteriza uma ação antidemocrática, levando em consideração a importância de serem respeitados os resultados que são assegurados pelo Tribunal Superior Eleitoral. 

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou no domingo (30) que não vê risco de contestação das eleições.

Com 99,97% das urnas apuradas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve 50,90% dos votos válidos, ante 49,10% de Jair Bolsonaro (PL).

"Não vislumbramos nenhum risco real de contestação", disse. "O resultado foi proclamado, foi aceito e aqueles que foram eleitos serão diplomados e tomarão posse”, afirma. 

"Compete muito mais aos vencedores unir o país. Aqueles que foram eleitos governarão para todos", declarou por fim. 

Investigação

GAECO investiga produtora e Prefeitura por irregularidades em contratos de R$9 milhões

A "Operação Backstage" foi deflagrada na manhã de hoje e cumpre 10 mandados de busca e apreensão por irregularidades em Três Lagoas e Dourados

16/04/2025 17h06

A empresa Moura Produções e Eventos e a prefeitura de Três Lagoas são alvos de investigação

A empresa Moura Produções e Eventos e a prefeitura de Três Lagoas são alvos de investigação Divulgação

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A empresa Moura Produções e Eventos e a prefeitura de Três Lagoas são alvos de investigação da Operação Backstage, do Ministério Público em parceria com o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e o GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção). 

Em ação deflagrada na manhã desta quarta-feira (16), a Operação cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, sendo 8 em Três Lagoas (MS) e 2 em Dourados (MS). 

A investigação apura possíveis crimes de associação criminosa, fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, bem como crimes correlatos. 

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), através da 7ª Promotoria de Justiça de Três Lagoas, a empresa Moura Produções e Eventos teria vencido sistematicamente diversas licitações da prefeitura de Três Lagoas para fornecimento de estruturas e equipamentos para realização de shows e eventos na cidade desde 2022, em procedimentos com fortes indícios de irregularidades. 

Segundo apurado, a empresa venceu dez licitações entre 2022 e 2024, totalizando quase R$9 milhões. Os contratos de Locação de Estrutura para Eventos foram realizados pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura e também foram contratados diretamente pela prefeitura de Três Lagoas. 

Cumprindo os mandados de busca e apreensão, foram coletados documentos, mídias e demais materiais que possam ajudar a comprovar os atos ilícitos cometidos por servidores ou agentes públicos envolvidos no esquema. 

Em nota, a prefeitura da cidade afirmou que as investigações dizem respeito à gestão do ex-prefeito Angelo Guerreiro (PSDB) e disse que irão contribuir com a investigação. 

Algumas irregularidades já foram objeto de apontamentos pelo Tribunal de Contas do Estado, que verificou vícios em um dos procedimentos de contratação da cidade de Três Lagoas. 

O nome “Operação Backstage” remete ao que acontece atrás do palco, nos bastidores de um evento, que nem sempre é de conhecimento público. 
 

Solução Temporária

STF garante permanência de moradores do Carandiru em Campo Grande

O colegiado determinou que as famílias permaneçam no residencial até que a prefeitura e o governo do Estado encontrem uma nova solução de moradia

16/04/2025 16h53

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Cerca de 15 famílias tiveram o direito de continuar morando no residencial Nova Alvorada, popularmente conhecido como “Novo Carandiru”, por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

No dia 1º de abril, os moradores receberam a notificação de reintegração do condomínio, que é palco antigo de disputa na Justiça.

A 6ª Defensoria Pública Cível de 2ª Instância de Mato Grosso do Sul levou o caso ao STF.

O recurso apresentado pela defensora pública Edna Regina Batista Nunes da Cunha indicava que a ordem de despejo era uma decisão do juízo de 1º grau, que havia expedido mandado de reintegração de posse para que as pessoas saíssem do imóvel.

No entanto, a decisão não respeitou o que foi estabelecido pelo colegiado em casos semelhantes, conhecidos como Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828.

As regras determinam que, antes de despejar famílias em situação de vulnerabilidade, o poder público precisa apresentar uma solução de moradia.

Diante do exposto, o STF acatou o argumento apresentado e determinou que as famílias permaneçam no condomínio até que a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado apresentem um plano concreto para o destino das famílias.

Ainda conforme determinado, o planejamento deve incluir todas as famílias, com nome e cadastro atualizados.

Histórico

Ocupado desde 1994, o condomínio que passa por disputa judicial, foi alvo, em julho de 2023, de uma operação conjunta das polícias Civil e Militar, que cumpriu 46 mandados no Novo Carandiru.

Como acompanhou o Correio do Estado, ao todo, 321 servidores participaram da Operação "Abre-te Sésamo", entre eles o 9º BPM, Companhia de Cães do Batalhão de Choque, Grupamento Aéreo, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Perícia Técnica e Assistência Social.

Todo o aparato iniciou buscas às 6h, à procura de foragidos que estariam usando o local como depósito de materiais provenientes de roubos e furtos, além de armas e drogas.

Um dia após a operação, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) conseguiu realizar o cadastro de 23 famílias, que recusaram acolhimento por medo de serem despejadas.

Oito dias após a operação, a Defensoria Pública teve que protocolar um pedido para que fosse feito o religamento da energia elétrica no Complexo Carandiru, que “ficou às escuras” após a ação.

Na mesma data da batida, a concessionária de energia realizou o corte, afetando cerca de 46 famílias que residiam no local. A Defensoria considerou a suspensão da energia como uma “tentativa forçada de retirada dos moradores”.

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