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Luto

Morre Irineu Vobeto, empresário do setor de transportes em MS

Vobeto foi vítima de infarto e será cremado em São Paulo

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Empresário do setor de transportes, Irineu Vobeto, 61 anos, morreu na noite de ontem, vítima de um infarto fulminante, em Campo Grande.

Vobeto nasceu no dia 1º de dezembro de 1955, em Pato Branco (PR), mas adotou o Mato Grosso do Sul como sua terra e, em 2016, recebeu o título de cidadão campo-grandense. Ele era casado e pai de duas filhas.

Graduado em economia em 1981, ele fundou a Transportadora Vobeto no mesmo ano, com sede na Capital e foi um dos empresários que ajudou a construir e fortalecer o transporte rodoviário de cargas no Estado.

A Transportadora Vobeto foi uma das primeiras a implantar o “Programa na mão certa”, do Governo Federal, e a assinar um pacto nacional de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias do Brasil, iniciativa que lhe valeu vários prêmios como empresa cidadã.

Ele também era vice-presidente extraordinário para o Transporte de Granéis e Sólidos da NTC & Logística.

Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logísticas de Mato Grosso do Sul (Setlog), Cláudio Cavol, lamentou a morte do empresário.

“É uma perda muito grande para o nosso setor. Ele fazia parte da nossa diretoria e deixa um legado para o estado do MS e também nacional. É uma perda irreparável, ele era um empresário que, apesar de ser do Paraná, escolheu Campo Grande para desenvolver sua empresa e ajudou muito no desenvolvimento do setor de transporte do Estado”, disse ao Portal Correio do Estado.

Corpo de Vobeto foi velado no Cemitério Parque das Primaveras até às 17h e segue para São Paulo, onde será cremado.

HISTÓRICO

Em 1977, Irineu Vobeto, estudante de Economia, após uma passagem por uma transportadora de móveis, comprou um caminhão Ford F-700 e foi extrair madeira no Pará. Pagou o caminhão, voltou ao MS e, com este caminhão e outro de seu irmão, criou a Vobeto Transportes Ltda para transportar combustíveis e mudanças.

Atuaram juntos até 1984. Em 1984, com o fim do "boom" de desenvolvimento  (implantação do Estado de MS em 1977) e buscando diversificar as atividades, enveredou-se pelos caminhos do transporte de soja e seus derivados. Foram compradas as duas primeiras carretas.Trabalhou para Matosul Ltda até 1989.

Em 1989, já com 11 carretas, a transportadora foi convidada pela Ceval Alimentos S/A, para suprir o setor de entregas de óleo em caixas para o interior de São Paulo – vendas CIF – e, autorizada pela Matosul, foi atender esse novo cliente.

Em janeiro de 1993 a produção daquela planta foi direcionada para o Estado de Rondônia. Nesta situação, atendendo uma nova solicitação da Ceval, interessada em manter a transportadora como fornecedora, foi atender a unidade de Rondonópolis (MT), no setor de commodities. Lá ficou até junho de 1993.

Em julho de 1993, com 16 carretas, foi convidado pela Camargo Corrêa Cimentos S/A, Cimentos Cauê para voltar a Campo Grande e fazer a distribuição de seus produtos nos Estados de MS, MT, SP e região norte do PR. Tudo a partir de sua fábrica na cidade de Bodoquena, inaugurada naquele mês.

Comportamento baseado em disciplina, determinação e comprometimentos responsáveis levou seus serviços a se estenderem para outros produtos como: Minério de Ferro, Gesso, Finos de Carvão, Coque de Petróleo e Combustíveis de Substituição Sólidos CSS 10 - CSS 102 e MD 50. 

Em 2008, com as mesmas carretas e com uma sólida carteira de parceiros autônomos e agregados fidelizados - mais de 300 caminhões - passou a transportar escória (uma matéria prima para fabricação de cimento) para a Fábrica de Cimentos da Lafarge Brasil S.A., em Cantagalo/RJ a partir da CST em Serra/ES. 

Atualmente, estavam nos planos de expansão da transportadora a América Latina.

Ribas do Rio Pardo

Motorista ignora parada e capota carro roubado no interior de MS

Homem confessou aos policiais que veículo era produto de furto e que receberia R$ 1,5 mil para levar carro até Minas Gerais

24/12/2025 15h45

Foto: Divulgação / PRF

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Um motorista foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na tarde desta terça-feira (23), após desobedecer a uma ordem de parada, fugir em alta velocidade e capotar um carro roubado na BR-262, em Ribas do Rio Pardo, no interior do Estado. Apesar da gravidade do acidente, o condutor saiu ileso.

De acordo com a PRF, a equipe realizava fiscalização de rotina no km 150 da rodovia quando deu ordem de parada a um Nissan/Versa. A sinalização foi feita por meios físicos, sonoros e luminosos, mas o motorista ignorou a determinação e iniciou a fuga.

