Cidades

VIOLÊNCIA NAS RUAS

Mortes no trânsito aumentam 68,7% em Campo Grande

Com 19 óbitos apenas nos primeiros três meses de 2022, os motociclistas representam 70% das vítimas envolvidas em colisões na Capital

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De janeiro a março deste ano, 27 pessoas morreram no trânsito de Campo Grande, um crescimento de 68,7% se comparado com o primeiro trimestre de 2021, conforme dados do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran). No mesmo período de 2021, a Capital registrou 16 mortes envolvendo veículos.

Em um recorte mais preciso, os motociclistas são as maiores vítimas do trânsito. Nos primeiros três meses de 2022, 19 condutores de motos perderam a vida, conforme dados compilados até esta quinta-feira. O quantitativo representa 70% do total de óbitos registrados no período.

Comparado ao mesmo período do ano passado, houve crescimento de 137,5% nos registros de mortes de motociclistas, quando oito pessoas perderam as vidas em acidentes no município. Apenas nas últimas 24 horas, mais uma pessoa morreu após uma colisão.

Uma motociclista de 41 anos perdeu a vida na madrugada de ontem, após um carro Renault Logan colidir com a sua motocicleta no cruzamento da Rua Guia Lopes com a Avenida Salgado Filho.

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) socorreu a vítima que foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leblon. No entanto, ela não resistiu aos ferimentos.

Segundo o sistema de monitoramento de acidentes no trânsito do Ministério da Infraestrutura, motos estão em segundo lugar no ranking de veículos envolvidos em acidentes em Campo Grande, por volta de 24,05% das ocorrências registradas entre 2020 e 2021. As motocicletas perdem apenas para os veículos, que representam 48,22% dos acidentes na Capital.  

MUDANÇAS

Conforme o engenheiro e especialista em trânsito Albertoni Martins, os motociclistas precisam de um projeto definido e executado nas vias de circulação para que o zigue-zague seja evitado.

“Apenas a fiscalização não resolve, só gera revolta por causa da arrecadação de multas. Estamos vivendo uma nova fase da segurança no trânsito, quando a confiabilidade das vias é o principal ponto. É necessário que a engenharia executada nas vias seja pensada na projeção do aumento de fluxo das motocicletas”, afirmou o especialista.

FATORES DE RISCO

Ao Correio do Estado, a chefe da Educação para o Trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Ivanise Rotta, relatou que o principal fator de risco para os acidentes é a velocidade inadequada ou excessiva.

“Qualquer velocidade praticada na via que seja diferente das que estejam estabelecidas nas placas ou em sinalização vertical é considerada velocidade de perigo, podendo, sim, causar um sinistro [acidente] grave ou fatal”, disse.

Em entrevista no dia 14 deste mês, Rotta salientou que os motociclistas são os mais vulneráveis no trânsito, por estarem mais expostos durante as colisões. “Em qualquer situação de acidente, independentemente de quem esteja certo ou errado, o motociclista e o seu passageiro sempre estarão mais expostos ao perigo com maiores riscos de morte ou graves lesões”, pontuou.

Conforme o engenheiro Albertoni Martins, houve aumento exponencial do fluxo de motocicletas, e os condutores dos veículos não estão preparados para compartilhar as vias com as motos.

“As motos são maior número nas vias, maior frequência de exposição e a gravidade de uma colisão também será maior para esses condutores. Por isso, o Ministério do Trabalho regulamentou o adicional de periculosidade de 30% sobre o salário da categoria dos moto-entregadores”, destacou.  

SAIBA

Em 2020, 77 campo-grandenses morreram em acidentes, desses, 53 eram motociclistas, cerca de 68,83% das vítimas. Em 2021, a Agetran aponta que 75 pessoas perderam suas vidas no trânsito, as quais, 49 eram motociclistas, 65,33%. 

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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