Através da Promotoria da comarca de Nova Andradina, o Ministério Público Eleitoral (MPE) ajuizou a chamada Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra os candidatos eleitos para chefia do Executivo Municipal, por, entre outras suspeitas, disseminação de 'fake news' durante período eleitoral.
Cabe lembrar que, distante cerca de 298,3 quilômetros de Campo Grande, ainda em 06 de outubro os nova-andradinenses elegeram os então vereadores Dr. Leandro Fedossi (PSDB) e Arion Aislan (PL) para os cargos de prefeito e vice do município.
Porém, segundo o Ministério Público, a Ação acusa os investigados, ainda não diplomados, de "irregularidades graves" na campanha eleitoral, que supostamente iriam desde disseminação de fake news e até violência política de gênero.
Nesse ponto, cabe destacar que o pleito em Nova Andradina foi disputado, principalmente, pelas chapas encabeçadas por Dr. Leandro contra a candidata Dione Hashioka (UNIÃO), que perdeu a disputa por uma diferença de 579 votos.
Ainda, toda a ação judicial resulta da "Operação Fake Fire", que apurou o disparo de notícias falsas; violência política de gênero e outros atos ilícitos durante o período eleitoral na região.
Protocolada na 5ª Zona Eleitoral de Nova Andradina, a Ação de Investigação Judicial será analisada e julgada, sendo que pode inclusive impactar a posse dos eleitos, que está marcada para o início do próximo ano.
Acusações e penalidades
Dr. Leandro Ferreira Luiz Fedossi e Arion Aislan de Souza, pertencentes respectivamente aos partidos Social Democracia Brasileira e Liberal (PSDB e PL), encerram nesse ano o mandato como vereadores.
Eleito presidente da Casa de Leis do município para o biênio que se encerra neste ano, ambos foram titulares parlamentares eleitos para a 15ª legislatura que passou a contar a partir de 2021.
Conforme o Ministério Público de mato Grosso do Sul, a chapa dos candidatos eleitos é acusada de pelo uso indevido dos "veículos de comunicação de grande alcance e plataformas digitais" não só para promover a candidatura, mas também para prejudicar os adversários.
Segundo as investigações, foi apontado o uso desses meios para: "disseminar desinformação contra outros candidatos e exaltar a imagem dos investigados, comprometendo a lisura do processo eleitoral".
Diante das acusações, o Ministério Público pede a inelegibilidade de ambos por oito anos, além de que penalidades semelhantes sejam aplicadas para os devidos responsáveis pelos veículos de comunicação envolvidos.
Correio do Estado procurou o Dr. Leandro, para que esse comentasse como as acusações foram recebidas; qual a posição diante das suspeitas de "fake news" e violência política de gênero, bem como se há receio de que a posse em 2025 seja afetada, porém, até o fechamento da matéria não foi obtido retorno. Espaço segue aberto para posicionamento.