Durante a perseguição, o condutor passou a dirigir de forma extremamente perigosa, com manobras em alta velocidade, ultrapassagens pela contramão e também pelo acostamento, colocando em risco outros usuários da via. Já no km 165, ao tentar ultrapassar um veículo pelo acostamento, ele colidiu lateralmente com o retrovisor de outro automóvel.

Após a colisão, o motorista perdeu o controle da direção, saiu da pista e capotou o veículo. Com o carro imobilizado, os policiais se aproximaram e deram voz de prisão ao condutor, identificado como Régis Yuri do Nascimento. Ele não sofreu ferimentos e foi algemado por precaução, diante do receio de nova tentativa de fuga.

Ainda no local, o homem confessou aos policiais que sabia que o veículo era produto de furto e que receberia R$ 1.500 para transportá-lo de Uberlândia (MG) até Campo Grande. Os agentes também constataram que o Nissan/Versa, modelo 16SL CVT, de cor cinza, estava com as placas adulteradas.

Durante a ocorrência, a PRF apreendeu o automóvel e um telefone celular da marca Samsung. A princípio, foram constatados os crimes de adulteração de sinal identificador de veículo automotor e desobediência. O caso foi encaminhado à Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo.

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CRISE

Santa Casa "esquece" de médicos em acordo e incerteza sobre o 13º continua

Hospital anunciou fim da paralisação dos enfermeiros, farmacêuticos e parte administrativa na manhã desta quarta-feira (24), mas 'acordão' não contempla os médicos celetistas

24/12/2025 14h30

Santa Casa e médicos celetistas ainda não entraram em acordo sobre o 13º salário

Santa Casa e médicos celetistas ainda não entraram em acordo sobre o 13º salário Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Santa Casa de Campo Grande e os médicos celetistas da entidade ainda não entraram em acordo sobre o pagamento do 13º salário e a previsão é incerta.

Nesta quarta-feira (24), o hospital anunciou que entrou em acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Estado de Mato Grosso do Sul (Siems), Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de MS (Sintesaúde), Sindicato dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia de MS (Sinterms) e Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de MS (Sinfarms).

Na proposta feita pela Santa Casa e aceita pelas classes acima consta o pagamento de 50% do benefício na manhã desta véspera de Natal e o restante no dia 10 de janeiro, que será feita com dinheiro da 13ª parcela que o Governo do Estado transfere aos hospitais filantrópicos de MS e não está prevista em contrato. Com isso, a paralisação parcial chegou ao fim.

Porém, dentro deste ‘acordão’ feito entre o hospital e os sindicatos não estão contemplados os médicos celetistas. Segundo o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), não houve sequer uma proposta da instituição para a classe, que, até o momento, não ameaça entrar em greve para que os serviços essenciais à população não parem.

Para garantir o pagamento do 13º, o sindicato entrou com pedido de liminar na Justiça na última terça-feira (23), pedindo para que o benefício fosse quitado integralmente dentro de 48 horas. Além disso, o Sinmed-MS pede indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil, que seria revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

ACUSAÇÃO

Nesta terça-feira, o Sinmed enviou uma nota à imprensa acusando a Santa Casa de lockout, ou seja, que o hospital estaria pressionando uma greve da classe para gerar pressão no poder público.

Ainda no comunicado, o Sinmed-MS disse que os ofícios do hospital chegaram após o sindicato convocar uma assembleia com a categoria, na noite de segunda-feira, para debater sobre uma proposta feita pela instituição de como seria feito o pagamento do 13º salário. 

Na oferta, constava o parcelamento do benefício com início em janeiro de 2026, sem a inclusão de juros ou correções pelos atrasos.

Firmes na posição de não parar com as atividades, os médicos celetistas decidiram por não acatar a sugestão da Santa Casa. Além de entrar com pedido de liminar determinando o pagamento imediato do benefício, o sindicato também pede responsabilização de gestores e audiência de conciliação entre as partes para que o problema seja resolvido logo.

“Nunca vimos esse tipo de atitude na história da Santa Casa. O problema da falta de pagamentos e do 13º salário é de responsabilidade exclusiva deles como empregadores. Eles nos chamaram apenas um dia antes do vencimento do prazo para dizer que não pagariam, demonstrando total falta de gestão e de respeito com os médicos celetistas”, esclarece o presidente do Sinmed-MS, Marcelo Santana.

GREVE

Com duração de cerca de dois dias, a greve dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa impactou a população campo-grandense logo na semana de festividades natalinas, já que 30% dos funcionários das áreas citadas ficaram sem trabalhar, afetando atendimento e alguns serviços considerados essenciais.

Os serviços afetados pela paralisação dos funcionários foram: consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto-socorro e unidade de terapia intensiva (UTI), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros e corredores), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha.

Esta foi a segunda greve no setor de serviços essenciais em Campo Grande nos últimos sete dias. Na semana passada, todos os motoristas de ônibus ficaram quatro dias parados também por causa de atraso em pagamentos salariais, situação que foi resolvida somente no final da tarde de quinta-feira (18), após audiência de conciliação selar acordo entre as partes.

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