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MPT-MS destina recursos de multas para instalação de 25 parquinhos na Capital

Os recursos são provenientes de multa aplicada a um processo a uma empresa siderúrgica da cidade.

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Uma parceria do Ministério Público do Trabalho e a Prefeitura Municipal de Campo Grande resultou na criação de uma ação para a implementação de parquinhos modulados em bairros da capital construídos com recursos de processos trabalhistas.

O projeto é resultado da reversão da multa de R$1,5 milhão, aplicada pelo MPT-MS a uma empresa siderúrgica da cidade no âmbito de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), ao Instituto Manoel Bonifácio, um projeto social sem fins lucrativos que administrará os valores. 

Nesta quarta-feira (14), a procuradora-chefe do MPT, Cândice Gabriela Arosio, juntamente com o procurador do Trabalho responsável pela ação judicial que originou o recurso, Hiran Sebastião Meneghelli Filho, se reuniram com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes que apresentou o plano de trabalho e designação dos locais para instalação das áreas de lazer. Até 2027, 25 parquinhos devem ser instalados na capital. 

Os parquinhos deverão ser instalados próximos a outros espaços públicos, como incentivo à população a ocupar a cidade e colaborar com a preservação dos espaços. 

“Estes recursos destinados pelo MPT ajudarão a proteger a infância, garantindo que mais crianças tenham acesso ao livre brincar, e a um desenvolvimento seguro, longe do trabalho infantil”, disse a procuradora-chefe do MPT-MS.

Destinação dos recursos

Os valores para a construção dos parquinhos veio de um acordo extrajudicial firmado entre o MPT-MS e uma empresa siderúrgica de Campo Grande. O processo é de autoria do procurador do Trabalho Hiran Sebastião. 

Para ele, os parquinhos não representam apenas um local de lazer, “mas, também, inclusão e respeito à igualdade de oportunidades para todas as crianças, independentemente de suas limitações”.

O convênio entre o Ministério Público do Trabalho e a Prefeitura de Campo Grande neste formato já foi iniciado em 2023 com a inauguração de um parquinho no Jardim Noroeste e no Bairro Tarumã. De acordo com o plano de trabalho apresentado pela prefeita, o bairro a receber o parque modular deve ser o Tiradentes. 

Áreas destinadas aos espaços

Confira abaixo as áreas informadas até o momento pela prefeitura para instalação dos parquinhos: 

Região Segredo

  • Bairro Coronel Antonino – Praça Estrela do Sul
  • Vila Nasser – Praça do Coophasul
  • José Abrão – Praça José Abraão
  • Nova Lima – Ao lado do UBSF

Região Prosa

  • Estrela Dalva – Praça Av. Nossa Senhora do Bonfim
  • Jardim Noroeste – Centro de Convivência (já executado)
  • Mata do Jacinto – Campo de futebol aos fundos da Associação de Moradores

Região Bandeira

  • Universitário – Praça da Rua Dolores Duran
  • Rita Vieira – Quadra Poliesportiva do Jd. Itamaracá
  • Tiradentes – Campo de Futebol e Praça Aldeia Marçal de Souza

Região Anhanduizinho

  • Guanandi – Campo de futebol
  • Jardim Centro-oeste – Campo de futebol do Jd. Campo Nobre
  • Centenário – Campo de Futebol e Área pública na Rua Carlota dos Santos Saueia
  • Lageado – Ao lado da USF Dom Antônio
  • Alves Pereira – Campo de Futebol Núcleo Universitário
  • Aero Rancho – Atrás da EMEI Nossa Sra. Auxiliadora

Região Imbirussu

  • Nova Campo Grande – Praça Jardim Carioca
  • Popular – Centro Comunitário Jd. Aeroporto
  • Panamá – Praça Ramão de Souza Gomes

Região Lagoa

  • Coophavila II – Ao lado da pista de skate
  • São Conrado – Campo de futebol Santa Emília
  • Tarumã – Ao lado da USF (já executado)

Desde 2018, foram construídos parquinhos em diversos bairros da capital decorrente da parceria entre o MPT e o município. 

Bairros como Dom Antônio Barbosa, Aero Rancho, Vida Nova III, Moreninhas, Portal Caiobá, Loteamento Bom Retiro, São Conrado e Lar do Trabalhador já foram contemplados com os espaços de lazer gratuitos. 

Para o MPT, esses ambientes promovem o reconhecimento dos direitos fundamentais da criança e do adolescente, como as brincadeiras ao ar livre. 
 

MATO GROSSO DO SUL

Em pleno período de chuvas, Hidrelétrica Porto Primavera reduz vazão

Com a barragem mais extensa do País (10,2km), redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciadano último dia 12, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira

20/12/2025 14h14

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera Reprodução/Cesp

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Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, a unidade começou nesta sexta-feira (19) através da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) a redução da vazão, para preservar os estoques de água dos reservatórios da bacia do Rio Paraná. 

Com a barragem mais extensa do País (10,2 km), essa redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciada pela Cesp no último dia 12, prevista para começar ainda em 15 de dezembro, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira. 

"O patamar mínimo defluente será reduzido de forma gradual e controlada, passando dos atuais 4.600 metros cúbicos por segundo para 3.900 m³/s, seguindo diretrizes operacionais do ONS", cita a Cesp em nota. 

Além disso, a Companhia frisa que, durante o processo, será mantido o plano de conservação da biodiversidade que havia sido aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e teve início em maio deste ano, para monitoramento do Rio Paraná justamente nos trechos da jusante - parte rio abaixo - da Porto Primavera até a foz do Ivinhema. 

Ou seja, entre outros pontos, equipes embarcadas formadas por biólogos e demais profissionais especializados, devem trabalhar como os responsáveis por acompanhar a qualidade da água, bem como a conservação e comportamento dos peixes locais enquanto durar a flexibilização da vazão. 

Importante frisar a redução adotada também ao final de novembro (24/11) e mantida até 1° de dezembro, a partir de quando houve a retomada gradativa aos patamares originais. 

Problemas com a vazão

Em épocas passadas, como bem acompanha o Correio do Estado, o controle da vazão em Porto Primavera já trouxe prejuízo e revolta de produtores que chegaram a culpar a ONS pelas fazendas alagadas por mais de quatro meses em Batayporã no ano de 2023, por exemplo. 

Nessa ocasião, o problema começou com a abertura das comportas de Porto Primavera no dia 18 de janeiro de 2023, com a usina avisando a Defesa Civil de Batayporã da liberação de até 14,7 mil metros cúbicos de água por segundo. 

Sendo a maior vazão desde o começo do período chuvoso, as águas se somaram ainda à liberação dos cerca de 3 mil metros cúbicos por segundo do Rio Paranapanema, juntando em torno de 18 mil metros cúbicos por segundo. 

Na linha cronológica em 2023, o problema dos alagamentos começou no final de janeiro, indo até o mês de abril diante do fechamento das comportas em 31 de março. 

Quando a água já havia recuado, saindo de boa parte dos nove mil hectares alagados, as comportas foram reabertas na terceira semana de abril, com vazão máxima de dez mil metros cúbicos.

Depois, o aumento da vazão para até 13 mil metros cúbicos chegou a alcançar 14,7 mil m³, sendo que antes disso o volume anterior já havia sido responsável por invadir casas de moradores locais pela terceira vez no ano. 

Estimativas da Defesa Civil de Batayporã à época apontaram que pelo menos sete mil animais tiveram de ser remanejados na região por causa do mesmo problema. E, mesmo depois que a água baixar, são necessários de dois a três meses para que o pasto cresça e esteja em condições para alimentar os rebanhos. 

 

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MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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